Tópicos | Pedro Duarte Guimarães

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Duarte Guimarães, de 51 anos, foi denunciado por assédio sexual por funcionárias da Caixa, ao site Metrópoles. De acordo com a reportagem, os relatos foram ouvidos ao longo de semanas e os casos são investigados, sob sigilo, pelo Ministério Público Federal.

Toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites incompatíveis à relação de trabalho começaram a surgir no fim do ano passado e fazem parte das denúncias. Todas as mulheres que falaram ao Metrópoles trabalham ou trabalharam em equipes que atendem diretamente ao gabinete da presidência da Caixa, ou seja, a Pedro Guimarães. 

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As cinco entrevistadas, que não quiseram ser identificadas, contaram que se sentiram abusadas em diferentes momentos e sempre em compromissos de trabalho. Os casos aconteceram, muitas vezes, em viagens relacionadas ao programa Caixa Mais Brasil. 

Ainda segundo relatos, Pedro Guimarães escolhe, preferencialmente, "mulheres bonitas” para as comitivas nas viagens. De acordo com uma das funcionárias que denunciou o assédio, o comunicado de escolha é como um prêmio. “Tem um padrão. Mulher bonita é sempre escolhida para viajar. Ele convida para as viagens as mulheres que acha interessantes”, disso ao Metrópoles

Uma outra prática comum é que as mulheres que chamam a atenção de Guimarães durante as viagens sejam chamadas para trabalhar em Brasília, muitas vezes promovidas hierarquicamente sem preencher requisitos necessários. A prática deu origem à expressão usada para se referir a elas como “disco voador”. 

Um dos relatos é que Pedro se sente “dono” das funcionárias mais próximas, e é comum que ele pegue na cintura, pescoço, e insista quando elas negam mais aproximação.

Convites inapropriados

Muitas funcionárias contaram terem sido chamadas a irem ao quarto do chefe. Duas delas disseram terem sido chamadas com uma suposta urgência para levar itens que ele precisava. E, ao chegar no quarto, as funcionárias são constrangidas.

Os convites de Pedro Guimarães para as funcionárias irem à sauna ou piscina em sua companhia nos horários de folga da agenda também foram bastante relatados. De acordo com o Metrópoles, todas as funcionárias ouvidas disseram ter medo de denunciar pela posição de poder que Pedro Guimarães ocupa.

As comissões de Finanças e Tributação, e de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia realizam audiência conjunta nesta terça-feira (10) para debater as contratações de operações de crédito para os estados e municípios do Nordeste.

Foram convidados para o debate o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Duarte Guimarães; e o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Facundo de Almeida Júnior.

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Os deputados Elias Vaz (PSB-GO), Tadeu Alencar (PSB-PE)) e Denis Bezerra (PSB-CE), que pediram a audiência, citaram matéria recente publicada pelo jornal Estadão, onde foi noticiado que a Caixa reduziu a concessão de novos empréstimos para o Nordeste neste ano.

"Até julho deste ano, os dados levantados pelo jornal, relativos a novos empréstimos para a região Nordeste totalizam apenas R$ 89 milhões, cerca de 2,2%, dos R$ 4 bilhões fechados pela instituição em operações de crédito para governadores e prefeitos de todo o país, volume muito menor que em anos anteriores", observam os deputados.

Hora e local

A audiência será às 11 horas, no plenário 4.

*Da Agência Senado

Da Redação - RS

 

 

 

Em uma demonstração de que continua com carta branca do presidente eleito, Jair Bolsonaro, para comandar a área econômica, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, escolheu pessoas de sua cota pessoal para comandar os dois maiores bancos públicos do País. Recomendou, ontem, ao presidente a nomeação de Rubem de Freitas Novaes para o Banco do Brasil e de Pedro Duarte Guimarães para a Caixa Econômica Federal.

Os dois indicados por Guedes para assumirem os bancos estatais terão pela frente a missão de vender ativos e reduzir despesas. Guimarães, sócio do banco de investimentos Brasil Plural, é especialista em privatizações e foi um dos responsáveis por fazer o levantamento das estatais que poderiam ser vendidas na gestão Bolsonaro. Ele trabalhou com Guedes no BTG Pactual, na época em que o futuro ministro era sócio do banco de investimentos.

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Novaes é amigo pessoal de Guedes. Ambos estudaram Economia na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, e rezam a cartilha do liberalismo econômico. O futuro presidente do Banco do Brasil já foi diretor do BNDES. Ele será o primeiro a comandar a instituição sem ser funcionário da casa desde Cássio Casseb, no início do governo Lula. Ontem à noite, ele disse a jornalistas que as orientações de Guedes são no sentido de reduzir o papel do Estado, ganhar eficiência, enxugar e privatizar o que for possível. "Vamos buscar bons resultados e tornar o banco mais competitivo, mas de uma maneira enxuta."

Os nomes de Guimarães e de Novaes para os bancos públicos enfrentavam restrições da ala política da equipe de transição, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo. O indicado para a Caixa é genro de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, responsável pelas obras no triplex do Guarujá e no sítio em Atibaia, ambos atribuídos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e condenado pela Lava Jato. Bolsonaro não quer na sua equipe pessoas envolvidas com corrupção. A indicação de Guimarães mostra que as desconfianças foram superadas, inclusive porque não foi encontrado nada que pese contra o executivo.

Já Novaes foi investigado no escândalo de vazamento de informações de integrantes da cúpula do Banco Central para os bancos Marka e Fonte Cindam, ocorrido em 1999, quando houve uma mudança brusca da cotação do dólar. Na época, era um economista atuando no setor privado e foi apontado como repassador dessas informações a clientes. Em 2005, foi absolvido da acusação de peculato. Ontem, ele frisou que o Ministério Público não recorreu da absolvição. "Isso é quase um arrependimento pela denúncia", disse.

O trabalho dos novos presidentes dos bancos públicos tende a seguir, segundo fontes do mercado, a estratégia da gestão atual, que já cortou gastos e vendeu alguns ativos. O BB enxugou seu quadro em mais de 12.380 funcionários e fechou cerca de 700 agências. A Caixa já desligou 12,3 mil funcionários e fechou 100 agências em três anos.

Nesta quinta-feira, 22, Guedes também anunciou que o pesquisador aposentado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos von Doellinger foi escolhido para presidir a instituição. Economista pela UFRJ, ele já foi presidente do Banerj e ocupou, durante a gestão de Delfim Netto no Ministério da Fazenda (1967-1974), um cargo análogo ao de secretário do Tesouro Nacional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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