Tópicos | Operação Paradise

A Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE) deflagrou na manhã desta quarta-feira (7) a Operação Paradise contra crimes de desvios de recursos públicos a partir de fraudes em licitações na prefeitura de Araripina, no Sertão do estado. Foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão temporária. O grupo é acusado de desviar verbas oriundas do Ministério da Educação (MEC) para a construção de escolas, creches e quadras poliesportivas. A cidade é comandada pelo prefeito Alexandre Arraes (PSB). 

Estão sendo cumpridos mandados nas cidades de Araripina-PE, Juazeiro do Norte-CE, Assaré-CE e Jaicós-PI. Os presos estão sendo conduzidos para a delegacia de Polícia Federal em Salgueiro, a fim de serem interrogados em sede de inquérito policial. O nome da operação faz referência ao condomínio 'Paraíso' que está sendo construído em Araripina e pertence a um dos investigados.

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De acordo com informações da polícia, as investigação, iniciadas em 2013, revelaram a existência de um acordo entre as empresas e a prefeitura para fraudar as licitações, uma vez que pela análise dos quadros societários das empresas licitantes e vencedoras, há empregados domésticos e parentes dos principais envolvidos nos quadros societários. Ainda de acordo com o que foi apurado pela PF, não houve disputa para vencer a licitação, como normalmente deve ocorrer nas prefeituras. 

A PF detalhou ainda que após a licitação e com a assinatura do contrato, não é a empresa vencedora que executa a obra, mas sim, as empresas de parentes de um determinado político do governo municipal que executam as obras. Também verificou-se o não pagamento dos encargos sociais (não há recolhimento do INSS e do FGTS); as obras se protraem no tempo, no intuito de se conseguir mais e mais aditivos contratuais, sempre com a intenção de lucrar mais bem como serviços que não são executados, porém são pagos; algumas vezes pagos em duplicidade. 

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