Tópicos | objetos religiosos

Um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) quer proibir o vilipêndio de dogmas e crenças de qualquer religião, sob forma de sátira, ridicularização e menosprezo. A matéria, de autoria do deputado William Brigido (PRB), prevê a proibição durante manifestações públicas, sociais, culturais e de gênero.

A proposta apresenta como condutas ofensivas ao credo do outro a veiculação de imagens ou charges que visem “denegrir” as doutrinas; publicações nas redes sociais que associem a religião a algum conteúdo de cunho erótico ridicularizando ou menosprezando a fé alheia; e a utilização de qualquer objeto religioso para outro fim.

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O texto determina punições para quem ferir a regra. Entre elas, estão o pagamento de multa no valor de dez salários mínimos - que será usado para um projeto de assistência social da denominação religiosa atacada - e a impossibilidade de realizar eventos que dependam da autorização do poder público por cinco anos.  

O projeto também veda a liberação de verbas públicas para a realização de qualquer evento, público ou privado, cujas organizações já tenham manifestado a intolerância religiosa.

Na ótica do deputado William Brigido, ideologias e atitudes ofensivas às crenças e práticas religiosas ferem a dignidade da pessoa humana. “O agressor costuma usar palavras ofensivas ao se referir ao grupo religioso atacado e aos elementos, divindades e hábitos da religião. Há casos em que o agressor desmoraliza símbolos religiosos, destruindo imagens, roupas e objetos ritualísticos. Em situações extremas, a intolerância religiosa pode se tornar uma perseguição”, argumenta ao justificar a proposta.

O deputado ainda ressalta que “a crítica não é o mesmo que intolerância” e pondera respeitar a liberdade de expressão, mas desde que não se pregue o ódio. “Discordar da religião alheia é um direito, mas respeitar a fé alheia, mesmo não concordando, é um dever, uma obrigação de todos”, destaca.

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A Polícia Federal de Pernambuco (PF-PE) deflagrou, nesta quinta-feira (3), a ‘Operação Sétimo’, que busca localizar e recuperar imagens sacras e objetos litúrgicos furtados do Convento Santo Antônio, localizado na Rua do Imperador, área central do Recife. As obras são tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

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Segundo a PF, os objetos religiosos, após serem furtados do Convento em novembro de 2009, foram receptados por empresários atuantes na comercialização de antiguidades no Recife. Das oito obras furtadas, duas foram encontradas pela Polícia com um dos suspeitos, no bairro da Boa Vista, área central do Recife, e devolvidas ao espaço religioso. O chefe de comunicação da Polícia Federal em Pernambuco, Giovani Santoro, não descarta que os criminosos sejam especialistas em furtar relíquias, uma vez que, estrategicamente, os objetos foram repassados para comerciantes do ramo.

Os policiais federais deram cumprimento a seis mandados de busca e apreensão, além de quatro de conduções coercitivas. Ao todo, 27 agentes e dois técnicos do Iphan participam da ação, cujo foco de investida são os bairros de Casa Amarela, Boa Vista, Santo Amaro e Areias.

De acordo com a PF, os crimes investigados  correspondem a furto e recepção qualificada, com penas que podem chegar a oito anos de prisão. A operação foi batizada de “Sétimo” em referência ao sétimo mandamento divino (não roubarás), conforme os ensinamentos cristãos.   

 

 

 

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