Tópicos | Mundial de Desportos Aquáticos

A maratonista aquática brasileira Ana Marcela Cunha garantiu sua vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Ana assegurou sua participação na maior competição esportiva do mundo após chegar em quinto lugar no Mundial de Desportos Aquáticos, disputado no último final de semana em Gwangju, Coreia do Sul. Outra brasileira na prova, Viviane Jungblut, terminou em 12º lugar e acabou fora da próxima edição das Olimpíadas.

As brasileiras participaram da disputa contra as maiores atletas da modalidade nos dias de hoje. Na prova estavam a holandesa Sharon van Rouwendall, campeã olímpica no Rio 2016, a medalhista de prata na última edição dos Jogos, a italiana Rachele Bruni, e a francesa Aurelie Muller, bicampeã mundial da prova. Em uma chegada emocionante na qual cravou o tempo de 1h 54min 50s, Ana Marcela ficou a seis décimos da terceira colocada. As dez primeiras colocadas da prova garantiram classificação para as Olimpíadas de Tóquio. O Mundial é a única chance que um país tem para levar duas representantes para os Jogos Olímpicos, portanto como Ana confirmou sua classificação, o Brasil terá apenas uma nadadora na luta por uma medalha olímpica.

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A campeã foi a chinesa Xin Xin, com o tempo de 1h 54min 47s, apenas um segundo à frente da norte-americana Haley Anderson, que fez os 10km em 1h 54min 48s e foi um segundo e nove décimos mais rápida que a terceira colocada, a italiana Rachele Bruni, que fechou a prova em 1h 45min 49s. A representante brasileira da modalidade nos Jogos do Japão tem nove medalhas em mundiais sendo três de ouro, duas de prata e quatro de bronze.

O governo do México anunciou nesta quarta-feira que a cidade de Guadalajara não sediará mais o Mundial de Desportos Aquáticos de 2017. A Comissão Nacional de Cultura Física e Esporte (Conade, na sigla em espanhol) revelou que a crise econômica atravessada pelo país impedirá que ele receba o evento, que reunirá mais de 2000 atletas de seis modalidades aquáticas.

De acordo com comunicado divulgado pela Conade, a crise mexicana obrigou o governo a cortar gastos em diversas áreas. Entre elas, o país decidiu não gastar os US$ 100 milhões previstos em infraestrutura para o Mundial. Com a desistência, o México terá um prejuízo bem menor, uma vez que havia desembolsado somente US$ 9,5 milhões e precisará pagar US$ 5 milhões de multa pela rescisão de contrato com a Federação Internacional de Natação (Fina).

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"Depois de analisar o planejamento da Conade e sua perspectiva, foi determinado informar à Federação Internacional de Natação (Fina) que o México não vai abrigar o Mundial", disse Jesús Mena Campos, diretor-geral da Conade.

Em janeiro, a Secretaria da Fazenda e Crédito Público do país determinou uma revisão na estrutura de gasto do governo, que resultou em um ajuste de 124,3 bilhões de pesos (quase US$ 8,5 bilhões). Isto resultou no cancelamento de diversas obras, incluindo a construção de um trem na península de Iucatã e a suspensão de outro trem entre a Cidade do México e Querétaro.

Apesar do cancelamento do acordo com a Fina, o governo mexicano garantiu que manteve as boas relações com a entidade. "Já tive a oportunidade de conversar com o presidente da Fina, o doutor Julio César Maglione, que lamentou esta situação, mas entendeu as circunstâncias e reiterou apoio e respaldo às atividades aquáticas em nosso país", garantiu Jesús Mena Campos.

Cesar Cielo está na final dos 50m livre do Mundial de Desportos Aquáticos de Barcelona. Nesta sexta-feira, o brasileiro foi o terceiro mais rápido da semifinal, com o tempo de 21s60, empatado com o norte-americano Nathan Adrian, e se classificou para buscar o tricampeonato na tarde de sábado.

O recordista mundial dos 50m livre participou da primeira série semifinal, absolutamente forte, em que sete dos oito nadadores que competiram conseguiram tempo na casa de 21 segundos. Marcelo Chierighini, por exemplo, fez 21s84, melhor tempo da sua carreira, mas terminou apenas como quinto.

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O jovem brasileiro de 22 anos acabou no 10º lugar geral, fora da final. Para se classificar, precisaria ser 0s10 mais rápido. Mesmo com ar de decepcionado, Chierighini disse estar satisfeito. "Fiz meus melhores tempos, agora é focar no revezamento. Fiz meu melhor tempo, estou contente com isso, mas a gente sempre quer um pouco mais. É meu primeiro Mundial, peguei bastante experiência. Agora é esperar o próximo", comentou ele, à SporTV.

Cielo está classificado para a sua quarta final de Campeonato Mundial. Na sua estreia, em Melbourne/2007, quando tinha apenas 20 anos, conquistou o sexto lugar. Dos 16 semifinalistas daquele ano, só três continuaram entre os melhores em Barcelona, seis anos depois: o próprio brasileiro, o sul-africano Ronald Schoeman e o francês Frederick Bousquets.

Outro francês, o campeão olímpico Florent Manaudou, porém, promete dificultar o tri de Cielo. Nesta sexta, ele venceu a segunda série semifinal com 21s37, segundo melhor tempo da história dos 50m livre e 0s10 abaixo da marca que ele tinha como melhor da temporada. O norte-americano Anthony Ervin, com 21s42, foi o segundo da semifinal.

"(A semifinal) foi bem forte. Comparando com a Olimpíada foi bem mais forte. Amanhã (sábado) tem que tirar um tempo melhor. Agora é olhar as análises e ver o que faltou. Tentar nadar o melhor da minha vida (sem trajes tecnológicos), que é 21s38, ou menos. Vamos ver o que acontece", disse Cielo.

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