Tópicos | Museu da Vacina

A partir desta quarta-feira (8), está aberto para visitação o Museu da Vacina, no Instituto Butantan, em São Paulo. A exposição permanente trata sobre as vacinas e sua importância para a saúde pública - através de recursos tecnológicos. 

Durante a visita, o público poderá conhecer as etapas do desenvolvimento de um imunizante, conhecer as plataformas tecnológicas vacinais, o funcionamento do sistema imune e de memória imunológica do corpo humano, além da reação do organismo vacinado, entre outras atividades interativas. No final, os visitantes também poderão entrar em um cinema 6D, que simula a ação da vacina dentro do corpo humano. 

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“O Museu da Vacina está totalmente ligado à origem do Butantan. Quando ele foi criado por Vital Brazil, ele pensou o seguinte: vou pesquisar, vou produzir e vou divulgar, e é isso que o Museu da Vacina está fazendo hoje. As exposições são totalmente eletrônicas, e isso aproxima as novas gerações que visitarão o espaço”, diz Giuseppe Puorto, diretor do Centro de Desenvolvimento Cultural do Butantan.

“Estar aqui significa celebrar o esforço de muitos que nos antecederam, que enfrentaram guerras contra as notícias falsas. Não podemos permitir a volta da varíola, da poliomielite, do sarampo. Esse dia é para homenagear os que lutaram, desenvolveram vacinas, os pesquisadores, que trabalharam uma vida inteira para nos proporcionar saúde e esperança. E essa esperança está sendo celebrada hoje com a efetivação de um museu dedicado à história da vacina”, disse o governador do Estado de São Paulo Tarcísio de Freitas, na cerimônia de inauguração.

Construído na Casa Rosa - um casarão de 550m² - hoje o Museu da Vacina está localizado no local que foi a primeira sede da Fazenda Butantan e é o quinto do Parque da Ciência. “É resultado dos 122 anos da dedicação do Butantã à construção do conhecimento e da difusão da ciência”, afirma o diretor do instituto, Esper Kallas.

Vacina 100 Dúvidas

Junto a inauguração, também ocorre a campanha "Vacina 100 Dúvidas”, com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal do estado e combater as fake news sobre a imunização. A iniciativa conta com um site que responde as cem perguntas mais comuns sobre imunizantes do calendário básico: meningite meningocócica, poliomielite, febre amarela, pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b), tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), hepatite b e doenças invasivas causadas pelo hemófilo b, varicela, HPV, BCG (tuberculose) e covid-19. Confira: https://www.vacina100duvidas.sp.gov.br/

“Temos orgulho de sermos a capital mundial da vacina, estamos iniciando uma campanha de vacinação e inaugurando o Museu. Com ele, homenageamos todos os profissionais que têm se dedicado à vacinação. Vamos investir cada vez mais em saúde", afirma o prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes.

Os trabalhos para criação do novo Centro Avançado de Produção de Soros do Instituto Butantan e do futuro Museu da Vacina da instituição foram iniciados em São Paulo. A previsão é que o centro seja entregue em 2023 e o museu seja aberto para visitação em 2022.

Todos os soros que o instituto disponibiliza serão produzidos em planta industrial única. Atualmente, são entregues ao Sistema Único de Saúde (SUS) 12 tipos de soros contra toxinas de animais peçonhentos e microrganismos. 

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Segundo a instituição, ligada ao governo paulista, a nova fábrica fará a liofilização, o que possibilita que o produto chegue a regiões do país em que a refrigeração pode ser um problema. A técnica permite que produtos líquidos sejam desidratados e transformados em pó.

O investimento é de R$ 34,5 milhões em um espaço de 6,6 mil m²  com cinco pavimentos, onde  será feito desde o processamento do plasma até o envasamento dos frascos.

Museu

A ideia do Museu da Vacina surgiu em 2018. “Fizemos uma atividade aqui sobre os 100 anos da gripe espanhola e foi uma atividade de divulgação para mostrar a importância da vacinação”, relembra Giuseppe Puorto, biólogo que coordena o projeto do museu.

A proposta é criar um espaço cultural que valorize a ciência e estimule o interesse em pesquisa por meio do tema da vacinação, além de reforçar a importância da prática. 

“Mostrar como uma vacina funciona, seja ela para que tipo de doença, o que precisa para combater um problema de saúde pública. Mostrar como as vacinas, de uma forma geral, atuam no organismo humano. Como uma pessoa que não tem a vacina reage e aquela que tem a vacina reage? O que acontece dentro do corpo da pessoa para deixá-la imunizada?”, disse o biólogo sobre as possibilidades de explorar o tema. 

Puorto destacou, ainda, que o museu, além de contar a história da vacinação no Brasil e no mundo, vai explorar contextos atuais, como agora a luta contra a Covid-19. 

“Mostrar que, atrás de muita coisa, inclusive da vacina, existe ciência, existem cientistas, existem pessoas que se preocupam com isso. Mostrar que, no passado, nós tivemos vários tipos de doenças, muitas delas foram controladas através de vacinas,” afirmou.

O museu vai funcionar num prédio histórico que será restaurado, com um custo de R$ 2,6 milhões. A edificação foi construída no fim do século 19 e, antes da criação do instituto, funcionava como sede da Fazenda Butantan na produção de leite bovino distribuído na cidade.

O local também já foi residência de Vital Brazil, primeiro diretor do Butantan, e, em 1933, foi transformado em escola rural do Grupo Escolar do Butantan. Mais recentemente, era usado pelos laboratórios de herpetologia, ecologia e evolução.

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