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A Polícia Federal fez buscas nesta quarta-feira, 13, na casa do governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), e da primeira-dama Dulce Miranda - deputada federal pelo PMDB - na 6ª fase da Operação Ápia. A ação mira Dulce e o deputado Carlos Gaguim (Podemos-Tocantins).

Houve buscas nos gabinetes dos parlamentares. A PF e a Procuradoria-Geral da República abriram a 6ª fase da Operação Ápia para cumprir 16 mandados de busca e apreensão e 8 de intimação contra investigados citados em acordo de colaboração premiada homologado no Supremo Tribunal Federal.

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Nesta 6ª fase, apura-se os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro decorrentes de pagamentos de propinas realizados pela empresa Construtora Rio Tocantins - CRT, de propriedade do delator Rossine Ayres Guimarães, a integrantes do núcleo político investigado.

Em nota, a PF informou que a investigação apontou para um esquema de direcionamento das contratações públicas mediante pagamento de propina de empresários que se beneficiavam com recebimentos por serviços não executados.

O núcleo político da Associação Criminosa era responsável por garantir as contratações e o recebimento de verbas públicas indevidas por parte dos empresários corruptores.

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira, 7, o empresário Renan Bezerra de Melo, filho do procurador-geral de Justiça do Tocantins, Clenan Renault de Melo, na terceira fase da Operação Ápia - investigação sobre direcionamento de licitações e fraudes em contratos de obras de rodovias envolvendo pelo menos 7 empreiteiras que receberam R$ 1,2 bilhão do BNDES.

Além de Renan, a PF prendeu o empresário e ex-secretário de Infraestrutura do Tocantins Alexandre Ubaldo (governo Siqueira Campos/PSDB).

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Siqueira Campos e outro ex-governador do Tocantins, Sandoval Cardoso (SD), que chegou a ser preso em uma etapa anterior da Ápia, em 2016, são investigados pela PF.

A ordem de prisão temporária do filho do procurador-geral e do ex-secretário foi decretada pela Justiça Federal. Os empresários Erlon Marcelo Lima Vieira e José Maria Batista, supostamente envolvidos no esquema de fraudes, também tiveram prisão decretada.

A PF estima que o grupo sob investigação teria participação em desvios que podem alcançar entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões.

O filho do procurador-geral de Justiça do Tocantins foi superintendente da Agetrans, órgão vinculado à Secretaria de Infraestrutura do Estado. A investigação da PF localizou um documento de 23 de dezembro de 2015, subscrito pelo pai de Renan, determinando à Secretaria da Fazenda do Estado que pagasse empreiteiras responsáveis por obras de rodovias estaduais.

A determinação de Clenan Renault de Melo Pereira atendia reclamação da empreiteira EHL Eletro Hidro Ltda - investigada na Operação Ápia. O procurador-geral pediu, ainda, outras informações 'sob pena por crime de desobediência'.

As obras que o procurador Clenan mandou pagar foram autorizadas em 2014 por seu filho Renan, então superintendente da Agetrans.

Defesas

Bezerra de Melo Pereira, que defende o irmão Renan Bezerra de Melo.

Dada a palavra à advogada Juliana Bezerra de Melo Pereira, ela disse que só poderia se manifestar no final da tarde porque ainda está tomando ciência do que pesa contra seu irmão, Renan Bezerra de Melo.

O advogado Rubens Martinelli Filho, que defende o empresário e ex-secretário de Infraestrutura do Tocantins, Alexandre Ubaldo, disse que vai tentar derrubar o decreto de prisão temporária por meio de um habeas corpus.

"Vamos entrar com habeas corpus e tomar todas as medidas possíveis e cabíveis para comprovar a inocência do meu cliente. Ainda não tive acesso ao inquérito e à imputação feita a ele, mas posso assegurar que Alexandre Ubaldo é inocente."

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (28) nova etapa da Operação Ápia. Foi decretada a prisão preventiva de quatro investigados Janaína Aires Guimarães, Cid Hoffman, Jairo Arantes e Luciene da Silva Oliveira. São alvo da investigação da Ápia os ex-governadores do Tocantins Sandoval Cardoso (SD), preso desde 13 de outubro, e Siqueira Campos (PSDB).

A ordem judicial é do juiz federal Pedro Felipe de Oliveira Santos. Os alvos desta etapa são ligados à empresa CRT.

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A Operação Ápia investiga direcionamento de licitações e fraudes em contratos de obras de rodovias no Tocantins, envolvendo pelo menos sete empreiteiras que receberam R$ 1,2 bilhão do BNDES. O desvio pode alcançar entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões, estimam os investigadores.

As prisões da nova etapa da Ápia foram decretadas após análise da documentação apreendida na primeira fase. Os quatro investigados desta fase também foram alvo de busca e apreensão.

O ex-governador do Tocantins Sandoval Cardoso (SD) foi ouvido nesta sexta-feira (14) em audiência de custódia na Justiça Federal e teve a prisão temporária mantida na Operação Ápia. Além de Sandoval, a Justiça ouviu desde as 9 horas outros 13 presos. Todos permaneceram custodiados e os pedidos de revogação das prisões foram negados.

A Operação Ápia investiga direcionamento de licitações e fraudes em contratos de obras de rodovias no Tocantins, envolvendo pelo menos 7 empreiteiras que receberam R$ 1,2 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O desvio pode alcançar entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões, estimam os investigadores.

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Após as audiências de custódia, todos os acusados retornaram para a Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPP), onde continuarão cumprindo o prazo legal de cinco dias de reclusão. Outros dois acusados, que já estão sob custódia da Polícia Federal, também serão ouvidos pela Justiça Federal.

Outro ex-governador do Estado, Siqueira Campos (ex-PSDB), também é investigado - ele foi conduzido coercitivamente para depor na PF.

Sandoval Cardoso teve a prisão temporária decretada por cinco dias. O ex-governador apresentou-se à PF no início da noite de quinta-feira, 13. Durante cerca de três horas ele depôs, acompanhado de seu advogado.

"Eu não licitei nenhuma obra, eu executei", disse Sandoval, segundo o Jornal do Tocantins, ainda na saída do Instituto Médico Legal de Palmas, onde passou por exames na quinta à noite.

O ex-governador do Tocantins Siqueira Campos foi conduzido coercitivamente quando o investigado é levado a depor obrigatoriamente, nesta quinta-feira (13), na Operação Ápia, que apura fraudes em licitações no Estado de R$ 1,2 bilhão do BNDES. Por meio de sua assessoria de imprensa, Siqueira Campos informou que está 'prestando esclarecimentos à PF'.

A Polícia Federal, com o Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União deflagrou a Operação Ápia contra um esquema de fraudes no Tocantins à licitações públicas e execução de contratos administrativos celebrados para a terraplanagem e pavimentação asfáltica em diversas rodovias estaduais.

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Participam da operação cerca de 350 policiais federais. Ao todo estão sendo cumpridos 113 mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal sendo, 19 mandados de prisão temporária, 48 de condução coercitiva e 46 de busca e apreensão nas cidades de Araguaína, Gurupi, Goiatins, Formoso do Araguaia, Riachinho e Palmas, no Tocantins. Em Goiás, nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. No Maranhão, em São Luís, Governador Nunes Freire e Caxias. Também estão sendo cumpridos mandados em Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Brasília e Cocalinho (MT).

A investigação apontou um esquema de direcionamento de concorrências envolvendo órgãos públicos de infraestrutura e agentes públicos do Estado, nos anos de 2013/2014. Essas obras foram custeadas por recursos públicos adquiridos pelo Estado, por meio de empréstimos bancários internacionais e com recursos do BNDES, tendo o Banco do Brasil como agente intermediário dos financiamentos no valor total de cerca de R$1,2 bilhão. Os recursos adquiridos tiveram a União como garantidora da dívida.

O foco da investigação são as obras nas rodovias licitadas e fiscalizadas pela secretaria de infraestrutura, que correspondem a 70% do valor total dos empréstimos contraídos.

Os investigadores apontam que, em um dos contratos, uma empreiteira pediu complemento para realização da obra de mais de 1.500 caminhões carregados de brita. Se enfileirados, esses veículos cobririam uma distância de 27 quilômetros, ultrapassando a extensão da própria rodovia.

"Em outra situação, a perícia demonstrou que para a realização de determinadas obras, nos termos do contrato celebrado, seria necessário o emprego de mão de obra 24 horas por dia, ininterruptamente, o que, além de mais oneroso, seria inviável do ponto de vista prático", aponta a PF em nota divulgada nesta quinta.

Estima-se que o prejuízo aos cofres públicos gire em torno de 25% dos valores das obras contratadas, o que representa aproximadamente R$ 200 milhões.

Os investigados responderão pelos crimes de formação de cartel, desvio de finalidade dos empréstimos bancários adquiridos, além de peculato, fraudes à licitação, fraude na execução de contrato administrativo e associação criminosa. Somadas as penas podem ultrapassar 30 anos.

O nome da operação se refere à Via Ápia, uma das principais estradas da antiga Roma.

Defesa

A assessoria do ex-governador Siqueira Campos afirmou que "O ex-governador está prestando esclarecimentos à Polícia Federal" mas, "não está sendo indiciado e nenhum documento foi apreendido em sua residência".

Mandados

TOCANTINS

Araguaína: 5 mandados de prisão; 37 mandados de busca; 32 conduções coercitivas

Palmas: 10 mandados de prisão; 8 conduções coercitivas; 13 mandados de busca

GOIÁS

2 mandados de prisão

7 conduções coercitivas

7 mandados de busca

MARANHÃO

1 mandado de busca

5 conduções coercitivas

1 mandado de busca

MINAS GERAIS

1 mandado de busca

1 condução coercitiva

1 mandado de prisão

MATO GROSSO

1 condução coercitiva

O ex-governador de Tocantins Sandoval Cardoso foi preso na manhã desta quinta-feira (13\ pela Polícia Federal. Outro ex-governador do Estado, José Wilson Siqueira Campos, ex-PSDB, foi alvo de mandado de condução coercitiva. Os dois são investigados pela Operação Ápia, deflagrada nesta quinta-feira que desarticulou esquema que fraudava licitações públicas e execução de contratos celebrados para a terraplanagem e pavimentação asfáltica em diversas rodovias estaduais. A PF também faz buscas na Secretaria de Infraestrutura do TO (Seinfra).

Os dois foram governadores do Tocantins entre 2011 a 2014, quando celebraram contrato de financiamento firmado com o Banco do Brasil, objetivando obter recursos do BNDES e captados no exterior no valor de R$ 1,2 bilhão, bem como a concretização de aditivos, contratos de garantia e de liberação dos recursos. Segundo a PF, os recursos adquiridos tiveram a União como garantidora da dívida.

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Na decisão judicial que autorizou as ações, o Ministério Público Federal menciona o fato de na eleição de 2014, José Wilson Siqueira Campos ter renunciado ao governo para eleger o filho, Eduardo Siqueira Campos, deputado estadual. A campanha deste último teria se beneficiado de doações eleitorais das empresas investigadas na Operação Ápia; assim como as candidaturas de Sandoval e de Eduardo Gomes, que disputaram, sem sucesso, no mesmo ano para governador e senador. Eduardo Siqueira Campos foi eleito e, por ter prerrogativa de foro, não é alvo, neste momento, da operação.

Em comunicado à imprensa, a PF diz que estima-se que o prejuízo aos cofres públicos gire em torno de 25% dos valores das obras contratadas, o que representa aproximadamente R$ 200 milhões de reais.

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