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Uma caminhonete Hilux derrubou o muro da garagem de um condomínio de luxo e por pouco não caiu de um 'precipício' no bairro Vila da Serra, em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, em Minas Gerais. O incidente ocorreu nesse sábado (23) e o veículo foi retirado em seguida.

O carro ficou com a frente pendurada para o lado de fora depois de destruir o muro. Imagens do sistema de vigilância registraram o momento da colisão, mas não foi confirmado se alguém conduzia o veículo. Nenhum ferido foi registrado.

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O carro se equilibrou com duas rodas para fora da parede   Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Militar e Corpo de Bombeiros informaram que não foram acionados para atender à ocorrência. A Defesa Civil do município também indicou não ter sido acionada, mas assegurou que o local seria vistoriado.

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Na manhã deste sábado (8), moradores de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, se assustaram com a sirene que alertava para o rompimento da barragem de rejeitos de ferro da Mina de Pau Branco, a cerca de 30 quilômetros da capital de Minas Gerais. Um trecho da BR-040 foi tomado por lama e a Defesa Civil explica que houve transbordamento.

A investigação preliminar indicava a possibilidade de apenas uma tubulação de drenagem ter se rompido ao invés de toda a barragem. A barragem é administrada pelo grupo Vallourec, que ainda não se pronunciou.

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A Defesa Civil de Nova Lima sugere que o sistema de drenagem foi sobrecarregado com as chuvas dos últimos dias e a barragem transbordou.

Equipes de resgaste estão no local e o Corpo de Bombeiros confirmou um ferido. Os dois sentidos do trecho no quilômetro 562 da BR-040, que liga Minas ao Rio de Janeiro, foi tomado por lama e está interditado.

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O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou que irá evacuar na noite deste sábado, dia 16, uma área de risco das barragens B3/B4 da Mina de Mar Azul, da Vale, no município de Nova Lima (MG). Entre 170 e 200 pessoas terão que ser retiradas do local, que abrange cerca de 49 edificações, entre residências e estabelecimentos comerciais.

Procurada, a Vale informou que acionou na noite deste sábado o nível 2 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) para a barragem B3/B4 da mina Mar Azul, em Nova Lima (MG). DE acordo com a empresa, a medida, preventiva, foi tomada "por segurança".

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"A decisão é uma medida preventiva e se dá após a revisão dos dados dos relatórios de análise de empresas especializadas contratadas para assessorar a Vale. Cabe ressaltar que a estrutura está inativa e essa iniciativa tem caráter preventivo", frisou a empresa em nota enviada por sua assessoria de imprensa.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a auditoria se negou a atestar segurança da estrutura, o que motivou a evacuação preventiva. As barragens têm cerca de 3 milhões de metros cúbicos de rejeito em alteamento à montante. Ou seja, foi construída com o mesmo tipo de estrutura da Barragem I da Mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho, que rompeu no fim de janeiro, em uma tragédia que caminha para ter mais de 300 mortos.

Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil e Polícia Militar foram acionados e estão com equipes no local. "A barragem está no nível 1, mas será modificada para nível 2 dentro de alguns minutos, seguindo o protocolo uma vez que a auditoria não atestou a segurança. A sirene será acionada dentro de alguns minutos", informou assessoria do Corpo de Bombeiros por volta das 20h15.

"O trabalho está sendo conduzido pela Vale com apoio da Defesa Civil e demais órgãos competentes. As pessoas evacuadas estão sendo acolhidas e registradas no centro comunitário, onde receberão informações adicionais. Posteriormente, elas serão acomodadas em hotéis da região. A Vale dará toda a assistência e apoio necessários até que a situação seja normalizada", declarou a empresa.

A Vale está sendo investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Minas Gerais por lançar rejeitos de minério de ferro em lagoa de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, a cerca de 50 quilômetros da capital. A denúncia sobre o crime ambiental foi feita pelo Estado em 25 de novembro do ano passado. A Vale, com outro mineradora, a BHP Billiton, controla a Samarco, proprietária da barragem de rejeitos de minério de ferro em Mariana que ruiu em 5 de novembro do ano passado, matando 18 pessoas e deixando uma desaparecida.

O diretor da Vale, José Flávio Gouveia, prestaria depoimento nesta terça-feira, 3, na Delegacia de Crimes Contra o Meio Ambiente em Belo Horizonte. Porém, o funcionário da empresa não compareceu à audiência. A justificativa teria sido que Gouveia, diretor da área de Ferrosos Sul da mineradora, mora no Rio de Janeiro.

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A lagoa atingida pelos rejeitos, chamada Lagoa das Codornas, fica às margens da rodovia dos Inconfidentes, que liga Belo Horizonte a Ouro Preto. O corpo hídrico é regulamentado para ser utilizado pela Vale para acúmulo de água destinada à produção de energia elétrica. A empresa mantém na região o Complexo de Vargem Grande, que tem capacidade para 27 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.

Em boletim de ocorrência registrado na polícia ambiental em abril do ano passado, o presidente da Associação dos Proprietários do Solar da Lagoa (Assproa), Luiz Begazo, relatou a ocorrência de mancha escura em trecho do corpo hídrico. Foi constatado, em seguida, que se tratava de rejeitos de minério de ferro. A área atingida seria de aproximadamente dois quilômetros quadrados. À época, um representante da Vale, Genilton Crispim dos Santos, afirmou à polícia que houve "falha no sistema de concentração e parte do minério transbordou".

No boletim, o presidente da associação afirma que a unidade de pelotização responsável pela poluição, que fica às margens da lagoa, já teve as atividades suspensas por duas vezes pelas autoridades ambientais. Em julho de 2014, por emissão de gases tóxicos, e a segunda em outubro do mesmo ano, por irregularidades no tratamento de água usada no beneficiamento do minério de ferro. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente informou que um termo de ajustamento de conduta (TAC) foi firmado com a empresa e que a mineradora emitiu relatório afirmando ter cumprido todas as exigências, entre as quais instalação de equipamentos antipoluição. Segundo o promotor Mauro Ellovitch, o TAC não retira responsabilidade criminal, administrativa e civil da mineradora.

Segundo a assessoria de comunicação da Vale, a audiência desta terça na Polícia Civil não tinha relação com a Lagoa das Codornas. A empresa afirmou em nota "que está permanentemente à disposição das autoridades e órgãos ambientais para prestar todo e qualquer esclarecimento sobre suas atividades e operações."

Para expansão do Complexo de Vargem Grande, a Vale pretende construir em Rio Acima, município vizinho de Nova Lima, represa com capacidade entre 10 e 15 vezes superior à capacidade das barragens da Samarco em Mariana, construídas para receber 300 milhões de toneladas de rejeitos de minério de ferro, conforme matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo em 12 de novembro do ano passado com base em informações repassadas pela secretaria municipal de Meio Ambiente de Rio Acima. Também à época, a assessoria da Vale contestou o tamanho da represa informado pela prefeitura, mas não revelou a capacidade exata da barragem.

O projeto, no entanto, esbarra em questões ambientais. Na área em que a barragem seria construída existe um sítio histórico chamado Fazenda Velha, uma construção datada do início da exploração do ouro em Minas Gerais, que teve seu auge no século XVIII. A Vale alega ser dona do terreno onde fica o sítio histórico e tenta provar isso na Justiça em u processo que se arrasta desde 2002.

Uma associação de moradores de Nova Lima (MG), município a 50 km de Mariana, está em guerra há pelo menos oito anos com a companhia Vale S/A, que responde pela ITM Vargem Grande, que faz parte de um complexo de mineradoras. As obras para a construção do empreendimento e também do seu funcionamento estão acompanhadas de denúncias envolvendo crimes ambientais, principalmente a emissão de gases tóxicos e o despejo de rejeitos no corpo hídrico da região. A Vale S/A nega as acusações e afirma que cumpre medidas de preservação ao meio ambiente.

O presidente da Associação dos Proprietários do Solar da Lagoa (Assproa), Luiz Begazo, diz que vem denunciando a companhia desde que começaram as obras da ITM. Ele e a família tiveram de abandonar a casa por causa do barulho. "Depois disso, passei a estudar profundamente assuntos envolvendo mineração e descobri uma série de irregularidades que passei a denunciar nos órgãos ligados à Secretaria Estadual do Meio Ambiente e também no Ministério Público", contou.

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A denúncia mais recente foi registrada em abril. Begazo estava andando próximo da Lagoa das Codornas quando viu uma mancha na água. Ele registrou queixa na Polícia Militar Ambiental que, posteriormente, constatou que eram rejeitos de mineração que atingiram uma área de 2 mil metros quadrados, sem contar uma parte que ficou submersa. No boletim de ocorrência, o representante da Vale S/A, Genilton Crispim dos Santos, afirmou que houve "falha no sistema de concentração e parte do minério transbordou".

Segundo Begazo, a Vale S/A não tinha nem autorização para operar. A licença só foi concedida pelo governo de Minas Gerais 23 dias depois na 82ª Reunião Ordinária da Unidade Regional Colegiada Rio das Velhas do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).

Ele encaminhou um e-mail para a secretaria em 4 de novembro, na véspera da tragédia de Mariana, reforçando as denúncias contra a companhia que não teria apresentado, sete meses depois do acidente, um plano para remoção dos rejeitos.

Na queixa, ele lembra que a Usina de Pelotização Vargem Grande, que faz parte do complexo, já teve as atividades suspensas duas vezes. A primeira, em julho do ano passado, por emissão de gases tóxicos; a segunda suspensão aconteceu em outubro, por causa de irregularidades no sistema de tratamento de efluentes (águas residuais).

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente disse que a denúncia não foi apurada porque foi encaminhada para o setor errado. E diz que tem "todo um procedimento para denúncias disponível no site www.meioambiente.mg.gov.br/denuncia". E ficou de encaminhar corretamente o caso.

Inerte

Já a Vale S/A informou que o acidente de abril foi um vazamento de polpa de minério, mas que foram adotadas medidas de contenção e não houve prejuízo ao meio ambiente. "É importante salientar que se trata de um material inerte."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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