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O deputado distrital Leandro Grass (Rede) disse que recebeu cerca de 15 mil ataques nas redes sociais após protocolar o pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na Câmara dos Deputados. Em entrevista à revista Veja, ele disse que as ameaças se intensificaram depois que o deputado federal e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), compartilhou notícia sobre a solicitação de abertura do processo.

“Existe um exército de apoiadores que atacam com virulência. Recebi cerca de 15.000 mensagens de ataques, algumas falando para eu não sair na rua e ameaçando minha integridade física, após o deputado Eduardo Bolsonaro postar sobre o pedido no Twitter dele. Estou selecionando as ameaças e farei um boletim de ocorrência”, detalhou o deputado distrital.

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No Instagram, Grass selecionou algumas das ameaças. "Não esqueça que o povo tá com Bolsonaro. Foi um tiro no pé e você não será esquecido", diz uma delas. “Vai trabalhar seu filho da puta, o dinheiro acabou seu queimador de rosca vagabundo, maconheiro. Se eu te encontrar um dia vou te arrebentar na pancada”, aponta outra.

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Leandro Grass pediu que Bolsonaro fosse processado por cinco crimes de responsabilidade e disse ter tomado a decisão porque “ se fez necessário principalmente após o episódio de domingo”. “O presidente Jair Bolsonaro convocou uma manifestação contra o Congresso e o STF e, além desse ato não ter amparo em lei, ele próprio foi à manifestação sabendo da pandemia do coronavírus”, explicou, apontando motivos para a destituição do cargo.

“A sociedade não aguenta um presidente que viola regras básicas. Sabemos com o processo de impeachment é um ato político também, mas vejo o mercado bem insatisfeito com Bolsonaro. O câmbio está alto, a economia está ruim e agora o coronavírus deve agravar ainda mais as coisas. O Brasil não pode esperar nada de um governante que desacredita as instituições e afronta a democracia. Há alguns ministros bons trabalhando, como o Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura). Mas daí o presidente vem e boicota o Mandetta justamente durante a crise do coronavírus”, acrescenta o parlamentar.

Ainda na entrevista à revista Veja, o deputado distrital também diz que ainda não chegou a falar com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre o assunto. É Maia que precisa autorizar o início do processo para que o impeachment seja avaliado. “Espero em breve conversar com ele. O meu desejo é que o impeachment aconteça o mais breve possível, que o Maia acate e coloque os trâmites em andamento”, disse.

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