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A queda de parte de um prédio caixão em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, poderia ter sido uma tragédia com mortes. Segundo a Defesa Civil da cidade, isso não ocorreu porque os moradores obedeceram a uma ordem de desocupação dada pelo órgão na última sexta-feira (11).

De acordo com o diretor da Defesa Civil de Paulista, Laurindo Venceslau, o órgão foi acionado pouco antes do desabamento, por volta das 5h do dia anterior ao desastre. “Ficamos felizes porque as famílias atenderam nossas orientações, saíram dos apartamentos e nós salvamos vidas", explicou.

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Venceslau adiantou que seguirão monitorando a situação do prédio que desabou – Edifício FCA Capozolly - e também dos vizinhos. A orientação foi para que os moradores dos prédios do entorno também deixem seus apartamentos, por conta do risco de estilhaços. "A gente tá fazendo o acompanhamento, o prazo é 48 horas. Amanhã (domingo) retornaremos aqui e o prédio continua interditado”, prometeu.

Moradores do Capozolly relataram ter escutados estalos aos bombeiros que chegaram primeiro ao local e uma vizinha, que não quis se identificar, revelou à reportagem que o prédio já vinha soltando partes das cerâmicas.

Laurindo Venceslau reforçou que a Defesa Civil pode ser acionada pelo telefone 153 ou pelo aplicativo Paulista Conectada. Segundo o diretor, o número funciona 24 horas, em regime de plantão.

Com informações de Paula Brasileiro

Um prédio caixão desabou parcialmente no Janga, em Paulista, Região Metropolitana do Recife, na tarde deste sábado (12). Não houve vítimas porque os apartamentos tinham sido desocupados um dia antes.

Por volta das 14h30 deste sábado (12), os bombeiros receberam o chamado para o desabamento de parte de um prédio caixão localizado na Rua José Olimpio da Rocha, no Janga. Segundo a Defesa Civil, uma equipe do órgão havia visitado o local na sexta (11) e recomendado a desocupação do imóvel, o que evitou uma tragédia.

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Os moradores relataram terem escutado estalos na noite anterior. Confira as imagens do prédio:

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Com informações de Paula Brasileiro

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou ao município de Olinda que adote as medidas necessárias para realizar a desocupação imediata do Edifício Verbena, um prédio do tipo caixão situado no bairro de Casa Caiada que está interditado desde o ano de 2001 por causa do risco de desabamento.

A promotora de Justiça de Habitação e Urbanismo de Olinda, Belize Câmara, destaca ainda que o poder público deve agir para assegurar o direito à moradia das pessoas que ocupam o imóvel. “Nós sabemos que Olinda, assim como muitos municípios brasileiros, sofre com um déficit habitacional. Por essa razão, o MPPE cobra que o poder público faça um cadastramento dessas pessoas, a fim de avaliar a situação de cada família e incluí-los nas políticas habitacionais de interesse social”, afirmou a promotora.

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Conforme a recomendação, publicada no Diário Oficial desta terça-feira (7), a Secretaria de Meio Ambiente e Planejamento Urbano deve notificar os ocupantes do Edifício Verbena sobre a remoção. Eles também devem receber cópias de laudo técnico sobre a situação do prédio e informações sobre as alternativas oferecidas pelo município para garantir o direito à moradia.

Além dessas medidas, o MPPE recomendou que o município de Olinda instaure processo administrativo com o objetivo de promover a demolição do prédio, seja através de intimação do proprietário ou por meios próprios, com a posterior cobrança dos custos da intervenção. De acordo com Belize Câmara, a demolição do imóvel se justifica por causa do agravamento dos problemas estruturais da construção ao longo do tempo.

O MPPE concedeu prazo de cinco dias para que a gestão municipal informe se acata ou não as medidas recomendadas.

Defesa Civil condenou o prédio — de acordo com o Relatório Técnico nº068/2019 da Defesa Civil de Olinda, o Edifício Verbena apresenta vícios construtivos que decorrem da falhas de projeto e inadequação do material aplicado na construção, bem como vícios de utilização ocasionados por problemas na manutenção do edifício ou em sua utilização inadequada pelos moradores.

Além disso, foram encontradas instalações elétricas clandestinas, que geram risco de incêndio, e a oxidação de elementos estruturais da obra.

O relatório também aponta que várias edificações com o mesmo sistema construtivo do Edifício Verbena (prédios caixão) desabaram sem demonstrar manifestações patológicas visíveis, tais como os edifícios Éricka (Jardim Fragoso, Olinda, em novembro de 1999), Enseada do Serrambi (Jardim Fragoso, Olinda, em dezembro 1999) e Ijuí (Candeias, Jaboatão dos Guararapes, em maio 2001).

A Defesa Civil de Olinda classificou o prédio como de risco crítico, tendo em vista que há manifestações patológicas e anomalias em sua estrutura que justificam de sua desocupação para proteger a vida dos ocupantes.

*Da assessoria

 

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