Tópicos | rohingya

Três bombas explodiram neste sábado em Sittwe, capital do Estado de Rakhine, em Mianmar. Os explosivos tinham como alvo edifícios usados por órgãos e autoridades do país - um deles foi colocado em frente à residência de um integrante do alto escalão do governo, segundo fontes locais. Um dos dispositivos deixou um policial ferido. Outros três acabaram não explodindo.

A população de Mianmar é majoritariamente budista e as ações militares contra a minoria muçulmana Rohingya contam com respaldo popular. Os Rohingya vivem em campos de refugiados fora da Sittwe, onde parte dos budistas também reside. Desde agosto, cerca de 700 mil Rohingya tiveram de abandonar cidades de Rakhine e vilas para escapar da violência militar na região. Fonte: Associated Press.

##RECOMENDA##

Os abusos praticados pelas forças do governo de Mianmar contra a minoria muçulmana rohingya podem constituir crimes contra a humanidade, segundo o Comitê das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação contra a Mulher e o Comitê sobre os Direitos da Criança. A informação é da Agência EFE.

"Estamos particularmente preocupados com o destino das mulheres e crianças rohingyas, que sofreram sérias violações dos direitos humanos, incluindo assassinatos e deslocamento forçado", afirmaram, nessa quarta-feira (4), os especialistas dos dois comitês, em comunicado.

##RECOMENDA##

"Essas violações poderiam constituir crimes contra a humanidade e estamos muito preocupados com a incapacidade do Estado de deter essas surpreendentes violações, cometidas sob o comando do Exército e de outras forças de segurança", acrescentam.

Os dois comitês pediram às autoridades de Mianmar que interrompam "imediatamente" a violência no estado de Rakhine (antigo Arracão), façam rápida investigação e processem "energicamente" os responsáveis pelos casos de violência contra as mulheres e crianças.

Além disso, solicitaram ao governo de Mianmar que conceda acesso irrestrito e colaboração com a missão de investigação estabelecida pelo Conselho de Direitos Humanos.

Por outro lado, os especialistas denunciaram a situação dos rohingyas - que não são reconhecidos como cidadãos por Mianmar - e o fato de que estejam submetidos a "altos níveis de pobreza e desnutrição", com os direitos básicos à educação, ao emprego e à saúde "muito limitados".

"Pedimos às autoridades de Mianmar que atendam às necessidades das mulheres e crianças deslocadas internamente, assim como daqueles que vivem como refugiados em países vizinhos.

Após o ressurgimento da violência no estado de Rakhine, no dia 25 de agosto, mais de 500 mil rohingyas fugiram e se transformaram em refugiados em Bangladesh.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando