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Em um de seus primeiros atos no cargo, o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, determinou ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que estenda o período de perdão de dívidas e suspensão de despejos ou execução hipotecária para áreas rurais.

As ações anunciadas nesta quinta-feira (21) trarão alívio aos residentes das áreas rurais, garantindo empréstimos imobiliários diretos do programa de Habitação Familiar do USDA (SFHDLP e SFHGLP) até 31 de março de 2021.

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O USDA reconhece que a pandemia de Covid-19 desencadeou uma crise de acessibilidade habitacional quase sem precedentes nos Estados Unidos. Segundo comunicado do departamento, além das medidas tomadas, a administração Biden espera trabalhar com o Congresso para tomar ações mais "robustas e agressivas" para trazer alívio adicional às famílias americanas e indivíduos prejudicados pela pandemia.

Os credores rurais devem continuar a fornecer alívio aos mutuários afetados de acordo com a Lei Cares, oferecendo tolerância ao pagamento do empréstimo garantido do mutuário por até 180 dias. Não serão cobradas taxas, multas ou juros neste período, informa o governo dos EUA.

Uma análise preliminar feita sobre uma amostra de 62% da área dos imóveis registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) aponta que pelo menos 30% deles apresentam déficit de Reserva Legal - porção das propriedades particulares que, por lei, deveriam ser preservadas com vegetação nativa.

O número foi obtido pelo Serviço Florestal Brasil, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, com base no cruzamento de imagens de satélite com as informações declaradas pelos proprietários de terra ao fazer o CAR.

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Na amostra de 219,5 milhões de hectares (dos pouco mais de 350 milhões de hectares cadastrados até 5 de maio), os proprietários declararam ter 88,8 milhões de hectares (Mha) como remanescentes de vegetação nativa (40%), sendo 57,5 Mha de Reserva Legal e 12,2 Mha de áreas de preservação permanente (APP), como as margens de rios e de nascentes.

Imagens de satélite mostraram, porém, que a realidade é menos verde. Da Reserva Legal declarada pelos proprietários, foram analisados 55,7 Mha (excluindo Pará e Bahia, dos quais as imagens não estavam disponíveis) e observou-se que 70% (38,9 Mha) de fato têm vegetação nativa. Já de APP descobriu-se que apenas 55% estão cobertos com remanescentes (6,8 Mha). Somando os dois déficits (16,8 Mha e 5,4 Mha, respectivamente), são 22,2 Mha de áreas desmatadas que deveriam estar protegidas.

Os dados foram apresentados por Raimundo Deusdará, diretor-geral do Serviço Florestal, em evento do Observatório do Código Florestal na sexta-feira, no Rio de Janeiro. Apesar de ainda serem preliminares - uma vez que é preciso verificar se algo desse desmatamento foi autorizado - e de serem fundamentados apenas em uma amostra, os números já dão um indicativo do tamanho do passivo ambiental brasileiro.

Antes da realização do CAR, havia estimativas de que o tamanho do passivo podia ser entre 20 Mha e 85 Mha. O governo, de acordo com Deusdará, acreditava que seria algo em torno de 21 Mha. Como ainda falta avaliar mais de 130 milhões de hectares, o quadro pode ser diferente. Ele acredita que em um mês terá os números finais.

Recuperação

O diretor do Serviço Florestal afirmou, porém, que esses números não significam que tudo terá de ser recuperado. "Ter cerca de 17 milhões de passivo de Reserva Legal bate um pouco com a expectativa da meta do Brasil ao Acordo de Paris de restaurar 12 milhões de hectares no Brasil, porque o resto pode ser compensado em terras que tiverem excedente de vegetação preservada", diz.

Pela nova lei ambiental aprovada em 2012, que reformou o Código Florestal, quem realizou o CAR até 5 de maio (e os pequenos proprietários que o fizerem até 5 de maio do ano que vem) pode contar com os benefícios do Programa de Regularização Ambiental (PRA).

Quem aderir ao PRA não será multado por desmates ilegais até 22 de julho de 2008 e poderá não restaurar o que for considerado área agrícola já consolidada - isto é, ocupada até aquela data - em APP. A Reserva Legal tem de ser restaurada ou pode ser compensada: ou seja, o proprietário paga para quem tiver excedente seguir mantendo a área protegida.

Nascentes

A análise preliminar mostrou também que na área de 219,5 Mha (com exceção de PA e ES) foi declarada a existência de 1,1 milhão de nascentes. Para Deusdará, isso é um sinal de comprometimento dos proprietários de terra. "Quem declara nascente é de boa fé, porque quando declara que existe em sua propriedade, o dono terá de cuidar dessa nascente. Deve ter até muito mais. Mas se não fosse o CAR e o Código Florestal, não teríamos como saber onde elas estão, como está o seu entorno, quem é o proprietário e como podemos fazer para recuperar essa nascente", disse Deusdará .

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Foi lançado na manhã desta quarta-feira (20) o Cadastro Ambiental Rural (CAR), programa do governo federal em parceria com os estados, sob a coordenação local da Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). O evento apresentou ao público o funcionamento do programa, que conta com imagens compradas de satélite, criado para facilitar a demarcação das propriedades. 

O presidente em exercício do CPRH, Carlos André Cavalcanti, comentou sobre a importância deste novo sistema, antes feito de modo mecânico, como sendo o principal resultado do Novo Código Florestal. O planejamento e suas repercussões a médio e longo prazo foram ressaltadas por Helvio Polito, secretário executivo da Semas, que comemorou o CAR como um avanço para produtores e para o poder público.

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Outro ponto lembrado neste lançamento foi o papel do CAR para o desenvolvimento econômico e ecológico, rompendo com o mito de que ambos não podem andar juntos e da importância da participação da sociedade, sindicatos e outros setores na divulgação deste sistema, que busca estabelecer um diálogo de melhor acesso com os produtores.

O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural do Ministério e Meio Ambiente, Paulo Guilherme falou no CAR como um “desafio gigante” e “um dos projetos prioritários do governo debatido pela Ministra Izabella Teixeira junto com a presidente Dilma Roussef”, disse. O outro desafio destacado por Paulo Guilherme será como recuperar áreas que precisam ser recuperadas.

Por fim, o gerente de Biodiversidade e Sustentabilidade da Semas, Josemario Lucena, fez um balanço sobre o sistema. "Irá permitir que saibamos com mais precisão as áreas que devem ser restauradas, melhorando com isso a qualidade de vida de toda a população". O cadastro e download do CAR pode ser feito através do site, que estará operando a partir de amanhã (21).

Acontece nesta quarta-feira (20), o lançamento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), programa do governo federal em parceria com os estados, sob a coordenação local da Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). No evento, às 9h, será apresentado ao público o funcionamento do programa, assim como as instruções, prazos e formatação. O encontro vai contar com a participação de técnicos especialistas da Semas, CPRH e INCRA, além de representantes de entidades ligadas ao tema.

O CAR é um banco de dados nacional com as informações sobre as Áreas de Preservação Permanentes (APPs) e combate o desmatamento de florestas e vegetações. Em Pernambuco existem mais de 300 mil proprietários rurais, que devem se adequar às novas regras para terem acesso às linhas de créditos e programas do governo que dão suporte àqueles que sofrem com a seca. A Caatinga, região que possui características atípicas, é o principal alvo da ação.

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Com informações da assessoria

O governo iniciou nesta quarta um diálogo com a bancada ruralista, para tentar chegar pelo menos a um acordo de procedimentos para votar o Código Florestal. Em reuniões separadas com os líderes do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), Dilma os orientou a dizer à bancada ruralista que vai reeditar o decreto que suspende multas a proprietários rurais que desmataram ilegalmente e que vencerá no dia 11.

"Certamente, se houver necessidade de prorrogar para facilitar o processo de diálogo, negociação e de entendimento - e eu reitero a nossa posição em relação ao texto do Senado e à posição de não ter anistia para desmatador e um código que não leva a novos desmatamentos, mas que também assegure ter a segurança jurídica do produtor rural - obviamente, o governo terá sensibilidade, a gente irá propor a prorrogação como foi feito no passado para viabilizar o processo de debate", comunicou a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente), logo depois de se encontrar com a presidente Dilma, no Palácio do Planalto.

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De acordo com informações de bastidores do governo, há hoje a informação de que a bancada ruralista conseguirá derrotar a orientação do Planalto, de evitar a anistia e de tirar do texto do Código Florestal a parte que determina o reflorestamento de áreas desmatadas próximas aos rios e córregos. Então, Dilma disse aos líderes que eles devem negociar com os ruralistas um procedimento de votação. Nesse acordo, a Câmara aprovaria o projeto do Senado, apoiado pelo governo.

Os ruralistas poderiam fazer dois ou três destaques nos pontos que querem mudar. Nessa hora, haveria o enfrentamento. Mas, com a aprovação do texto-base do Senado, o País teria o seu Código, uma garantia de segurança jurídica para os produtores rurais e uma forma de tirar mais de 1 milhão deles da ilegalidade. E os ruralistas poderiam ir para as campanhas eleitorais nos municípios dizer que votaram o Código Florestal do jeito que seus eleitores queriam. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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