Tópicos | Moussa Dadis Camara

O ex-ditador da Guiné, Moussa Dadis Camara, negou, em um aguardado julgamento nesta terça-feira (13), ter dado a ordem para um massacre em 2009 que deixou centenas de vítimas.

Camara está sendo julgado junto com outros dez oficiais que fizeram parte de seu governo por um massacre no qual 156 pessoas morreram e um total de 109 mulheres foram estupradas, durante a repressão de um comício da oposição.

O militar voltou a depor na terça-feira pelo segundo dia consecutivo no processo iniciado em 28 de setembro, 13 anos após o massacre perpetrado por agentes do regime.

"Eu não dei nenhuma ordem a ninguém, senhor imperador da Promotoria", respondeu Camara com sarcasmo.

Camara afirmou no entanto que membros dos Boinas Vermelhas, uma unidade de elite das forças armadas, participaram do massacre.

O ex-ditador negou na segunda-feira qualquer responsabilidade pelos eventos e disse ser vítima de uma conspiração, em um longo monólogo que incluiu referências a filósofos como Heráclito e Immanuel Kant e aos faraós egípcios.

Camara, que era um capitão desconhecido, chegou ao poder em dezembro de 2008, logo após a morte de Lansana Conte, o segundo líder do país desde a independência, que governou durante 24 anos.

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