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Dono de três títulos mundiais, o australiano Mick Fanning dará seu adeus às competições a partir desta terça-feira, quando às 17 horas (de Brasília) será feita a primeira chamada da etapa de Bells Beach, que tem prazo até o dia 8 de abril para terminar. O evento mais tradicional do Circuito Mundial de Surfe terá a presença de 11 brasileiros.

Para Gabriel Medina, o ídolo e amigo será uma ausência muito sentida. "Desde o começo da minha carreira o Mick foi uma inspiração. Ele é meu ídolo! E conhecendo ele de perto, me inspiro mais ainda, pois sempre foi um cara incrível. Ele fará muita falta no circuito", disse o brasileiro.

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O local de competição da segunda etapa do Circuito Mundial traz ótimas lembranças ao australiano. Foi lá que Fanning ganhou sua primeira etapa na elite, em 2001, quando era um convidado do evento e tinha apenas 19 anos. Hoje, aos 34, já fez seis finais em Bells e ganhou o troféu com o famoso sino outras três vezes, se igualando a Kelly Slater e Mark Richards como os grandes campeões da etapa.

Aos 36 anos, ele decidiu parar por não conseguir mais dar 100% de si em cima da prancha e porque percebeu que não tem mais condições de disputar o título. Sem grandes ambições, prefere não competir em todas as 11 etapas e optou por anunciar sua saída do Circuito Mundial. "Sempre tive em mente que meu último evento no Tour seria Bells. Foi lá onde basicamente eu comecei minha carreira, foi minha primeira vitória no CT, e eu me sinto realmente conectado lá", explicou.

No masculino, o Brasil estará representado por Gabriel Medina, Adriano de Souza, Filipe Toledo, Tomas Hermes, Willian Cardoso, Michael Rodrigues, Caio Ibelli, Italo Ferreira, Ian Gouveia, Yago Dora e Jessé Mendes. O único que já venceu a etapa em Bells foi Adriano de Souza, em 2013. No feminino, Silvana Lima será a única representante do País.

Com a presença de dez brasileiros, a etapa de Jeffreys Bay do Circuito Mundial de Surfe terá segurança reforçada, ainda mais depois do episódio envolvendo um ataque de tubarão ao atleta australiano Mick Fanning na edição do ano passado. Ele conseguiu se salvar, mas a WSL (Liga Mundial de Surfe) quer evitar a todo custo um novo episódio como aquele.

Houve, inclusive, uma conversa com os surfistas para definir se a etapa seria mantida no calendário. O brasileiro Gabriel Medina, por exemplo, não queria voltar lá. Mas o próprio Fanning fez questão de dar seu aval para o J-Bay Open e, mesmo machucado no tornozelo, vai para a competição na África do Sul.

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Renato Hickel, comissário do Circuito Masculino, lembra que o surfe é praticado na região há pelo menos seis décadas e as competições naquela praia são realizadas desde os anos 1980. "Nunca tinha tido um ataque de tubarão lá. O único caso fatal foi de um nadador, que estava a meio quilômetro da praia. No pico onde se surfa, nunca houve ataque. Já vi tubarão passando, como vi foca, orca. O único caso registrado foi o do Mick Fanning", conta.

Na final do ano passado, quando enfrentava Julian Wilson, Fanning aguardava a chegada das ondas quando um tubarão, que estava passando por ali, acabou ficando preso na corda que os atletas usam para ficarem ligados à prancha. Quando o animal se sentiu acuado, mordeu para se livrar. Por sorte o surfista não se machucou.

Para Hickel, a confirmação de presença do tricampeão mundial e outros atletas do circuito na etapa é importante. "Todos eles estão comprometidos em comparecer. O surfista, mais do que ninguém, entende que o meio que a gente compete é um hábitat de vida marinha. Se não for para lá, não vai para vários lugares", lembra.

A WSL sempre manteve o compromisso de colocar os melhores surfistas nas melhores ondas do mundo. Com isso, algumas etapas correm o risco de ter a presença de tubarões. "Os oceanos são dinâmicos, é um campo de ação perigoso, e tubarões fazem parte desse ecossistema", continua, citando ainda Margaret River, na Austrália, como outro local que os animais costumam aparecer.

Para garantir a segurança dos atletas, a WSL investiu bastante. Só para o uso da Clever Buoy, uma boia inteligente que conta com sonar para detectar a presença de animais no perímetro da competição, foram gastos US$ 40 mil (cerca de R$ 129 mil). "Um dos melhores elementos da efetividade dessa boia inteligente é que ela avisa uma série de pessoas via aplicativo. Vamos ter instalado nos nossos celulares", explica.

Além dessa boia inteligente, outra novidade que será usada na etapa é o patrulhamento aéreo. Em um avião pequeno, o piloto sobrevoará a área nos dias de competição para verificar a presença de tubarões. Esse tipo de aeronave é usado para fazer a vigilância em regiões de caça ao rinoceronte.

"Também vamos aumentar a segurança na água com mais barcos e um piloto de jet ski para cada atleta, ou seja, ninguém entra remando, ou se o mar estiver pequeno, o atleta será escoltado até onde a onda quebra. Cada um terá seu piloto particular", avisa Hickel.

Ele espera que a competição, que começa na madrugada desta quarta-feira, às 2h30 (horário de Brasília), e tem prazo para terminar até o dia 17, transcorra sem sustos. E torce para tudo dar certo. "A gente sabe que todas essas tecnologias estão em fase de teste. A WSL está engajada na busca por tecnologias que estão aparecendo no mercado e que possam diminuir o potencial de ataque por vida marinha. Mas não existe no mercado uma tecnologia que seja 100% eficiente", conclui.

O surfista Mick Fanning, que perdeu o título mundial de surfe para o brasileiro Mineirinho, não vê problemas na manutenção da etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul, no calendário do Circuito Mundial para o próximo ano. Em julho, ele foi atacado por um tubarão na final contra Julian Wilson, mas apesar do susto acabou saindo ileso.

"Por que não manter J-Bay? É uma ótima onda. É perigoso por causa dos tubarões e a WSL (Liga Mundial de Surfe) vai fazer um trabalho de prevenção para afastá-los. Com certeza, eu estarei lá. Tem outros lugares que também são perigosos, como Margaret River, na Austrália. Lá tem bastante tubarão, assim como Jeffreys Bay. Pipeline e Fiji também têm chance de aparecer tubarão. Esse é o nosso esporte e precisamos tomar decisões, sempre da melhor forma possível", afirma.

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A WSL manteve todas as etapas de 2015 para a próxima temporada. Mas está tomando medidas importantes para que não ocorra mais um ataque de tubarão aos surfistas durante as competições. "A gente já contratou empresas e consultou órgãos de prevenção aos ataques de tubarão na Austrália e África do Sul", explica Renato Hickel, diretor da WSL.

Ele conta que está sendo preparado um plano de ação que envolve desde o incremento no número de barcos atrás da arrebentação, aumento no número de jet-skis, até a possível adoção de monitoramento com drones e com observadores nas montanhas na África do Sul, e possivelmente a utilização de outros equipamentos que inibem a aproximação de tubarões na área de competição.

"Isso tudo será apresentado futuramente em termos mais concretos do que vai ser utilizado em cada evento, mesmo porque as medidas têm de ser adequadas a cada lugar em particular. A situação de Margaret River é bem diferente da de Jeffreys Bay, e assim por diante", diz.

Hickel lembra que a preocupação com tubarão é constante, principalmente depois do que aconteceu em Jeffreys Bay, mas que ela já existia antes desse incidente. "Tanto que medidas de procedimento médico já tinham sido tomadas, e vai ter um incremento considerável em termos de medidas de prevenção para garantir a segurança dos competidores em todas as etapas que existem essa possibilidade, começando por Gold Coast, a primeira do ano."

MINEIRINHO CHEGA NA TERÇA - Campeão mundial de surfe, Adriano de Souza, o Mineirinho, desembarca terça-feira pela manhã no aeroporto de Guarulhos. Ele terá compromissos com seus patrocinadores e depois vai para sua terra natal, o Guarujá, onde vai desfilar de carro aberto. O surfista é o segundo brasileiro campeão mundial na modalidade. No ano passado, Gabriel Medina conquistou o título e sua chegada no Brasil teve muita torcida.

Nas quartas de final do Pipe Masters haverá um duelo de gigantes entre Kelly Slater, 11 vezes campeão mundial e com sete títulos em Pipeline, e o australiano Mick Fanning, tricampeão mundial. Apesar do norte-americano ter dito que torcia para o rival conquistar o tetra, os dois se cruzam nas quartas de final e Slater já avisou que não vai facilitar.

"Eu torço por mim. Estou tranquilo, pois não existe qualquer pressão em cima de mim. Quero vencer as baterias sempre que estou na água. E quero vencer de novo o Pipe Masters, é por isso que estou aqui. Não vou ficar lá deitado esperando que algo aconteça. Vou para cima. Se fosse meu irmão, estaria em uma situação dura. Eu quero muito vencer essa bateria", avisou.

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Uma vitória de Slater sobre Fanning pode ajudar os brasileiros na disputa do título mundial. Se o australiano cair nas quartas de final, basta Adriano de Souza, o Mineirinho, avançar às semifinais que será campeão, ou Gabriel Medina vencer a etapa, que conquistará o bicampeonato. "Se eu ver vencer o Mick, acho que o Medina vai vencer sua bateria e minha meta vai ser vencer ele na semifinal", continua.

Slater confessa que ficou comovido com a situação de Fanning, que ficou sabendo da morte do seu irmão na quarta-feira, mas mesmo assim conseguiu entrar na água e vencer suas baterias. "Não sei exatamente o que foi divulgado publicamente, mas o Mick teve condição de se focar no campeonato, vencer baterias, ir para as quartas de final, lutar para vencer o Pipe Masters e dedicar ao seu irmão", comentou.

Na quarta fase, eles tiveram uma bateria juntos, com a presença ainda de John John Florence, e puderam falar sobre a tragédia familiar. "O Mick me contou o que aconteceu e dei uma força. Ele tem muita coragem e é um grande surfista. Ele é um cara íntegro e já passou por muita coisa na vida e na carreira. Ele é um cara do bem e toma boas decisões", elogia Slater.

Confira quais são os confrontos das quartas de final do Pipe Masters:

Gabriel Medina x CJ Hobgood

Mick Fanning x Kelly Slater

Mason Ho x Adam Melling

Adriano de Souza x Josh Kerr ou Jeremy Flores

Gabriel Medina e Adriano de Souza, o Mineirinho, colocaram fogo na disputa do título do Circuito Mundial de surfe. Com show em suas duas baterias do dia no Pipe Masters, eles chegaram às quartas de final da competição, que está sendo disputada no Havaí, e vão tentar estragar a festa de Mick Fanning, que também está nas quartas e vivo na disputa.

A praia em Pipeline estava lotada para ver os tubos em ondas de quase quatro metros e um show de surfe. Medina, Fanning e Mineirinho brilharam e vão brigar até o fim. Se para Medina só o título interessa, com os rivais caindo nas quartas de final, para Mineirinho a taça será conquistada se ele ficar uma fase à frente de Fanning.

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Ou seja, se ele for para a semifinal e o australiano cair, o brasileiro conquistará seu primeiro título. Se Fanning ou Mineirinho avançarem para a semifinal, o atual campeão do mundo sai do páreo. Entre os brasileiros, a maior baixa foi Filipe Toledo, eliminado na terceira fase.

"Estou super feliz de passar minhas baterias. Agora tenho de me concentrar para a sequência da competição. O mar deve diminuir um pouco, mas ainda teremos boas ondas. A intenção é chegar na final e quanto antes eles perderem, melhor para mim. Sei que eles podem chegar só até o quinto lugar e eu vou precisar ganhar. Espero que dê tudo certo", avisou Medina.

Para avançar na competição, Medina venceu com facilidade o norte-americano C.J. Hobgood e o havaiano Keanu Asing na quarta fase. O brasileiro teve nota de 15,30 contra 5,47 e 4,27 dos rivais, respectivamente.

Fanning foi ainda melhor em sua bateria, bem mais complicada que a do brasileiro. O australiano precisou superar ninguém menos que o norte-americano Kelly Slater e o havaiano John John Florence. Fanning anotou 17,30, contra 16,47 de Slater e 15,16 de Florence. Último a cair no mar na quarta fase, Mineirinho (13,67) avançou na briga pelo título ao superar os australianos Josh Kerr (12,13) e Adam Melling (1,43).

ELIMINAÇÃO - Filipinho poderia se tornar o campeão de surfe mais jovem da história, mas acabou perdendo para Mason Ho, sobrinho do famoso havaiano Derek Ho, na terceira fase do Pipe Masters, e avisou que agora ficará na torcida pelos brasileiros que ainda estão na disputa com Mick Fanning.

"Vou torcer até mais para o Mineirinho, porque ele está na briga há dez anos e merece muito. Mas também torço pelo Gabriel", afirmou, sobre o atual campeão do mundo. Apesar de triste e abalado pela eliminação, ele evitou reclamações, mas seu pai, o ex-surfista Ricardinho Toledo, chiou bastante. "Todo mundo viu que ele foi garfado", disse.

Ele teve uma atuação discreta na terceira fase, acabou perdendo para Mason Ho por 6,93 a 6,67 e se despediu do torneio. "Foi o melhor ano da minha carreira. Briguei pelo título, tive minha chance, mas não aconteceu este ano ainda. De qualquer forma, acho que estou mais forte a partir de agora. Estou muito feliz de ter chegado aqui no Havaí com a chance de brigar pelo título", comentou Filipinho.

Fanning, por sua vez, brilhou em Pipeline. Ele entrou na disputa de sua bateria após saber da morte do irmão mais velho, divulgada pela revista Surfing Magazine. O atleta mostrou abatimento, mas se manteve na briga pelo título.

Para Gabriel Medina, que convive na casa de sua patrocinadora com Fanning, o companheiro está abalado. "Eu vi o pessoal falando disso na casa, perguntei o que era, e me deram essa notícia triste, ainda mais com a morte de um irmão, que é uma pessoa muito próxima. Eu admiro muito o Mick, ele é muito bom de cabeça e está triste, mas surfando muito bem. Eu passei por isso quando estava lá em Fiji, mas já tinha perdido a bateria quando soube da morte do meu avô. Se eu tivesse de competir, sei que seria difícil", diz.

O norte-americano Kelly Slater é uma lenda do surfe. Considerado o maior atleta da modalidade na história, ele deu seu palpite e acha que o australiano Mick Fanning será campeão mundial no Havaí. "Se fosse colocar meu dinheiro, seria nele. Eu senti no começo da temporada que ele conquistaria o título. Acho que vai dar Mick", afirmou.

Com 11 títulos no currículo, Slater sabe que Fanning vai chegar à sua quarta taça e vê no adversário a determinação para brilhar no Pipe Masters, na última etapa do ano, e se sagrar campeão. Slater, por sua vez, não vem fazendo uma boa temporada e ainda terá de disputar a repescagem em Pipeline.

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Já Italo Ferreira, que avançou para a terceira fase do Pipe Masters, acredita na força dos brasileiros Filipe Toledo, Adriano de Souza e Gabriel Medina. Os dois primeiros estão na repescagem e vão lutar contra a eliminação precoce. Já Medina, atual campeão mundial, avançou diretamente para a terceira fase e aguarda a definição de seu próximo adversário.

"Está bem embolado, vai ser engraçado ver. Tem três brasileiros, tem o Julian, tem o Mick que está na briga, o Owen infelizmente saiu, então é menos um, mas não sei o que vai acontecer. Os brasileiros estão muito bem, vou torcer para eles. Se fosse apostar meu dinheiro, dividiria um pouquinho em cada um", concluiu Italo.

O maior adversário dos brasileiros na busca pelo título mundial de surfe de 2015 é Mick Fanning, australiano que já levantou o troféu três vezes e chega ao Havaí, para a disputa da etapa de Pipeline do Circuito Mundial, como líder e dependendo apenas de si próprio para ficar com o tetracampeonato.

Só que o australiano de 34 anos sabe que não vai ser fácil. "Os garotos brasileiros estão indo muito bem. O Adriano (de Souza, o Mineirinho) impulsionou esses caras durante muito tempo, daí apareceu o Gabriel (Medina) sendo campeão e agora o Filipe (Toledo). É muito bom ver esse crescimento de caras de diferentes estilos. É fantástico para o Brasil e também para o surfe", disse, se referindo aos concorrentes brasileiros ao título.

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A volta por cima de Fanning é marcante, ainda mais porque ele passou por uma situação muito complicada no meio da temporada, quando foi atacado por um tubarão na África do Sul, na final da etapa de Jeffreys Bay contra Julian Wilson. Mas o surfista, que ficou com os títulos mundiais em 2007, 2009 e 2013, manteve a regularidade e chega ao Havaí na briga.

Apesar do susto, ele não acha que isso tornaria seu título mais emblemático. "Todo ano é especial, todo título mundial é especial e diferente por razões especiais. Se não acontecer de eu ser campeão, não vou achar que eu merecia mais pelo que aconteceu, mas seria muito especial ser campeão. Foi um ano maluco e aprendi muito sobre mim mesmo. Eu quero me divertir e me considero um cara muito sortudo. Depois do que aconteceu, passei a dizer muito mais para os parentes e amigos o quanto eu os amo".

O surfista é muito querido pelos adversários no Circuito Mundial e tem boa amizade com os brasileiros, principalmente com Gabriel Medina. Ambos têm o mesmo patrocinador e ficam na mesma casa, em frente à praia de Pipeline, nos dias que estão no Havaí. Apesar de ter perdido o troféu no ano passado para Medina, Fanning se lembra do momento com carinho.

"Eu aprendi bastante desde o ano passado, quando briguei pelo título e não ganhei. Assistir ao Gabriel ser campeão no ano passado foi incrível, ver a emoção no rosto dele e o quanto as pessoas ficaram felizes com o título foi maravilhoso. Eu acredito que aprendi a ser mais paciente", afirmou.

Nesta terça-feira não foi disputada a triagem, pois apesar da previsão otimista, a ondulação só chegou à noite. Assim, nesta quarta deve começar a triagem que definirá os dois surfistas que faltam para preencher a chave principal. Além deles, foram convidados o veterano Bruce Irons e o australiano Wade Carmichael, líder da Tríplice Coroa. "É duro enfrentar esses caras em qualquer lugar. Geralmente, são surfistas especialistas na onda e muito duros de enfrentar. Tenho de fazer um bom trabalho", disse Fanning.

Há dez dias, a imagem de Mick Fanning sendo atacado por um tubarão na África do Sul chocou o mundo. Na ocasião, o surfista australiano disputava a final da etapa de Jeffreys Bay do Circuito Mundial de Surfe, contra o compatriota Julian Wilson, quando foi surpreendido pelo animal.

Nesta semana, durante a gravação do programa "60 Minutes" da emissora australiana Channel Nine, Fanning foi a uma praia de seu país natal, em Hastings Point, acompanhado de sua mãe, Elizabeth Osborne. Entretanto, enquanto remava entre as ondas, Fanning avistou uma barbatana e, ainda traumatizado pelo ataque recente, subiu no jet ski e voltou para a areia. Em terra firme, Mick Fanning conversou com um repórter e apontou para o local onde teria avistado o tubarão.

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Esta não foi a primeira vez que Mick Fanning voltou a surfar desde o primeiro ataque. No último dia 25 ele publicou em sua conta no Instagram o retorno aos mares. Nesta data, 25 de julho, Fanning lembrou do aniversário do surfista Andy Irons, morto em 2010 por uma parada cardíaca em função de uma mistura de drogas. "Surfei sozinho, mas tinha Andy nos pensamentos. Feliz aniversário, irmão #AIForever", escreveu.

Dois dias depois do incidente na final em Jeffreys Bay, Mick Fanning e Julian Wilson concederam uma entrevista coletiva na Austrália para contar melhor sobre o ocorrido. Ainda perplexo, Fanning classificou o fato de ter escapado ileso do ataque do tubarão como um milagre. "Quando perdi a prancha, pensei que já estava acabado. Escapar do ataque de um tubarão sem um arranhão, isso é um autêntico milagre."

A organização do Circuito Mundial de surfe decidiu finalizar a etapa da África do Sul neste domingo após o ataque de tubarão que quase causou uma tragédia na praia de Jeffreys Bay. Com a decisão, os australianos Mick Fanning, que sofreu o ataque, e Julian Wilson ficaram com a segunda colocação da etapa - não houve campeão. E o brasileiro Adriano de Souza, o Mineirinho, segue na liderança do campeonato.

Fanning foi atacado por um tubarão branco durante a disputa da final da etapa, neste domingo. No momento do ataque, que lembra cena de cinema, ele estava sentado na prancha à espera da onda. Uma grande barbatana cinza surgiu logo atrás do surfista e o surpreendeu. Assustado, Fanning tentou nadar para se afastar, mas o tubarão o atacou por baixo da prancha e chegou a derrubá-lo, acertando uma pancada em seu rosto.

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O australiano, contudo, subiu rapidamente na prancha e logo foi acudido por uma lancha e dois jet skis da organização da prova. Fanning saiu ileso do susto. Já na areia, ele mostrou que o tubarão acabou rompendo a corda que prendia o pé do surfista à prancha.

"Eu tinha acabado de sentar lá, ia começar o movimento e então senti alguma coisa grudando na corda da minha perna. Eu imediatamente pulei e fui para minha prancha. Eu estava chutando e gritando. Eu estava esperando pela mordida. Eu acertei ele nas costas", disse o surfista após o episódio em entrevista à Fox News.

Ele não chegou a pontuar na final. Já Wilson havia surfado uma onda, que lhe rendera 6,67 pontos. Inicialmente, a organização suspendeu a prova e cogitou finalizar a etapa na segunda-feira, um dia depois da data limite imposta para esta janela de competição. Horas depois, porém, decidiu encerrar a etapa, sem a definição de um campeão.

"A segurança de nossos atletas é a prioridade e, depois de conversarmos com os dois finalistas, cancelamos o restante da disputa", informou a organização do Circuito. "Estamos incrivelmente felizes por ninguém ter ficado machucado. Queremos expressar toda nossa gratidão ao pessoal de segurança na água."

Com a decisão, os dois surfistas levaram 8 mil pontos no campeonato. Assim, Fanning e Wilson desbancaram o brasileiro Filipe Toledo da segunda colocação geral. Fanning, com 32.950 pontos, assumiu o segundo posto e Wilson (31.450) ocupa agora a terceira posição. Filipinho caiu para quarto. E Mineirinho segue isolado na primeira colocação, com 33.200 pontos.

A próxima etapa do Circuito Mundial será disputada nas ondas de Teahupoo, no Taiti, entre 14 e 25 de agosto.

BRASILEIROS - Antes do ataque, os brasileiros Gabriel Medina, Adriano de Souza, o Mineirinho, e Alejo Muniz foram eliminados nas quartas de final da etapa de Jeffreys Bay. Um dia após bater Kelly Slater, Medina foi superado pelo dono de 11 títulos mundiais. Por causa da derrota de sábado, Slater precisou passar pela repescagem.

Ele venceu sua bateria e se credenciou para novo confronto com o brasileiro. Desta vez, se saiu melhor na disputa, com 18,10 pontos, contra 17,23 de Medina. Alejo Muniz foi derrotado pelo próprio Mick Fanning, por 18,17 a 9,00 pontos. Na outra bateria com brasileiro nas quartas de final, Mineirinho não resistiu a Julian Wilson: 15,53 a 12,33.

Num aguardado duelo na etapa de Jeffreys Bay, Gabriel Medina derrotou de uma só vez o norte-americano Kelly Slater e o australiano Mick Fanning neste sábado para avançar direto às quartas de final da etapa da África do Sul do Circuito Mundial de surfe. Slater e Fanning ainda têm chances de classificação. Vão disputar a repescagem.

O confronto entre Medina, Slater e Fanning reuniu nada menos que 15 títulos mundiais. O americano lidera a lista, com 11 troféus. O australiano tem três conquistas e o brasileiro se sagrou campeão pela primeira vez no ano passado.

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"Eu sabia que seria difícil. Nós não tivemos muitas baterias juntos antes. Eu achei que as ondas estariam melhores hoje, mas está complicado lá fora. Está difícil encontrar as melhores ondas, mas, por sorte, eu passei. Estou muito empolgado por surfar com esses caras. Eu tenho acompanhado eles desde que comecei no esporte e competir contra eles é um sonho que se tornou realidade", comentou Medina, ao fim da disputa neste sábado.

O brasileiro levou a melhor sobre os famosos rivais ao obter a média de 12,90. Slater ficou em segundo, com 12,27, na bateria. E o australiano registrou 9,94 pontos. Os dois derrotados neste sábado vão disputar no domingo a repescagem. Slater vai enfrentar o francês Michel Bourez, enquanto Fanning terá pela frente Keanu Asing, do Havaí.

Nas outras baterias deste sábado, Adriano de Souza, o Mineirinho, e Alejo Muniz avançaram direto para as quartas de final, assim como Medina. Com 13 pontos, Mineirinho desbancou o compatriota Wiggolly Dantas (12,57) e o norte-americano Nat Young (8,77). Wiggolly e o surfista dos Estados Unidos vão disputar a repescagem. O brasileiro vai enfrentar o australiano Julian Wilson na briga pela vaga nas quartas.

Alejo Muniz, por sua vez, obteve 14,34 pontos e superou o havaiano Keanu Asing (14,04 pontos) e o francês Michel Bourez (11,27).

Gabriel Medina e Mick Fanning são rivais que estão na briga pelo título mundial de surfe, mas também estão dividindo o mesmo teto e tendo contatos diários. Ao que tudo indica, a disputa pelo mais cobiçado troféu do surfe está sendo saudável.

Os dois estão na mesma casa de sua patrocinadora, em um local privilegiado bem em frente à praia de Pipeline. A residência de três andares fica ao lado do palanque do Billabong Pipe Masters, de onde os juízes observam o desempenho dos atletas e dão as notas.

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Tanto Medina quanto Fanning passam a maior parte do tempo dentro da casa, a fim de evitar o assédio dos fãs, e às vezes entram no mar em horários próximos. Os dois já chegaram, inclusive, a pegar a mesma onda, quando Gabriel foi para o lado esquerdo e Fanning para o direito.

A patrocinadora, por sua vez, faz de tudo para mostrar que a disputa é só dentro da água, e quando o campeonato começar. Ela divulgou fotos dos dois juntos tanto em treinamentos quanto em momentos de descontração na sala da casa. O brasileiro nunca escondeu que sente grande admiração pelo surfista australiano.

Na segunda-feira à tarde, Fanning optou por fazer uma atividade física fora da casa. Andou ao lado de seus treinadores e de Ryan Fletcher, coordenador de patrocinados da empresa, pela principal avenida de Pipeline e foi até uma escola local para treinar. O surfista Matt Wilkinson estava também com o grupo.

Já Gabriel Medina tem preferido ficar um pouco mais recolhido, ao lado do pai e treinador Charles. Na segunda ele entrou no mar bem cedinho, nas primeiras horas da manhã. Ele tem evitado o contato com o público, para não perder o foco e a concentração para a disputa que vai decidir o título do Circuito Mundial de Surfe e pode dar ao Brasil seu primeiro troféu na elite.

O australiano Mick Fanning conquistou neste domingo (15) o título do Circuito Mundial de surfe, nas ondas de Pipeline. Seu título, contudo, acabou sendo ofuscado pela grande performance do norte-americano Kelly Slater na última etapa do ano. Diante das ondas, que variavam de 3 a 4,5 metros, Slater chegou a tirar uma nota 10 nas semifinais e não teve problemas para ficar com o troféu da etapa, na decisão.

Com esta grande atuação, Slater até se aproximou de Fanning na classificação geral, mas não conseguiu evitar o título do rival. O australiano assegurou a conquista ainda nas quartas de final e encerrou a temporada com 54.400 pontos, contra 54.150 de Slater. O australiano Joel Parkinson terminou em terceiro, com 48.450.

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O melhor brasileiro do ano foi Adriano de Souza, o Mineirinho, com 31.750 pontos, no 13º lugar. Gabriel Medina (25.000) terminou em 14º, Filipe Toledo (24.400), em 15º, e Miguel Pupo (18.450), em 19º lugar na temporada.

Neste domingo, quem mais brilhou entre os surfistas nacionais foi Miguel Pupo. Ele obteve o quinto lugar na etapa e garantiu sua permanência na divisão de elite do surfe mundial. Com este resultado, o Brasil terá sete atletas no Circuito Mundial de 2014, um a mais que este ano.

Os outros brasileiros a competir na elite no próximo ano são o catarinense Alejo Muniz, o carioca Raoni Monteiro e o potiguar Jadson André - Medina, Toledo e Pupo são paulistas.

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