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A Petrobras anunciou na tarde desta segunda-feira (5) a contratação de novas 23 embarcações pelo Programa de Renovação da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo (Prorefam). Esta é a sexta rodada de licitações do programa, lançado em 2008. De acordo com a estatal, as novas contratações representam um investimento de US$ 1,7 bilhão no setor marítimo, com a perspectiva de 7 mil empregos em estaleiros locais, em função das exigências de conteúdo local das embarcações.

As novas contratações foram aprovadas na reunião da diretoria executiva da empresa, na última sexta-feira (2). Serão 19 navios tipo Platform Supply VEssel (PSV), que realizam transporte de carga para as plataformas. As propostas vencedoras dos contratos foram feitas pelas empresas Asgaard Navegação (com seis embarcações), Starnav Serviços Marítimos (seis), Bram Offshore Transportes Marítimos (três), Wilson Sons Offshore (duas) e Companhia Brasileira de Offshore (duas).

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As outras quatro embarcações são do tipo Anchor Handling and Tug Supply (AHTS), que realizam reboques e ancoragem das plataformas e sondas de perfuração nos blocos em exploração. Todas as quatro foram adquiridas da Companhia Brasileira de Offshore. O ritmo de contratações desse tipo de embarcação, mais sofisticado, é que mais preocupa a Petrobras. Com essas, até o momento, são 15 novas AHTS contratadas, quando a demanda prevista seria entre 40 e 50.

Ao todo, o programa já contratou 110 embarcações, de um total previsto de 146. Segundo a Petrobras, o programa gera uma demanda de US$ 6,7 bilhões em investimentos das empresas afretadoras aos estaleiros. Todos os contratos já preveem cláusulas de conteúdo local que varia entre 50% (AHTS) e 60% (PSV) na fase de construção. Na fase de operação, o porcentual chega a 70%.

Desse total, 26 embarcações já estão em operação e 61, em construção, segundo balanço da Petrobras. O edital da sétima e última rodada de licitações foi divulgado em março. As propostas serão recebidas pela estatal até junho e a previsão é que a contratação seja feita até outubro.

O comércio internacional brasileiro por meio marítimo registrou contração de 0,4% no terceiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, mostra relatório divulgado nesta terça-feira pela companhia de transporte de contêineres Maersk Line do Brasil. No período, os embarques recuaram 0,6% e as importações ficaram praticamente estáveis, com queda de 0,1%.

Esta foi a primeira retração deste ano da corrente comercial brasileira por meio marítimo, o que mostra que o comércio exterior do País foi, gradualmente, perdendo força ao longo de 2012. Nos três primeiros meses deste ano, houve crescimento de 6,9% na comparação anual, e, no segundo trimestre, o avanço foi reduzido para 2,3%.

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O destaque é o forte declínio nas exportações de bens manufaturados. Apesar disso, houve leve aumento na importação de bens de consumo para o Natal no terceiro trimestre, o que aumenta a expectativa de que as vendas no varejo serão "modestamente positivas" neste fim de ano, segundo o CEO da Maersk Line do Brasil, Peter Gyde.

Para o quarto trimestre, o executivo adianta que o fluxo de contêineres entre o Brasil e o resto do mundo no mês de outubro foi forte, mas, no entanto, os meses de novembro e dezembro devem ser mais fracos. "Ainda não enxergamos uma melhora suficiente no volume que suporte a tese dos economistas de que a economia brasileira está voltando a se aquecer", ponderou Gyde. "Ainda esperamos por sinais concretos de que a economia local está se recuperando".

Na análise por regiões, o estudo mostra que, no caso da Ásia, as exportações brasileiras continuam sofrendo. Os embarques de produtos refrigerados para a região cresceram apenas 1,5%, frente a um avanço de 31% no segundo trimestre. Para os próximos trimestres, Gyde salienta que a economia chinesa já começa a mostrar sinais de estabilidade, após uma desaceleração do crescimento. Diante disso, portanto, não são esperadas mudanças drásticas nos volumes daqui para frente.

O comércio europeu segue mostrando fraqueza, com cinco trimestres seguidos de falta de crescimento das exportações de carga.

Estados Unidos

A demanda dos Estados Unidos por produtos brasileiros apresentou, no terceiro trimestre, os primeiros sinais de crescimento desde o início de 2011. "Os ganhos reforçam a expectativa de que a economia norte-americana deve crescer 2% no quarto trimestre, graças ao aumento da confiança do consumidor e à melhora do mercado imobiliário", destacou o executivo. As exportações de produtos não refrigerados para os EUA e Golfo do México se expandiram 7% no terceiro trimestre na comparação anual, após uma contração de 0,8% no trimestre anterior.

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