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O Teatro Santa Isabel recebeu na noite do sábado (2) a primeira sessão da montagem Camille e Rodin. O espetáculo é promovido pelo programa Vivo EnCena com direção do ator e diretor Elias Andreato e conta com o texto de Franz Keppler. A peça que retrata a paixão dos artistas Camille Claudel e Auguste Rodin emocionou o público que lotou o teatro.

Encenado por Leopoldo Pacheco e Melissa Vettore, o espetáculo conta com a sensibilidade para contar a história dos dois artistas. Camille Claudel, ao chegar à cidade de Paris, muito jovem, se torna aluna, discípula e amante de Auguste Rodin. Tendo que combater o preconceito da sociedade como mulher e artista, posa para ele e fascina-o com sua personalidade. O diálogo amoroso se torna presente nas obras dos dois.

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A criatividade de Camille e o apuro conquistado em anos de estudo por Rodin, tornam a obra de ambos próximas, promovendo um embate de natureza artística entre os dois. Após quinze anos de relacionamento tortuoso, o rompimento definitivo marca a vida e a obra dos artistas para sempre. Camille é internada em um manicômio aos 49 anos após longo período de dificuldades financeiras, lutando contra o preconceito por ser solteira e artista. Durante o espetáculo, os personagens retratam a história ao mesmo tempo que fazem parte dela.

A peça reconstrói esse encontro, que se transforma numa paixão arrebatadora e em um impulso artístico tanto para Rodin, quanto para Camille. É visível no espetáculo a depedência dos personagens no processo de criação de cada um. Sem Camille, Rodin possivelmente não teria feito suas obras mais apaixonadas e, sem Rodin, Camille não seria a artista fantástica e nem o mito em que se transformou, reconhecida muito tempo depois.

Durante todo o espetáculo, os atores Leopoldo e Melissa são intensos. As composições corporais que reproduzem os temas das esculturas de Rodin e Camille são reconhecidas nas sequências executadas pelos atores. O que mais chama a atenção no espetáculo é a interpretação vibrante de Melissa, as esculturas de argila feitas em cena por Leopoldo Pacheco e a trilha sonora executada por instrumentos de orquestra.

O cenário da montagem é simples e reproduz o ‘Retiro Pagão’, com portas e janelas que favorecem uma iluminação suave e ao mesmo tempo forte, alternando os ambientes do grande aleliê e do asilo, com figurino simples, correspondente ao recorte realizado no espetáculo, dos 15 anos em que os personagens viveram juntos. O espetáculo assinado por Elias Andreato conta com cenas fortes e conflitantes, mas também poéticas no que diz respeito aos personagens.

Ao témino, a peça foi aplaudida de pé pelo público. Carlos Trevi conferiu a primeira sessão de Camille e Rodin no Recife. "Muito interessante o espetáculo. Gostei muito. Me surpreeendeu, tem muita força da angústia entre os personagens, os atores interpretaram muito bem. A peça transmite a importância que ele teve para ela e ela para ele", declarou Trevi. "A peça contou com momentos de fragilidade e trouxe o reconhecimento da artista como mulher", completou ele.

Leopoldo e Melissa conversaram com público no final do espetáculo, através do projeto Encontros Vivo EnCena, que trouxe o tema Teatro e Transformação. O debate, mediado pelo pesquisador em gestão cultural e curador do Vivo EnCena, Expedito Araujo, contou com perguntas sobre a construção do espetáculo, curiosidades sobre a vida e personalidade dos personagens e a interação dos atores na montagem. A segunda sessão de Camille e Rodin acontece neste domingo (3) às 19h no Teatro Santa Isabel.

O programa Vivo EnCena traz a montagem Camille e Rodin ao Recife, que se apresenta no Teatro Santa Isabel, no sábado (2) e domingo (3), às 20h e 19h, respectivamente. O espetáculo tem direção do ator e diretor Elias Andreato e conta com o texto de Franz Keppler, convidado para desenvolver dramaturgia inédita, que retrata a paixão dos artistas Camille Claudel e Auguste Rodin.

O espetáculo é encenado pelos atores Leopoldo Pacheco e Melissa Vettore, idealizadores do projeto. "Fui em uma época no museu Rodin e me impressionei muito. Um dia conversando com Melissa, ela me fala do interesse que ela tinha de pesquisar Camille Claudel e eu contei sobre o interesse que tinha sobre Rodin", contou Leopoldo sobre como surgiu o espetáculo.

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A montagem conta a história de Camille Claudel, uma jovem intuitiva, dona de uma imaginação excepcional, uma mulher determinada que quebrou laços com sua classe social e a moral vigente, entrando em conflito com sua família e com as normas de conduta bem aceitas em sua época para se tornar uma artista grandiosa. Auguste Rodin, um gênio já maduro que com seu trabalho e talento, se transformou no maior escultor de todos os tempos, representando através de sua arte, as paixões humanas.

Leopoldo, em entrevista ao LeiaJá, contou sobre a composição do personagem. "Eu sempre gostei do Rodin. Personagens que existiram me interessam muito. Antes de fazer teatro eu estudava artes plásticas. O artista constrói em cena, esculturas de argila." Durante o espetáculo, aprendi a fazer esculturas e me interessei em fazer a modelagem no palco, foi uma experiência muito interessante", contou Leopoldo.

A atriz Melissa Vettore encara o espírito curioso de uma jovem talentosa chegando a uma cidade grande, com entusiasmo e paixão pela arte. "A personagem é muito delicada e ao mesmo muito forte, traz um sentimento na alma", explicou  Melissa ao LeiaJá. Em relação à construção do papel, a atriz precisou dar um tom mais grave à sua voz e usar no palco a dança, a qual já possui uma boa relação.

A direção de Elias Andreato foge de uma forma teatral tradicional de apresentar biografias e o cenário reproduz o Retiro Pagão, com portas e janelas, alternando os ambientes do grande ateliê e do asilo, com figurino simples e trila sonora composta especialmente para o espetáculo. "Sou a favor de biografias, da vida atrás da obra. O espetáculo traz a questão loucura versus nível de entrega, no que diz respeito à criação", declarou Melissa. 

Leopoldo interpreta um artista maduro, com uma alma tão jovem quanto à de Camille, apaixonado pela beleza e pela criação. Segundo ele, um dos destaques do espetáculo é a entrega dele e de Melissa e as belas composições corporais que reproduzem os temas das esculturas de Camille e de Rodin. "É lindo ver a maneira como a gente se apaixonou por esses personagens. Tentamos criar um caminho físico, corporal", contou Leopoldo.

No sábado (2), após o espetáculo, acontece mais uma edição da série Encontros Vivo EnCena, que contará com a participação dos atores Melissa Vettore e Leopoldo Pacheco. Com o tema Teatro e Transformação”, o debate será mediado pelo pesquisador em gestão cultural e curador do Vivo EnCena, Expedito Araujo. 

Serviço

Camille e Rodin 

Sábado (2) | 20h

Domingo (3) | 19h

Teatro Santa Isabel (Praça da República - Santo Antônio)

R$ 40 e R$ 20 (meia)

(81) 3355 3322 | (81) 3355 3323

Nos dias 2 e 3 de novembro, às 20h e 19h respectivamente, o Teatro de Santa Isabel será palco da peça Camille e Rodin, drama que traz à tona o relacionamento entre o escultor Auguste Rodin e sua discípula Camille Claudel. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada). Além da peça, após a exibição do dia 2 será realizada mais uma edição da série Encontros Vivo EnCena.

Com texto de Franz Keppler e direção de Elias Andreato, a peça reconstrói o encontro destes dois gênios criativos. De um lado, Camille Claudel, interpretada por Melissa Vettore, uma jovem intuitiva, determinada, que quebrou laços com sua classe social. Do outro, Leopoldo Pacheco incorpora Auguste Rodin, um gênio já maduro que com seu trabalho e talento se transformou num dos maiores escultores da história.

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Encontros Vivo EnCena - Após a apresentação no dia 2 de novembro os atores Melissa e Leopoldo participam da série que terá desta vez o tema 'Teatro e Transformação'. O debate, que será mediado pelo pesquisador em gestão cultural e curador do Vivo EnCena, Expedito Araujo, tem o objetivo de estimular o intercâmbio de projetos de artes cênicas.

Serviço

Camille e Rodin

2 e 3 de novembro | 20h e 19h, respectivamente

Teatro de Santa Isabel (Praça da República, S/N - Santo Antônio)

R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)

(81) 3355 3323

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