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Em entrevista à revista Fórum nesta sexta-feira (4), o ex-presidente Lula comentou a saída do procurador da República Deltan Dallagnol, que abandonou a coordenação da força-tarefa da Lava Jato na última terça-feira (1). Em meio às denúncias de irregularidades durante operação em tramitação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o agora ex-coordenador justificou sua saída alegando que a filha está doente, e precisaria se afastar das suas obrigações para passar mais tempo com a família.

Durante conversa, Lula criticou a postura “covarde” de Dallagnol, apontou incongruências na justificativa e mencionou o ex-ministro da Justiça Sergio Moro. O ex-presidente lembrou ainda das investigações contra ele e a tentativa de destruição à imagem do Partido dos Trabalhadores (PT).

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“Tem político nesse país que não submerge quando tem crítica. Eu gosto de aparecer para mostrar quem está mentindo. Hoje está provado que o [Sergio] Moro foi mentiroso, hoje está provado que o Dallagnol foi mentiroso”, disse Lula, condenando a TV Globo e a operação Lava Jato, que, segundo ele, tentaram destruir a sua imagem e a imagem do PT.

Sobre a justificativa, teceu mais comentários: “Me perdoe, mas eu acho que o Dallagnol se escondeu atrás de uma doença, da filha dele, para poder justificar a saída. [...] Se ela estiver doente, que Deus ajude porque eu tenho pela filha dele o respeito que ele não teve pelo meu neto, quando morreu com seis anos de idade, quero que ele saiba disso. Mas ele não merece respeito da minha parte. Não tem dignidade, não tem caráter. É fujão”, completou o ex-presidente.

A Procuradoria da República no Distrito Federal, órgão do Ministério Público Federal, ajuizou uma ação contra o ex-ministro da Saúde e deputado federal Ricardo Barros (PP) por improbidade administrativa durante sua gestão no ministério. A investigação que resultou na ação teve início com a apuração de problemas na aquisição de medicamentos sem licitação por conta de demandas judiciais.

Segundo o MPF, entre as irregularidades cometidas estariam favorecimento de empresas, desrespeito à legislação sobre exigências no serviço público e de normas sobre licitações, prejuízo a patrimônio público, descumprimento de decisões da Justiça e medidas que teriam contribuído em casos que resultaram nas mortes de 14 pacientes.

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Barros ficou à frente da pasta da Saúde de 2016 a 2018, quando foi substituído por Gilberto Occhi. Saiu para disputar as eleições do ano passado, quando se reelegeu deputado federal pelo Paraná. A ação também abrange a empresa Global Gestão em Saúde e outros dirigentes integrantes da equipe de Barros à época, como Davidson Tolentino Almeida, ex-diretor do Departamento de Logística da pasta.

Conforme a ação, teriam sido constatadas irregularidades em processos de compra de medicamentos para doenças raras, como Aldurazyme, Fabrazyme, Myozyme, Elaprase e Soliris. Nessas aquisições, o ministério teria favorecido empesas Global, Tuttopharma e Oncolabor, entre outras.

De acordo com a ação, essas empresas não tinham histórico de já ter realizado serviços de fornecimento desses medicamentos a governos. Elas teriam atrasado a entrega dos fármacos, além de terem sido selecionadas sem atenderem a todas as exigências, como ter a Declaração de Detentor de Registro. A Global, indica a ação, não teria nem licença de importação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para um dos medicamentos.

Em um processo de compra emergencial em 2017, a Global teria ganho sem atender aos requisitos. O Ministério da Saúde teria sido avisado que a empresa não dispunha de todas as licenças, não era cadastrada pelo fabricante, nem tinha o medicamento em estoque. O MS, segundo a ação, não somente não cancelou o contrato como adiantou um montante à empresa para que ela adquirisse os fármacos.

“Não há como não classificar de flagrantemente ilegal e temerária tal conduta dos réus que, com a prática, obviamente beneficiaram indevidamente a empresa Global Gestão em Saúde, sem haver o Ministério da Saúde obtido qualquer contrapartida, desconto ou economia em troca do risco suportado”, conclui a ação.

Condenação e ressarcimento

O MPF pede, além da condenação dos acusados por improbidade administrativa, reparação do dano moral coletivo dos pacientes afetados pelos problemas decorrentes das irregularidades na aquisição dos medicamentos, inclusas aí as 14 mortes em decorrência dessa situação. Além de ressarcimento dos pagamentos feitos à empresa, no montante de pouco mais de R$ 19 milhões em caráter liminar.

Ministério da Saúde

Em nota, o Ministério da Saúde informou que inscreveu na Dívida Ativa da União o repasse de R$ 20 milhões feito à empresa Global pelo não atendimento do contrato de entrega dos medicamentos Myozyme, Fabrazyme e Aldurazyme, como o não cumprimento de prazo em relação à quantidade estabelecida.

No tocante à ação, o ministério respondeu que “realizou todos esforços, incluindo uma compra emergencial, para garantir a assistência aos pacientes que utilizam os medicamentos Aldurazyme, Fabrazyme, Elaprase, Myozyme e Soliris mesmo com as ocorrências conhecidas”. O órgão acrescentou que os processos de aquisição respeitaram a legislação.

Defesa

Por meio de nota, Ricardo Barros afirmou que o Ministério Público Federal escolheu “o lado errado da luta no Sistema Único de Saúde (SUS). Deveria acusar as empresas que mantém monopólio de representantes para explorar o erário público".

“A Justiça deu a autorização para a Global importar o medicamento. O laboratório fabricante, no entanto, recusou a vender o produto para a Global, mantendo um injusto e maior preço para o Brasil, praticado por seu representante comercial”, argumentou.

Segundo o parlamentar, a legislação foi cumprida rigorosamente para aquisições por judicialização da Saúde. “Os R$ 5 bilhões economizados em 22 meses à frente do Ministério contrariaram muitos interesses. Agimos sempre dentro da lei, e nesses casos com decisões judiciais favoráveis ao Ministério da Saúde”.

Global

Procurada, a Global ainda não se pronunciou.

Maurício Suetam e Gisele, participantes do polêmico reality show ‘A Casa’, da Record, tiveram que deixar a atração, na noite desta quinta-feira (6), após contraírem conjuntivite. Os participantes foram levados ao hospital para uma avaliação médica e, ao terem o diagnóstico confirmado, foram impedidos de retornar ao programa.

O anúncio da eliminação foi dado pela ‘dona da casa’ Kelly. Em solidariedade aos ex-colegas, os demais confinados bateram palmas. Confira o vídeo:

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"Acho muito triste, até fiquei emocionada por isso. A Gisele é minha amiga, não estou nem me conformando que isso aconteceu. Fiquei arrasada, tanto que nem consegui ler o papel, fiquei muito nervosa", disse Kelly.

‘A Casa’ tem a proposta de confinar 100 pessoas em uma pequena casa, que comporta apenas quatro pessoas. Os suprimentos são escassos e há pouca condição de higiene. O reality foi alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF) após denúncias. Na última semana dois participantes passaram mal por falta de comida. O MPF instaurou um inquérito através da Procuradoria da República de São Paulo.

A Procuradoria da República, no Paraná, pediu nesta quinta-feira, 3, ao juiz federal Sérgio Moro autorização para compartilhar provas produzidas na Operação Lava Jato, relativas à empreiteira Odebrecht, com a Procuradoria do Distrito Federal.

Segundo a força-tarefa da Lava Jato, as provas serão compartilhadas com o Procedimento Investigatório Criminal (PIC) 66/2015, que investiga possível tráfico de influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2011 e 2014, e a Odebrecht.

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O PIC 66/2015 investiga se a empreiteira teria obtido vantagens com agentes públicos de outros países por meio de influência de Lula, que deixou o Palácio do Planalto no fim de 2010. A Odebrecht teria pagado as despesas do voo do ex-presidente, mesmo não sendo uma viagem de trabalho para a empreiteira. No documento do voo, está registrado como "passageiro principal: voo completamente sigiloso."

A portaria de abertura do procedimento investigatório registra "possível ocorrência, entre os anos de 2011 e 2014, de tráfico de influência (artigos 332 e 337-C do Código Penal) na atuação do ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, o qual teria obtido vantagens econômicas da empreiteira Odebrecht, a pretexto de influir em atos praticados por agentes públicos estrangeiros, notadamente dos governos da República Dominicana e de Cuba (neste caso, em relação a obras financiadas pelo BNDES), e por agentes públicos federais brasileiros."

A Odebrecht é uma das empreiteiras investigadas na Lava Jato, suspeita de ter feito parte do cartel que monopolizou contratos bilionários da Petrobras entre 2004 e 2014. O presidente da empreiteira, Marcelo Bahia Odebrecht, e executivos que faziam parte da cúpula do grupo - Márcio Faria e Rogério Araújo - estão presos desde 19 de junho, quando foi deflagrada a 14ª fase da Lava Jato. Todos são acusados de corrupção e lavagem de dinheiro.

Na época em que o Procedimento foi instaurado, a Odebrecht e o Instituto Lula negaram quaisquer irregularidades. Procurados nesta quinta-feira, a empreiteira e a entidade não retornaram.

Habeas corpus

Nesta quinta-feira, 3, o relator da Lava Jato no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ribeiro Dantas, votou pela liberdade do empresário Marcelo Odebrecht e do Márcio Faria - apontado como responsável pelos acertos de propina. A decisão sobre os dois pedidos de liberdade foi suspensa, após pedidos de vistas dos ministros Jorge Mussi e Felix Fischer.

No voto, o ministro Ribeiro Dantas afirma que não há elementos que justifiquem a prisão preventiva de Marcelo Odebrecht, apesar dos indícios de participação no executivo nos crimes. "Não há risco de evasão do réu, nem indício de que ele vá frustrar sequestro de bens ou impedir o processo investigatório", sustentou o magistrado.

As equipes da Prefeitura, Capitania dos Portos, Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e Ministério Público Federal (MPF) visitaram nesta sexta-feira (06), o canteiro de obras da orla, em Candeias, para a realização de uma vistoria técnica. A fiscalização aconteceu devido ao estágio atual da atividade, que está próximo a sua conclusão - cerca de 80%.

Para o Procurador da República Marcos Costa, representante do Ministério Público Federal (MPF), a realização dos serviços de recuperação da faixa litorânea em Jaboatão é fruto de muitos estudos entre instituições de diversas representatividades.  “O MPF já vem acompanhando a temática da contenção da erosão costeira em Pernambuco há mais de 15 anos. De certa forma, os ajustes que levaram à execução desta obra decorrem da atuação do MPF e de outras instituições. Para isso, foi construído um ambiente de cooperação envolvendo os órgãos das esferas estaduais, federais e municipais, levando a entendimentos e ajustes sobre como tentar resolver o problema da erosão costeira. A execução dessa ação aqui no município de Jaboatão é a prova de que estamos no caminho certo”, avaliou. 

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Engorda das praias  

No total, será movimentado 1 milhão de metros cúbicos de areia, o que equivale a 100 mil caminhões do tipo caçamba cheios de areia, para aumentar 5,8 quilômetros da faixa litorânea, que compreendem as praias de Barra de Jangada, Candeias e Piedade, em 35 a 40 metros de  largura.  Um investimento de cerca de R$ 41 milhões, com recursos do Ministério da Integração Nacional e do Município. Esta será a maior obra de engorda do Brasil em extensão, maior que Copacabana e Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro; Iracema, em Fortaleza; e Piçarra, no Espírito Santo.

A draga, que faz o transporte do material da jazida em alto mar até a orla do município tem capacidade para 6 mil m³ de areia e está trabalhando 24 horas por dia, fazendo quatro viagens, movimentando cerca de 20 mil metros cúbicos por dia. Para transportar a areia da draga até o litoral, está sendo utilizado um tubo móvel de ferro, com 1,5 km de comprimento.

Com informações da assessoria

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