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Na última quinta-feira (21), foi registrado o primeiro ataque de tubarão em Fernando de Noronha, na Praia do Sueste, que vitimou o contador paraense Márcio de Castro Palma da Silva, de 33 anos. Por conta disso, o local ficou fechado para monitoramento realizado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e, caso não fosse verificada anormalidades, a praia voltaria a ser aberta nesta sexta-feira (25).

Após o período de análise, a praia volta a ser aberta, no entanto, com restrições. Entre os dias 25 de dezembro e 4 de janeiro, o horário de funcionamento da área será das 10h às 15h. Além disso, as práticas de flutuação para contemplação da vida marinha só será permitida com o acompanhamento de um condutor autorizado pelo parque. O ICMBio frisa que todas as outras regras já estabelecidas anteriormente continuam em vigor.    

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--> 'Minha mão direita entrou na boca dele' 

A tranquilidade demonstrada nesta quarta-feira (23) pelo contador paraense Márcio de Castro Palma da Silva, de 33 anos, não corresponde ao que ele viveu na última segunda-feira (21), na Baía do Sueste, em Fernando de Noronha. Vítima de um ataque de tubarão que o deixou sem o braço direito, Márcio contou à imprensa, na unidade da Unimed da Ilha do Leite, no Recife, como foi o momento de terror que por pouco não resultou em um desfecho ainda mais trágico.

O contador reconheceu o risco que correu e admitiu que poderia ter morrido. “O sentimento é de uma segunda chance, que a gente acaba reconhecendo e só tenho a agradecer principalmente a Deus e depois ao pessoal médico que me atendeu em Fernando de Noronha. A equipe estava de férias, mas se dispôs a me atender. Esses primeiros socorros foram essenciais para que eu sobrevivesse”, disse o turista paraense. 

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De acordo com Márcio, ele e a família chegaram a Fernando de Noronha no domingo à tarde. Na segunda-feira pela manhã, resolveram fazer um passeio de barco conhecido como Atalaia, mas, como as vagas estavam preenchidas, acabaram optando em ir para a praia do Sueste. O local, inclusive, é famoso pelos mergulhos que propiciam contato com os animais, tais como peixes de pequeno porte e tartarugas. Porém, mesmo desejando avistar um bicho de grande porte, o contador não esperava se deparar com um tubarão.

“A gente sempre tem vontade de ver um peixe grande. Eu tinha essa curiosidade, não tão perto quanto esse tubarão. Fomos à praia do Sueste e fizemos aquele passeio com máscara e nadadeira, e olhamos a parte da direita. Vimos tartarugas, peixes... Depois eu saí e fui para a praia, e vi que bem de frente a água estava turva. Conversei um pouco com minha esposa e perguntei se ela queria ir de novo”, contou. Segundo o contador, ele e sua esposa voltaram ao mar na tentativa de ver mais peixes, após ter recebido instruções de mergulho. “Fui me afastando da areia e cheguei a até mais ou menos a terceira boia. Fiz um giro de 360 graus e na hora que me posicionei novamente com a frente para o oceano, já vi um tubarão logo na minha frente”, relatou.

Bem próximo do animal, o contador não teve chance de se distanciar do tubarão com rapidez. “Ele já estava abrindo a boca bem na minha frente. Tentei me desvencilhar e fui com a mão para nadar para traz, e minha mão direita entrou na boca dele. Ele pegou no meu braço e chacoalhou bem forte. No segundo chacoalho ele já arrancou o braço”, descreveu o contador. Márcio ainda conseguiu nadar para a superfície, ao mesmo tempo em que gritava para a esposa sair da água. O turista recebeu ajuda médica ainda na Ilha e foi transferido para o Hospital da Restauração, no Recife.

Márcio perdeu o braço direito e a expectativa é que ele continue o tratamento no Recife pelos próximos dias. De acordo com as autoridades, o ataque foi o primeiro ocorrido na Baía do Sueste.

No fim da tarde dessa segunda (21), um turista foi atacado por um tubarão na Baía do Sueste, uma das praias da ilha de Fernando de Noronha. Até o início da manhã desta terça (22), as informações repassadas pela assessoria da administração do arquipélago só confirmam que a vítima era do estado do Paraná e que tem 33 anos. Ainda não se sabe o nome do homem, que ainda segundo informações oficiais, teve que ter o braço direito amputado.

Estava prevista para as 5h da manhã desta terça (22) - na ilha não são autorizados vôos noturnos - a remoção da vítima do Hospital São Lucas, em Noronha, para o Hospital da Restauração, no Recife. Segundo o último boletim médico, a situação de saúde do paranaense era estável.

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