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A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) incluiu, em cerimônia realizada nesta sexta-feira em Havana, os escritos de Ernesto "Che" Guevara no Programa Memória do Mundo. Com isso, os manuscritos do médico argentino convertido em líder revolucionário são reconhecidos agora como patrimônio da humanidade.

O Programa Memória do Mundo possui quase 300 documentos e compilações de cinco continentes. Os textos de Che estão entre as 54 novas adições de 2013.

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Os manuscritos incluem seus "Diários de Motocicleta" e os registros feitos nas montanhas da Bolívia antes de sua execução, em 1967.

O reconhecimento dos manuscritos de Che como patrimônio da humanidade faz com que esses documentos passem a contar com o apoio da Unesco para sua proteção e sua preservação.

A viúva, a esposa e o filho de Che estiveram presentes à cerimônia promovida hoje pela Unesco na capital cubana. Fonte: Associated Press.

A documentação Rede de informações e Contrainformação do Regime Militar no Brasil (1964-1985), que integra o acervo do Arquivo Nacional, recebeu o certificado internacional do Programa Memória do Mundo, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

A certificação representa o reconhecimento dessa documentação como patrimônio da humanidade e foi entregue na última sexta-feira (2) ao Arquivo Nacional, em solenidade na Ilha Fiscal, na Baía de Guanabara, junto ao centro do Rio. Esta é a primeira vez que a instituição recebe da Unesco o registro em nível internacional.

O conjunto de documentos agora reconhecido pela Unesco incorpora acervos de órgãos centrais do antigo Sistema Nacional de Informações (SNI), atualmente sob a guarda do Arquivo Nacional, e de órgãos de informação das unidades da Federação, estes custodiados por arquivos estaduais ou por entidades. Esse conjunto de arquivos integra o Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil (1964-1985) – Memórias Reveladas, projeto do governo federal coordenado pelo Arquivo Nacional. O Memórias Reveladas serviu de base para a exposição Registros de uma Guerra Surda, exibida em abril deste ano na sede do órgão, no centro do Rio de Janeiro.

A Unesco também contemplou com o certificado de reconhecimento, no âmbito nacional, o Fundo Francisco Bhering – A Carta do Brasil ao Milionésimo, que reúne documentos cartográficos das primeiras décadas do século 20. “Essa documentação foi o ponto de partida para a construção da cartografia nacional nos moldes internacionais”, disse o supervisor de Documentação Cartográfica do Arquivo Nacional, José Luiz de Faria Santos.

Segundo ele, o engenheiro e professor Franciso Bhering, que dá nome ao fundo, foi o relator da comissão que, nos anos 1920, começou a construir a cartografia brasileira na escala 1:1.000.000, utilizada até hoje. São mapas de linhas telegráficas do Brasil e de países fronteiriços, ferrovias, urbanismo, estados e municípios brasileiros, hidrografia, terras indígenas, colonização e atividades bélicas.

Este é o quinto documento do acervo a obter o reconhecimento da Unesco no âmbito nacional, dentro do programa criado em 1992. Os demais são os conjuntos documentais Inconfidência em Minas – Levante de Tiradentes, Lei Áurea, Relações de Vapores SPMAF/SP-Santos e Agência Nacional: a Informação a Serviço do Estado, este último referente à agência de notícias antecessora da atual Agência Brasil.

Criado em 1992, o Programa Memória do Mundo da Unesco tem como objetivo preservar e difundir amplamente documentos, arquivos e bibliotecas de grande valor mundial, buscando impedir, assim, que o patrimônio da humanidade seja esquecido. Para isto, o programa reconhece documentos de significância para a memória coletiva dos povos do mundo, concedendo a eles registros nos âmbitos internacional, regional ou nacional.

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