O edital da Linha 6 - Laranja - do Metrô de São Paulo vai ser republicado em breve para a inclusão dos gastos com desapropriações e a previsão de que o Estado possa vir a assumir parte desse montante, o que era atribuído anteriormente apenas ao parceiro privado. A informação é da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional.
Na nova versão, o parceiro privado assume os riscos do processo de desapropriação até o valor estimado no edital mais 10%. A diferença superior aos 10% será de responsabilidade do Estado. De acordo com a secretaria, "a alteração decorreu da análise de sugestões recebidas no processo de consulta pública e de interações do Estado com agentes de financiamento de infraestrutura". Este valor, contudo, não foi divulgado.
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A versão anterior do edital havia sido publicada em 8 de fevereiro, com prazo de 90 dias para a entrega das propostas. Na nova versão, os interessados deverão apresentar as propostas também em 90 dias, o que vai levar a um atraso de cerca de 70 dias. Segundo a secretaria, o processo licitatório poderá ser concluído até setembro.
O orçamento da Linha 6 é de R$ 8,06 bilhões, já incluída a previsão das desapropriações. O Estado ficará encarregado de 50% dos investimentos durante a implantação e vai contar com a contratação de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O projeto é o primeiro do governo paulista feito integralmente por Parceria Público-Privada (PPP) e vai ligar o centro ao bairro Vila Brasilândia, na zona norte. A Linha Laranja terá 15,3 quilômetros, 15 estações e 23 trens (seis carros) para atendimento de 630 mil passageiros por dia.