Tópicos | private banking

Os investimentos dos clientes do segmento private banking encerraram o primeiro semestre deste ano com alta de 5,3% sobre dezembro de 2013, para R$ 608 bilhões de ativos sob gestão. A Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais explica que o resultado foi influenciado pelo aumento de 13,4% dos investimentos em previdência aberta, para R$ 42,4 bilhões, no mesmo período de comparação. A Anbima também observa uma preferência por ativos isentos e aplicações de longo prazo.

Aplicações diretas em títulos de renda fixa cresceram 9,1%, atingindo R$ 194,7 bilhões no semestre, puxadas por títulos privados como LCI e LCA, isentos de imposto de renda, que por sua vez cresceram 18,8% e 17%, respectivamente.

##RECOMENDA##

Em renda variável, os investimentos em ações subiram 6%, para R$ 87,9 bilhões. Os fundos de investimento avançaram 1,7% , para R$ 278 bilhões ante dezembro de 2013. As aplicações em fundos de investimento chegaram a R$ 278 bilhões no semestre, um crescimento de 1,7% comparado a dezembro de 2013.

O presidente do Goldman Sachs no Brasil, Paulo Leme, disse que o viés para o cenário global no próximo ano é negativo e que, por esse motivo, discorda da opinião do mercado financeiro de que as taxas de juro podem subir. "A Selic será mantida no nível atual de 7,25% por muito tempo e acho que a curva de juro deveria estar muito mais achatada", do que se encontra atualmente, disse Leme, durante o 4ºSeminário de Private Banking da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), realizado nesta quarta-feira em São Paulo.

Leme abriu sua apresentação destacando que o mundo passa por uma daquelas crises que ocorrem a cada 50 anos a 100 anos, nas quais momentos de melhora são interpretados com um enganoso otimismo. O chairman do Goldman Sachs disse que os mercados financeiros passam por um processo de desalavancagem doloroso, no qual todos devem estar preparados para muita incerteza e pouco retorno.

##RECOMENDA##

Segundo Leme, o cenário externo trará um desafio extraordinário para o Brasil, que se beneficiou do ciclo positivo, o que provocará volatilidade nos mercados, nos ciclos dos negócios e pressão pela valorização do real.

Sua estimativa é de que o dólar fique entre R$ 2,00 e R$ 2,10, acrescentando, "não ser uma visão importante", dado que projeção essa pode "ser descartada de acordo com o comportamento do mercado externo. Ele também citou que não há riscos imediatos de inflação no Brasil, que deve ficar entre 5% e 6,5% nos próximos meses, de acordo com sua estimativa.

O executivo disse ainda que, se por algum motivo houver uma mudança "tremenda" na direção da economia mundial, para melhor, o efeito deve ser enorme na atividade econômica brasileira e aumentará a pressão sobre o governo, que não conta com o câmbio como instrumento para atingir suas metas de inflação e crescimento. Leme espera que o crescimento mundial fique entre 2% e 2,5% em médio por ano nos próximos anos, enquanto a China deve registrar expansão de 7,5% até 8%, disse.

O HSBC informou que vai parar de oferecer o serviço de private banking no Japão para clientes com mais de 10 milhões de ienes em ativos financeiros, o que significa que efetivamente irá sair do segmento no país asiático. Em um comunicado, o banco, com sede no Reino Unido, disse que não vai mais abrir contas de novos clientes a partir de hoje e fechará seis filiais até 31 de julho.

O movimento vem depois de o HSBC, no ano passado, concordar em vender seu negócio de private banking no Japão, tendo como alvo as pessoas que detêm mais de 200 milhões de ienes em ativos, para o Credit Suisse. As informações são da Dow Jones.

##RECOMENDA##

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando