PARÁ - O Centro de Perícia Científica Renato Chaves liberou, nesta quarta-feira (27), os dez corpos das vítimas do acidente aéreo com o bimotor, da empresa Fretax Aéreo, que caiu no último dia 12, em Almeirim, oeste do Pará. As identificações foram feitas por meio do DNA Florense, que consiste na coleta do material biológico de cada um para confrontar com o material genético de parentes.
Enquanto o Centro de Perícias fazia a liberação dos corpos, os familiares das vítimas eram recebidos por representantes da Fretax para assinar as Declarações de Óbito e guias de traslado para o transporte aéreo dos corpos.
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De acordo com o perito criminal e diretor do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, Orlando Salgado, a previsão de entrega do laudo seria de no prazo de 30 dias pelo grau de carbonização em que os corpos de encontravam. Mas, esse procedimento foi cumprido em 15 dias, tempo considerado recorde pela Perícia Oficial do Pará.
Em 14 de março, dois dias após o acidente, os familiares das vítimas e representantes da empresa Cesbe Engenharia e Empreendimentos e da companhia Fretax foram recebidos pelo diretor geral do CPC Renato Chaves, Orlando Salgado, e orientados acerca dos procedimentos de identificação e posterior coleta de material para o cruzamento de dados de DNA (grau de parentesco). Na ocasião, profissionais do laboratório retiraram saliva dos parentes para análise.
O material foi periciado por profissionais do Laboratório de Estudos Físicos Químicos e Biológicos (EFQB) do CPC, na ala onde funciona o setor direcionado às perícias de DNA. Após identificar o perfil genético das vítimas e dos familiares, os peritos criminais confrontaram as informações e fizeram os laudos. Uma equipe de liberação de corpos providenciou o preenchimento da documentação específica para a liberação dos cadáveres à empresa, que fará a entrega aos parentes.
Perícia - Os trabalhos do CPC foram iniciados logo após o acidente, com o deslocamento de uma equipe, composta por peritos criminais e auxiliares de remoção. No dia seguinte, profissionais do Instituto de Criminalística (IC) e do IML se reuniram na sala de necropsia para realizar a seleção e coleta de material biológico, que pudesse servir à pesquisa de DNA. Participaram do trabalho três médicos legistas, três peritos criminais do laboratório, dois peritos criminais da área de Odontologia e auxiliares técnicos de perícia.
Em entrevista à imprensa, Orlando Salgado, ressaltou que os familiares precisariam ter paciência para que as análises fossem concluídas com 100% de segurança. “Reunimos as famílias antes das coletas para esclarecer as reais condições dos corpos. O acidente foi de proporções gigantescas, e os corpos foram encontrados em alto grau de carbonização, e isso dificultou nosso trabalho”, explicou o diretor.
Com informações da Agência Pará de Notícias