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O Porto Mídia recebe, entre os dias 4 e 18 de setembro e 2 e 16 de outubro, a segunda edição do projeto Estesia ConvidaPromovido pelo grupo Estesia, o evento reúne artistas, produtores e criativos de Pernambuco para apresentações, shows e debates sobre financiamento cultural e economia criativa. 

Nesta edição, o projeto vai receber convidados como André Brasileiro (FIG), Carla Valença (Baile do Menino Deus), a poetisa Luna Vitrolira, oa tor Irandhir Santos e diversos outros agentes criativos pernambucanos. Os convidados vão discutir soluções sobre financiamento cultural, economia criativa e as relações entre arte e tecnologia. Os encontros serão quinzenais, das 19h30 às 21h.

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Além disso, o grupo Estesia apresentará um show experimental e imersivo, construído com a participação de artistas de diversas linguagens, como teatro, música e poesia, e com a participação do público, que será convidado a interagir na apresentação com o uso de celulares. A proposta do Estesia é oferecer uma experiência sensorial que envolve todos os sentidos: audição, tato, paladar e visão. 

PROGRAMAÇÃO 

Terça-feira (04/09)

Debate com 
Eduardo Pinheiro Sarmento [Paço do Frevo] e Guitinho [Grupo Bongar] 

Terça-feira (18/09)

Debate com Maurício Backer Spinelli [Rabixco Comunicação e Produção Criativa] e Amaro Freitas 

Terça-feira (02/10)

Debate com Carla Valença [Baile Do Menino Deus] & LuNa Vitrolira 

Terça-feira (16/10)

Debate com André Brasileiro [Festival de Inverno de Garanhuns (FIG)] & Irandhir Santos 

Show Estesia

Carlos Filho, Cleison Ramos, Miguel Mendes e Tomás Brandão Correia

Serviço

Estesia Convida

04 e 18 de setembro

02 e 16 de outubro

Porto Mídia (Rua do Apolo, 235 - Recife)

R$ 15

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Quem assistiu ao início da novela Geração Brasil, da Rede Globo, pôde perceber um cenário diferente dos tradicionais espaços da emissora. O Recife foi locado para representar um local tecnológico, temática da trama, que oferece para o protagonista uma chance de desenvolver seus projetos e crescer na vida.  A escolha pela capital pernambucana não foi por acaso. O Recife sedia o Porto Digital, um dos parques tecnológicos mais importantes do País e que é referência mundial quando o assunto é informática. 

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Localizado no bairro do Recife Antigo, área histórica da cidade, o Porto Digital abriga várias empresas e projetos. “A gente desenvolve uma série de ações e programas para dar suporte aos profissionais e empresas que atuam no bairro”, explica Guilherme Calheiros, diretor do Porto. Os benefícios para quem entra no Porto Digital são muitos: “Oferecemos cursos de qualificação para estudantes e empresários, além da infraestrutura necessária para desenvolvimento de softwares. Também temos nossos programas de incubação. A última leva de projetos incubados terminou no mês passado e selecionamos 17 empresas”, afirma Guilherme. 

O programa de incubação é dividido em duas frentes, a Incubadora Cais do Porto, voltada à tecnologia de informação, e a Incubadora Porto Mídia, para projetos de economia criativa. O grande diferencial da economia criativa é a seleção de projetos que tenham um impacto na sociedade e apresentem ideias inovadoras que apresentem os três fundamentos essenciais: interação, cultura e diversão.

A oportunidade mais recente para aqueles que têm interesse em aportar nos programas oferecidos pelo Porto Digital é a aceleradora Jump, que está com edital de inscrições aberto. O novo empreendimento será localizado na Rua do Lima, um pouco distante do bairro do Recife, mas com o mesmo propósito. Quem tiver interesse em submeter seu projeto nas oportunidades que o Porto Digital oferece pode se informar no site da instituição

Jovens empreendedores

Na ficção, o personagem Davi, vivido por Humberto Carrão, encontrou na oportunidade de incentivo oferecida por concurso a chance de desenvolver seu projeto para crianças. Na vida real, Perseu Bastos, 23 anos, e mais três amigos viram no Porto Digital a chance de entrar no mercado de trabalho com jogos e aplicativos voltados também para o público infantil. “Para você começar, o Porto Digital oferece um pouco de tudo, desde o espaço físico e consultorias até o networking”, comenta o jovem. 

Formado em jogos digitais pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Perseu queria montar uma empresa, mas não sabia como começar. Foi quando inscreveu seu projeto no edital de incubadoras do Porto Mídia, braço da instituição voltado à economia criativa, em 2012. Após ser selecionado, Perseu e seus sócios montaram a Playful, empresa especializada em jogos cognitivos que tratam de distúrbios de aprendizagem. Hoje, a empresa se dividiu em duas, devido à procura pelo serviço. “A gente dividiu a Playful em Brainon, voltada somente para jogos educativos, e na Icebreak, especializada em entretenimento”, conta Perseu.

A empresa de Perseu não é mais uma incubadora, mas recebe auxílio da Outsource Brazil, aceleradora de projetos do Startup Brasil, programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O jovem empreendedor diz que aproveitar ao máximo as oportunidades que o Porto oferece é a principal dica para aqueles que querem desenvolver um projeto. “Aproveite ao máximo o tempo aqui, trabalhe de domingo a domingo, conheça as outras empresas, monte seu networking. Assim sua empresa vai crescer bastante”, finaliza.

O Recife se transformou em uma 'Playable City', ou seja, uma cidade jogável, na noite desta sexta (11). O evento fica na cidade até o domingo (13) e traz diversas intervenções urbano-tecnológicas irão ficar acessíveis às pessoas da capital pernambucana. A abertura aconteceu no Teatro Hermilo Borba Filho, às 18h, e contou com a presença de vários formadores de opinião tanto da tecnologia, urbanismo e artes, não apenas no âmbito local quanto internacional. Na ocasião, foram mostradas diversas intervenções, desde lixeiras "falantes", barcos iluminados, cabine falante, e até uma parada de ônibus que conversa com o usuário durante a espera do coletivo. Várias foram às possibilidades de tornar o ambiente urbano um pouco mais divertido.

O território escolhido para sediar a segunda playable do mundo foi o Porto Digital (a primeira é na cidade de Bistrol, Inglaterra) devido seu grande incentivo de tecnologia criativa. "Estamos muito felizes em poder sediar uma playable. O Porto Digital acredita na força transformadora da inovação e por isso aposta nesse projeto. Finalmente as cidades serão olhadas por uma nova perspectiva. Engenheiros, urbanistas, políticos já não são capazes de sozinhos entender as cidades do século 21. Por isso esperamos que esse novo conceito consiga trazer novas ideias para a cidade, reinventando esse espaço", disse o presidente do Porto Digital Francisco Saboya.

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Dentre tantas cidades do mundo e do Brasil, Pernambuco foi escolhida por seu caráter alegre e festivo. Além de ser um grande nome no cenário tecnológico do mundo. O CEO do C.E.S.A.R, Sérgio Cavalcante, acredita que o objetivo dessas intervenções é fazer com que Recife realmente tenha o caráter cultural de miscigenação de fato. Podendo misturar diversos profissionais, de várias áreas, em um movimento em comum. "Pernambuco tem uma ampla cultura tanto nas artes quanto na tecnologia. Precisamos incentivar mais as pessoas a ocuparem os espaços urbanos. Já vemos muito isso nessa nova proposta do governo em colocar ciclovias, em restaurar praças. No Carnaval percebemos que o que realmente o pernambucano quer é cair nas ruas, então porque não aproveitar essa oportunidade e esse nicho de população que temos para tornar, permanentemente, esse clima em nossas vidas?".

A ideia principal deste projeto é que as pessoas possam se inspirar e fazer mais projetos e iniciativas sustentáveis, abrindo o leque de possibilidades para as pessoas de diversas áreas possam colaborar. As intervenções apresentadas foram as mais diversas possíveis abaixo seguem algumas:

Chave para a cidade: a cidade é cheia de histórias e oportunidades, e uma simples intervenção foi explicada com uma porta no meio da cidade, onde as pessoas passavam e entravam na porta. Esse tipo de intervenção faz com que as pessoas consigam ver coisas diferentes no seu dia a dia.

Parada Massa: Consiste em uma parada de ônibus que tem um botão ao lado, que tem como intuito de fazer com que as pessoas se divirtam quando estão esperando um ônibus. A pessoa, ao clicar, escuta uma mensagem positiva, engraçada ou reflexiva. 

Caminho aquático: Um barco navegável pelo Rio Capibaribe onde as pessoas podem não apenas explorar o rio, e ver a cidade de outra perspectiva, mas também poderá votar onde as pessoas querem que um barco fique aportado. "Essa será uma forma de incentivar um novo transporte no Recife, que é uma cidade completamente cortada por rios e que não tem nenhum incentivo exploratório neste sentido. Iremos levar um legado para o Governo, com o número de pessoas que se interessam e que participaram dessa intervenção", disse Germana Uchôa.

"Criar pontes entre artistas, produtores e organizações do Brasil e do Reino Unido é a missão do programa Playable. Com esse projeto no Recife iremos não apenas fortalecer essas conexões, como também gerar e incentivar ideias e soluções que surgem da união do potencial criativo dos dois países e que poderão ser compartilhadas por ambos no futuro", aposta o gerente de economia criativa do British Council, Felipe Arruda. Todas as atividades serão abertas ao público e seguem até o dia 13 à noite, com exceção da exposição que segue até o dia 11 de maio, funcionando de terça a domingo, das 15h às 21h. "Toda essa intervenção irá transformar o Recife em um lugar onde os cidadãos têm voz e onde há permissão para brincar em público", anima-se Victoria Tillotson, do Watershed.

Na noite desta quarta-feira (26), o Porto Digital promoveu um debate sobre a expansão do parque tecnológico, que desembarca no bairro de Santo Amaro, na região central do Recife. Na área com cerca de 39 hectares serão instaladas e incubadas empresas do setor de Economia Criativa (EC), como publicidade, design, moda, fotografia, jogos digitais e audiovisual — como animações produzidas em computação gráfica. Esses empreendimentos receberão incentivos fiscais, como abatimento no Imposto Sobre Serviços (ISS), e investimentos a partir da captação de recursos do próprio PD.

No evento, Francisco Saboya, presidente do Porto Digital, explicou do que se trata e Economia Criativa, um mercado que movimenta US$ 600 bilhões ao ano no mundo, e a vantagem que o Estado teria no investimento pioneiro no setor. "Pernambuco sempre foi um Estado reconhecido pelo intelecto, pela criatividade. Temos uma cultura de colocar o conhecimento na frente dos músculos", disse.

"É preciso investir na criatividade. Um iPhone tem 200 patentes envolvidas. Sabe quantas patentes internacionais o Brasil registrou em 2011? Foram 167. Um celular tem mais patentes do que um país inteiro", informou Saboya. Ele ainda brincou: "Esse é um mercado de movimenta 600 bilhões [de dólares]. Seria no mínimo burrice e uma falta de visão ficar de fora".

Alguns detalhes do projeto imobiliário também foram apresentados ao público, que se espremeu no apertado auditório do Espaço Muda, na Rua Capitão Lima, coração do bairro de Santo Amaro. Foram mostrados os edifícios já adquiridos e que passarão por reformas para adequação aos novos negócios que irão abrigar, tanto em Santo Amaro, quanto no bairro do Recife. "Isso não é apenas um projeto, uma ideia. Os imóveis já foram comprados, já temos licitação [para as reformas]", argumentou, tentando mostrar aos interessados presentes que o programa de expansão já estaria seguramente encaminhado.

Um desses edifícios é o "Empresarial do Lima", como assim chamou Saboya, um prédio de 780 m² na rua Capitão Lima, que será reformado e terá sua área ampliada para até 1000 m², inclusive com a ousada possibilidade da utilização de contêineres em sua arquitetura, como prevê um dos projetos de revitalização da construção. "É algo diferente, que vai chamar atenção", disse.

Eleito o melhor parque tecnológico do Brasil pela segunda vez, num evento promovido pela Anprotec, em 2011, o Porto Digital emprega mais de 6,5 mil pessoas, em cerca de 200 empresas de TI, movimentando anualmente mais de R$ 1 bilhão — 35% desde montante, em Pernambuco. A expectativa é que, após a expansão, cerca de 20 mil profissionais estejam envolvidos com as empresas abrigadas pelo Porto Digital e pelo Porto Mídia, que agora desembarca em Santo Amaro e busca a diversificação dos negócios.

Responsabilidade Social — A expansão do Porto Digital vai além da fuga da especulação imobiliária no bairro do Recife, que cresceu proporcionalmente ao interesse de novas empresas de Tecnologia da Informação (TI) em se instalarem na área. "Não é apenas uma questão imobiliária, de espaço, mas também das políticas públicas envolvidas nisso", disse José Bertotti, secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Recife, que encerrou o evento.

Saboya e Bertotti acreditam que a criação de um novo cluster empresarial dará mais dinamismo para a região  e trará oportunidades inclusive para profissionais que não trabalham nas áreas de TI e EC.

"Um exemplo do nosso investimento social é o nosso programa de capacitação, o Pilar [Digital], que homenageia a comunidade do Pilar, que fica no bairro do Recife. E não é um programinha de 12 horas, pra bater foto e dizer que se preocupa. É uma carga horária de 360 horas, no mínimo, para a formação profissional de jovens de áreas carentes", salientou Saboya. "O Empresarial do Lima é só o começo da ressuscitação de uma área abandonada, que ainda vai crescer muito e atrair outras empresas, restaurantes", completou.

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