Tópicos | parada LGBTI

Nas vésperas das eleições, a 23ª Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio de Janeiro, neste domingo, 30, foi marcada pelo tom político. Às milhares de pessoas que participaram do evento na praia de Copacabana, na zona sul da cidade, a organização do evento tentou transmitir a mensagem de que o gênero deve ser um critério de definição do novo presidente da República e também dos parlamentares, segundo o presidente do Grupo Arco Íris, que há 40 anos realiza a Parada, Almir França. Por causa da proximidade com as eleições, o tema deste ano foi: 'vote em ideias, não em pessoas'.

"Esse voto tem que ser direcionado à comunidade LGBTI. O discurso do político honesto e capaz já se provou irreal. A grande mudança é estética. Temos que colocar negros, LGBTIs e mulheres no poder", disse França.

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Para garantir o destaque ao tema, a organização do evento preferiu não dar tanta publicidade aos shows e optou por priorizar artistas mais próximos do público LGBTI+, que participam diretamente da militância. Pelos trios elétricos, passaram a cantora Lexa e o grupo Donas, além de DJs.

Por conta do clima de radicalização política e consequente insegurança, o Arcos Íris optou por ampliar o contingente de seguranças trabalhando durante o evento para 250. "O público LGBTI já tem um histórico de violência, que tende a crescer nesses dias", afirmou França. Mas, segundo a assessoria de imprensa do Arco Íris, não foi registrado nenhum episódio de confronto. O público deste ano, 800 mil pessoas, foi o mesmo de 2017, informou a organização do evento.

A organização da Parada LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais) de Copacabana (RJ) recorreu a um sistema de financiamento coletivo na internet para compensar a crise enfrentada em 2017, enquanto negociam o patrocínio de apoiadores privados para o ato de 19 de novembro.

A crise financeira levou os organizadores a adiar o evento que estava programado para 15 de outubro. A campanha de financiamento coletivo do Grupo Arco-Íris, organizador da parada, pretende arrecadar até R$ 350 mil com a ajuda de internautas. De acordo com o grupo, mesmo que o formato da parada mude e não inclua shows, é necessário uma estrutura mínima de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) móveis, banheiros químicos e outros serviços exigidos pelo Poder Público. Se a meta mínima de R$ 150 mil não for atingida, todo o dinheiro será devolvido aos doadores. "A parada se tornou a parada da resistência. A luta não é só pelo Grupo Arco-Íris e o movimento LGBT. A gente precisa unir os segmentos da sociedade que vem sofrendo com o fundamentalismo religioso e a discriminação", disse o diretor sociocultural do evento Júlio Moreira.

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A página de financiamento coletivo prevê doações que vão desde R$ 20 até R$ 50 mil. Os doadores receberão diferentes recompensas, que vão desde a inclusão do nome no painel de agradecimentos no site do grupo até acesso aos trios elétricos no dia do evento.

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