Tópicos | 1º semestre 2014

Os investimentos dos clientes do segmento private banking encerraram o primeiro semestre deste ano com alta de 5,3% sobre dezembro de 2013, para R$ 608 bilhões de ativos sob gestão. A Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais explica que o resultado foi influenciado pelo aumento de 13,4% dos investimentos em previdência aberta, para R$ 42,4 bilhões, no mesmo período de comparação. A Anbima também observa uma preferência por ativos isentos e aplicações de longo prazo.

Aplicações diretas em títulos de renda fixa cresceram 9,1%, atingindo R$ 194,7 bilhões no semestre, puxadas por títulos privados como LCI e LCA, isentos de imposto de renda, que por sua vez cresceram 18,8% e 17%, respectivamente.

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Em renda variável, os investimentos em ações subiram 6%, para R$ 87,9 bilhões. Os fundos de investimento avançaram 1,7% , para R$ 278 bilhões ante dezembro de 2013. As aplicações em fundos de investimento chegaram a R$ 278 bilhões no semestre, um crescimento de 1,7% comparado a dezembro de 2013.

O segmento de previdência privada fechou a primeira metade deste ano com queda de 12,93% na captação líquida, diferença de entradas e saídas, na comparação anual, para R$ 17,1 bilhões, sob impacto do desempenho da economia brasileira, que no segundo trimestre entrou em recessão técnica. Em novos depósitos, o recuo foi menor, de 2,88%, e a cifra chegou a R$ 37,5 bilhões, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), obtidos com exclusividade pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Embora menores, os números mostram recuperação gradual, de acordo com o presidente da Fenaprevi e diretor-superintendente da Itaú Vida e Previdência, Osvaldo Nascimento, após o impacto das mudanças nas regras de alocação de recursos e dos juros que fizeram o setor encerrar com captação líquida negativa em julho de 2013. Em junho último, porém, o setor apresentou alta de 42,1% em novos depósitos ante um ano, para R$ 7,4 bilhões. A captação líquida foi a R$ 4,5 bilhões.

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"O desempenho do setor de previdência privada foi afetado pelo baixo crescimento econômico. Esperamos um segundo semestre muito bom porque a base do mesmo período do ano passado é muito fraca, quando o segmento foi impactado pela volatilidade no mercado financeiro", diz ele ao Broadcast.

Ao fim de junho, a carteira de investimentos da previdência privada alcançou R$ 401 bilhões, alta de 12,14% na comparação com o mesmo período do ano passado. O segmento somava 101.963 beneficiários. Em junho, as adesões a planos empresariais (estoque e não novos entrantes) totalizavam 2.812.752 enquanto os individuais eram 10.081.808.

Dos R$ 7,4 bilhões captados no sexto mês do ano, os planos individuais responderam pela maior fatia dos novos depósitos, totalizando R$ 6,4 bilhões em novos ingressos, alta de 41,12% ante junho de 2013. Já os empresariais levantaram R$ 869,2 milhões em novos depósitos em junho, expansão de 55,45% ante o mesmo mês de 2012. O volume de novos aportes nos planos para menores avançou 17,52% e resultou em R$ 152 milhões arrecadados, na mesma base de comparação.

Para este ano, a expectativa da FenaPrevi, segundo Nascimento, foi mantida em 10% de expansão para os novos depósitos. "É um crescimento bastante robusto. No segundo semestre, além da base fraca, a dedução fiscal alavanca a captação do segmento", lembra ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O setor de embalagens registrou déficit comercial de R$ 171, 2 milhões no primeiro semestre de 2014, 14,5% menor na comparação anual. A exportação brasileira do setor alcançou US$ 249 milhões nos primeiros seis meses do ano, montante 4,7% superior ao registrado no mesmo período no ano anterior, ao contrário do ocorrido de janeiro a junho de 2013, quando as vendas externas do setor recuaram 4,7% na comparação anual

As importações, também obtiveram resultado contrário a tendência, recuando 4,11%, totalizando US$ 420 milhões, ante expansão de 6,5% no primeiro semestre de 2013. As informações são do estudo da Fundação Getulio Vargas, encomendado pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre).

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Empregos

O nível de emprego do setor de embalagem atingiu 230.909 postos de trabalho em junho deste ano, um aumento de 719 postos em relação a junho de 2013. Mais da metade dos empregos gerados no setor é na indústria de plástico, responsável por 52,72% do total de empregos formais.

Para o economista Salomão Quadros, coordenador do estudo, a taxa de crescimento do emprego, que iniciou 2013 no patamar de 2% e chegou a 0,31% em junho de 2014, vem recuando. Quadros não descarta um cenário de desemprego e demissões, se a tendência de recuo se confirmar nos próximos meses.

O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Mario Povia, afirmou nesta quinta-feira, 14, que o novo marco regulatório de portos, aprovado no ano passado pelo Congresso Nacional, está gerando um "choque de oferta de terminais portuário" no País.

Segundo Povia, o segmento de cabotagem também sinaliza com possibilidade de crescimento. O transporte de carga entre os portos na costa e via rios (cabotagem) já existe em portos tradicionais, como Santos (SP), mas começa a receber manifestação de investimentos de empresas do setor. "Começamos a ver números (de operadores) em Vila do Conde (PA) e Pecém (CE), provavelmente teremos em Salvador (BA), Vitória (ES) e nos portos de Santa Catarina", disse.

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A movimentação de carga nos portos e terminais portuários do País no primeiro semestre foi de 460,2 milhões de toneladas, conforme balanço apresentado nesta quinta-feira, 14, pela Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq). O volume movimentado cresceu 5,18% em relação aos primeiros seis meses de 2013, quando os portos e terminais registraram 437,6 milhões de toneladas.

Os Terminais de Uso Privado (TUP) movimentaram 292,9 milhões de toneladas no primeiro semestre, registrando aumento de 4,7% sobre as 279,7 milhões de igual período do ano passado. Já os portos responderam por 167,3 milhões, com alta de 6,02% sobre as 157,8 milhões de toneladas do intervalo de janeiro a junho de 2013.

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O minério de ferro foi o produto mais transportado no semestre encerrado em junho, com 160,7 milhões de toneladas, seguido por combustíveis, óleos minerais e produtos (99,8 milhões) e contêineres (46,7 milhões).

O Porto de Santos (SP) foi o que mais operou carga no semestre, com 44,1 milhões de toneladas. O Porto de Itaguai (RJ) foi o segundo, com 30,3 milhões, seguido por Paranaguá, com 20,9 milhões. Segundo a Antaq, a navegação de longo curso teve aumento de 17,3% na comparação com o primeiro semestre dos últimos cinco anos, o que sinaliza aumento do comércio exterior brasileiro. Já a navegação de cabotagem, feita na costa entre os portos, cresceu 1,7% no primeiro semestre, pontuando 70 milhões de toneladas.

O volume de carga enviada pelos portos e terminais privativos brasileiros para o exterior recuou quando o destino foram tradicionais clientes de matérias-primas do País. O volume enviado para os Estados Unidos caiu 5% no primeiro semestre de 2014, na comparação com o mesmo período de 2013, somando 10,865 milhões de toneladas neste ano. Para o Japão, o volume caiu 8% entre os semestres, registrando 15 milhões de toneladas.

O Brasil também reduziu o volume de exportações para a Holanda (14%) e a Coreia do Sul (9%). Na contramão, o Brasil importou 28% menos produtos da Argentina e 20% da Espanha. Em compensação, as importações dos EUA cresceram 24%. Um alta significativa foi verificada também na corrente de comércio com a China, de onde o Brasil importou 31% mais e exportou em volume de carga 14% a mais que no primeiro semestre do ano passado.

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Os dados constam no balanço semestral de movimentação de carga divulgado nesta quinta-feira, 14, pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Segundo a agência, o Porto Santos (SP) registrou uma queda global de 2% no volume de carga movimentado entre janeiro e junho.

A demanda dos consumidores por crédito caiu 2,5% no primeiro semestre de 2014, segundo a Boa Vista Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Na comparação com junho do ano passado a retração foi mais expressiva, de 6,5%, enquanto em relação a maio deste ano o recuo foi de 2,2%, já descontados os efeitos sazonais. Nos 12 meses encerrados em junho, a tendência de queda se intensificou, com a variação negativa de 1,4% no mês passado, ante queda acumulada de 0,9% em maio.

A Boa Vista aponta que a desaceleração da demanda por crédito continua sendo explicada pelos mesmos motivos do mês anterior e segue em linha com o cenário de incerteza que permeia a economia brasileira. "Além da maior cautela do consumidor, pelo lado da oferta, a política monetária restritiva enfrentada nos últimos meses também vem contribuindo para que a busca por crédito seja menor", dizem os economistas da instituição.

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A perspectivas para os meses seguintes, no entanto, é de que pode haver "uma leve reversão deste cenário". Entre os motivos, destaca a nota, "estão as novas medidas macroprudenciais vigentes desde o final de junho e que tendem a suavizar este aperto monetário e consequentemente criar maiores estímulos à demanda".

Considerando os segmentos que compõem o indicador geral, a demanda do consumidor por crédito nas instituições financeiras aprofundou a retração, ao passar de 3,4% para 4,3%, entre maio de junho. Na mesma base comparativa, o setor não-financeiro também aprofundou o movimento de queda, ao passar de -0,5% para -1,3%.

O indicador de Demanda por Crédito - Pessoa Física é elaborado a partir da quantidade de consultas de CPF realizadas por empresas à base de dados da Boa Vista. As séries têm como ano base a média de 2011 = 100 e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal.

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