Tópicos | Operação Chabu

O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, diz que sua prisão nesta terça-feira, 19, no âmbito da Operação "Chabu", foi uma "injustiça com ele, sua família, amigos e a população de Florianópolis". Loureiro fez uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook, após deixar a sede da Polícia Federal da capital catarinense.

Segundo a defesa, Loureiro foi liberado após prestar depoimento, mas segue afastado das suas funções por 30 dias, conforme determinado pelo desembargador Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região.

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O prefeito também continua com o passaporte retido e não pode se comunicar com outros investigados. As medidas restritivas começaram a valer a partir das 20h30 desta terça.

No vídeo, Gean Loureiro diz que foi conduzido para a Polícia Federal no âmbito da Operação "Chabu", mas "não tinha conhecimento do que estava acontecendo".

Deflagrada na manhã desta terça a operação tinha o objetivo de desarticular uma suposta organização que violava sigilo de operações policiais em Santa Catarina, vazando informações e contrabandeando equipamentos de contra inteligência. O grupo contaria com uma rede de políticos, empresários e agentes da PF e da Polícia Rodoviária Federal.

O prefeito afirma que forneceu os documentos solicitados, disponibilizou seu celular e senha às autoridades, e além disso respondeu a 70 perguntas durante seu depoimento.

Loureiro disse que "tinha certeza de que quando prestasse as informações à polícia a prisão não iria acontecer".

Afirma que o delegado concluiu que ele não tinha nenhuma relação com processo, confrontando as informações com outros depoimentos. "Ele viu que não tinha motivo para eu ser preso e evitou mais uma injustiça, se eu tivesse sido preso", disse o prefeito.

Loureiro chega a indicar as situações questionadas durante seu depoimento, entre elas sobre uma "sala secreta dentro da prefeitura". Ele diz que não tem relação com as pessoas que mencionaram o ambiente e que a Polícia Federal teria constatado que o lugar não existe.

Segundo o prefeito, também foi indicado que ele teria participado do vazamento de informações de uma operação realizada em Santa Catarina.

Loureiro afirmou que não tinha conhecimento da informação e não conhecia as pessoas envolvidas em tal investigação.

Agradeceu o "apoio" de pessoas que lhe enviaram mensagens e afirmou que, como "homem público", sentia obrigação de prestar esclarecimentos.

Ao fim do vídeo, o prefeito diz que "foi um dia triste para Florianópolis".

"Vamos demonstrar a cada dia, com muito trabalho, que tudo isso não passou de uma grande injustiça. Felizmente Deus está do lado das pessoas de bem. Obrigado pela confiança. Vamos continuar firmes trabalhando por Florianópolis", afirmou Loureiro.

O desembargador Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), ordenou ao delegado da Polícia Federal Fernando Amaro Moraes Caieron que "entregue ou recolha o distintivo, a carteira funcional, os uniformes, as camisas, os acessórios e demais bens que sejam aptos para se fazer identificar como servidor da Polícia, sua arma particular ou institucional e seu passaporte".

Caieron foi preso nesta terça, 18, na Operação Chabu, investigação que mira em organização supostamente responsável pela venda de informações privilegiadas sobre missões secretas da PF. O delegado vai ficar preso, inicialmente, em regime temporário, por cinco dias.

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O desembargador determinou ao delegado que "compareça mensalmente à Justiça" e o proibiu de acessar ou frequentar "toda e qualquer dependência utilizada como sede de força policial, especialmente a Polícia Federal".

O delegado está proibido de contatar, "pessoalmente ou por interposta pessoa, os demais envolvidos na investigação" e não pode se ausentar, sem autorização judicial prévia, de Santa Catarina.

Caieron teve suspensa sua função pública, sem prejuízo de seus vencimentos, "pelo período necessário à conclusão das investigações".

A Operação Chabu levou à prisão, também em regime temporário por cinco dias, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, supostamente beneficiário, ao lado de outros políticos e empresários, de informações repassadas pelo grupo de "inteligência".

O desembargador Paulsen suspendeu Loureiro do cargo de prefeito por 30 dias. O magistrado impôs também ao prefeito proibição de manter contato, "por qualquer forma, presencial, telefônica, telemática, etc", pessoalmente ou mediante interposta pessoa, com os demais envolvidos na investigação".

Entre os alvos da Chabu com os quais Loureiro não poderá se comunicar, citados pelo magistrado, estão o delegado da PF e o ex-secretário da Casa Civil Luciano Veloso Lima.

A Operação Chabu mira organização que violava sigilo de operações policiais em Santa Catarina. O grupo contava com uma rede de políticos, empresários e agentes da própria PF e da Polícia Rodoviária Federal. Segundo a PF, o grupo também contrabandeava equipamentos de contra inteligência.

Por ordem de Paulsen, a PF cumpriu 30 mandados, sendo 23 de busca e apreensão e sete de prisão temporária. Os crimes foram descobertos a partir da análise dos materiais apreendidos na Operação Eclipse, deflagrada em agosto de 2018.

A PF informou que o grupo "embaraçava investigações policiais em curso e protegia o núcleo político em troca de vantagens financeiras e políticas".

A investigação apurou que "a quadrilha vazava sistematicamente informações sobre operações policiais que ainda seriam deflagradas e também contrabandeava equipamentos de contra inteligência para montar "salas seguras", à prova de monitoramento, em órgãos públicos e empresas.

A PF investiga associação criminosa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, tráfico de influência, corrupção ativa e tentativa de interferir em investigação penal que envolva organização criminosa.

Defesas

Em nota, a prefeitura de Florianópolis informou que Gean Loureiro concordou em prestar todas as informações e comparecer à PF para depor. "As informações preliminares dão conta de que não há nenhum ato ou desvio de recursos públicos relacionados à Prefeitura", afirma a assessoria de Loureiro.

A reportagem busca contato com as defesas do delegado Fernando Caieron e do ex-secretário Luciano Veloso Lima, atualmente ocupando função na biblioteca da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. O espaço está aberto para as manifestações.

O desembargador Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), decretou o afastamento por 30 dias do prefeito de Florianópolis Gean Loureiro, no âmbito da Operação "Chabu", deflagrada pela Polícia Federal. Até recentemente filiado ao MDB, Loureiro foi preso nesta terça-feira, 18, por ordem de Paulsen por suspeita de ter sido beneficiário, ao lado de outros políticos e empresários, de informações secretas repassadas por um grupo de policiais da área de inteligência da própria PF e também da Polícia Rodoviária Federal.

A prisão de Loureiro foi decretada em regime temporário por cinco dias. O afastamento das funções de prefeito começa a valer "a contar do início da sua prisão".

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O desembargador impôs, ainda, outra restrição ao prefeito - ele fica proibido de manter contato, "por qualquer forma, presencial, telefônica, telemática, etc, pessoalmente ou mediante interposta pessoa, com os demais envolvidos na investigação".

Entre os alvos da "Chabu" com os quais Loureiro não poderá se comunicar, citados pelo magistrado, estão o delegado da PF Fernando Caieron e o ex-secretário da Casa Civil, Luciano Veloso Lima.

A Operação Chabu mira organização que violava sigilo de operações policiais em Santa Catarina. O grupo contava com uma rede de políticos, empresários e agentes da PF e da Polícia Rodoviária Federal.

Segundo a PF, o grupo também contrabandeava equipamentos de contra inteligência.

Além do prefeito, são alvos da investigação o delegado da PF Fernando Amaro de Moraes Caieron e outras cinco pessoas.

Desde cedo nas ruas, agentes da PF cumpriram ao todo 30 mandados, sendo 23 de busca e apreensão e sete de prisão temporária, expedidos pelo desembargador Leandro Paulsen.

Os crimes foram descobertos a partir da análise dos materiais apreendidos na Operação Eclipse, deflagrada em agosto de 2018.

A PF identificou que a organização criminosa formou uma rede de políticos, empresários e servidores da própria corporação e também da Polícia Rodoviária Federal lotados em órgão de inteligência e investigação.

Segundo a PF, o grupo "embaraçava investigações policiais em curso e protegia o núcleo político em troca de vantagens financeiras e políticas".

A investigação apurou ainda que a quadrilha vazava sistematicamente informações sobre operações policiais que ainda seriam deflagradas e também contrabandeava equipamentos de contra inteligência para montar "salas seguras", à prova de monitoramento, em órgãos públicos e empresas.

A PF investiga associação criminosa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, tráfico de influência, corrupção ativa e tentativa de interferir em investigação penal que envolva organização criminosa.

"Chabu"

A Polícia Federal indicou que o nome da operação, "Chabu", significa "dar problema, dar errado, falha no sistema".

"O termo é utilizado em festas juninas quando falham fogos de artifício e era empregado por alguns dos investigados para avisar da existência de operações policiais que viriam a acontecer", destacou a PF.

Defesas

Em nota, a prefeitura de Florianópolis informou que Gean Loureiro concordou em prestar todas as informações e comparecer à PF para depor. "As informações preliminares dão conta de que não há nenhum ato ou desvio de recursos públicos relacionados à Prefeitura", afirma a assessoria de Loureiro.

A reportagem busca contato com as defesas do delegado Fernando Caieron e do ex-secretário de Estado da Casa Civil Luciano Veloso Lima, atualmente ocupando função na Biblioteca da Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

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