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Após apresentar instabilidade desde o dia 23 de julho, a Plataforma Lattes foi restabelecida na noite deste sábado, 7, informou comunicado publicado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A Carlos Chagas, plataforma para gerenciar o pagamento de bolsas, também voltou a ficar disponível, mas com acesso parcial às funcionalidades.

Os sistemas do CNPq, entre os quais as plataformas Lattes e Carlos Chagas, enfrentam problemas desde 23 de julho, causando preocupação em pesquisadores. A instabilidade começou porque um repositório voltado para armazenar dados dos servidores (storage) apresentou problemas. Desde então, equipes do conselho têm trabalhado para a recuperação dos serviços.

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Após cerca de dez dias indisponíveis, os currículos do Lattes voltaram a ficar liberados para consulta na última terça-feira, dia 3, mas ainda com acesso parcial. Com o restabelecimento da plataforma neste sábado, demais funcionalidades, como cadastro e atualização de instituições, voltaram a ficar disponíveis.

"Esse restabelecimento (do Lattes) inclui a possibilidade de atualização dos currículos e de cadastro de novos usuários", acrescentou o CNPq em nota. Ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o conselho informou que o serviço de extração do Lattes havia sido restaurado já na manhã de sábado. Segundo o CNPq, a função permite a mais de 300 instituições de ensino e pesquisa "a extração dos currículos de seus pesquisadores, docentes e discentes".

Em comunicado em vídeo divulgado na sexta-feira, dia 6, o presidente do CNPq, Evaldo Vilela, havia dito que o Lattes era a "prioridade absoluta" do conselho. Ainda reforçou que os problemas não haviam provocado perda de dados nos sistemas.

Plataforma para gerenciar o pagamento de bolsas a cientistas, a Carlos Chagas, cuja instabilidade também preocupava pesquisadores, voltou a ficar parcialmente disponível neste sábado. A página inicial do sistema está no ar, porém, ao acessar algumas das funcionalidades da plataforma, o usuário é direcionado para o informe de indisponibilidades dos sistemas feito pelo CNPq.

"É um momento difícil para todos nós, dada a importância do CNPq e de suas plataformas, do currículo Lattes", disse Vilela ao fim do comunicado da sexta. "Eu peço desculpas a todos os nossos usuários, nossos pesquisadores, estudantes, professores."

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) informou, por meio das redes sociais, a atual situação da indisponibilidade dos sistemas. De acordo com o órgão, a perspectiva é que haja o restabelecimento do acesso aos sistemas até a próxima segunda-feira (2).

Ainda segundo o CNPq, está sendo restaurado o equipamento que apresentou problemas para operacionalização das aplicações. Além disso, também foi concluída a transferência do backup dos dados da Plataforma Lattes para o novo equipamento. O órgão garantiu que a integridade de todas as informações foram mantidas.

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“Reforçamos que todos os prazos do CNPq, tais como submissão de chamadas e prestação de contas, serão prorrogados. As novas datas serão divulgadas assim que os sistemas se normalizarem”, disse, através das redes sociais, o CNPq.

Confira abaixo a postagem:

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Pesquisadores e universitários usaram as redes sociais para apontar falhas na plataforma do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). De acordo com as publicações, o problema no sistema ocorre desde o último sábado (24) e tem impossibilitanto o acesso aos currículos na Plataforma Lattes.

Neste dia, o perfil oficial do CNPq emitiu uma nota relatando que estão trabalhando para solucionar o problema. "Ainda não há previsão para o restabelecimento total. Todos os esforços estão sendo envidados para o pleno retorno o mais breve possível", explica a publicação.

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Entretanto, nesta terça-feira (27), o problema persiste, o que gerou reclamações e acusações de sucateamento das instituições pelo Governo Federal. "Esse governo tem na sua essência o negacionismo e o obscurantismo, que vão na contra mão da ciência...consigo entender facilmente o desmonte do CNPq. Infelizmente vamos demorar muito tempo pra desfazer toda a destruição das instituições que estamos passando", escreveu um internauta. "Essas falhas no CV Lattes estão se tornando constantes. Triste em ver o CNPq sendo sucateado dessa maneira", desabafou outro.

A plataforma divulgou um novo informe no final da noite da segunda-feira (26). Nele, o CNPq afirma que está trabalhando, juntamente com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, para reestabelecer o sistema a fim de "restaurar o acesso aos currículos na Plataforma Lattes o mais rápido possível". Confira o comunicado:

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O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) vai acrescentar, na plataforma eletrônica Lattes, que traz currículos e atividades de 1,8 milhão de pesquisadores de todo o país, duas novas abas para divulgação pública. Em uma delas, os cientistas brasileiros informarão sobre a inovação de seus projetos e pesquisas; e na outra, deverão descrever iniciativas de divulgação e de educação científica.

Com a mudança, cientistas de todos os campos de investigação deverão descrever, na Plataforma Lattes, dados sobre a organização de feira de ciências, promoção de palestras em escolas, artigos e entrevistas concedidas à imprensa – além das informações básicas como dados pessoais, formação acadêmica, atuação profissional, publicações, linhas e projetos de pesquisa, áreas de atuação e domínio de idioma estrangeiros. A intenção do CNPq é aumentar o conhecimento da sociedade sobre as atividades científicas que ocorrem no país.

“No século 21, o cientista reconhece seu papel de engajamento na sociedade. Ele sabe que está sendo pago e financiado e que deve uma prestação de contas sobre o que faz”, disse o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, em entrevista à Agência Brasil. “Ainda há um fosso grande entre aqueles que fazem ciência e aqueles que consomem e financiam a ciência. A sociedade não conhece com profundidade toda a riqueza com que a ciência brasileira tem contribuindo para o desenvolvimento nacional”, avaliou.

Segundo Oliva, passou a ser papel dos cientistas dar publicidade às atividades de pesquisa, mostrar experimentos e explicar projetos para o público, e ligar o trabalho a inovações que contribuam com as políticas públicas e até mesmo para a criação de novos produtos a serem lançados no mercado.

A mudança na plataforma Lattes poderá ocorrer em até dois meses. O modelo e a funcionalidade das abas já estão formatados e respeitarão as regras de transparência de informações públicas. O CNPq muda já na próxima semana o portal www.cnpq.br que, entre outras funções, permite acesso à plataforma Lattes.

Os novos dados informados serão considerados pelos 48 comitês de avaliação do CNPq quando forem aprovar projetos de pesquisa e conceder bolsas de estudo a professores e estudantes universitários. O conselho terá indicadores para avaliação dos trabalhos científicos em quesitos de inovação e de produção em divulgação científica, como ocorre hoje com a cobrança de publicação de artigos científicos, os papers, em revistas especializadas, inclusive do exterior.

Desde junho do ano passado, o CNPq exige, na submissão eletrônica das propostas de pesquisa e nos relatórios eletrônicos de concessão científica, que sejam descritos, “em linguagem para não especialistas”, a relevância do que está sendo proposto e os resultados atingidos. “Com isso, eu passo a ter um banco fantástico para alimentar [com dados] os jornalistas”, promete o presidente do CNPq. Segundo Oliva, o sistema terá busca de projetos e relatórios por palavras-chave, instituição e área geográfica. Por ano, cerca de 15 mil propostas de pesquisa são recebidas pelo conselho no edital universal (para todas as áreas do conhecimento).

Com a divulgação das propostas e relatórios, a expectativa de Oliva é despertar o interesse de “jovens talentos” para a ciência e criar uma nova cultura acadêmica em quatro anos – aproveitando o aumento significativo de novos mestres e doutores formados no Brasil. Na década passada, esse número dobrou, tendo atingido mais de 50 mil em 2009.

Além de mudar a cultura no ambiente acadêmico, o presidente do CNPq imagina que a divulgação de trabalhos e a educação científica possam alterar o comportamento social. “As pessoas têm que usar a ciência no dia a dia. Entender, por exemplo, que há relações de causa e efeito”, observou. “Educar para os valores da ciência e para o método científico na vida pessoal nos protege de extremismos e intolerâncias”, acrescentou Oliva.

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