Tópicos | Operação Paraíso

A Polícia Civil de Pernambuco (PC-PE) divulgou, nesta terça-feira (28), os detalhes da Operação Paraíso. A ação foi deflagrada nessa segunda-feira (29) para coibir o tráfico de drogas em Fernando de Noronha e resultou na prisão de 11 suspeitos em diferentes estados brasileiros.

Na Ilha foram detidos Wagner Rogério Oliveira da Silva, o Pit, de 28 anos, a namorada dele, Keile Souza da Silva, 37, Valdeir dos Santos Pereira, 26, Francisco Cazeca da Costa Neto, 27, Robson Pereira de Sena, 36, Thalles Rener Alves Guedes, 25, e Filipe Roberto Oliveira da Silva, 33.

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Os agentes também prenderam Érika Cibelly de Oliveira Silva, 24, em Natal, no Rio Grande do Norte, Leonard José Ruas Chelotti, 28, no Mato Grosso do Sul, e Adriano Ramos de Oliveira, 29, em Boa Viagem, no Recife. Dentre os alvos da operação também estava Júlio César Ribeiro da Silva, 26, namorado de Érika e preso em fevereiro deste ano.

De acordo com o delegado da 3° Delegacia do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), João Leonardo Cavalcanti, as investigações começaram há cerca de seis meses. Os agentes identificaram que a droga que abastecia o arquipélago estava sendo enviada do Recife, Natal e do Mato Grosso do Sul.

A primeira prisão em torno do grupo foi realizada em dezembro do ano passado. “Leonard – que é dentista – foi preso ao desembarcar no Recife. Ele portava 30 micropontos de LSD e uma quantidade de cocaína. Ele estava seguindo para Fernando de Noronha, onde repassaria o entorpecente para os outros suspeitos”, explicou o delegado. Leonard conseguiu um habeas corpus e estava no Mato Grasso desde o início do mês.

Em fevereiro, os agentes prenderam Júlio César em flagrante no Aeroporto de Fernando de Noronha. Ele portava 1 kg de maconha e 45 gramas de cocaína. Ao longo das investigações a polícia descobriu que a droga seguia para a ilha pelos correios, por avião e nas partes íntimas dos suspeitos. A polícia descartou qualquer ligação da quadrilha com funcionários dos correios. “O entorpecente era enviado em embalagens de alimentos, e isso acabava despistado. Eles comercializavam maconha, crack, cocaína e LSD”, afirmou.

Ontem, os agentes embarcaram em um avião da Polícia Federal para Fernando de Noronha. Durante duas horas de permanência na ilha eles prenderam sete suspeitos, apreenderam uma balança de precisão e apetrechos de utilização de drogas, como seda para enrolar cigarros de maconha e cachimbo para fumar crack.

“O tráfico em Fernando de Noronha é diferente do realizado em Recife. Lá ele não tem uma característica violenta. A droga chega em pequenas quantidades para ser consumida por moradores e turistas e até mesmo por quem vende. O preço também é diferenciado. Em Noronha o entorpecente é repassado pelo dobro do valor que é vendido aqui”.

Apesar de concluída a operação, a polícia investiga ainda o envolvimento de uma pessoa em São Paulo. O suspeito seria um dos fornecedores da droga, que ainda não foi localizado. Os homens detidos foram encaminhados para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima. Já as mulheres seguiram para a Colônia Penal Feminina. Todos foram autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

“Esta é a primeira operação policial realizada em Fernando de Noronha. É uma ação pedagógica, para que as pessoas saibam que a polícia está de olho no tráfico, independente do local. O tráfico não vai ficar impune, ele vai ser combatido”, concluiu o delegado. 

Uma operação conjunta das policias civil e militar, deflagrada na manhã desta segunda-feira (28), cumpriu dez mandados de prisão preventiva por tráfico de drogas no arquipélago de Fernando de Noronha. A Operação Paraíso tem o objetivo de combater o tráfico de drogas e preservar o ponto turístico internacional do arquipélago. Entre os detidos estão um presidiário do Recife, uma pessoa do Rio Grande do Norte, outra do bairro de Casa Amarela e sete de Fernando de Noronha, incluindo uma mulher e o principal articulador da quadrilha, identificado apenas como Rogério.

A quadrilha é acusada de vender maconha, crack, cocaína e LSD para turistas e moradores da região. As investigações do caso ocorriam já há seis meses pelo Departamento de Repressão ao Narcotráfico (DENARC). Entre as características do grupo que chamaram a atenção dos policiais está a classe social dos indivíduos. “Eles eram principalmente de classe média, com formação superior”, destaca o Diretor Joselito Kehrle, chefe da Diretoria Integrada da Polícia Especializada.  

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Na operação foram utilizados 60 policiais civis e militares, além de um avião da Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE) para trazer os suspeitos. 

 

A origem da droga ainda vai ser estudada, mas já se sabe que o material chegava embarcado pelos Correios. Todos os integrantes da quadrilha vão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico. O balanço final da operação será apresentado em coletiva na terça-feira (28), às 10h.

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