Três detentos morreram no Presídio Frei Damião Bozzano, no Complexo do Curado, Zona Oeste do Recife, após uma briga entre os presos nesta segunda-feira (10). O Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Pernambuco (Sinpolpen), aponta que as mortes aconteceram por acerto de contas entre facções.
Os policiais penais asseguram que, após uma revista na unidade, foram apreendidas armas de fogo, armas brancas e materiais ilícitos. A Sinpolpen pontuou que vários assassinatos que ocorrem nas prisões pernambucanas poderiam ser evitadas se existisse um efetivo suficiente que conseguisse dar conta do número de detentos.
##RECOMENDA##"A falta de efetivo provoca o confinamento de policiais penais apenas na permanência, ficando assim impedidos de ações preventivas e de contenção dentro das unidades", explica o sindicato.
A entidade acentua que casos como os desta segunda-feira (10), vão se agravar cada dia mais "pela omissão de reforço dentro das unidades, tendo a necessidade do concurso público".
A Sinpolpen complementa dizendo que "o Estado vem fazendo a construção de unidades sem prever o planejamento pessoal e estrutural". Além disso, a entidade explica que existe um déficit de policiais penais em todas as unidades de Pernambuco, tendo o último concurso público sido realizado em 2017, quando foram convocados 157 policiais penais.
"Naquele momento o déficit era de dois mil policiais para ocuparem as 23 unidades prisionais e 49 cadeias públicas. Durante o período tiveram as aposentadorias de vários policiais penais e pessoas que saíram do sistema", salienta.
O LeiaJá solicitou posicionamento da Secretaria Executiva de Ressocialização de Pernambuco (Seres-PE) sobre o ocorrido, mas não recebeu as respostas até a publicação da matéria.