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Contra a 'boiada' já anunciada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o presidente do Partido Verde de Pernambuco repudiou a intenção do Governo Bolsonaro em explorar petróleo e gás natural próximo ao destino paradisíaco de Fernando de Noronha. Além do desmonte aos órgãos fiscalizadores, como ICMBio e Ibama, o secretário de Infraestrutura de Paulista, Jorge Carreiro (PV), ressaltou a importância da preservação para o equilíbrio ambiental.

O desejo do Governo Federal é explorar as bacias Potiguar, no território do Rio Grande do Norte e Ceará. Contudo, a área fica próxima ao território pernambucano de Fernando de Noronha, que conta com 21 ilhas e é considerado um Patrimônio Mundial Natural da Humanidade.

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A crise do óleo cru que afetou o litoral nordestino em 2019 mostrou o potencial destrutivo da extração indiscriminada do material. Ter esse risco ao lado do parque nacional marinho, classificado como um santuário ecológico, foi criticado por Carreiro. "Permitir um leilão de petróleo próximo ao arquipélago, além de predatório, trata-se da legalização da destruição de um dos mais importantes parques marinhos não só brasileiro como mundial", afirmou em nota.

Carreiro ressalta que a sociedade não acata a perseguição ao meio ambiente e aos órgãos de proteção ambiental. "A preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável são os únicos caminhos para reverter as mudanças climáticas, a exemplo das tempestades que destroem tudo [...] Se não lutarmos pelo equilíbrio ambiental logo virão, também, secas extremas", concluiu.



Confira a nota na íntegra:

"O PV Pernambuco repudia as ofertas do governo federal para exploração de petróleo e gás natural nas bacias Potiguar (RN e CE), próxima ao parque nacional marinho de Fernando de Noronha, território pernambucano. Mesmo não sendo feito um estudo ambiental na região, conforme declarou o ICMBio e o Ibama, Noronha se trata de um santuário ecológico, composto por 21 ilhas, protegido por lei, além de ser Patrimônio Mundial Natural da Humanidade, dada a diversidade da fauna, da flora e a fragilidade do ecossistema diante da ação humana. Permitir um leilão de petróleo próximo ao arquipélago, além de predatório, trata-se da legalização da destruição de um dos mais importantes parques marinhos não só brasileiro como mundial.

A sociedade brasileira não aceita a perseguição ao meio ambiente e o desmonte dos órgãos de proteção ambiental, a exemplo do que vem acontecendo com o Instituto Chico Mendes de Conservaçãoda Biodiversidade (ICMBio), criado desde 2007. A preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável são os únicos caminhos para reverter as mudanças climáticas, a exemplo das tempestades que destroem tudo – como a tragédia de Brumadinho e as recentes chuvas que não só devastaram, mas desabrigaram e destruíram comunidades nas regiões Sul e Sudeste do país. Se não lutarmos pelo equilíbrio ambiental logo virão, também, secas extremas. É dever do Estado Brasileiro promover a preservação do nosso ecossistema."

Várias práticas relacionadas a culturas regionais, como o complexo cultural do bumba-meu-boi no Maranhão, a bachata - dança dominicana - e a massagem tradicional tailandesa são candidatas ao título de Patrimônio Imaterial da Humanidade, durante reunião da Unesco que será celebrada na semana que vem na Colômbia.

A decisão será tomada por um comitê especial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que se reunirá entre 9 e 14 de dezembro em Bogotá, primeira capital latino-americana a sediar este encontro anual.

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O comitê vai examinar um total de 41 solicitações de inscrição à lista representativa do Patrimônio Imaterial da Humanidade, na qual já constam várias expressões artísticas ou práticas culturais contemporâneas, como o tango, o flamenco e a filosofia milenar do ioga.

O Brasil já tem inscritas diferentes práticas nessa lista, como a roda de capoeira (2014), o Círio de Nazaré (2013) e o Frevo (2012).

Este ano, disputa o título a festa folclórica do bumba-meu-boi do Maranhão, que mistura arte popular, religião e história, e funde elementos do catolicismo, das religiões afro-brasileiras, da vida pastoril e das culturas indígenas presentes no estado.

Durante as festas juninas, um verdadeiro carnaval de rua toma conta das ruas do Maranhão, com mais de 400 grupos que montam coloridos desfiles, coreografias e peças teatrais para celebrar a ressurreição do boi, personagem central da festa.

Conta a lenda que a escrava Catirina, grávida do marido, Francisco, sentiu desejo de comer língua de touro. Para satisfazer a esposa, 'Chico' roubou e sacrificou o melhor animal da fazenda, provocando a ira do patrão. Mas com ajuda de curandeiros, o animal ressuscitou e o escravo escapou do castigo, dando início a uma grande festa.

Entre as outras candidatas a Patrimônio Imaterial está a bachata, dança típica da República Dominicana, que começou a emergir no país no século XX e que se espalhou pelo mundo.

- Evitar dores de cabeça -

As inscrições na lista do patrimônio costumam ser alvo de disputas entre vizinhos que reivindicam a paternidade desta ou daquela prática cultural, colocando o organismo mundial na incômoda posição de árbitro entre países-membros, um extremo que a Unesco evita.

França, Itália e Suíça evitaram dores de cabeça a seus diplomatas, ao promoverem juntas a inscrição do alpinismo, uma prática surgida no século XIV nos Alpes, e que vai além de uma prática esportiva, pois compreende um conjunto de técnicas e conhecimentos.

México e Espanha fizeram o mesmo com a cerâmica de Talavera, uma tradição de origem muçulmana, presente nos dois países, em que se trabalha e pinta o barro à mão.

"Existem práticas comuns entre vários países e, na medida do possível, incentivamos os países a trabalharem juntos", disse em coletiva de imprensa em Paris Tim Curtis, secretário da Convenção do Patrimônio Cultural Imaterial.

- Massagens, desfiles e danças -

A famosa massagem tradicional tailandesa, uma arte milenar que se popularizou nas últimas décadas em todo o mundo, também tentará entrar este ano na prestigiosa lista da Unesco.

"A inscrição deste elemento poderia ter um impacto positivo na percepção da prática em todos os níveis, incentivando os locais a preservarem seus conhecimentos e os jovens a aprenderem a prática e continuarem com a tradição", asseguram seus defensores.

A Bolívia defenderá a candidatura do desfile folclórico do Senhor do Grande Poder, também conhecida como a Festa Maior dos Andes, que corresponde à celebração católica da Santíssima Trindade.

Este desfile é a expressão da riqueza folclórica boliviana, demonstrada em uma ampla diversidade de danças, onde se destaca a morenada, que evoca o sofrimento de escravos negros nas minas durante a época colonial.

O Peru vai tentar a sorte com a dança El Hatajo de Negritos e de Pallitas, da costa sul-central peruana.

A Unesco recebe anualmente centenas de pedidos dos 178 países que ratificaram a convenção, mas aceita considerar pouco menos de 50. Seus especialistas apresentam recomendações favoráveis ou desfavoráveis a um comitê integrado por 24 países, ao qual cabe tomar a difícil decisão.

Embora a inclusão nesta lista lhes dê um selo distintivo, a declaração é apenas a parte mais visível do processo, cujo objetivo final é a proteção da diversidade cultural ante a crescente globalização.

A cidade de Paraty (RJ) foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) como patrimônio da humanidade. É a primeira vez que um local é declarado patrimônio misto - cultural e natural - na América do Sul. O reconhecimento se estende a Ilha Grande e uma extensa área preservada de mata atlântica na Serra da Bocaina.

A decisão ocorreu na 43ª reunião do Comitê de Patrimônio Mundial da Unesco, realizada nesta sexta-feira, 5, em Baku, capital do Azerbaijão. A reunião vai até a próxima quarta-feira, dia 10. Paraty já teve uma candidatura a patrimônio cultural recusada em 2009.

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Ao mesmo tempo em que recebe o título internacional, a cidade fluminense vê sua beleza ameaçada por problemas urbanos, como violência e falta de saneamento. Outras atrações históricas e naturais do Brasil - que já têm o título da Unesco - também convivem com o abandono do poder público.

Em Paraty, a baixa cobertura de saneamento e a violência urbana foram os entraves nas outras duas vezes em que a cidade tentou o reconhecimento internacional (em 2004 e 2009). A cobertura de esgoto era de pouco mais da metade da população (56,4%) em 2010, segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a taxa de homicídios era de 60,9 por 100 mil habitantes, segundo o Mapa - uma das 50 mais altas do Brasil.

A secretária de Cultura de Paraty, Cristina Maseda, reconheceu os gargalos urbanos, mas ressaltou os benefícios que o reconhecimento proporcionará. "Um título como esse abre portas importantes para resolver problemas que não conseguimos, como os de saneamento e violência. Abre possibilidades de financiamentos nacionais e internacionais", afirmou.

Outro problema da última candidatura, segundo os consultores da ONU, foi o caráter pouco abrangente da proposta. Agora, além do centro histórico, foram incluídos atrativos naturais. Entram no pacote as unidades de conservação da Serra da Bocaina, Ilha Grande, Praia do Sul, Cairuçu e o Morro da Vila Velha. São 149 mil hectares abrangendo seis municípios de São Paulo e do Rio de Janeiro, sendo a maior porção em Paraty e Angra dos Reis. Abriga ainda terras indígenas, quilombolas e comunidades caiçaras. (Com agências internacionais).

As festas populares Las Parrandas de Cuba, celebradas na região central da ilha comunista, foram declaradas nesta quarta-feira Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco.

A decisão foi tomada pelo Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco.

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As festas Las Parrandas são celebradas em 18 municípios do centro de Cuba, entre eles os de Remedios, Camajuaní, Zulueta e Caibarién.

Sua origem remonta a 1820, quando um jovem sacerdote de Remedios, Francisco Vigil de Quiñones, convocou um grupo de crianças para fazer o máximo de barulho possível com o objetivo de atrair para suas missas os moradores que preferiam ficar em suas casas nas manhãs frias do início do ano na ilha.

Las Parrandas, que são semelhantes, mas não coincidem na data, dividem cada cidade em dois grupos que competem em suas habilidades na concepção e fabricação de carros alegóricos, fantasias e foguetes artesanais, em uma competição em que o jurado é o povo.

A cidade de Medina Azahara, perto de Córdoba, uma das joias deixadas na Espanha ao longo do período de dominação muçulmana da península ibérica, entre os séculos VIII e XV, foi declarada Patrimônio da Humanidade neste domingo (1°).

"A cidade de Medina Azahara, na Espanha, acaba de ser inscrita na lista do Patrimônio Mundial da Unesco. Felicidades!", escreveu no Twitter a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

Medina Azahara (em árabe Madinat al Zahra, "a cidade brilhante") é, junto com a Alhambra de Granada, a Mesquita de Córdoba e a Giralda de Sevilla, uma das joias deixadas na Espanha ao longo do período de dominação muçulmana da península ibérica, entre os séculos VIII e XV.

A partir do dia 12 de março, aniversário da capital pernambucana, o Museu da Cidade do Recife receberá a exposição ‘Cinco Pontas’, que homenageia os quase 400 anos de existência da construção histórica. Além disso, o evento, aberto ao público, estará celebrando a indicação recebida pelo forte recifense à patrimônio cultural mundial da humanidade. “A intenção da exposição é mostrar para o recifense a importância desse edifício como patrimônio histórico, simbólico e físico da Cidade”, explicou Betânia Correa de Araújo, diretora do museu.

As instalações irão mostrar a importância da edificação em diferentes momentos da história pernambucana. Na primeira etapa, os monstros marinhos, encontrados nas cartografias e azulejos do século XVI, relembram os medos que os homens tinham do mar no período das navegações e imagens do período holandês mostram como o Recife era enxergado pelos estrangeiros naquela época. Além disso, haverão mapas históricos, fotografias, textos, achados arqueológicos feitos no interior do prédio (balas, cachimbos, conchas) e objetos de demolição da Igreja dos Martírios.

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A exposição ainda conta com animações e imagens atuais do Forte das Cinco Pontas, feitas com o uso de drones, e vídeoaulas, gravadas com o arqueólogo Ulisses Pernambucano, o professor e arquiteto Pedro Valadares e o arquiteto e urbanista José Mota Meneses.

Indicação da Unesco

Os fortes das Cinco Pontas, Brum e Orange, são candidatos a patrimônio cultural mundial da humanidade. A candidatura desses três fortes localizados em Pernambuco integra o conjunto de 19 fortificações brasileiras que pleiteiam título, dado pela Unesco. Além das edificações de Pernambuco, há também do Amapá, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

Serviço

Exposição 'Cinco Pontas'
A partir de segunda, 12 de março | 9h às 17h 

Museu da Cidade do Recife - Forte das Cinco Pontas (Praça das Cinco Pontas, s/n - São José - Recife)

Informações: (81) 3355-9558 e 3355-9540 (visita com os educadores do museu devem ser agendadas por telefone)
Gratuito

A Unesco incluiu neste domingo (8) em sua lista do Patrimônio Mundial o sítio arqueológico do Cais do Valongo, que simboliza a chegada em massa e o martírio dos escravos africanos traficados ao continente sul-americano.

O Comitê do Patrimônio mundial, reunido em Cracóvia, na Polônia, evocou a memória de cerca de 900.000 africanos desembarcados no cais de pedra construído a partir de 1811 no Rio de Janeiro.

Para a historiadora Kátia Bogea, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Valongo merece estar "junto com lugares de memória como (a cidade japonesa de) Hiroshima ou (o campo de concentração nazista de) Auschwitz-Birkenau".

A proteção do patrimônio, acrescentou, "nos obriga a lembrar essas partes da história da humanidade que é proibido esquecer".

"É o reconhecimento da dor de uma tragédia, da necessidade de reparação em nome dos milhões de africanos que foram escravizados para proporcionar a mão de obra que construiu" o continente, afirmou Milton Guran, antropólogo responsável pela candidatura do sítio.

O reconhecimento serve "para poder lembrar essa história e reduzir as desigualdades e os prejuízos", completou.

As pedras em que quase um milhão de escravos provenientes da África deram seus primeiros passos no Brasil haviam sido deixadas sob os escombros da metrópole que se desenvolveu.

Protegido por uma simples barreira e sem presença policial, o sítio continua sendo particularmente vulnerável. Ele foi localizado sob uma espessa camada de cimento em 2011, quando se faziam escavações para reabilitar nas obras da zona portuária para os Jogos Olímpicos de 2016.

A ioga foi incluída nesta quinta-feira (1°) na lista de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, anunciou a Unesco. A decisão foi tomada pela 11ª assembleia da Unesco, reunida desde 28 de novembro em Adis Abeba (Etiópia).

"A filosofia subjacente à antiga prática de ioga na Índia influenciou em vários aspectos da sociedade deste país, que vão da saúde e medicina até a educação e as artes", afirma a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, que tem sede em Paris.

"Baseada na unificação da mente, corpo e alma, a prática de ioga melhora o bem-estar mental, físico e espiritual das pessoas", destacou a Unesco.

O Caminho do Inca, uma engenhosa rede de comunicação viária que se estendeu por seis países da América do Sul, foi declarado neste sábado Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, uma distinção que reconhece a sofisticação de um sistema pré-hispânico que surpreendeu o mundo.

As trilhas, que serviam ao Inca para controlar seu império (Tahuantisuyo), se estendem da Argentina ao Chile, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia, e estavam unidas por uma trama de caminhos que constituíam o Qhapaq Ñan (Caminho Inca em quéchua).

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Após o anúncio, a ministra peruana da Cultura, Diana Álvarez, saudou o "reconhecimento (de) a grandeza do Caminho Inca".

"Para os peruanos, significa o reconhecimento mundial da cultura inca, que construiu uma infra-estrutura unindo quilômetros de caminho para organizar todo o seu mundo andino", disse a ministra.

"Este sistema extraordinário de sistemas se estende por uma das zonas geográficas do mundo de maiores contrastes", situada entre a cordilheira dos Andes, a selva tropical, a costa do Pacífico e desertos, destacou a Unesco em um comunicado.

"A denominação significa para os seis países o reconhecimento de um dos monumentos mais importantes do mundo andino", disse à AFP Luis Lumbreras Flores, arqueólogo do Projeto Caminho Inca, do Ministério da Cultura peruano.

O Qhapaq Ñan, rede de caminhos mais antiga da América, percorria longitudinalmente todo o Tahuantinsuyo ao longo da Cordilheira dos Andes, do oeste da Argentina ao sul do território onde hoje fica a Colômbia. A via principal tem 6000 km de sul a norte.

Este caminho de montanha, paralelo ao oceano Pacífico, era unido por trechos transversais que, inclusive, chegavam à selva e ao 'Gran Chaco', na Argentina e na Bolívia.

"Existem outros trechos por onde a população ainda transita. Tem zonas empedradas, com pedra plana ou recheados de terra e em alguns locais é possível ver muros de contenção nos dois lados do caminho", disse o arqueólogo peruano Cristian Vizconde.

O reconhecimento permitirá conseguir financiamento de organizações internacionais para a conservação e a restauração dos caminhos e santuários erguidos em torno da via, afirmam, otimistas, os arqueólogos.

Toda a rede em litoral, serra e selva totalizava 30.000 km de extensão, que interligava os quatro 'suyos' ou pontos cardeais do império, com a mítica capital, Cuzco ("umbigo" ou "centro", em quéchua).

O Peru reúne a maior parte dos percursos descobertos das antigas rotas.

O trecho mais famoso e aonde chegam milhões de turistas de todo o mundo, parte de Cuzco até a cidadela de Machu Picchu. São 43 km entre florestas, com escadarias em pedra milenares. O caminho chega à Porta do Sol, onde é possível contemplar vistas majestosas das ruínas de Machu Picchu.

- No Equador e na Bolívia -

A declaração de Patrimônio Mundial "é, sem dúvida, um atrativo muito grande, se aproveitado turisticamente, como está fazendo o Peru", disse à AFP Roque Sevilla, presidente da Metropolitan Touring, operadora turística no Equador, onde os caminhos só são explorados por jovens aventureiros.

"O Caminho do Inca tem um valor não só arquitetônico, mas também social, pis foi toda uma forma de vida de uma cultura que teve uma relevância especial na nossa América", disse à AFP Luz Elena Coloma, gerente geral da Quito Turismo, administradora municipal do turismo da cidade.

O império inca funcionava com um sistema de mensageiros que se deslocavam a pé. As mensagens eram enviadas mediante um código de nós em uma corda, que ainda hoje os arqueólogos tentam decifrar.

De Quito, um correio ou uma comunicação a Cuzco, que era encarregado a um mensageiro ou "chasqui", podia demorar 10 dias, segundo os cientistas.

Na Bolívia, onde os trechos descobertos se encontram em mal estado ou muitos foram destruídos usados inclusive por caminhões da atividade de mineração, há dois caminhos: o caminho "Takesi" e a rota de "El Choro".

O primeiro se estende por 70 km e o segundo, por 90 km, ambos ao norte de La Paz.

A declaração da Unesco "valoriza a rota, lhe dá vigência e permitirá que se desenvolvem projetos", disse à AFP Lourdes Mukled, presidente da câmara de operadores de turismo de La Paz.

- Controle e vigilância -

O Caminho do Inca tinha a cada 7 km um pukara (posto fortificado), que servia para controle do movimento dos transeuntes. E a cada 21 km um tambo (pousada) para que o Inca e seu séquito descansasse e se abastecesse de comida e água, segundo os historiadores.

Além do comércio, as rotas também serviam para o rápido deslocamento dos guerreiros em tempos de combate.

Segundo arqueólogos peruanos, há trechos desta rede viária que têm 2.000 anos e foram construídos por antigas culturas, como a huari, e adotados pelos incas.

Os cientistas indicam que o inca Pachacútec, que construiu a cidadela Machu Picchu, usou estes caminhos existentes e construiu outros, unindo-se em uma rede.

O caminho tem setores afetados por agricultores e também por autoridades que o usaram para outros fins, como em Chachapoyas (selva central peruana) onde foi destruído a fim de construir uma trilha com espaço para veículos usada na mineração.

A Secretaria de Cultura do Recife apresentou, em coletiva realizada nesta quarta (2) no Teatro Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife, a lista das 24 composições finalistas do I Festival do Frevo da Humanidade, bem como os intérpretes e arranjadores que farão parte das apresentações. A final acontecerá no Parque Dona Lindu, nos dias 25 e 26 de outubro, com acesso aberto ao público. Ao todo, o festival teve 372 inscrições de músicos de várias partes do país.

Participaram da coletiva Lêda Alves, Secretária de Cultura do Recife, Maurício Cavalcanti, coordenador geral do festival, o maestro Nenéu Liberalquino, diretor musical e produtor do evento, e os compositores finalistas. Para a premiação, foi reservado um total de R$ 128 mil, a serem distribuídos nas categorias Frevo de Bloco, Frevo de Rua e Frevo Canção. Além disso, as músicas vencedoras farão parte de um CD com 15 faixas a ser lançado no Dia do Frevo, comemorado em 9 de fevereiro.

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Conheça a lista dos finalistas:
CATEGORIA FREVO DE RUA
MÚSICA: Pinzon do Frevo
COMPOSITOR: Adriano do Acordeon
MÚSICA: Domingos de Carnaval
COMPOSITOR: Josias Lima
MÚSICA: Esse é o Tom
COMPOSITOR: César Michiles
MÚSICA: Alice é de Lascar
COMPOSITOR: Waltinho D’Souza
MÚSICA: Atravessando a Rua
COMPOSITOR: Henrique Albino
MÚSICA: Que Saudades Seu Dominguinhos
COMPOSITOR: Beto Hortis
MÚSICA: Vamos Ver
COMPOSITOR: Bruno Santos
MÚSICA: Frevando com Rodrigues
COMPOSITOR: Adriano Coelho

CATEGORIA FREVO CANÇÃO
MÚSICA: Enquanto o Frevo
COMPOSITOR: Getúlio Cavalcanti
MÚSICA: Não se Acanhe
COMPOSITOR: Tico Bizerra
MÚSICA: Vem Frevar
COMPOSITOR: Humberto Cardoso
MÚSICA: Onde se avista Olinda
COMPOSITOR: Leninho e Zé Maria
MÚSICA: Quebrando Selenha
COMPOSITOR: Jota Michiles
MÚSICA: Lá Vem A Ceroula
COMPOSITOR: Bráulio de Castro e Fátima de Castro
MÚSICA: Folia No Céu
COMPOSITOR: Roberto Cruz
MÚSICA: Baile Celestial
COMPOSITOR: Dudu do Arcodeon

CATEGORIA FREVO DE BLOCO
MÚSICA: Pastoril
COMPOSITOR: Jota Michiles
MÚSICA: Perfume de Poesia
COMPOSITOR: Ricardo Andrade
MÚSICA: Regresso de “Sonho e Fantasia”
COMPOSITOR: Samuel Valente
MÚSICA: A Luz de Purpurina
COMPOSITOR: Getulio Cavalcanti
MÚSICA: Cantar para Romero Amorim
COMPOSITOR: João Araújo
MÚSICA: No Recife Pelo Capibaribe
COMPOSITOR: Ivanar Nunes
MÚSICA: Bloco das Flores Uma Declaração de Amor
COMPOSITOR: Amaro Samba
MÚSICA: Recife no Coração
COMPOSITOR: Dudu do Arcodeon

*Por Marcus Fernandes

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) incluiu, em cerimônia realizada nesta sexta-feira em Havana, os escritos de Ernesto "Che" Guevara no Programa Memória do Mundo. Com isso, os manuscritos do médico argentino convertido em líder revolucionário são reconhecidos agora como patrimônio da humanidade.

O Programa Memória do Mundo possui quase 300 documentos e compilações de cinco continentes. Os textos de Che estão entre as 54 novas adições de 2013.

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Os manuscritos incluem seus "Diários de Motocicleta" e os registros feitos nas montanhas da Bolívia antes de sua execução, em 1967.

O reconhecimento dos manuscritos de Che como patrimônio da humanidade faz com que esses documentos passem a contar com o apoio da Unesco para sua proteção e sua preservação.

A viúva, a esposa e o filho de Che estiveram presentes à cerimônia promovida hoje pela Unesco na capital cubana. Fonte: Associated Press.

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