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Um dos ritmos mais queridos pelo povo brasileiro conquistou um reconhecimento esperado desde 2011. Na última quinta (9), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) declarou o forró como patrimônio imaterial brasileiro por unanimidade. A definição ocorreu durante reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural da entidade, o qual também considerou a expressão musical como supergênero.

O pedido de consideração de registro das matrizes tradicionais do forró foi encaminhado ao Iphan pela Associação Cultural Balaio Nordeste, de João Pessoa, na Paraíba. Após a solicitação, o processo foi aberto em 2011. Uma década após a abertura, o ritmo teve seu reconhecimento alcançado além de ter sido considerado um ‘supergênero’ por agrupar diversas expressões musicais como o baião, o xote, o xaxado, o chamego, o miudinho, a quadrilha e o arrasta-pé.

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Em 2019, o Iphan iniciou uma pesquisa nos nove estados do Nordeste, além do Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo para entender e identificar como se expressa o esse gênero musical. Também houve pesquisa nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, com a identificação de festivais sobre tal expressão musical. O título chega às vésperas do Dia do Forró, celebrado anualmente no dia 13 de dezembro, dia do nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, um dos maiores representantes do gênero em todo o país. 

A ciranda do Nordeste é o mais novo Patrimônio Material do Brasil. O título foi aprovado na última terça (31), durante a 97ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O pedido para o reconhecimento do ritmo tradicional tramitava desde 2014, quando foi solicitado pelo então governador de Pernambuco, Eduardo Campos. 

O pedido para registro da ciranda enquanto patrimônio foi formalizado em 2014 por meio da Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE) e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), responsáveis pela produção do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC). Para tanto, foi enviado ao Iphan, à época, um inventário com documentos acerca de 38 grupos desta tradição. 

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Com o registro, a ciranda fica inscrita no Livro das Formas de Expressão. O objetivo da iniciativa é apoiar, fomentar e salvaguardar essa tradição. Agora, a ciranda ostenta o título de Patrimônio Cultural ao lado de outras expressões bem como o maracu de baque solto, maracatu de baque virado e o frevo, que teve seu registrado renovado por mais 10 anos na mesma reunião, na última terça (31). 

Recife foi a cidade escolhida para sediar o Seminário Forró e Patrimônio Cultural, realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), entre os dias 8 e 10 de maio. A pesquisa a respeito das Matrizes Tradicionais do Forró é inédita e é uma das etapas do processo de registro para avaliação do bem como Patrimônio Cultural do Brasil.

O evento reunirá forrozeiros, artistas, músicos, artesãos e dançarinos, além de gestores públicos e culturais, produtores e pesquisadores de todo o Nordeste e Estados com forte presença nordestina. O Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI/Iphan) buscará, também, a participação ativa das comunidades e atores sociais que mantenham viva a tradição do forró no país a fim de que o dossiê resultante da pesquisa contemple a história, atuais desafios e perspectivas de sua continuidade.

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Além dos debates acerca da compreensão e preservação do forró, o seminário promoverá oficinas e aulas com mestres sobre diferentes instrumentos musicais, ritmos e danças. Também haverá espaços para apresentações, interações musicais entre músicos, dançarinos e um show de encerramento na Sala de Reboco, no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, na noite de 10 de maio. A programação pode ser vista na internet.

A pesquisa se estenderá até meados de 2020 e resultará no dossiê de Registro a ser analisado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que vai decidir se o forró vai ganhar o reconhecimento como Patrimônio Cultural do Brasil. O processo teve início em 2011, através de um pedido da Associação Cultural do Nordeste.

 

Os grupos de ciranda e reisado de Pernambuco estão em processo de se tornarem Patrimônios Culturais do Brasil. Garanhuns é a cidade com maior numero de reisados atuantes no Estado. Atualmente, existem 5 grupos formalizados - Garanhuns Cultural, Mestre João Tibúrcio, Os três Reis do Oriente, Santíssimo Redentor e Unidos com Alegria - que levam o nome e a cultura da cidade por onde passam.

A Secretaria de Cultura de Garanhuns está coletando assinaturas da população que servirão como uma das garantias de institucionalizar o título para os reisados do município, juntamente com outros grupos pernambucanos. Os abaixo-assinados estão disponíveis até o dia 20 de outubro, em pontos estratégicos definidos pela Secretaria, como o Sesc e o Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti. 

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Após o término deste processo, o pedido oficial será enviado para o Governo do Estado. Em seguida, será realizado um evento no Recife - com data a ser definida - para o anúncio do reconhecimento destes grupos culturais. 

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