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O governo de Cuba informou que a embaixada do país em Washington foi alvo de um atentado terrorista na noite do domingo (24). Um homem lançou dois coquetéis molotov contra a representação cubana na capital dos Estados Unidos, segundo o chanceler do país, Bruno Rodríguez. Ninguém ficou ferido.

"É o segundo ataque violento contra sede diplomática em Washington desde abril de 2020", escreveu Rodríguez nas redes sociais, em referência a disparos de fuzil feitos por um homem contra a embaixada na ocasião.

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O atentado ocorreu horas depois de o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, ter desembarcado em Havana, após visitar Nova York. Fonte: Associated Press.

O presidente Lula (PT) discursou, neste sábado (16), em Havana, capital de Cuba, durante a Cúpula do G77 + China, evento que reúne líderes de 78 países, tendo como tema da edição deste ano “Ciência, Tecnologia e Inovação”. Em sua fala, o chefe do Executivo Nacional afirmou que as duas principais transformações mundiais, a revolução digital e a transição energética, “não podem ser moldadas por um punhado de economias ricas”. 

“Há duas grandes transformações em curso. Elas não podem ser moldadas por um punhado de economias ricas, reeditando a relação de dependência entre centro e periferia. A primeira é a revolução digital. E a segunda é a transição energética. Nossos países precisam ter as condições necessárias para responder a essas mudanças”, declarou. 

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Lula ainda defendeu que é preciso considerar as situações dos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. “Devemos forjar uma visão comum que leve em consideração as preocupações dos países de renda baixa e média e de outros grupos mais vulneráveis”, afirmou. 

Confira o discurso completo do presidente Lula na Cúpula do G77 + China 

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A ministra Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação, assinou, neste sábado (16), o comunicado conjunto com o governo cubano para reativar o Comitê Gestor Brasil-Cuba de Ciência, Tecnologia e Inovação, durante participação da Cúpula do G77+China, em Havana. A chefe da pasta afirmou que a iniciativa retoma a parceria científica entre os dois países, que promove o desenvolvimento de diversas áreas, como saúde, biotecnologia, clima, energias renováveis, soberania e segurança alimentar e ciências agrárias. Esta é a primeira visita oficial do Brasil em Cuba desde 2014. O presidente Lula (PT) chegou na capital ao final da tarde da sexta-feira (15). 

Na coletiva de imprensa, realizada na sexta-feira à noite, a ministra Luciana, acompanhada dos ministros da Saúde, Nísia Trindade, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, reforçou o ânimo em resgatar cooperação para o avanço de pesquisas. “Temos muitos interesses nessa troca. Eles atuam, por exemplo, na área de investigação de doenças raras, diabetes e na fabricação de fármacos, que é uma das questões desafiadoras para o Brasil. Na balança comercial brasileira, nós temos um déficit de US$ 20 bilhões de dólares (com medicamentos). Então, tudo o que vier a agregar desenvolvimento, pesquisa, conhecimento tecnológico é o que nos interessa. Essa lógica do ‘ganha-ganha’ é tudo o que nós desejamos”, disse a ministra. 

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O acordo conta também com a assinatura da ministra da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Cuba, Elba Rosa Pérez Montoya, e confirma a retomada do comitê gestor que foi criado em 2002, ainda no primeiro mandato do presidente Lula. 

“Nós queremos retomar a cooperação, não só na área do complexo industrial de saúde, mas em outras áreas mais abrangentes, como a bioeconomia. Queremos fazer uma nova reunião do comitê em 60 dias. É uma relação em que a gente aprende e, naquilo que a gente tem mais expertise, a gente oferece. A gente procura uma lógica de cooperação e parceria saudável, que faz com que encontremos soluções para o Brasil e para Cuba”, explicou a ministra Luciana.

*Com informações da assessoria.

 

Autoridades cubanas pediram ao Governo Lula (PT) uma maior flexibilidade para retomar os pagamentos atrasados da dívida de R$ 2,5 bilhões que a Cuba tem com o Brasil, pois no momento, o país não tem como arcar com o alto valor. A ilha do norte do Caribe, que atualmente é governada pelo secretário do Partido Comunista, Miguel Díaz-Canel, tem dívidas acumuladas com projetos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A informação foi captada pela Folha de S.Paulo, que teve acesso a um documento do governo brasileiro que registrou uma reunião na última segunda-feira (11) entre integrantes de órgãos do Executivo nacional e de bancos públicos. O documento menciona que as medidas consideradas para a renegociação incluem a possibilidade de aplicar descontos no montante em atraso, explorar o uso de moedas alternativas ao dólar e receber pagamentos em forma de mercadorias cubanas.

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De acordo com o registro oficial, representantes do governo cubano comunicaram recentemente a autoridades brasileiras que Havana não dispõe dos recursos necessários para cumprir suas obrigações financeiras.

Nesta sexta-feira (15), o presidente Lula chega a Cuba para participar de uma reunião do G77, uma coalizão de países em desenvolvimento, juntamente com a China.

Durante a visita, o líder petista também participará de uma reunião bilateral com o presidente Díaz-Canel, em uma tentativa de melhorar as relações com a ilha após os governos de Michel Temer (MDB) e, especialmente, Jair Bolsonaro (PL) que fazia duras críticas ao país caribenho.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, viaja, nesta sexta-feira (15), às 12 horas (de Brasília), rumo a Havana, capital de Cuba. De acordo com a agenda da Presidência, a chegada ao país está prevista para as 18h20 pelo horário local - 19h20 pelo horário de Brasília.

Lula viaja a Cuba para participar da Cúpula do G77 + China.

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Já no sábado (16), o petista embarca para Nova York, nos Estados Unidos, para participar da 78ª Sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Uma rede de tráfico com o objetivo de recrutar cubanos para participarem “de operações bélicas na Ucrânia” foi identificada por autoridades da ilha, que iniciaram processos criminais contra pessoas envolvidas, informou a chancelaria nesta segunda-feira (4).

O Ministério do Interior “trabalha na neutralização e desarticulação de uma rede de tráfico de pessoas que opera a partir da Rússia para incorporar cidadãos cubanos ali radicados, incluindo alguns procedentes de Cuba, às forças militares que participam de operações bélicas na Ucrânia", informa o comunicado.

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, garantiu que o governo da ilha “age com a força da lei” contra essas operações, em mensagem publicada em sua conta na rede social X, antigo Twitter. A chancelaria iniciou “processos criminais contra pessoas envolvidas nessas atividades” e ressaltou sua rejeição "ao “mercenarismo”.

O jornal América TeVe, de Miami, publicou na última sexta-feira depoimentos de dois adolescentes que disseram terem sido enganados por pessoas que os procuraram no Facebook para que eles trabalhassem como pedreiros em obras na Ucrânia ao lado do Exército russo.

- Pedido de ajuda -

“Por favor, tentem nos tirar daqui o mais rapidamente possível, porque estamos com medo", pede um dos jovens, 19, em um vídeo publicado no site do jornal. Segundo o veículo, os jovens enviaram essa mensagem de dentro do ônibus em que eram transferidos da Ucrânia com soldados russos para a cidade russa de Riazan.

O jornal apresentou o depoimento anônimo em áudio de outro cubano, que disse ter assinado um contrato do mesmo tipo, bem como o de uma quarta pessoa, que disse ter assinado o acordo enquanto vivia na Rússia.

Um homem, que pediu para não ser identificado, explicou ao jornal que, assim como outros cubanos, alistou-se para legalizar sua situação na nação euro-asiática.

Ao reiterar sua rejeição categórica a qualquer cumplicidade nessas ações, a chancelaria advertiu que “inimigos de Cuba promovem informações distorcidas, que buscam manchar a imagem do país”.

Moscou e Havana estreitam desde o ano passado suas relações em termos políticos e diplomáticos. Representantes do governo de Vladimir Putin expressaram vontade de apoiar Cuba em meio à sua pior crise econômica desde a implosão do bloco soviético, em 1991.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, nesta quinta-feira (22), com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, na primeira reunião bilateral após chegar a Paris, na França. Lula está na Europa desde a última terça-feira (20) e, antes da capital francesa, cumpriu agenda em Roma e no Vaticano, na Itália.

No encontro, os dois líderes falaram sobre a cúpula do Brics – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, que ocorre entre os dias 22 e 24 de agosto em Johanesburgo, na África do Sul. De acordo com a Presidência, Lula e Ramaphosa também discutiram opções para solução pacífica do conflito entre Rússia e Ucrânia.   

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O presidente sul-africano contou sobre sua participação na comitiva de altos representantes de países africanos (junto com Comores, Congo, Egito, Senegal, Uganda e Zâmbia) que esteve em Kiev para uma audiência com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e em Moscou para conversar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

No encontro em Moscou, o presidente sul-africano defendeu o fim da guerra, especialmente pelas consequências do conflito nos países de seu continente. Segundo ele, as dificuldades para importar grãos da Ucrânia e fertilizantes da Rússia estão comprometendo a segurança alimentar em diversos locais da África e do mundo.

As falas, entretanto, não foram bem recebidas por Putin, que apresentou uma lista de motivos pelos quais acredita que as propostas dos líderes africanos são equivocadas. Segundo o presidente russo, a Ucrânia e os países do Ocidente são os responsáveis pelo aumento agudo dos preços globais dos alimentos.

Nesta quinta-feira, Lula também se reuniu com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, e com a ex-presidente do Brasil e presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff. Com o cubano, Lula tratou sobre as potencialidades para aumentar a cooperação em áreas de interesse dos dois países e sobre assuntos relativos à conjuntura mundial. 

Agenda em Paris  O presidente também tem audiências marcadas com o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, e com o presidente da COP-28 nos Emirados Árabes, Sultan al Jaber.

À noite, Lula ainda fará o discurso de encerramento do evento Power Our Planet, a convite da banda Coldplay. O evento será realizado no Campo de Marte, em frente à Torre Eiffel, e também terá as presenças de líderes do Timor Leste, Barbados, Gana e Quênia, além da prefeita de Paris, Ane Hidalgo.

O último compromisso do dia é um jantar oferecido pelo presidente da França, Emmanuel Macron. O presidente Lula está em Paris para participar da Cúpula para o Novo Pacto Global de Financiamento, promovida pelo francês. Amanhã (23), Lula também terá um encontro bilateral com Macron.

A cúpula deve contar com a participação de mais de 300 entidades públicas, privadas ou não governamentais, incluindo mais de 100 chefes de Estado. Nela, Lula vai defender que o combate às mudanças climáticas precisa ser acompanhado de ações contra a pobreza. 

Cerca de 200 pessoas desfilaram em Havana, no sábado (13), ao ritmo da conga, uma dança popular cubana, contra a homofobia e a transfobia e celebraram o casamento entre pessoas do mesmo sexo aprovado na ilha há sete meses.

Aos gritos de "socialismo sim, homofobia não", essa comunidade comemorou a aprovação, em setembro de 2022, do Código das Famílias, uma legislação avançada que permitiu a união legal de pelo menos 745 casais homossexuais em todo o país, segundo dados oficiais.

A passeata percorreu algumas quadras no bairro do Vedado, para se concentrar em uma festa dentro de um centro recreativo próximo ao mar. Monitorada pela polícia e por agentes de segurança do Estado, foi liderada por Mariela Castro, filha do líder revolucionário Raúl Castro e promotora do Código das Famílias. A esposa do presidente Miguel Díaz-Canel, Lis Cuesta, também participou.

Esta nova norma também permite o reconhecimento legal de vários pais e mães, além dos biológicos, bem como a barriga de aluguel sem fins lucrativos. Também agrega outros direitos que favorecem crianças, idosos e pessoas com deficiência.

Cuba não vai realizar nesta segunda-feira, 1º, seu tradicional desfile anual do Dia Internacional dos Trabalhadores, na Praça da Revolução, devido à crise de combustíveis que vem afetando o país há várias semanas, anunciaram fontes sindicais.

A marcha do Dia dos Trabalhadores costuma ser um evento grande na capital, que envolve uma mobilização de ônibus cheios de gente de toda a cidade em direção à emblemática Praça de Revolução, o ponto mais alto e central de Havana.

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Em vez disso, este ano serão realizados eventos menores em comunidades, centros de trabalho e escolas durante vários dias e desfiles nos municípios do país. O evento principal vai acontecer na emblemática esplanada Malecón, em Havana, para onde serão convocados os moradores do centro da capital que puderem ir a pé.

"A situação dos combustíveis determina a modificação anunciada", disse Ulises Guilarte, secretário-geral da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC), o único sindicato cubano, de acordo com a imprensa oficial.

Essa é a primeira vez desde a revolução cubana, em 1959, que o desfile de primeiro de maio é suspenso por motivos econômicos. Em 2020 e 2021, a celebração foi cancelada por causa da pandemia de covid-19.

No ano passado, a maré humana se estendeu pelos quase cinco quilômetros que separam o calçadão da Praça da Revolução, onde a mais alta liderança comunista saudou os manifestantes de uma sacada do Palácio da Revolução.

"Trata-se de substituir aquela grande mobilização que fizemos com os meios de transporte, pela participação do povo em atos" nas comunidades e nos centros de trabalho e estudantil por toda a ilha", disse Guilarte, que complementou dizendo que os atos serão "para denunciar os obstáculos aos programas de desenvolvimento devido ao férreo bloqueio econômico" dos EUA a Cuba.

Pior crise em anos

Na semana passada, o governo cubano disse que os problemas de abastecimento de combustível durariam pelo menos até maio e, portanto, daria prioridade aos serviços vitais de transporte.

A primeira declaração do governo sobre a falta de combustível foi feita uma semana antes pelo presidente Miguel Díaz-Canel, que disse que a situação se devia ao "não cumprimento" dos países fornecedores, que também estão passando por uma "situação energética complexa".

"Isso é um inferno!", exclama Lázaro Díaz, um mensageiro cubano de 59 anos que está passou mais de um dia na fila esperando ter a sorte de conseguir gasolina.

Cada vez menos carros circulam pelas ruas de Havana e longas filas de veículos se estendem por quilômetros em torno dos postos de gasolina desta capital.

As consequências desta crise são diretas na vida econômica e social do país. Cinco universidades, uma delas em Havana, suspenderam as aulas presenciais esta semana, enquanto com os transportes públicos afetados, muitas pessoas voltaram ao trabalho remoto.

A empresa de energia pediu aos usuários que enviassem pelo correio o cadastro de seus medidores de luz porque seus funcionários podem não "chegar a todos e cada um de seus clientes" para fazer a leitura, conforme mensagens enviadas aos seus assinantes.

Mas Lázaro Díaz é um trabalhador autônomo e diz que sem sua motocicleta não conseguiria gerar o dinheiro necessário para sustentar sua esposa, filhos e até netos. "Não tenho combustível, não posso trabalhar. Anteontem não trabalhei, ontem não trabalhei", diz ele, encostado em uma parede sob o sol do meio-dia. "Não posso viver na fila", conclui.

Acostumados com a falta recorrente de gasolina, os cubanos afirmam que essa crise, iniciada no final de março, é a pior em anos.

"Tem sido a crise mais crítica", diz Édgar Sánchez, um técnico de vôlei de 43 anos que não pôde ir ao trabalho porque ficou sem combustível. "Não somos produtores de petróleo, dependemos do mundo", diz numa fila de sete horas, lamentando que Cuba seja um país "bloqueado financeiramente" pelos Estados Unidos há mais de 60 anos.

Versão oficial

Em meados de abril, o presidente Miguel Díaz-Canel admitiu que não estava "claro" como conseguiria "sair desta situação". Segundo ele, atualmente Cuba consome menos de 400 toneladas de combustível das 500 a 600 de que necessita diariamente.

Ele disse que os países fornecedores de petróleo bruto a Cuba não cumpriram seus compromissos porque enfrentam "uma situação energética complexa", sem mencionar a quais nações se refere.

"Vamos continuar retirando parcialmente o combustível para evitar zerar o abastecimento", disse Vicente de la O Levy, ministro de Minas e Energia.

Para Jorge Piñón, especialista em política energética da Universidade do Texas, as reclamações do presidente são dirigidas à Venezuela, principal fornecedora de Cuba. "O problema é que Cuba não tem dinheiro, não pode pagar à vista esse petróleo" e o troca com Caracas por trabalhadores como professores e médicos, aponta.

A oferta de petróleo caiu em 2021 de 100.000 barris por dia para cerca de 57.000 em média, número que se manteve em 2022 e no primeiro trimestre de 2023, explica Piñón. Além disso, a ilha produz cerca de 40.000.

No ano passado, a Rússia também enviou "três ou quatro carregamentos de petróleo bruto" a crédito, enquanto a Argélia forneceu um pouco "de tempos em tempos", acrescenta o especialista.

‘Fechar a torneira’

Diante deste cenário, Cuba tomou a decisão de fechar a torneira para ter combustível suficiente para os próximos meses, acrescenta Piñón.

As autoridades preservaram a disponibilidade para atividades prioritárias, entre as quais o setor de turismo, motor da economia cubana.

Ele deixou pelo menos um posto de gasolina em Havana para veículos com placa "T", para turismo. Carros alugados ou ônibus para passeios são um pouco mais tranquilos, embora também não sejam poupados das filas.

Os cubanos criaram vários grupos de WhatsApp que explodem dia e noite com informações de todo tipo sobre a eterna espera.

Tem grupo para todos os gostos, para taxistas, particulares e empresas, e até diplomatas se comunicam para organizar sua fila.

Os motoristas têm radar em todas as direções. De Matanzas, importante porto de distribuição de combustíveis a 100 quilômetros de Havana, um taxista escreveu no sábado em seu grupo de WhatsApp: "Estou vendo três navios, dois descarregados e um descarregando agora. Vamos ver se isso nos ajuda".

(Com agências internacionais)

Cuba fez nesta sexta-feira (24) uma forte crítica à Meta, dona do Facebook, que acusou de agir com "dois pesos" ao "censurar" contas em seu país enquanto permite "operações de desinformação e desestabilização" contra a ilha.

A Meta anunciou que desmantelou redes de contas falsas em Cuba e na Bolívia, que vinculou aos governos desses países e que eram usadas para divulgar mensagens governistas e desacreditar opositores.

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"Rejeitamos a nova hipocrisia e a cumplicidade dessas empresas com um histórico conhecido de operações de desinformação e desestabilização nas plataformas digitais contra Cuba", reagiu o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, em sua conta no Twitter.

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, denunciou "a manipulação" e os critérios "com que operam consórcios transnacionais da desinformação contra Cuba". Ele informou que a Meta tem como "responsável por suas políticas o ex-gerente de campanha de um senador republicano anticubano".

A Meta desativou em Cuba 363 contas do Facebook, além de 270 páginas e 229 grupos, bem como 72 do Instagram. A operação incluiu outras redes sociais, como YouTube, TikTok e Twitter.

A empresa americana "deveria explicar seu próprio comportamento inautêntico e parcial ao permitir manchar, estigmatizar e gerar campanhas de ódio a partir da Flórida contra o nosso país", acrescentou Rodríguez.

O responsável pela política externa cubana advertiu que, apesar das tentativas de "censurar" a voz de seu país e "tornar a verdade invisível", Cuba seguirá defendendo a revolução, inclusive "no campo digital, frente ao assédio e às operações desestabilizadoras".

Após as manifestações históricas de 11 de julho de 2021, quando milhares de pessoas saíram às ruas aos gritos de "Liberdade!" e "Temos fome!", Havana acusou Washington de estar por trás dessas passeatas por meio das redes sociais.

Na Bolívia, por sua vez, após a decisão da Meta de "derrubar" contas no Facebook, a oposição criticou o presidente esquerdista Luis Arce por destinar recursos públicos para financiar essas atividades na rede social, como acusa a empresa americana.

Durante reunião, que marca a volta da relação entre Brasil e EUA, na última sexta-feira (10), o presidente Lula (PT) pediu que Joe Biden reavalie a relação diplomática com países da América latina, o que inclui Venezuela e Cuba. A conversa entre os líderes foi em Washington e teve duração de quase duas horas.

No entendimento do governo brasileiro, as medidas adotadas pelos EUA contra a Venezuela estariam empurrando o governo de Nicolas Maduro para uma aproximação ainda maior com a China e Rússia. Na ocasião, Lula também pontuou sobre o embargo imposto a Cuba e observou que uma distensão serviria para ampliar a influência americana na região.

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A embaixada americana em Havana retomou, nesta quarta-feira (4), a emissão total de vistos para os cubanos que desejam se radicar nos Estados Unidos, em um contexto de êxodo recorde para este país, mas sem sinais de "normalização" das relações com a ilha.

"Entramos e foi tudo muito rápido. Já tenho que buscar o visto e posso viajar", declarou, eufórica, a jovem Melissa Vázquez, de 18 anos, à AFP. Ela acrescentou que esperou "sete anos" para poder se reunir com seu pai, que vive nos Estados Unidos.

Na sexta-feira, a embaixada americana destacou em um comunicado que a "expansão" de seus serviços consulares busca "garantir uma migração segura, legal e ordenada".

Essa missão anunciou, em março, a reabertura de seu consulado. Na sequência, ocorreram vários encontros de alto nível sobre o tema migratório, primeiro em Washington e depois em Havana, com o objetivo de reativar os acordos migratórios bilaterais, interrompidos sob o governo de Donald Trump (2017-2021).

"Com isto, concretiza-se o que sempre dissemos: buscamos encontrar meios práticos de apoiar o povo cubano", declarou nos Estados Unidos o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.

- Sem vistos para turistas -

Em maio, o consulado começou a entrega limitada de vistos de reunificação familiar e, em setembro, anunciou o processamento completo de vistos, exceto os de turismo, para janeiro de 2023.

"Demos passos muito discretos voltados a encaminhar a cooperação bilateral para o cumprimento dos acordos migratórios", disse, em dezembro, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

- Êxodo histórico -

A ilha caribenha, que passa por sua pior crise econômica em três décadas, também enfrenta o seu maior êxodo migratório neste momento.

Essas saídas dispararam desde novembro de 2021, quando a Nicarágua, um forte aliado de Havana, eliminou a exigência de visto para os cubanos. Estes, em sua maioria, voam para o país centro-americano para iniciar a travessia por terra rumo aos Estados Unidos.

Segundo números oficiais dos EUA, entre dezembro de 2021 e o mesmo mês de 2022, as autoridades fronteiriças interceptaram, em 277.594 ocasiões, cubanos que haviam entrado ilegalmente no país por terra. A emigração ilegal pelo mar também disparou nos últimos meses.

O governo cubano reconhece que Washington entregou no ano passado, pela primeira vez desde 2017, mais de 20.000 vistos de imigrantes, um número estabelecido nos acordos migratórios de 1994-95.

Mas, "enquanto continuarem com o bloqueio (...) e o tratamento privilegiado na fronteira" conferido aos imigrantes procedentes de Cuba, "será difícil diminuir consideravelmente o fluxo migratório irregular", reagiu no Twitter o ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez.

Embora em Washington "não queiram admitir, existe um vínculo direto entre o recrudescimento das medidas extremas contra a economia cubana e a proporção com que disparou o fluxo migratório dramático", declarou em novembro à AFP a vice-diretora da chancelaria cubana para os Estados Unidos, Johana Tablada.

- 'Caminho do meio' -

Embora tenha flexibilizado algumas das disposições de Trump contra Cuba, o presidente Joe Biden tem evitado retomar a política de maior aproximação de Barack Obama (2009-2017), de quem foi vice-presidente.

Quando chegou à Casa Branca, em janeiro de 2021, Biden prometeu rever a política de seu antecessor republicano para Havana, mas endureceu seu discurso após os protestos antigovernamentais de julho de 2021, os maiores registrados na ilha em seis décadas de regime.

No mês passado, Biden reiterou sua reivindicação de libertação de "centenas de presos políticos" após os protestos. Seu governo mantém Cuba em uma lista de países que patrocinam o terrorismo e o incluiu recentemente em outra dos que atentam contra a liberdade religiosa.

Para Jorge Duany, especialista em Cuba da Universidade Internacional da Flórida, "Biden tenta recalibrar sua política para Cuba, a fim de traçar um caminho do meio entre a 'pressão máxima' de Trump e a 'aproximação' de Obama, mas, até agora, as mudanças na política americana têm sido mínimas".

"Por enquanto, não há condições para avançar na normalização das relações", afirmou Michael Shifter, da Universidade de Georgetown em Washington.

A embaixada americana em Havana retomou, nesta quarta-feira (4), a emissão total de vistos para os cubanos que desejam radicar-se nos Estados Unidos, em um contexto de êxodo recorde para este país, mas sem sinais de uma "normalização" das relações com a ilha.

"Entramos e tudo foi muito rápido. Já tenho que buscar o visto e posso viajar", declarou, com euforia, a jovem Melissa Vázquez, de 18 anos, à AFP. Ela acrescentou que esperou "sete anos" para poder se reunir com seu pai, que vive nos Estados Unidos.

Na sexta-feira, a embaixada americana destacou em um comunicado que a "expansão" de seus serviços consulares busca "garantir uma migração segura, legal e ordenada".

Essa missão anunciou, em março, a reabertura de seu consulado. Na sequência, ocorreram vários encontros de alto nível sobre o tema migratório, primeiro em Washington e depois em Havana, com o objetivo de reativar os acordos migratórios bilaterais, interrompidos sob o governo de Donald Trump (2017-2021).

Em maio, o consulado começou a entrega limitada de vistos de reunificação familiar e, em setembro, anunciou o processamento completo de vistos, exceto os de turismo, para janeiro de 2023.

"Demos passos muito discretos voltados a encaminhar a cooperação bilateral para o cumprimento dos acordos migratórios", disse, em dezembro, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

- Êxodo histórico -

A ilha caribenha, que passa por sua pior crise econômica em três décadas, também enfrenta o seu maior êxodo migratório neste momento.

Essas saídas dispararam desde novembro de 2021, quando a Nicarágua, um forte aliado de Havana, eliminou a exigência de visto para os cubanos. Estes, em sua maioria, voam para o país centro-americano para iniciar a travessia por terra rumo aos Estados Unidos.

Segundo números oficiais dos EUA, entre dezembro de 2021 e o mesmo mês de 2022, as autoridades fronteiriças interceptaram, em 277.594 ocasiões, cubanos que haviam entrado ilegalmente no país por terra. A emigração ilegal pelo mar também disparou nos últimos meses.

O governo cubano reconhece que Washington entregou no ano passado, pela primeira vez desde 2017, mais de 20.000 vistos de imigrantes, um número estabelecido nos acordos migratórios de 1994-95.

Embora tenha flexibilizado algumas das disposições de Trump contra Cuba, o presidente Joe Biden tem evitado retomar a política de maior aproximação de Barack Obama (2009-2017), de quem foi vice-presidente.

Quando chegou à Casa Branca, em janeiro de 2021, Biden prometeu rever a política de seu antecessor republicano para Havana, mas endureceu seu discurso após os protestos antigovernamentais de julho de 2021, os maiores registrados na ilha em seis décadas de regime.

No mês passado, Biden reiterou sua reivindicação de libertação de "centenas de presos políticos" após os protestos. Seu governo mantém Cuba em uma lista de países que patrocinam o terrorismo e o incluiu recentemente em outra dos que atentam contra a liberdade religiosa.

O governo cubano revelou nesta quarta-feira (28) que o país recebeu "indícios de censura" da rede social Twitter e destacou que o FBI, dos Estados Unidos, "está atuando como guardião de um vasto programa de vigilância e censura das redes sociais" contra Cuba.

O jornal Granma, porta-voz do partido comunista no poder, informou que "documentos vazados para jornalistas mostram que as agências de inteligência dos EUA, o Pentágono e o Departamento de Estado americano coordenaram ações de guerra psicológica com o Twitter".

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"Ao mesmo tempo, o FBI pagou à empresa para responder aos seus pedidos", ressaltou o jornal.

A publicação divulgou ainda uma mensagem do chanceler Bruno Rodríguez, citando declarações públicas do editor da Substack, Matt Taibbi, que revelou que "na longa lista de contas que o Twitter recebeu com indícios de censura, há usuários cubanos, marcados para moderação ou execução digital".

De acordo com Rodríguez, Taibbi afirmou que "o governo dos Estados Unidos estava em contato constante não apenas com o Twitter, mas com praticamente todas as empresas de tecnologia importantes, como Facebook, Microsoft, Verizon, Reddit, Pinterest e muitas outras".

O governo cubano frequentemente acusa as redes sociais, especialmente o Twitter, de possibilitar a chamada "guerra virtual" contra o sistema socialista de Cuba. Recentemente, acusou o Twitter e uma seção do Facebook de lançar "ações de censura contra a mídia pública e os usuários cubanos".

"Eles rotularam publicações que tiveram seu alcance limitado nas redes e eliminaram relatos críticos às operações desestabilizadoras contra nosso país. Foi uma ação seletiva e coordenada que viola o direito à livre expressão dos cubanos e que expressa a subordinação dessas empresas a os caprichos dos políticos dos EUA", disse o chanceler.

Da Ansa

Depois de autorizar neste ano que os boxeadores voltassem a ter carreira profissional, o governo de Cuba liberou a prática da 'nobre arte' para as mulheres, impedidas de calçar as luvas desde a revolução liderada por Fidel Castro em 1959.

Uma das maiores potências do boxe olímpico no masculino, Cuba vai tentar o mesmo sucesso no feminino, a partir dos Jogos da América Central, em San Salvador, El Salvador, no próximo ano.

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"Hoje tornamos pública a autorização do boxe feminino no nosso país, uma etapa importante no desenvolvimento", disse Ariel Sainz, vice-presidente do instituto cubano de esportes.

O movimento para liberar o boxe feminino em Cuba teve apoio de celebridades como Alcides Sagarra, fundador da escola cubana de boxe, que formou astros como Teófilo Stevenson e Felix Savón.

"Nossas mulheres também deveriam ir aos Jogos de Tóquio. O boxe feminino é praticado em todo o mundo, não sei por que ainda não é oficial em Cuba", disse Sagarra, aos 85 anos, durante a campanha para a liberação da nobre arte feminina na maior ilha do Caribe.

Cuba possui representação feminina em todos os esportes, incluindo levantamento de peso, judô e luta livre. O boxe é o último esporte a quebrar a barreira do preconceito no país. Na história do boxe 'amador', os cubanos somam 80 títulos mundiais e 41 medalhas olímpicas.

   O governador Paulo Câmara transmite, nesta sexta-feira (11), o comando do Governo de Pernambuco para a vice-governadora, Luciana Santos. Ela responderá pela gestão estadual durante a próxima semana, enquanto o chefe do Executivo participará da 38ª Feira Internacional de Havana (Fihav), em Cuba, representando a região Nordeste. O governador reassume o cargo na próxima quinta-feira (17).   

A feira é um dos principais eventos de intercâmbio comercial do Caribe e de toda a América Latina, onde expositores, empresários e atores da economia cubana tratam de negócios e o enfrentamento de desafios relacionados a investimentos.

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Participam da comitiva do governador o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico (Adepe), Roberto Abreu e Lima e a secretária de Turismo e Lazer, Milu Megale, fortalecendo as relações comerciais dos estados com as cadeias produtivas internacionais.

Adiel, um teólogo de 32 anos, teve que romper com sua igreja batista e se transformar em um ferrenho ativista defensor dos direitos LGBTQIA+ para poder se casar com seu noivo Lázaro. Ambos protagonizam um dos primeiros casamentos homoafetivos de Cuba.

Os casais do mesmo sexo começaram a se casar em diferentes províncias da ilha desde o dia 25 de setembro, quando Cuba ratificou o Código das Famílias em referendo, uma nova legislação que inclui o casamento igualitário, adoção por pessoas do mesmo sexo e gestação assistida.

"Para nós, que nos envolvemos tão diretamente" na aceitação do casamento gay em Cuba, "que tornamos isso parte do nosso cotidiano, que foi nosso pão de cada dia durante sete anos consecutivos, conseguir casar foi o encerramento, a culminação", disse à AFP Adiel González, ao lado de Lázaro Gonzáles, um artista independente de 52 anos, em sua casa na cidade de Bolondrón, na província central de Matanzas, após o casamento.

"Sempre esperamos por esse momento porque era um sonho", disse o noivo antes de se trocar para participar da cerimônia.

- "Não caiu do céu" -

O casal se casou na única sala de registro civil da cidade com cerca de 7.000 habitantes. Ambos assinaram a certidão de casamento em meio a brincadeiras.

Na América Latina, o matrimônio homoafetivo é legal na Argentina, Uruguai, Brasil, Colômbia, Equador, Costa Rica, Chile e alguns estados mexicanos.

Este tem sido um tema sensível em Cuba. O país ainda está marcado pela homofobia exacerbada durante as décadas de 1960 e 1970, quando o governo condenou muitos homossexuais ao ostracismo e os enviou para campos de trabalho agrícola militarizados.

Adiel pensa que, desde então, "Cuba mudou da noite pro dia". Ter um presidente que diz publicamente ser "a favor do casamento igualitário, isso não caiu do céu", mas é fruto do trabalho árduo de ativistas e acadêmicos que conseguiram influenciar as decisões políticas, acrescenta.

Esse ativista diz que também teve que enfrentar o fardo de ter nascido em uma família cristã "muito conservadora e fundamentalista".

"Fui ensinado a rejeitar qualquer manifestação homossexual. Qualquer maneirismo, inclusive, era considerado um pecado", narra, ao recordar que desde os 11 anos tentou mudar entregando-se à oração.

"Mas isso não aconteceu porque a orientação sexual não se escolhe, não se troca e estou convencido que a orientação sexual não importa para Deus", conta ele com uma cruz no pescoço.

O furacão Ian chegou a Cuba, nessa terça (27), segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, em inglês). Cerca de 38 mil pessoas foram retiradas de suas casas na região de Pinar del Río, onde a tempestade atingiu o solo. Alguns minutos antes de o furacão chegar a Cuba, o NHC elevou o Ian a categoria 3: a tempestade registra ventos de 185 km/h, com rajadas até 205 km/h.

O governo cubano declarou alerta em várias províncias. Na segunda-feira, os moradores de Havana formaram longas filas para conseguir alimentos. Pescadores interromperam os trabalhos e protegeram os barcos. Em San Juan y Martínez, município vizinho a Pinar del Río e importante produtor de folha de tabaco para charutos, os produtores também adotaram precauções extremas.

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Em seguida, o furacão deve seguir para os EUA. No Estado da Flórida, os moradores já se preparam para a chegada do Ian, após um alerta do NHC. O governador, Ron DeSantis, declarou estado de emergência em 67 condados e as autoridades se preparam para cortes de energia elétrica.

Quase mil membros da Guarda Nacional da Flórida se uniram aos 2 mil homens dos Estados de Tennessee, Geórgia e Carolina do Norte, para ajudar a combater a destruição do Ian, segundo DeSantis. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Os cubanos irão às urnas no próximo domingo (25) para votar em referendos sobre o novo Código da Família, um pacote do Legislativo que prevê, entre as suas novidades, o matrimônio igualitário para as pessoas homossexuais, as adoções por casais LGBTQIA+ e as "barrigas de aluguel".

Essa é a primeira vez na história em que os cidadãos da ilha são consultados sobre temas do tipo e cerca de oito milhões de pessoas com mais de 16 anos decidirão sobre o assunto.

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O jornal oficial do governo, o Granma, publicou nesta semana um artigo em que defende a Lei 156 e diz que "nem modelos familiares rígidos e pré-estabelecidos garantem boas pessoas, nem cidadãos coerentes com seu tempo".

"Para aqueles de nós que vivem nesta terra, é um passo em direção a uma sociedade mais inclusiva, mais respeitosa, que não sanciona ou censura o amor, mas que, ao oferecer igualdade de oportunidades, costura as feridas de padrões que já não cabem mais em nossos tempos", destaca ainda o texto.

Da Ansa

Pelo menos 1 pessoa morreu, 121 ficaram feridas e 17 estão desaparecidas após a explosão de dois tanques de combustível na cidade de Matanzas, no oeste de Cuba, onde a ansiedade continua por conta do fogo que ainda não foi contido. Entre os feridos está o ministro de Minas e Energia, Liván Arronte.

O diretor de Saúde de Matanzas, Luis Wong, afirmou em uma entrevista coletiva que um corpo foi recuperado do local do acidente e os especialistas o estão identificando. Ele acrescentou que dos 121 feridos, quase todos por queimaduras, 85 tiveram alta, 36 estão internados, dos quais 5 estão em estado crítico. Da mesma forma, 17 pessoas são consideradas desaparecidas.

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Os feridos são, em maioria, integrantes das equipes de resgate e de extinção das chamas, além de dois jornalistas que atuavam na cobertura do incidente. Os 17 desaparecidos são "bombeiros que estiveram na área mais próxima" do incêndio, segundo a presidência, acrescentando que "Cuba solicitou ajuda e conselhos de países amigos com experiência na questão do petróleo".

A resposta veio rapidamente. "Expressamos profunda gratidão aos governos do México, Venezuela, Rússia, Nicarágua, Argentina e Chile, que prontamente ofereceram ajuda material solidária diante desta situação complexa", disse o presidente Miguel Díaz-Canel no Twitter. "Também agradecemos a oferta de consultoria técnica dos EUA", acrescentou. O vice-chanceler Carlos Fernández de Cossío disse que a proposta americana "já está nas mãos de especialistas para a devida coordenação".

Díaz-Canel comentou que a extinção do incêndio "pode levar tempo", enquanto o diretor de Comércio e Abastecimento do Estado Cuba-União Petrolífera (Cupet), Asbel Leal, especificou que o país nunca enfrentou um incêndio dessa magnitude.

O fogo começou na tarde de sexta-feira quando um raio atingiu um dos tanques do depósito localizado nos arredores de Matanzas, cerca de 100 quilômetros a leste de Havana, às 19h, horário local. Às 5h deste sábado, o fogo atingiu um segundo tonel.

Mario Sabines Lorenzo, governador de Matanzas, afirmou que cerca de 800 pessoas foram retiradas da região.

Falha no para-raios

"Aparentemente houve uma falha no sistema de para-raios, que não suportou a energia da descarga elétrica", indicou o Granma. Danger Ricardo, um soldador de 37 anos que trabalha no local, não sabe explicar como o sistema falhou.

Os dois tanques abastecem a termelétrica Antonio Guiteras, a maior de Cuba, mas o bombeamento para essa usina não parou, acrescentou Granma.

Dois helicópteros começaram a trabalhar para apagar o fogo na manhã de sábado em frente à baía de Matanzas, uma cidade de 140 mil habitantes. Bombeiros exaustos se reuniam do lado de fora da usina esperando para procurar seus colegas que não puderam sair após a segunda explosão.

O incêndio ocorre em meio a dificuldades enfrentadas desde maio na ilha para atender ao aumento da demanda por energia devido ao calor do verão (Hemisfério Norte).

A obsolescência de suas oito usinas termelétricas, danos, manutenções programadas e falta de combustível dificultam a geração de energia.

Desde maio, as autoridades programam apagões de até 12 horas por dia em algumas regiões do país. Desde então, houve 20 protestos em cidades do interior da ilha. (Com agências internacionais)

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