Foram iniciadas, na manhã desta segunda-feira (7), as obras de requalificação do Terminal Marítimo de Passageiros (TMP) do Porto do Recife. O objetivo é oferecer ao turista que chega pelo mar o mesmo conforto, segurança e agilidade dos grandes aeroportos mundiais. O custo total do projeto é de R$ 25,7 milhões, sendo R$ 21,8 milhões através do convênio com o governo federal.

A solenidade, que aconteceu no armazém 7, contou com a presença do governador Eduardo Campos e do ministro dos Portos, Leônidas Cristino. “A presidenta determinou investimentos em sete terminais (Amazonas, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo) que precisam estar prontos em dezembro de 2013. E o Porto do Recife nos dá esse presente de sair na frente dos outros. Isso demonstra a importância que o Governo de Pernambuco está dando ao projeto da Copa do Mundo’, elogiou o ministro.

Atualmente, todos os serviços de embarque e desembarque de passageiros são feitos no Armazém 7. Durante as intervenções o porto continuará operando, para isso foi elaborado um plano de trabalho que estabelece primeiramente a construção do novo prédio. A Sala Pernambuco, numa área de 900 m² dividida em três pavimentos, oferecerá vagas de estacionamento coberto para 30 carros na área térrea.

No primeiro andar da sala serão realizados os serviços de check-in. Nesse espaço os turistas também poderão conhecer a cultura pernambucana, numa área reservada para exposições culturais. “Queremos receber bem os nossos passageiros, para que o nosso estado fique na lembrança dessas pessoas não só pelos lances bonitos do futebol, mas pelo seu acervo cultural e um lugar de uma gente trabalhadora”, pontuou Eduardo.

O porto do Recife ainda será reformado e terá ampliado 500 metros de cais, aumentando de um para três a capacidade de acomodação de navios transatlânticos.  Com essas mudanças a oferta de leitos na cidade, durante a Copa, poderá subir em cerca de 10 mil leitos. O investimento de 60 milhões será de uma parceria entre os governos federal e estadual.

Geraldo Júlio, secretário de Desenvolvimento Econômico, ressaltou os esforços feitos nos últimos cinco anos para que o Porto pudesse retomar sua operação. “Temos trabalhado para devolver a força que ele já teve em outros momentos. E esse ato contribui para isso, quando somos o primeiro porto a nos adequar, fincado pronto, Inclusive, para a Copa das Confederações”, comemorou.

As obras estão previstas para serem finalizadas em fevereiro de 2013, dez meses antes do prazo máximo estipulado pela União.

O Porto do Recife voltou a operar cargas de contêineres, nesta segunda-feira (10), depois de mais de sete anos. O navio Maestra Mediterrâneo atracou no Cais 2 às 6h e às 8h iniciou o desembarque dos 137 contêineres. A retomada desse tipo de operação é uma iniciativa do Governo de Pernambuco para que o Porto possa voltar a crescer economicamente.

A carga que foi trazida pelo Grupo Rodrimar contem 3,5 toneladas de produtos de varejo.  Para o desembarque 45 profissionais foram disponibilizados. De acordo com o presidente do Porto do Recife, Pedro José Mendes, algumas adequações foram feitas para a operação. “Nós estávamos com iluminação sem funcionar e tivemos que consertar isso, investimos nas vias de internas do Porto, recuperamos o abastecimento de água e fizemos um serviço de dragagem de sucção para receber o navio”, destacou. O presidente acredita que com a reestruturação - que deverá ser concluída até janeiro de 2012-, a expectativa é receber semanalmente dois navios.

Já o gerente regional do Grupo Rodrimar, Fábio Saboya, afirmou que além do desembarque, outros 20 contêineres serão embarcados no navio Maestra que seguirá para o Porto de Santos. Saboya também frisou que a carga desembarcada no Porto será transportada em horário que não atrapalhe a mobilidade da cidade. “Nós nos reunimos com Maria Pompéia (presidente da CTTU) e decidimos que o transporte dos produtos será feito no período da noite para evitar impacto no trânsito”, disse.  Ele ainda lembrou que o Porto do Recife é uma boa opção para o comércio, uma vez que está próximo dos 71 centros de distribuição do Estado.

O Grupo Rodrimar – que nos próximos dias trará uma nova carga, duas vezes maior que a desembarcada nesta segunda-feira - é o único operando contêineres no Porto do Recife, que ainda tem 70% de espaço disponível para negociação. Contudo, a Gulftainer Co., dos Emirados Árabes, também já mostrou interesse em atracar na capital pernambucana.