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O primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, pediu nesta terça-feira que os líderes da União Europeia adotem um plano de ação para lidar com os problemas de imigração na Europa. Os comentários de Letta foram feitos depois que dois barcos naufragaram recentemente, matando mais de 400 pessoas.

A Europa não pode apenas observar estas tragédias, disse Letta ao parlamento italiano, acrescentando que "espera uma ação imediata". O premiê pediu que a agência de fronteira da União Europeia, Frontex, ganhe mais força e que o programa de patrulha Eurosur seja implementado mais cedo do que o prazo de início de dezembro. Além disso, Letta fez um apelo para que os líderes que comparecerão a uma cúpula da UE nesta semana adotem um plano de ação.

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O Eurosur aproxima diferentes agências de patrulha de fronteira da União Europeia e ajuda-as a se comunicarem entre si e a trocarem informações de drones de vigilância e dados de satélite.

Letta também fez um apelo por um "diálogo com os países do mediterrâneo", de onde migrantes vem ou por onde eles transitam em suas jornadas para as fronteiras europeias.

A tragédia de "Lampedusa é uma questão europeia", afirmou o premiê, referindo-se à ilha italiana onde chegaram milhares de migrantes vindos do norte da África nesta ano.

Um barco que transportava requerentes de asilo majoritariamente da Eritreia pegou fogo e afundou perto da costa de Lampedusa em 3 de outubro, matando 364 migrantes, no pior desastre de refugiados da Itália.

Já no dia 12 de outubro, um barco com refugiados sírios naufragou em alto mar entre Lampedusa e Malta. Trinta e seis corpos foram recuperados, mas autoridades disseram que o número de mortos pode ser de 200 pessoas. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Itália defende a garantia de alimentos como prioridade para os fazedores de polícia global, afirmou nesta quarta-feira o primeiro-ministro italiano Enrico Letta, em seu discurso de abertura na Assembleia Geral das Nações Unidas.

"Deveríamos nos focar nas causas dos males que afligem nosso mundo ao invés de nos limitarmos aos efeitos secundários", afirmou Letta. "Chegou o momento de lançar um novo consenso global contra a fome."

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Em 2008, a Itália, cujo limitado poder de fogo financeiro devido aos seus problemas fiscais crônicos, tentou tornar a luta contra a fome tema da reunião do G-8 em Áquila, na Itália, propondo que as maiores economias disponibilizassem em torno de US$ 15 bilhões pela causa.

Na época, a crise financeira global havia tomado conta dos recursos públicos e da atenção, ainda que a séria alta nos preços de alimentos básicos que ajudou a estimular a chamada Primavera Árabe tivesse alimentado temores de que políticas de relaxamento monetário nas economias desenvolvidas pudesse disparar uma alta ainda maior nos preços dos produtos básicos. Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, aproveitou a vitória convincente de sua coalizão de centro-esquerda no segundo turno das eleições municipais de ontem e hoje no país para promover seus esforços para recuperar a estagnada economia italiana.

O Partido Democrata venceu em todas as principais cidades onde disputou segundo turno, inclusive em Brescia, cidade do norte da Itália que tradicionalmente elege conservadores. Letta saboreou uma vitória especial em Roma, onde o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi entrou pessoalmente na campanha pela reeleição de seu candidato.

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Já o partido conservador de Berlusconi, elemento-chave da tensa coalizão de governo italiana, saiu derrotado em todas as 16 disputas por capitais regionais no domingo e na segunda-feira.

Hoje, depois de as projeções indicarem uma clara vitória da centro-esquerda, Letta comemorou o resultado. "Isso reforça o plano de uma ampla coalizão e leva a mim e a todos nós a trabalharmos cada vez mais", declarou o primeiro-ministro.

Letta disse a jornalistas que aproveitará o momento para abrir caminho para a criação de postos de trabalho e fazer frente ao crescente desemprego no país, especialmente entre a população mais jovem. Letta tem pressionado pelo desenvolvimento de uma estratégia europeia para recuperar a economia do Velho Continente.

Em Roma, o prefeito Gianni Alemanno foi rápido em admitir a derrota para o desafiante Ignazio Marino, de centro-esquerda. O aliado de Letta venceu o candidato de Berlusconi por uma margem de quase 30 pontos porcentuais.

Depois de semanas de impasse por causa do resultado inconclusivo das eleições gerais de fevereiro, o Partido Democrata, de Letta, viu-se forçado a unir-se com a facção conservadora de Berlusconi para formar um governo de esquerda-direita. A formação de um governo com partidos tão antagônicos vem provocando constante tensão política desde sua posse, há um mês e meio.

Simultaneamente, as eleições municipais sinalizam um agravamento da apatia dos eleitores italianos. O índice de comparecimento às urnas foi baixo nos dois turnos. Em Roma, o índice de comparecimento caiu de 52,8% no primeiro turno para 45% no segundo.

Pesquisas de opinião revelaram queda acentuada da confiança dos italianos na capacidade de seus políticos de governarem o país e de fazerem frente aos problemas nacionais. Fonte: Associated Press.

Roma (AE) - O novo primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, anunciou seu governo neste sábado, um gabinete bipartidário de políticos e especialistas, cujo trabalho será tirar o país de uma recessão econômica profunda e introduzir mudanças institucionais importantes, como a reforma da lei eleitoral.

Letta anunciou seu novo gabinete depois de três dias de negociações frenéticas, que se seguiram à sua nomeação como primeiro-ministro indicado na quarta-feira. O gabinete, que deve ser empossado amanhã, precisa ganhar um voto de confiança em ambas as casas do Parlamento - votos que devem vir no início da próxima semana.

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Nos principais postos estão Fabrizio Saccomanni, vice-presidente do Banco da Itália, que será o ministro da Economia, e Enrico Giovannini, diretor da agência de estatísticas Istat, que assumirá como ministro do Trabalho. Saccomanni é próximo do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi. Emma Bonino, ex-comissária europeia, será ministra das Relações Exteriores e o atual ministro para Assuntos Europeus, Enzo Moavero Milanesi, permanecerá no cargo.

Em um sinal da natureza bipartidária do novo governo, Angelino Alfano, chefe do partido Povo da Liberdade, do ex-premiê Silvio Berlusconi, será o vice-primeiro-ministro.

Letta, de 46 anos, já foi ministro em três ocasiões e é muito respeitado na Europa. O gabinete contará também com rostos novos, como o de Cecile Kyenge, que se tornará a primeira pessoa negra a ocupar um ministério na Itália, e de Flavio Zanonato, o prefeito esquerdista de Pádua, o centro das pequenas empresas que formam a estrutura industrial do país.

O exercício de equilíbrio de Letta - a Itália não tem uma grande coalizão do tipo desde 1946 - é uma última tentativa para evitar que o país volte às urnas após o resultado inconclusivo das eleições gerais realizadas em fevereiro. Na ocasião, os votos ficaram divididos entre o Partido Democrático, de centro-esquerda, o Povo da Liberdade e o Movimento Cinco Estrelas, do ex-comediante Beppe Grillo. Com um nova votação, a Itália estaria sujeita a mergulhar numa crise política que provavelmente não seria perdoada pelos investidores internacionais e poderia comprometer o acesso do país aos mercados de bônus soberanos.

"Nosso país e a Europa não podiam esperar mais" para a formação de um governo, comentou o presidente italiano, Giorgio Napolitano após Letta anunciar seu gabinete.

A tarefa de Letta não será fácil e são muitos e grandes os desafios que ele enfrentará. A força de seu governo - ou seja, a clara exclusão da antiga e ainda influente guarda política do país - também é uma desvantagem. Berlusconi e políticos esquerdistas de longa data ainda têm campo de manobra em seu partidos e podem acabar minando o novo governo, em especial na hora de votar questões sensíveis, como um polêmico imposto sobre propriedades.

"Este é um governo jovem, qualificado e com boa química política. Muitos são de uma geração que não adota a política de confrontação e guerra civil que marcou a era de Berlusconi", diz Marcello Sorgi, editorialista do jornal La Stampa. "Mas essa é também a maior fraqueza do novo governo."

Outro problema, segundo Sorgi, tem a ver com as divisões dentro do Partido Democrático de Letta, cujos esforços de formar um governo desde fevereiro trouxeram à tona grandes divergências entre facções em conflito. Pier Luigi Bersani, que liderou o partido até as eleições, renunciou recentemente após a legenda falhar também na eleição de seu candidato a presidente.

Além disso, a coalizão de Letta vai enfrentar forte oposição no Parlamento dos representantes do Movimento Cinco Estrelas, de Grillo. A aliança, que conquistou um quarto dos votos nas eleições, tem levantado muitas das antigas frustrações dos italianos, principalmente dos mais jovens, com a classe política do país e seus excessos. Em seu blog, Grillo chamou a nova coalizão de "obscena".

Já a situação econômica da Itália é uma das mais graves em décadas. Embora suas contas fiscais estejam em melhor forma do que as da maioria dos países avançados, a taxa de desemprego local atingiu o recorde de 11,7% em janeiro e a dívida pública italiana, em 126% do Produto Interno Bruto (PIB), há anos é vista com muita preocupação pelos parceiros da zona do euro. O maior problema, como disse Saccomanni na semana passada durante as reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, é o crescimento fraco da economia. Só as políticas do novo governo podem cuidar disso. As informações são da Dow Jones.

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, convocou nesta quarta-feira Enrico Letta, subsecretário do Partido Democrata, para uma reunião no palácio presidencial, o primeiro passo para que Letta seja nomeado primeiro-ministro.

Napolitano, que foi reeleito no sábado, disse nesta semana que vai agir rápido para nomear alguém que possa conduzir um governo bipartidário, na expectativa de encerrar o impasse político que já dura dois meses e colocar o país no curso das reformas que precisam ser realizadas, dentre elas a da lei eleitoral.

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Se Napolitano pedir a Letta que forme um novo governo, ele vai nomear seu gabinete de ministros e o novo governo deve então conquistar um voto de confiança no Parlamento, antes de iniciar seu mandato. Se o novo governo for confirmado pelo Parlamento, Letta, de 46 anos, se tornará o premiê mais novo da história da Itália. As informações são da Dow Jones. (Priscila Arone - priscila.arone@estadao.com)

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