Tópicos | reajuste dos servidores municipais

A última sessão plenária da Câmara de Vereadores do Recife do semestre, que ocorre nesta quarta-feira (2), promete ser tumultuada. Isto porque o presidente da Casa, vereador Vicente André Gomes (PSB), pretende levar a votação dois projetos que geraram discussões recentes entre os parlamentares, o de reajuste salarial dos servidores municipais e o que institui o passe livre para estudantes da rede municipal. 

Pivô de desordem na Câmara, nessa segunda (30) e terça-feira (1º), a proposta que reajusta a remuneração dos servidores da PCR deve ter uma evolução nesta quarta, segundo André Gomes. “A luta dos servidores atrapalhou pauta desses dias. Ficamos ontem até às onze horas da noite na Prefeitura articulando sobre a proposta. Evoluímos para um entendimento, a proposta de 10% para os servidores da assistência social foi acatada”, afirmou o socialista em conversa com o Portal LeiaJá. O acordo de 10% de aumento só foi concretizado após os funcionários que estavam em greve suspenderem a paralisação. 

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Na sessão dessa terça, o presidente da Casa José Mariano foi atingido com uma bolsa de moedas no rosto após aceitar a dispensa do prazo regimental, sugerido pelo líder da bancada governista, o vereador Gilberto Alves (PTN), reduzindo o tempo para apresentação de emendas dos parlamentares. O plenário estava lotado de servidores com apitos, faixas, e gritos de palavras de ordem. Os vereadores que participavam da reunião travaram intenso debate sobre a consulta do requerimento verbal e o respeito às regras do Regimento Interno da Casa.

“A reunião foi de muito tumulto, inclusive de uma forma que não condiz com a democracia. Só vi isso na ditadura”, disse André Gomes, referindo-se as moedas que atingiram o rosto do parlamentar. “Não foi nada grave, mas poderia ter sido. Poderia ter tido uma lesão de córnea”, acrescentou. 

Sobre a ação judicial que o vereador e líder da oposição na Câmara, Raul Jungmann (PPS) impetrou no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para suspender a sessão plenária de ontem tornando assim as decisões nulas, o presidente garantiu que não quebrou o Regimento Interno. “Acho que há um equivoco grande. Tenho muito respeito por Jungmann, mas cumprimos o Regimento sim. Estava discutindo um requerimento verbal e para me preservar eu dividi a responsabilidade com a mesa diretora e ela foi favorável. Não foi nada soberano, tenho certeza que não quebrei o regimento e cumpri a solicitação do vereador (Gilberto Alves)”, rebateu o socialista. “Não tenho partido quando estou presidindo as sessões”, finalizou. 

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