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Beleza, emoção e fantasia. Foi assim a noite das mais de 700 pessoas que estiveram no Theatro da Paz, na segunda-feira (19), para assistir ao ensaio geral da ópera “Turandot”, obra do italiano Giacomo Puccini, escrita em 1924. O ensaio geral é a chance de checar os últimos detalhes antes da estreia, que será nesta quarta-feira (21); além de também ser a oportunidade em que familiares e amigos do elenco podem - por fim - ver de perto essa fantástica performance na qual produtores, cantores, atores e músicos estão envolvidos há tanto tempo e tão completamente.

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A ópera “Turandot” é mais uma atração do XV Festival do Theatro da Paz, uma promoção do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, com apoio da Academia Paraense de Música. A trama conta a história da princesa Turandot, filha do Imperador chinês Altum, que por conta de um trauma do passado se nega a casar. Como o pai pressiona o casamento por motivos de descendência, a mesma aceita, mas propõe três enigmas para dificultar a vida dos pretendentes. Se acertarem, ganham a mão da princesa. Se não, perdem a vida, e sua cabeça se somará às dezenas de outras penduradas no teto do castelo. E assim os dias vão se sucedendo, até que surge um príncipe estrangeiro que aceita o desafio e consegue desvendar o mistério proposto pela monarca. Daí pra frente a trama se desenrola com muito drama, romance e pitadas de comédia.

Segundo o barítono Homero Velho, que interpreta o ministro Ping, que faz parte do reinado de Turandot, a expectativa para a estreia é a melhor possível. “Acho que vai ser um belíssimo espetáculo, a música é muito boa, está sendo bem cantada, bem interpretada, então acho que vai ser um sucesso”, conta o cantor. E elogia o Theatro da Paz. “De todos do Brasil que eu conheço esse aqui é o que eu mais gosto. Vim trabalhar no primeiro festival, em 2002, conheço todo mundo da casa e me sinto muito à vontade”, disse Homero.

A soprano paraense Kézia Andrade, intérprete da escrava Liù, personagem de grande importância na trama, conta que se sente muito privilegiada enquanto artista paraense. “Eu me sinto representando a nossa classe, que é formada por um grupo de cantores que tem um potencial muito grande. Me sinto muito honrada, feliz e grata, também por ser minha estreia fazendo um papel muito importante”, conclui a soprano.

Mas havia um grupo especialmente emocionado de estar no teatro na noite do ensaio: detentos que integram o Coral Timbres da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe). Dentre elas, Silvana Sales, que confessou estar encantada com o Theatro da Paz. “É lindo, não é? Pois apesar de ter nascido e me criado dentro de Belém, eu nunca tinha tido a oportunidade de vir a este lugar”, conta a espectadora.

Antes do espetáculo começar, o grupo realizou uma visita monitorada. Eles conheceram um pouco mais da história e da arquitetura do espaço. “É algo indescritível o que estamos vivendo hoje aqui, algo singular para pessoas que estão privadas de liberdade e tem a oportunidade de vir até aqui contemplar toda essa riqueza cultural”, disse o detento Josimar Ferreira de Oliveira, de 54 anos.

Para a professora de música do Coral Timbres, Vera Santos, que acompanha o grupo diariamente nos ensaios, a iniciativa vai ajudá-los a ter uma visão melhor da transformação que a música possibilita. “A música faz com que elas tenham mais atenção, sejam mais pacientes em determinadas situações, diminua a tensão do próprio ambiente em que elas vivem. Trazer o grupo até aqui hoje foi algo muito importante para o desenvolvimento musical. Nós selecionamos previamente os integrantes que mais se dedicam aos estudos, tiram boas notas e têm bom comportamento”, destacou a maestrina.

A diretora do CRF, Carmem Botelho, destacou que a iniciativa também ajuda no processo de ressocialização. “Nunca nenhuma delas tinha assistido a uma ópera e oportunizar isso a elas é de fato fazer ressocialização. A arte é transformadora quando você trabalha diretamente no coração de uma pessoa, pois você acaba aflorando sentimentos, torna as pessoas mais sensíveis e assim começa um processo de retirada da aspereza desse ser”, explicou Carmem.

“Eu sempre morei em Belém e nunca tinha vindo aqui nesse teatro. É tudo mágico, desde o passeio pela história que eu não conhecia até a ópera, que eu também nem imaginava que era assim. Achei muito bonito, é algo que prende a nossa atenção. Espero ter outras oportunidades como essa. Foi inesquecível”, concluiu a detenta Ana Kelly, 33.

Serviço:

A ópera “Turandot” estreia nesta quarta-feira, 21, às 20h, no Theatro da Paz. Haverá récitas ainda nos dias 23, 25 e 27 deste mês. Os ingressos já estão esgotados, mas a estreia do espetáculo será transmitida pela TV Cultura, canal 2, em Belém, e também pelo Portal Cultura e no site oficial do Festival de Ópera.

Por Helena Saria, especial para o LeiaJá (com informações de Timóteo Lopes/ Ascom Susipe).


A 19ª fase da Operação Lava Jato, denominada Nessun Dorma, faz referência a um trecho da ópera Turandot criada em 1926 pelo compositor italiano Giacomo Puccini. Em Nessun Dorma, a princesa Turandot determina que ninguém deve dormir: todos passariam a noite tentando descobrir o nome do príncipe desconhecido.

O alvo do novo desdobramento da nova ação da Polícia Federal são pagamentos no exterior. O executivo José Antunes Sobrinho, um dos donos da Engevix, foi preso preventivamente em Santa Catarina. Ele é suspeito de ter pago propinas em cima de contratos da empreiteira com a Eletronuclear que somavam R$ 140 milhões, entre 2011 e 2013. Os valores teriam sido pagos para a Aratec, empresa controlada pelo ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva. José Antunes será levado para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

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Othon Luiz foi preso em 28 de julho na Operação Radioatividade. Nome de grande prestígio na área, o almirante, no fim dos anos 1970 (governo general Ernesto Geisel) participou diretamente do projeto do submarino nuclear brasileiro

O alvo desta nova fase - denominada Nessun Dorma - são propinas que teriam sido pagas envolvendo a diretoria internacional da Petrobras.

Trinta e cinco policiais cumprem 11 mandados judiciais, sendo sete mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e dois mandados de condução coercitiva em Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro.

Neste sábado (9), a rede UCI exibe a terceira ópera do Metropolitan Opera House, direto de Nova York e com imagem em alta definição. O espetáculo, baseado na peça de Victorian Sorteau, terá sessão única nos Kinoplex Plaza e Recife, às 14h55. Além da ópera, o público vai poder acompanhar com exclusividade as entrevistas ao vivo com os atores e o backstage de um dos palcos de música clássica mais famosos do mundo.

Na tragédia italiana, a soprano Patricia Racette retrata a tempestuosa diva Floria Tosca e o tenor Roberto Alagna é o pintor Cavaradossi, amante de Tosca. A história, que foi apresentada pela primeira vez em 1900, retrata o cenário de intriga política em que o país estava imerso.

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Falstaff é a próxima ópera que será exibida, no dia 14 de dezembro. Os ingressos para todas as óperas do Metropolitan Opera House custam R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia entrada) e já estão disponíveis para compra no site da UCI, caixas de autoatendimento e nos balcões de atendimento.

 

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