Tópicos | Ledecky

A penúltima noite de natação foi marcada por feitos históricos, com o mito Michael Phelps conquistando a 27ª medalha olímpica da sua carreira, com uma prata dividida com outros dois nadadores nos 100 m borboleta.

O mito não foi o único americano a fazer história nesta sexta-feira (12). A jovem prodígio Katie Ledecky conseguiu fechar a trinca 200-400-800 m livre, ao pulverizar o recorde da distância mais longa.

##RECOMENDA##

Outro feito impressionante ficou por conta do veterano Anthony Erving. O californiano de 35 anos sagrou-se bicampeão dos 50 m nado livre 16 anos depois de ter conquistado o primeiro ouro, nos Jogos de Sydney-2000.

Ele superou por apenas um centésimo o francês Florent Manaudou, que havia conquistado o ouro em Londres-2012 e teve que se contentar com a prata.

Na mesma prova, esperava-se que Bruno Fratus fosse acabar com o jejum da natação brasileira nesses Jogos, mas o nadador de Macaé ficou apenas em sétimo.

O alento veio com Etiene Medeiros, que conseguiu se classificar para a primeira final olímpica da sua carreira "aos 45 do segundo tempo", com o sétimo melhor tempo das semifinais da prova feminina dos 50 m livre.

Antes disso, a pernambucana tinha sido eliminada nas séries da sua melhor prova, os 100 m costas, e nas semifinais dos 100 m livre.

"Eu mudei tudo. Cheguei com uma cabeça, estou saindo com outra. Estou muito feliz. Quando eu passar por aqui amanhã, acho que vão sair dez toneladas de mim. Essa semana foi muito dura, muito aprendizado", desabafou a brasileira, que conseguiu sua melhor marca na distância (24.45), estabelecendo o novo recorde sul-americano.

A natação brasileira terá outra possibilidade de medalha com o revezamento 4x100 m medley masculino, que será a última prova da natação nos Jogos Olímpicos, e também deve marcar a despedida de Phelps, se o astro de 31 anos for confirmado na equipe americana.

- Duelo de gerações -

Nesta sexta-feira, o mito foi superado por um atleta dez anos mais novo, Joseph Isaac Schooling, que conquistou a primeira medalha de ouro de Cingapura em todas as modalidades.

Circularam até nas redes sociais fotos de Phelps, já um atleta consagrado, ao lado de Schooling ainda menino, quando o americano disputou uma competição em Cingapura.

No lugar mais alto do pódio, o jovem nadador parecia não acreditar que tinha vencido o ídolo. Schooling relatou depois que bateu um papo com Phelps e tentou convencê-lo de adiar a aposentadoria.

"Eu pedi para ele continuar por mais um ciclo olímpico e ele disse 'de jeito nenhum'. Tomara que mude de ideia, foi muito legal competir com Michael", afirmou.

Outro fato ainda mais curioso foi a prova ter distribuído três medalhas de prata. Schooling venceu em 50.39, 75 centésimos à frente de Phelps, do sul-africano Chad Le Clos e do húngaro Laszlo Cseh, que bateram exatamente ao mesmo tempo.

Foi a primeira vez na história olímpica que três nadadores dividiram o terceiro lugar.

"Chad, Lazlo e eu disputamos muitas provas juntos nos últimos anos, mal consigo me lembrar quando foi a primeira vez que nos enfrentamos. Foi muito especial e acho que foi um belo desfecho para minha última prova individual", se emocionou Phelps.

Outro vice-campeonato marcante foi a prata da 'Dama de Ferro', a húngara Katinka Hosszu, que perdeu a oportunidade de conquistar seu quinto ouro no Rio ao ser superada por seis centésimos pela americana Maya Dirado nos 200 m costas.

Nos 800 m, a diferença entre a primeira e a segunda colocada foi muito maior. Katie Ledecky chegou quase dez segundos antes das rivais e ainda melhorou em dois segundos seu próprio recorde mundial, com tempo incrível de 8:04.79.

Ao fechar a trinca 200-400-800, Ledecky repetiu a façanha de Debbie Meyer nos Jogos de 1968, na Cidade do México.

"Sempre admirei muito Debbie (Meyer) e todas as nadadoras americanas em geral. Temos uma grande história e continuamos a escrevê-la nesta semana", resumiu Ledecky, que, além da trinca dourada individual, também subiu ao lugar mais alto do pódio no revezamento 4x200 m e ficou com a prata no 4x100 livre.

O mito americano Michael Phelps, sua compatriota Katie Ledecky, a húngara Katinka Hosszu e a equipe dos Estados Unidos de ginástica artística, liderada pela estrela Simone Biles, roubaram a cena nesta terça-feira (9), no quatro dia dos Jogos Olímpicos do Rio.

Phelps conquistou a 21ª medalha de ouro da sua carreira olímpica ao fechar o revezamento 4x200 m livre, apenas uma hora e vinte minutos depois de ter vencido a prova individual dos 200 m borboleta.

##RECOMENDA##

Junto com Conor Dwyer, Townley Haas e Ryan Lochte, Phelps terminou a prova em 7:00.66, na frente da Grã-Bretanha, que ficou com a prata (7:03.13). O Japão completou o pódio, em 7:03.50. No total, Phelps soma 25 medalhas olímpicas, recorde absoluto, sendo que três delas foram conquistadas no Rio.

Nos 200 metros borboleta, o nadador de 31 anos obteve o ouro com o tempo de 1:53.36, apenas 4 centésimos mais rápido que o japonês Masato Sakay (1:53.40). O húngaro Tamas Kenderesi levou o bronze (1:53.62).

A jovem prodígio Katie Ledecky conquistou sua segunda medalha de ouro no Rio ao vencer a prova dos 200 metros livre, depois de levar a melhor nos 400 m no sábado. A nadadora de 19 anos completou a distância em 1:53.73, superando a sueca Sarah Sjostrom, prata, que terminou a prova em 1:54.08. A australiana Emma McKeon (1:54.92) conquistou o bronze.

A húngara Katinka Hosszu fez novamente jus ao apelido de 'Dama de ferro' ao conquistar sua terceira medalha de ouro em quatro dias nos Jogos, com vitória nos 200 m medley. Hosszu completou a distância em 2 minutos, seis segundos e 58 centésimos, superando por trinta centésimos a britânica Siobhan-Marie O´Connor, que ficou com a prata (2:06.88). A americana Maya Dirado completou o pódio, em 2:08:79.

O show de Simone Biles

Na ginástica artística, as americanas conquistaram o ouro por equipes, lideradas por Simone Biles, que começa a fazer história na Cidade Maravilhosa. A Rússia obteve a medalha de prata, oito pontos atrás das americanas, enquanto a China levou a medalha de bronze.

Este é o primeiro título olímpico do já impressionante currículo da melhor ginasta do mundo, que aspira conquistar no Rio o recorde de cinco ouros em sua estreia nos Jogos.

No tênis, a americana Serena Williams, líder do ranking mundial e considerada a grande favorita ao ouro na Rio-2016, foi eliminada na terceira rodada do torneio olímpico pela ucraniana Elina Svitolina por 2-0, com parciais de 6-4 e 6-3.

Serena, de 34 anos, que desejava repetir o ouro de Londres-2012 e se tornar a primeira tenista a conquistar dois títulos olímpicos de simples, também foi eliminada de forma prematura do torneio de duplas, no qual buscava o quarto ouro olímpico ao lado da irmã Venus.

O dia foi marcado pelo fim do jejum de medalhas de ouro da França, que conquistou um título no torneio de Hipismo e outro na Canoagem.

Os cavaleiros franceses levaram a primeira medalha de ouro para seu país no Rio ao vencer o concurso completo por equipes no centro de hipismo de Deodoro.

Os franceses somaram 169 pontos para conquistar seu segundo título neste concurso, após o alcançado em Atenas-2004. A Alemanha, campeã olímpica em Londres-2012, ficou com a medalha de prata, após somar 172,80 pontos, enquanto os australianos, que lideravam a classificação após o adestramento e o 'cross country', terminaram com o bronze com 175,30 pontos.

Na prova individual do concurso completo, o alemão Michael Jung também conquistou o primeiro ouro de seu país no Rio, revalidando o título de Londres-2012.

A medalha de prata ficou com o francês Astier Nicolas, e o americano Phillip Dutton levou o bronze.

Na Canoagem, o francês Denis Gargaud obteve o título no C1 slalom, sucedendo seu compatriota Tony Estanguet, três vezes campeão olímpico, inclusive há quatro anos em Londres.

Gargaud superou no pódio o eslovaco Matej Benus, prata, e o japonês Haneda Takuya, bronze.

A atiradora Anna Korakaki deu à Grécia sua primeira medalha de ouro no Rio, na prova de tiro esportivo da pistola a 25 metros.

A grega de 20 anos derrotou a alemã Monika Karsh, prata, por 8-6 no duelo pelo título. A suíça Heidi Diethelm Gerber ficou com o bronze.

No judô, Tina Trstenjak também deu à Eslovênia sua primeira medalha de ouro, com a vitória sobre a francesa Clarisse Agbegnenou na categoria até 63 quilos. A holandesa Anicka Van Emden e a israelense Yarden Gerbi ficaram com o bronze.

Na categoria até 81 quilos, o russo Khasan Khalmurzaev obteve o ouro ao derrotar o americano Travis Stevens. As medalhas de bronze ficaram com o japonês Takanori Nagase e o árabe emirense Sergiu Toma.

As chinesas Chen Ruolin e Liu Huixia conquistaram a medalha de ouro na disputa da plataforma de 10 metros sincronizada dos saltos ornamentais.

Esta é a quinta medalha de ouro olímpica de Chen, igualando a marca estabelecida no domingo pela colega de equipe Wu Minxia.

A prata foi conquistada por Pandelela Rinong e Cheong Jun Hoong, da Malásia, enquanto as canadenses Meaghan Benfeito e Roseline Filion ficaram com o bronze.

No levantamento de peso, a chinesa Deng Wei ganhou o ouro na categoria de 63kg com um recorde mundial, com um total combinado de 262 kg.

A norte-coreana Choe Hyo-Sim conseguiu a medalha de prata (248 kg), enquanto a cazaque Karina Goricheva foi bronze (243 kg).

Deng Wei levantou 115 kg no arranque e 147 kg no arremesso, quebrando em um quilo o recorde de 261 kg da taiwanesa Lin Tzu-chi, que conseguiu essa marca quando conquistou o ouro nos Jogos Asiáticos de Incheon.

O chinês Shi Zhiyong conquistou o ouro na categoria até 69 kg, ao levantar o total de 352 quilos.

O turco Daniyar Ismayilov (351 kg) levou a medalha de bronze e Izzat Artykov (339 kg), do Quirguistão, o bronze.

No torneio de esgrima, o sul-coreano Park Sang-young obteve seu primeiro título de campeão olímpico ao ganhar a final de espada individual por 15-14 diante do húngaro Geza Imre.

A medalha de bronze ficou com o francês Gauthier Grumier.

Violência no Rio

Enquanto nas arenas o esporte segue sem maiores incidentes, nas ruas do Rio os criminosos não se intimidam com o enorme aparato de segurança montado na cidade. Um ônibus para o transporte de jornalistas credenciados foi atacado na noite de terça-feira perto da Cidade de Deus, mas não ficou claro se foram tiros ou pedras.

"Escutamos dois impactos no lado direito do ônibus, duas janelas se quebraram. Uma pessoa ficou ferida, um repórter de Belarus, na mão, no dedo. A confusão era se eram balas ou pedras", disse à AFP Gastón Sainz, do jornal argentino La Nación.

"Nós nos jogamos no chão e em dois minutos chegou a polícia, parou o ônibus e nos escoltou até o MPC (Centro Principal de Imprensa) com os vidros quebrados".

O incidente aconteceu pouco depois das 20h00 na altura de Curicica, perto da Cidade de Deus.

Na praia de Copacabana, o belga Dirk Van Tichelt, medalha de bronze de judô na categoria até 73 kg, foi agredido na segunda à noite, segundo o Comitê Olímpico Belga.

"O celular de seu parceiro de treino tinha acabado de ser roubado e, quando corria para tentar pegar o ladrão, foi agredido no rosto por outro", contou o diretor de Comunicações do COB, Luc Rampaer.

"Como a polícia estava do lado, ele prestou queixa, antes de ir para um hospital para ser examinado, por precaução, mesmo que não tenho sido nada grave", acrescentou.

Desde os início dos Jogos Olímpicos Rio-2016, várias delegações estrangeiras foram vítimas de roubos e agressões. No último sábado, o ministro português da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, foi atacado e roubado em Ipanema.

A americana Katie Ledecky se classificou neste domingo para a final dos 400m livre do Rio-2016 com um recorde olímpico de 3:58.71.

Ledecky, a grande estrela da natação americana, quebrou a marca da francesa Camille Muffat, de 4:01.45. Ela também possui o recorde mundial (3:58.37).

##RECOMENDA##

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando