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O Papa Francisco comemorou nesta quarta-feira (21) nas redes sociais o fato de ter concluído com êxito sua mais recente missão revolucionária: deixar o Vaticano para comprar sapatos novos.

O pontífice argentino de 80 anos visitou na terça-feira uma loja especializada em produtos ortopédicos perto do Vaticano para escolher um par de sapatos que usa para compensar a dor causada por uma neuralgia do nervo ciático.

A visita foi registrada por um punhado de clientes que estavam na loja e que compartilharam as imagens nas redes sociais.

Em um vídeo postado no Facebook na página de Martina Duarte, intitulado "Uma terça-feira com o papa", a jovem exibe imagens de Francisco na loja. Em algumas, o papa aparece abençoando um crucifixo de um jovem funcionário e tirando fotos com os clientes.

O pontífice chegou na loja, localizada a cerca de 500 metros da Praça de São Pedro, a bordo de um veículo utilitário acompanhado por uma pessoa. Ele conversou com a equipe e foi gentil e sorridente.

As imagens geraram inúmeras reações e comentários, incluindo uma divertida no jornal La Repubblica, que convidou o papa a assumir a prefeitura de Roma, em crise por um escândalo de corrupção.

Não é a primeira vez que o papa deixa a sua residência para fazer compras pessoais. Em setembro de 2015, ele escapou do Vaticano para comprar óculos em uma ótica perto da Praça da Espanha, no centro histórico de Roma.

Em seu discurso nesta sexta-feira (25), na sede das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o papa Francisco fez uma ampla defesa dos direitos humanos e da proteção ao meio ambiente. Ele fez críticas ao lucro indiscriminado de organismos financeiros que não estão submetidos ao interesse coletivo, defendendo, inclusive, a regulação desses organismos. O Papa discursou diante de 150 chefes de Estado e de governo, entre eles a presidenta Dilma Rousseff, reunidos na Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.

Ele chamou a gestão econômica global de '"irresponsável" e disse que a economia mundial não deve ser guiada pela ambição e riqueza. Defendeu que os organismos financeiros internacionais devem se comprometer com o financiamento do desenvolvimento sustentável dos países. "Os organismos financeiros internacionais deveriam promover o progresso, ao invés de submeter as populações a mecanismos de maior pobreza, exclusão e dependência", declarou.

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Durante os 35 minutos de discurso, o Papa tocou em vários pontos presentes na Agenda de Desenvolvimento Sustentável Pós-2015, a chamada Agenda 2030. Em diversos momentos chamou os líderes a combater a exclusão social e cobrou, dos países mais desenvolvidos, maior comprometimento com a principal meta do documento: a eliminação da pobreza extrema do mundo.

Proteção ambiental - O papa Francisco também enfatizou a defesa do meio ambiente e disse que "a sede de poder e a propriedade material sem limites”, são fatores que favorecem a manutenção da miséria. Ele lembrou que a "destruição da biodiversidade ameaça a própria existência da espécie humana" e, ao defender o desenvolvimento sustentável, criticou a cultura do descarte.

Para o papa, o mau uso do meio ambiente está relacionado com os processos de exclusão social, em um mundo onde "os mais pobres também são descartados da sociedade". O pontífice pediu que todos os países cumpram as promessas e metas propostas conjuntamente pelos países-membros da ONU e que se esforcem para combater os efeitos do aquecimento global.

O papa Francisco também citou a Conferência sobre o Climpa, que vai ocorrer em dezembro, em Paris, e se disse otimista com a assinatura de um acordo global sobre o tema.

Fundamentalismo religioso e diplomacia - O papa Francisco citou a perseguição aos cristãos em alguns países, sobretudo no Oriente Médio e no Norte da África e a intolerância religiosa. "É uma situação dolorosa ver estes cristãos e patrimônios culturais e religiosos destruídos", frisou.

Ele elogiou o acordo para o fim da atividade nuclear no Irã – sem citar o país, como resultado da boa vontade política de líderes mundiais. "O recente acordo sobre a questão nuclear em uma região sensível da Ásia e do Oriente Médio é uma prova das possibilidades da boa vontade política e do direito exercitados com sinceridade, paciência e constância", disse.

Em outro momento do discurso, defendeu o combate a vários tipos de crimes, como o narcotráfico, a lavagem de dinheiro e o tráfico de seres humanos. Para ele, o narcotráfico mata milhões de pessoas silenciosamente e não é suficientemente combatido.

70 anos da ONU - Ao iniciar seu discurso, o Papa mencionou importância da ONU, em seus 70 anos de ação, como organismo de mediação. "A história da comunidade organizada de estados representada pela ONU é uma história de importantes êxitos comuns, em um período de inusitada aceleração dos acontecimentos", disse.

Antes do discurso no Plenário, o Papa se reuniu com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e fez uma declaração rápida aos funcionários das Nações Unidas, agradecendo o trabalho deles e pedindo orações. "Rezem por mim", pediu.

O papa Francisco inicia nesta quinta-feira (15) visita às Filipinas, primeiro país católico da Ásia, ao qual leva mensagem de solidariedade. Procedente do Sri Lanka, ele ficará no país até o dia 19.

A chegada à Base Aérea Villamor, em Manila, está prevista para as 17h45 locais e, segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, as viagens representam sinal consistente da atenção do papa ao Continente Asiático.

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Às Filipinas - que foram visitadas pelos papas Paulo VI, em 1970, e João Paulo II, em 1981 e 1995 - o pontífice levará mensagem de solidariedade diante das diversas catástrofes naturais que têm assolado o território, especialmente o Tufão Yolanda que, há um ano, deixou 7 mil mortos e afetou cerca de 1 milhão de pessoas.

Francisco, que se vai deslocar em um papamóvel aberto, visitará a cidade de Tacloban, na Ilha de Leyte, praticamente destruída pelo tufão, onde se encontrará com alguns sobreviventes. Ele celebra missa na Catedral de Manila e se reúne com famílias.

Serão lembrados ainda os 20 anos da Jornada Mundial da Juventude, com João Paulo II, que reuniu 4 milhões de pessoas. O papa terá um encontro com jovens, no estádio da universidade, e uma missa, no Parque Rizal, ambos na capital.

O papa Francisco ofereceu neste domingo (6) seu apoio aos esforços de reconciliação e de reconstrução em Ruanda, na véspera do 20º aniversário do genocídio que deixou 800.000 mortos no país em 1994.

Neste aniversário, "desejo expressar ao povo ruandês minha proximidade paternal e encorajá-los a continuar, com determinação e esperança, o processo de reconciliação que já deu frutos e o compromisso a favor da reconstrução humana e espiritual do país", declarou o Papa argentino durante a tradicional oração do Ângelus.

"Não temam. Sobre a rocha do Evangelho construam sua sociedade, no amor e na concórdia, porque apenas desta forma é gerada uma paz duradoura", acrescentou o pontífice diante dos muitos fiéis que, como em todos os domingos, se dirigiram à praça de São Pedro do Vaticano.

Uma série de atos oficiais marcarão na segunda-feira em Kigali o aniversário do início do genocídio que deixou 800.000 mortos em 100 dias, principalmente tutsis, embora também hutus moderados.

Há três dias, o papa Francisco já havia pedido aos bispos ruandeses em visita ao Vaticano que tomassem a iniciativa para favorecer a reconciliação.

O papa Francisco pediu neste domingo (1º) que todo portador de Aids tenha acesso aos cuidados de que necessita. "Hoje é o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Vamos expressar nossa proximidade para com as pessoas que padecem desta doença, especialmente as crianças", afirmou o pontífice, depois de fazer a tradicional Oração do Ângelus na praça de São Pedro, no Vaticano.

"Rezemos por todos, também pelos médicos e pesquisadores. Que cada enfermo, sem exclusão alguma, possa ter acesso aos cuidados de que necessita", afirmou ainda.

No sábado, o diretor da ONUAids para a América Latina, César Núñez, indicou que o número de mortos pela Aids subiu 36% em uma década na região, onde 1,5 milhão de pessoas vivem com a doença.

A África subsaariana é a região do mundo com mais infectados com o HIV, 25 milhões de pessoas, dos quais 2,9 milhões são crianças. Em seguida, vem o Sudeste Asiático, com 3,9 milhões de infectados (200.000 crianças), América Latina, 1,5 milhão (40.000 crianças), e Europa e América do Norte, com 1,3 milhão cada um.

O papa Francisco afirmou neste domingo (21), na Praça de São Pedro, que esta semana deveria ser chamada de "Semana da Juventude" porque "os jovens serão os protagonistas", em alusão a sua viagem ao Rio de Janeiro a partir desta segunda-feira (22).

Na oração do Ângelus, na janela do terceiro andar do Palácio Apostólico, o Papa pediu aos milhares de fieis presentes na praça que o acompanhem "espiritualmente em oração" em sua primeira viagem apostólica. "Vejo escrito ali 'Boa Viagem'. Obrigado, obrigado", afirmou o Papa referindo-se a um grande cartaz exibidona multidão.

"Todos que forem ao Rio querem ouvir Jesus. E querem peguntar a Ele: Jesus, que devo fazer de minha vida? Qual é o caminho para mim?", afirmou. E perguntou aos fieis: "Há jovens na praça hoje? Sim? Também eles devem fazer ao Senhor a mesma pergunta".

Na parte inicial da oração do Ângelus, o Papa referiu-se a uma parte do Evangelho de Marta e Maria, no qual uma reprova a outra por não ajudá-la nas tarefas domésticas e dedicar-se apenas à oração. "As duas atitudes não são opostas. Não devem ser separadas", afirmou Francisco. "Uma oração que não leva nossa ação para o irmão pobre, enfermo, deserdado, é estéril. Nosso trabalho com o irmão necessitado nos leva ao Senhor", concluiu.

Este foi o último Ângelus do mês de julho que o Papa reza em Roma, já que o próximo será realizado no Rio de Janeiro.

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