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Após um ataque de tubarão a uma menina de 8 anos, ocorrido ontem (28) na Praia do Sueste, no Parque Nacional Marinho, em Fernando de Noronha (PE), o local permanecerá fechado até que as investigações sobre o caso sejam encerradas.

De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) a jovem foi socorrida pela equipe do parque. O instituto se solidarizou com a menina e sua família e destacou que ataques de tubarão são raros no local, “havendo regramento quanto aos horários e locais permitidos para utilização da praia”.

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Por meio de nota, o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), órgão da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS), informou que se reunirá nos próximos dias para avaliar o caso.

“Apenas após a análise de documentos será possível identificar a espécie do tubarão”, informou o órgão.

“A vítima, atingida na perna direita, é uma menina de 8 anos que estava na Baía de Sueste, praia que é parque marinho federal e é gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Até então, as vítimas mais jovens registradas no estado tinham 14 anos. No entanto, a ocorrência desta sexta-feira apenas poderá ser incluída nas estatísticas oficiais após análise do Cemit”.

Segundo o órgão, haviam sido registrados até agora seis incidentes com tubarão em Fernando de Noronha, sem mortes, entre 2015 e 2020.

“O primeiro ocorreu em 21 de dezembro de 2015 na Baía de Sueste, mesma praia da ocorrência desta sexta-feira. A vítima era um banhista de 32 anos, do sexo masculino, que teve lesão no braço direito. As demais estavam nas Praias do Leão, de Conceição, do Bode e da Cacimba (dois casos). Das seis vítimas, todas eram adultas, sendo dois banhistas e quatro surfistas. Todos os casos aconteceram entre dezembro e março”.

A menina, que é de São Paulo e estaria com o pai no momento do ataque, foi atendida em um hospital no arquipélago e depois levada em uma aeronave de salvamento para Recife. Não há informações sobre o estado de saúde dela.

Na última quinta-feira (21), foi registrado o primeiro ataque de tubarão em Fernando de Noronha, na Praia do Sueste, que vitimou o contador paraense Márcio de Castro Palma da Silva, de 33 anos. Por conta disso, o local ficou fechado para monitoramento realizado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e, caso não fosse verificada anormalidades, a praia voltaria a ser aberta nesta sexta-feira (25).

Após o período de análise, a praia volta a ser aberta, no entanto, com restrições. Entre os dias 25 de dezembro e 4 de janeiro, o horário de funcionamento da área será das 10h às 15h. Além disso, as práticas de flutuação para contemplação da vida marinha só será permitida com o acompanhamento de um condutor autorizado pelo parque. O ICMBio frisa que todas as outras regras já estabelecidas anteriormente continuam em vigor.    

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--> 'Minha mão direita entrou na boca dele' 

A tranquilidade demonstrada nesta quarta-feira (23) pelo contador paraense Márcio de Castro Palma da Silva, de 33 anos, não corresponde ao que ele viveu na última segunda-feira (21), na Baía do Sueste, em Fernando de Noronha. Vítima de um ataque de tubarão que o deixou sem o braço direito, Márcio contou à imprensa, na unidade da Unimed da Ilha do Leite, no Recife, como foi o momento de terror que por pouco não resultou em um desfecho ainda mais trágico.

O contador reconheceu o risco que correu e admitiu que poderia ter morrido. “O sentimento é de uma segunda chance, que a gente acaba reconhecendo e só tenho a agradecer principalmente a Deus e depois ao pessoal médico que me atendeu em Fernando de Noronha. A equipe estava de férias, mas se dispôs a me atender. Esses primeiros socorros foram essenciais para que eu sobrevivesse”, disse o turista paraense. 

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De acordo com Márcio, ele e a família chegaram a Fernando de Noronha no domingo à tarde. Na segunda-feira pela manhã, resolveram fazer um passeio de barco conhecido como Atalaia, mas, como as vagas estavam preenchidas, acabaram optando em ir para a praia do Sueste. O local, inclusive, é famoso pelos mergulhos que propiciam contato com os animais, tais como peixes de pequeno porte e tartarugas. Porém, mesmo desejando avistar um bicho de grande porte, o contador não esperava se deparar com um tubarão.

“A gente sempre tem vontade de ver um peixe grande. Eu tinha essa curiosidade, não tão perto quanto esse tubarão. Fomos à praia do Sueste e fizemos aquele passeio com máscara e nadadeira, e olhamos a parte da direita. Vimos tartarugas, peixes... Depois eu saí e fui para a praia, e vi que bem de frente a água estava turva. Conversei um pouco com minha esposa e perguntei se ela queria ir de novo”, contou. Segundo o contador, ele e sua esposa voltaram ao mar na tentativa de ver mais peixes, após ter recebido instruções de mergulho. “Fui me afastando da areia e cheguei a até mais ou menos a terceira boia. Fiz um giro de 360 graus e na hora que me posicionei novamente com a frente para o oceano, já vi um tubarão logo na minha frente”, relatou.

Bem próximo do animal, o contador não teve chance de se distanciar do tubarão com rapidez. “Ele já estava abrindo a boca bem na minha frente. Tentei me desvencilhar e fui com a mão para nadar para traz, e minha mão direita entrou na boca dele. Ele pegou no meu braço e chacoalhou bem forte. No segundo chacoalho ele já arrancou o braço”, descreveu o contador. Márcio ainda conseguiu nadar para a superfície, ao mesmo tempo em que gritava para a esposa sair da água. O turista recebeu ajuda médica ainda na Ilha e foi transferido para o Hospital da Restauração, no Recife.

Márcio perdeu o braço direito e a expectativa é que ele continue o tratamento no Recife pelos próximos dias. De acordo com as autoridades, o ataque foi o primeiro ocorrido na Baía do Sueste.

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