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As vendas de medicamentos genéricos registraram em janeiro crescimento de 11,14% em unidades na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No total, foram comercializadas mais de 92 milhões de unidades em janeiro de 2017 contra 82,818 milhões no mesmo período do ano passado. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos) com base nos indicadores do IMS Health, instituto que audita o varejo farmacêutico no Brasil e no mundo.

O aumento foi puxado por um ganho da participação dos genéricos no total das vendas de medicamentos no País. O market share dos genéricos saltou de 29,82% em janeiro de 2016 para 31,93% em janeiro de 2017.

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O crescimento dos genéricos foi 7,33 pontos porcentuais maior que os 3,81% de expansão verificados pelo mercado farmacêutico total, que engloba os genéricos, os similares e os medicamentos de referência.

Os medicamentos genéricos, por lei, custam em média 35% menos que os medicamentos de referência. Mas os descontos podem chegar a 60%, segundo a associação.

Uma pesquisa da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, a Progenéricos, apontou como baixa a participação do Norte, Nordeste e Centro Oeste do Brasil no uso dos remédios genéricos, que já estão há 15 anos no País. Os dados foram extraídos de um levantamento do IMS Health, instituto que audita o mercado farmacêutico no Brasil e no mundo.

As regiões Norte e Centro Oeste são as que apresentam a menor presença do medicamento no País: 18,48% e 23,31%, respectivamente. Na região Nordeste a presença do genérico é de 24,08%. No Sul, fica um pouco abaixo da média nacional, com 28,09%. A região Sudeste é a única com presença acima da média: 29,72%.

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Para a PróGenéricos, a baixa participação de mercado dos genéricos em algumas região significam um cenário bastante adverso, do ponto de vista da saúde pública. “Ou as pessoas não conseguem adquirir os medicamentos que necessitam ou estão se medicando de forma incorreta”, explica, Telma Salles, presidente da Prógenericos.

Embora os remédios genéricos já tenham alcançado 27,5% de participação de mercado e já representarem 85% dos produtos dispensados pelo Programa Farmácia Popular, ainda enfrentam o desafio de conquistar mais espaço em alguns dos estados mais pobres da federação. 

“Esses números mostram que precisamos continuar lutando para aumentar o acesso dos genéricos às populações menos assistidas. Os genéricos hoje já cumprem um papel fundamental para o país, mas precisamos avançar ainda mais.”, completa Salles. 

A executiva informa que somente os genéricos possuem o atributo da intercambialidade, ou seja, podem substituir os produtos de marca nas receitas. “A venda de outro medicamento que não for o genérico na substituição do produto de marca na receita, é ilegal”, acrescenta.

No Nordeste, o Maranhão, um dos estados mais pobres do país, é o que o genérico registra menos participação de mercado: 17,92%. Os estados vizinhos, Paraíba e Pernambuco, registram as maiores participações, por sua vez: 29,15% e 28,92%, respectivamente. São os únicos estados da região em que os genéricos apresentam participação de mercado acima da média nacional.

ProGenéricos - Fundada em janeiro de 2001, a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos) é uma entidade  que congrega os principais laboratórios que atuam na produção e comercialização medicamentos genéricos no país. Sem fins lucrativos, a entidade tem como principal missão contribuir para a melhoria das condições de acesso a medicamentos no Brasil através da consolidação e ampliação do mercado de genéricos.

As vendas de medicamentos genéricos no Brasil somaram R$ 6,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, conforme divulgou nesta quarta-feira a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, a PróGenéricos, com base nos dados do IMS Health. O número representa crescimento de 23,5% ante o mesmo período de 2012. Em volume de unidades, as vendas tiveram alta de 16%, chegando a 373,2 milhões de itens.

A PróGenéricos destaca ainda a grande participação das regiões Sul e Sudeste, que juntas respondem por 80% das vendas. De acordo com levantamento divulgado nesta quarta e que considera as vendas até dezembro de 2012, o Sudeste responde por aproximadamente 67% do mercado de genéricos e o Sul por mais 13%.

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A entidade destaca que o setor continua em expansão, embora o ritmo de crescimento este ano esteja mais fraco. Historicamente, essa indústria vinha crescendo entre 20% e 25% em volume de unidades e os fabricantes esperavam desempenho melhor este ano. No primeiro semestre de 2012, o faturamento com venda de genéricos havia crescido 33,1% na comparação com o ano anterior e, em volume, a alta havia sido de 21,7%.

Para o segundo semestre deste ano, há expectativa de aceleração. A PróGenéricos espera que o setor encerre 2013 com 20% de crescimento em unidades vendidas.

A performance dos genéricos ainda é mais acelerada que a do mercado de medicamentos como um todo. Em dólares, a indústria brasileira movimentou US$ 13,4 bilhões em vendas e apresentou crescimento de 6,3% no primeiro semestre de 2013. Sem os genéricos, o crescimento teria sido de 4,3%.

O setor espera que os genéricos atinjam 30% de market share no mercado de medicamentos ainda no primeiro semestre de 2014. Para 2020, a PróGenéricos prevê que a categoria alcance de 35% a 40% de participação nas vendas do mercado brasileiro.

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