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Já está disponível em todas as plataformas digitais o single "Bloco dos Minions", do músico pernambucano Ugo Barra Limpa. Em forma de marchinha carnavalesca, a canção é uma crônica política que critica aquilo que o artista chama de "recrudescimento da extrema direita" no Brasil, bem como as manifestações golpistas ocorridas em janeiro deste ano, que depredaram prédios dos Três Poderes, em Brasília. 

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A faixa foi composta, produzida e arranjada por Barra Limpa. Já o trabalho de captação, edição, mixagem e masteriazação foi feito por D Mingus, que também tocou guitarra, flautas e sintetizador. "Bloco dos Minions" foi lançada pelo selo independente Pé-de-cachimbo Records.

Sobre Ugo Barra Limpa

Formado em Licenciatura em Música pela UFPE e pós-graduado em Produção cultural pela Fafire, Ugo Barra Limpa é violonista, compositor, arranjador e professor. Foi aluno na escola Tritonis, onde cursou Harmonia Contemporânea, Arranjo e Harmonia Avançada. Integrou as bandas Carranca, Relampejo e o grupo cênico-musical-performático "A Besta Fera e a Peleja de todo dia".

No ano do centenário do frevo foi finalista do concurso de música carnavalesca da prefeitura da cidade do Recife na categoria Maracatu com sua canção "Pindorama", defendida por Mevinha Queiroga e executada pela Banda Sinfônica do Recife. Participou da quarta edição da coletânea virtual Recife Lo-Fi capitaneada por Zeca Viana com seu frevo lisérgico intitulado "Ilusões".

Como instrumentista, vem participando das gravações dos discos e shows de artistas como Avoada, Juvenil Silva, Petrônio e as Criaturas, Marília Parente, entre outros. Produziu recentemente o EP de estreia do Projeto Ganesha, trabalho dedicado aos mantras indianos. Seu som passeia entre as influências da psicodelia nordestina, música Armorial, Tropicália, Jovem Guarda, Bossa Nova e muito da cultura oriental.

Atualmente, tem veiculado seu trabalho autoral em eventos presenciais e online como o Sarau das Artes e o Sarau da Boa Vista. Ele se prepara para gravar seu primeiro álbum de canções autorais, a ser lançado pelo selo independente Pé-de-Cachimbo Records.

Carnaval é a festa da alegria desmedida, animação no maior grau, muita vontade de aproveitar tudo. E como toda festa que se preze, claro, é embalada por músicas que acabam sendo eternizadas nas ladeiras e passarelas pelas quais passam. Mas nem todo hino e hit carnavalesco consegue ser cantado devidamente pelos foliões. Além de alguns que, de fato, trazem verdadeiros trava-línguas e listas de nomes difíceis que precisam ser decorados, a efusividade da brincadeira pode influenciar no produto final. O que importa, mesmo, é carnavalizar, mas, confira algumas dessas canções que todo mundo acaba errando no bloquinho e descubra qual delas você ainda não aprendeu corretamente.</p><p dir="ltr"><strong>Evocação n&ordm; 1 (Nelson Ferreira)</strong></p><p dir="ltr">A melodia lírica e um tanto lânguida deste frevo-canção não é o suficiente para ajudar os foliões a cantarem sua letra corretamente. Afinal de contas: &#39;Felinto&#39;; &#39;Fenelon&#39;; que nomes mais difíceis são esses? Sem contar nos nomes de blocos antigos, um tanto complicados de pronunciar no auge da folia, como &#39;Pirilampos&#39; e &#39;Apôis Fum&#39;.</p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="489" src="https://www.youtube.com/embed/St8Zw7dZ_8c" width="670"></iframe></p><p dir="ltr"><strong>Valores do passado (Edgard Morais)</strong></p><p dir="ltr">Esse aqui também apela para a memória do folião. Traz ainda mais nomes de blocos antigos, alguns completos: porque Pirilampos, na verdade, é nome composto, Pirilampos de Tejipió. E o que dizer de &#39;Crisântemos&#39;, &#39;Lira do Charmion&#39; e &#39;Turunas de São José&#39;? Explicado o &#39;enrolation&#39; na hora de entoar o clássico.</p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="489" src="https://www.youtube.com/embed/hpGo39qVhds" width="670"></iframe></p><p dir="ltr"><strong>Voltei, Recife (Luiz Bandeira)</strong></p><p dir="ltr">Aqui é proposto quase um trava-língua para quem tá curtindo o Carnaval. O frevo acelerado dificulta a pronúncia das palavras de maneira correta, e aí já se tem uma boa desculpa para enrolar na hora de cantar. Depois do &#39;quero ver novamente Vassoura&#39;, abafando, passando, dançando? Tem que ensaiar antes de sair de casa. E o que dizer da &#39;embriaguês do frevo que entra na cabeça&#39; e depois..? Embriagado de frevo é que ninguém consegue cantar mesmo. &nbsp;Observação: o correto é abafando mesmo.</p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="489" src="https://www.youtube.com/embed/oGvmzC7UdCE" width="670"></iframe></p><p dir="ltr"><strong>Hino do Elefante de Olinda (Clídio Nigro / Clóvis Vieira)</strong></p><p dir="ltr">Essa aqui tem várias &#39;pegadinhas&#39;. Já começa pelos &#39;clarins de Momo&#39;, em referência ao dono da festa que acaba virando &#39;bombos&#39;. E a saudação final ao Carnaval acaba transformando a flia em deus, há quem troque &#39;salve o teu carnaval&#39; por &#39;salve o Deus Carnaval&#39;. Até que faria sentido, realmente.</p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="489" src="https://www.youtube.com/embed/RGQ7-fSKVkU" width="670"></iframe></p><p dir="ltr"><strong>Frevo Mulher (Zé Ramalho)</strong></p><p dir="ltr">Essa música até que não tem tantas palavras difíceis, nem trocadilhos. Mas sua letra pode soar um tanto quanto rebuscada para hit carnavalesco. Ou &#39;Outonos caindo secos no solo da minha mão&#39; não é uma poesia de Carnaval? O folião que não tiver habilidade para recitar pode se perder fácil por esses versos.</p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="489" src="https://www.youtube.com/embed/uzBYDbVq_Yk" width="670"></iframe></p><p dir="ltr"><strong>Chuva de Sombrinhas (André Rio)</strong></p><p dir="ltr">Hino do Carnaval Pernambucano, que toca milhares e vezes ao longo dos dias de folia, essa música já carrega no nome alguns erros dos foliões. Primeiro que nem todos sabem que seu título é &#39;Chuva de Sombrinha&#39;, ela foi carinhosamente &#39;rebatizada&#39; pelo povo de &#39;Ai, que calor&#39;. A letra também exige um pouco de boa memória para cantar os nomes de vários artistas locais, como Selma do Coco e Lia de Itamaracá. Um clássico!</p><p><iframe width="670" height="489" src="https://www.youtube.com/embed/L2IYshRNSJc" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe></p><p dir="ltr"><strong>Arrêa a lenha - (Marron Brasileiro)</strong></p><p dir="ltr">Aqui também carrega uma confusão no título, todos acham que o nome da música é apenas &#39;Arrêa&#39;. Coisa que não aconteceria se todos soubéssemos que tal nome é dito no refrão da canção: &quot;Arrea, arrea, arrea, arrea a lenha&quot;. Na hora da &#39;arriação&#39; a diversão é tanto que todo mundo acaba é se perdendo mesmo.</p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="489" src="https://www.youtube.com/embed/g7xwkFTzDO4" width="670"></iframe></p><p dir="ltr"><strong>Morena Tropicana (Alceu Valença)</strong></p><p dir="ltr">Essa música além de exigir um certo conhecimento horti-fruti-granjeiro, e, claro, boa memória, exige um certo cuidado com suas palavras. &#39;Sumo&#39;; &#39;beijo travoso&#39;; &#39;fruta de vez temporana&#39;; é necessária uma certa ajuda para não errar tudo isso em pleno Carnaval.</p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="489" src="https://www.youtube.com/embed/lBceTwMECxY" width="670"></iframe></p><p dir="ltr"><strong>Último Regresso - (Getúlio Cavalcanti)</strong></p><p dir="ltr">Esse lindo frevo de Getúlio Cavalcanti, quando toca, pode deixar aquela tristezinha. É aí que a dor de não cantar&#39; leva o folião a errar a letra toda; acabamos esquecendo que o pastoril é &#39;da vida singular&#39; e que, quando o dia amanhecer o folião vai &#39;ouvir ao longe pastorinhas mil&#39; e não se deparar com violões.</p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="489" src="https://www.youtube.com/embed/CG_4Hb3HuVY" width="670"></iframe></p><p dir="ltr"><strong>A Praieira - (Chico Science)</strong></p><p dir="ltr">A música de Chico Science, outra composição elevada a hino do Carnaval nem é difícil de cantar. Porém, quando o trio elétrico puxa os primeiros acordes dessa canção, às 12h, no meio da Avenida Guararapes em pleno desfile do Galo da Madrugada, é praticamente impossível cantar qualquer coisa de forma correta devido à loucura pela qual os foliões - todos eles e elas - são tomados. Manifestação inexplicável, só vendo para crer.</p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="489" src="https://www.youtube.com/embed/pXpsxv4PvFU" width="670"></iframe></p><div>&nbsp;</div>

Figura sempre presente nas prisões da Operação Lava Jato e citado em gravação de conversa do senador Delcídio Amaral (PT-MS), o agente da Polícia Federal Newton Ishii agora é tema de marchinha de carnaval. Começou a circular desta quinta-feira, 3, na internet o vídeo "Marchinha do japonês da Federal", em referência ao chefe do Núcleo de Operações da PF de Curitiba (PR), palco da Lava Jato.

Composta pelo advogado e compositor Thiago Vasconcellos de Souza, de 36 anos, em parceria com seus colegas músicos identificados como "Dani Batistonne", "Jabolinha" e "Tigrão", a música homenageia a operação após o apelido de Ishii aparecer nos áudios das conversas de Delcídio.

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Em diálogo com o parlamentar e o advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira, cita o agente da PF como o "japonês bonzinho". O trio foi preso no dia 25, por suspeita de tentarem prejudicar a Lava Jato e planejar uma fuga do ex-diretor da Petrobras.

"Aí meu Deus/ me dei mal/ bateu à minha porta/ o Japonês da Federal!", diz o refrão da música, composta por Thiago Souza para o concurso de marchinhas carnavalescas da Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, cujas inscrições começam neste sábado, 5.

"Achei que o japonês era o personagem perfeito para uma marchinha, um cara que ninguém conhece direito mas todo mundo conhece e acabou virando uma personalidade emblemática", conta o compositor, que decidiu divulgar sua música na internet antes das inscrições.

Thiago diz não ser filiado a nenhum partido e que essa é a primeira marchinha que faz com referência a um tema político. Atualmente morando em Campinas (SP), ele conta que começou a compor sambas em 2007, quando morava na Vila Madalena, bairro boêmio da capital paulista. Foi convidado por um colega de bar a compor para escolas de samba da capital e chegou até a fazer composições vencedoras do carnaval paulistano deste ano.

"Comecei frequentando a Pérola Negra, depois fui padrinho da Império de Casa Verde por três anos e ai entrei na ala de compositor da Mangueira (escola do Rio de Janeiro) por volta de 2010, quando teve um concurso de samba de terreiro", conta Thiago, que fez os sambas deste ano da Dragões da Real, escola do grupo especial do carnaval de São Paulo e da escola Morro de Casa Verde, do grupo de acesso.

Na noite deste domingo (1º),  o frevo canção Adoro celulite, composto em 1993 por Gustavo Krause, ex-governador de Pernambuco, e pelo compositor J. Michiles, foi o grande vencedor do 10º Concurso de Marchinhas de Carnaval da Fundição Progresso, no Rio de Janeiro.

A composição pernambucana disputou a final com mais duas canções, de São Paulo e do Rio de Janeiro. De acordo com o Fantástico, da Rede Globo, que exibiu a final, em 2015 foram 1.339 marchinhas inscritas. A música Marchinha literária, de Roni Walk, levou o 2º lugar e Fucei seu Face, de Paulo Padilha, ficou com o 3º. 

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Michiles é autor de canções que marcaram época e ainda fazem muito sucesso no Carnaval de Pernambuco. Diabo louro, Bom demais, Me segura se não eu caio, Vampira, Roda e avisa são algumas delas. As canções do compostior já foram cantadas por Fafá de Belém, Dominguinhos, Claudionor Germano, Maria Bethânia, Geraldo Azevedo e Elba Ramalho, além de Alceu Valença, seu principal intérprete. 

No último domingo (1º), em homenagem aos seus 72 anos de Michiles, que serão completados no dia 4 de fevereiro, a Orquestra Arruando trouxe ao público clássicos do artista em uma homenagem ao compositor no Marco Zero do Recife.

Adoro celulite (Jota Michiles e Gustavo Krause)

Gordinha linda Afrodite

Parei no seu it

De anjo barroco

Você me deixa louco

Com seu apetite, acredite

Adoro celulite

Na comilança

Ninguém lhe segura

Em cima da balança

É beleza pura

Na gula deita e rola

Com seu jeito moleque

Bebendo Coca Cola

Comendo Big Mac

Gordinha gulosa

Que tudo deseja

Vem pra mim de bandeja

Com toda tesão

Quebrando a cintura

Rasgando corpete

Quero ser teu sorvete

Melando na mão

Há dois anos, muito antes de o Uruguai se tornar o primeiro país do mundo a legalizar o cultivo e a venda de maconha e de o Estado americano do Colorado liberar o uso recreativo, o músico e compositor Henrique Cazes já estava pensando na erva.

Não que ele seja usuário. Movido pela discussão em torno das passeatas em várias cidades brasileiras em prol da descriminalização, ele compôs "A Marcha da Maconha", agora finalista do Concurso Nacional de Marchinhas Carnavalescas da Fundição Progresso, no Rio.

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"Desberlota aí/Que eu enrolo pra você/Depois só falta um canto/Sossegado pra acender", canta Cazes num vídeo postado no YouTube na segunda-feira, 7, e que já foi visto por mais de 3.200 internautas. O título escolhido por Cazes se dá pelo fato de as passeatas em defesa da liberação se denominarem Marcha da Maconha. Ele só a lança agora porque não estava no Brasil no carnaval passado. "O que me inspirou foi ver que proibiam e depois autorizavam a marcha. Como o Uruguai e o Colorado liberaram, esse acabou sendo um bom momento. Não sou usuário, mas sou músico há 38 anos e nesse meio se convive com o uso da maconha sem problema", conta Cazes.

O compositor, que já participou de outras duas edições do concurso, ficou surpreso ao saber que a marcha tinha sido selecionada, uma vez que o resultado final é transmitido ao vivo pelo Fantástico, na Rede Globo de Televisão, e, por isso, as marchinhas mais ousadas costumam ficar de fora.

Cazes havia inscrito outras duas composições que falam sobre o grupo Procure Saber e a questão da autorização prévia de biografias no Brasil, e outra intitulada Vovó É Home. Patrocinado pelo Estado, o concurso existe desde 2005 e está ligado à revitalização do carnaval de rua do Rio desde a década passada. Os jurados avaliam músicas mandadas de todo o Brasil. Concorreram 853 marchinhas, das quais o júri selecionou dez para a grande final, que será no dia 16 de fevereiro. Os temas mais recorrentes foram os protestos de rua, o mensalão, a Copa do Mundo e a espionagem americana.

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