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As pessoas que foram ao Baile Perfumado, no Prado, na noite desta sexta-feira (25), tiveram a oportunidade de conferir shows de atrações que marcam a música brasileira. De um lado, Criolo apresentou os novos singles e seu rap com batidas orgânicas - o grande estilo do artista. Do outro, a Mundo Livre S/A fez um show no melhor manguebeat, transitando pelos 25 anos de carreira e nas músicas do último trabalho produzido em parceria com a Nação Zumbi - lançado no ano passado.
##RECOMENDA##Durante os intervalos, o DJ Damata levou ao público hits de Jorge Ben Jor, Racionais, Damian Marley e Thayde, entre outros grupos. Das atrações principais, a primeira a se apresentar seria a Mundo Livre S/A, mas de acordo com a produção a programação foi alterada a pedidos dos artistas. Criolo subiu ao palco ao lado do MC Dandan e de sua banda de apoio às 0h e foi logo direto ao ponto com o single Duas de Cinco, lançado gratuitamente pela internet em outubro passado. A música, que traz a essência do rapper paulista, com pitadas de crítica social às instituições políticas e às classes mais favorecidas, ainda não havia sido tocada ao vivo no Recife.
“Agradeço pela presença de todos vocês. Essa cidade é maravilhosa. Tem várias coisas acontecendo hoje, muita coisa boa, mas vocês estão aqui. Muito obrigado”, disse Criolo, para em seguida emendar com músicas do premiado disco Nó na Orelha (2011), como Subirusdoistiozin, Freguês da Meia Noite, Não Existe Amor em SP, Sucrilhos e Samba Sambei. “O que eu posso dizer de Criolo é que ele é a renovação no cenário do hip hop nacional. Um cara que traz uma proposta diferente e que é boa, não é ruim para o movimento nem é ruim para os artistas. Muito pelo contrário, iusso significa que com o decorrer dos anos o rap brasileiro evoluiu e continua a evoluir, obedecendo, claro, os estilos próprios”, disse o rapper pernambucano Tiger, ex-vocalista do grupo Face dos Subúrbios.
O rapper paulista, que fez 1h20 de apresentação com direito à paródia da música Cálice, de Chico Buarque, seguiu com Mariô, Grajauex, Bogotá e faixas do primeiro álbum da carreira, o Ainda Há Tempo, lançado em 2006, como Demorô e a canção que leva o mesmo nome do disco – última música do show. No meio do espetáculo teve tempo de divulgar a música Cóccix-ência, também divulgada em outubro na internet. “Eu acompanho a carreira de Criolo desde o lançamento do álbum Ainda Há Tempo. O cara tem apresentado um trabalho perfeito, ainda mais após o Nó na Orelha. Desde muito tempo atrás eu curto muito rap e Criolo é um precursor do bom rap brasileiro”, comentou o fã Germano Brito, 24 anos.
Mundo Livre S/A começou a tocar às 2h mas um bom público ficou para conferir a performance dos mangueboys, que deram início ao show com Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada, versão do projeto Mundo Livre S/A vs Nação Zumbi. Depois seguiram com Free World e Constelação Carioca. “Essa música faz parte do disco Novas Lendas Da Etnia Toshi Babaa (2011) e é uma parceria com o grande parceiro carioca, meu brother BNegão”, explicou Fred Zeroquatro, vocalista da banda, durante a apresentação. A banda prosseguiu com Pastilhas Coloridas, Ela é Indie, e outras faixas do trabalho em parceria com a Nação Zumbi, como Etnia e No Olimpo.