Tópicos | Rubens Gomes de Oliveira

O Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri da Capital condenou, na última sexta-feira (10), Rubens Gomes de Oliveira a 20 anos e seis meses de reclusão. Ele é acusado de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e com uso de veneno, cometido contra a própria filha, de oito anos. 

O crime ocorreu em 23 de novembro de 2014. Na ocasião, ele estava separado da mãe da criança e costumava assediar e proferir ameaçadas verbais contra a ex-mulher. Na data citada, ele levou a filha e mais três primos dela para um passeio no Parque da Jaqueira.

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A promotora de Justiça Márcia Coelho aponta que o réu comprou cachorros-quentes para todas as crianças e sentou com elas nas mesas do Parque da Jaqueira. "Sem sombra de dúvida, ele deu o veneno nesse momento, já que deu comida e água na boca da filha. As outras crianças comeram o cachorro-quente comprado no mesmo local e não tiveram nenhum sintoma", relata.

Após o lanche, Rubens levou as crianças de volta às suas casas, percorrendo o caminho mais longo que o usual. Quando chegou na casa da mãe, a menina já apresentava sinais de envenenamento. "Assim que a menina deu entrada no Hospital Pediátrico Helena Moura, a médica da emergência identificou, pelos sintomas apresentados, que se tratava de um caso de envenenamento e acionou a polícia. Como a mãe fez questão de que o pai a acompanhasse para levar a criança, facilitou a investigação do caso", complementou a promotora. 

De acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o maior desafio da acusação em casos de morte por envenenamento é conseguir provas que liguem o método usado ao autor do crime. "O laudo inicial dos médicos legislas apontou a causa da morte como indeterminada, mas graças às requisições do MPPE foram realizados mais dois exames: o toxicológico das vísceras e o exame complementar tanatoscópico, que apontaram o envenenamento pela substância popularmente conhecida chumbinho. No plenário do júri, foi preciso fazer um esclarecimento técnico aos juros a fim de demonstrar essa dificuldade em se determinar as provas de que houve envenenamento", finalizou Márcia.

Com informações da assessoria

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