O ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), é um dos alvos de uma operação da Polícia Civil de São Paulo deflagrada nesta quarta-feira (5). A investigação apura eventuais desvios de recursos da saúde. O irmão de França, Cláudio França, também é um dos alvos.
##RECOMENDA##A Polícia cumpre 34 mandados de busca e apreensão, alguns deles ligados ao pessebista que é pré-candidato a governador do Estado. Segundo a Polícia Civil, o Ministério Público e a Corregedoria Geral da Administração a ação é mais uma etapa da operação Raio-X. Investigação que apura crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro.
De acordo com informações do G1, tal quadrilha seria chefiada por Cleudson Garcia Montali. A organização também teria financiado a campanha de Márcio França ao comando da prefeitura de São Paulo em 2020.
Operação política
Em publicação no Twitter, Márcio França se defendeu e disse que a operação foi política, uma vez que ele busca concorrer ao Governo do Estado.
"Começaram as eleições 2022. 1ª Operação Política. Não há outro nome para uma trapalhada, por falsas alegações, que determinadas 'autoridades', com 'medo de perder as eleições', tenham produzido os fatos ocorridos nesta manhã em minha casa", escreveu.
"Toda operação policial tem nome! Essa é uma operação política e não policial. Ela é, evidentemente, de cunho político eleitoral. Não tenho ou tive qualquer relação comercial ou advocatícia com as pessoas jurídicas e físicas que são alvo da investigação", emendou.
França ainda lamentou que as eleições deste ano comecem assim em São Paulo e frisou: "Já venho há tempos alertando que um grupo criminoso em SP tenta me impedir de expressar a verdade. Sabem que não compactuo com eles, que querem tomar conta do Estado de SP. Se depender de mim, não vão conseguir".
"Eu não sou alvo de nenhuma operação, pois sou advogado particular, não tenho relações nem vínculo com serviços públicos. Não tenho relação com a área médica ou de saúde. Tenho 40 anos de vida pública, não respondo a nenhum processo criminal", completou. Ponderando ainda não ter "medo de ameaças ou de chantagem".
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