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Sensação do surfe brasileiro no Circuito Mundial, João Chianca se manifestou pela primeira vez desde que sofreu um grave acidente nas poderosas ondas de Pipeline, no Havaí, no início do mês. Chumbinho, como é mais conhecido, agradeceu pelo apoio de familiares, amigos e salva-vidas e disse estar ansioso para voltar a surfar.

"Obrigado, Deus, pela segunda chance de me reerguer após o acidente em um lugar especial para mim. Acredito que o pior/susto (sic) passaram e já me encontro em casa bem e focado na minha recuperação dia pós dia. Agora somente tempo e processo importam. Sou imensamente grato a todos que estavam comigo e, aos que não estavam, por todo o amor e energia boa em minha direção, sem palavras, MUITO OBRIGADO", disse o surfista, nas redes sociais.

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O brasileiro de 23 anos, um dos destaques da última temporada do Circuito Mundial, sofreu o acidente no dia 3 deste mês. Ele caiu de uma grande altura quando entrava numa das ondas de Pipeline e foi resgatado ainda desacordado e levado a um hospital. Ele foi socorrido rapidamente por outros surfistas e salva-vidas.

No dia seguinte, Lucas Chumbo, irmão do atleta profissional, veio a público para revelar que João Chianca estava bem, apesar do susto. Chumbinho, contudo, só veio a se manifestar publicamente sobre o acidente nesta semana. E avisou que já estava pensando em voltar para as ondas.

"Mal posso esperar para passar por esse processo e voltar a água. Grato pela segunda chance e pelo amor de todos vocês", disse o surfista. Agradecimentos especiais a minha família (chumbo) e amigos próximos, minha equipe e patrocinadores, a minha namorada e sua família (Silva) e a comunidade no Hawaii (sic)", escreveu.

Chumbinho foi uma das sensações da última edição do Circuito Mundial. Ele terminou a temporada na quarta posição do ranking. E será um dos representantes do Brasil na modalidade nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

O Brasil voltou a mostrar a sua força na elite do surfe nesta terça-feira. João Chianca, o Chumbinho, derrotou o australiano Jack Robinson, conquistou a etapa de Peniche, em Portugal, e levantou seu primeiro título no Circuito Mundial de Surfe. Com uma performance sensacional, ele encaixou dois tubos e superou o rival por 17.57 a 11.84.

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Pela primeira vez na carreira, o surfista brasileiro subiu ao lugar mais alto do pódio. Superar o líder do ranking mundial na finalíssima valorizou ainda mais o seu feito. Na saída da água, mais festa. Ao subir no palanque, Chumbinho recebeu o abraço do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que esteve presente no evento.

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Na campanha do título, Chumbinho despachou Kelly Slater e Ethan Ewing até chegar à bateria decisiva contra Robinson. Ele se junta agora a Adriano de Souza, Gabriel Medina, Filipe Toledo, Tatiana Weston-Webb e Italo Ferreira, brasileiros que já conseguiram levar o título da etapa portuguesa.

Na disputa, João Chianca começou a construir a sua boa exibição com uma direita perfeita. Logo na sequência, encaixou um tubo e depois de alguma espera pegou outra onda em que se saiu muito bem. Depois de obter um 8.50, ele acrescentou um 9.07 depois de conseguir mais um tubo.

Concluída a etapa de Peniche, em Portugal, os surfistas voltam a cair na água entre os dias 4 e 14 de abril para a disputa em bells Beach, na Austrália.

TATIANA WESTON-WEBB CAI NA SEMI

Quem também esteve em ação nesta terça-feira foi Tatiana Weston-Webb. Apesar do empenho em suas manobras, a brasileira acabou eliminada na semifinal ao ser superada pela americana Courtney Conlogue nos minutos finais.

Apesar da ausência na decisão, o terceiro lugar em Portugal consagra o melhor resultado da brasileira nesta temporada. Em Pipeline, ela deixou a competição nas quartas de final. Antes, em Sunset, a eliminação veio nas oitavas.

A disputa foi marcada pelo equilíbrio e as duas candidatas apresentaram uma pontuação bem próxima. Enquanto a brasileira conseguiu 6.50, Courtney tirou um 6.10. Nos minutos finais, porém, a americana conseguiu pegar uma boa onda, encaixou uma direita e acabou vencendo Tatiana no finalzinho da bateria.

A defesa de Cíntia Mariano Dias Cabral, a madrasta presa por suspeita de envenenar dois enteados no Rio, informou que ela sustenta sua inocência. Segundo o advogado Carlos Augusto dos Santos, que atua no caso, a mulher de 49 anos nega ter confessado o crime entre familiares, conforme consta no depoimento de um de seus filhos biológicos à Polícia Civil. Os advogados planejam explorar o conflito de versões como estratégia de defesa.

Cíntia está presa temporariamente desde sexta-feira (20) e foi mantida em cárcere pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), após audiência de custódia na tarde deste domingo (22). Segundo Santos, o juiz da audiência de Custódia justificou que eventual revogação da prisão temporária deve acontecer no mesmo juízo que a decretou, a 3ª Vara Criminal do TJ-RJ. A defesa planeja pedir a revogação da prisão e, caso não tenha sucesso, impetrar habeas corpus na 2ª instância. Os advogados definem a prisão como "arbitrária e precipItada", e alegam que Cíntia tem colaborado com a investigação.

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Um dos filhos de Cíntia disse aos policiais que a mãe admitiu, em conversa, ter colocado chumbinho no prato de feijão servido ao enteado Bruno Cabral, de 16 anos. No depoimento registrado na 33ª Delegacia de Polícia (DP), em Realengo, zona oeste do Rio, o filho de Cíntia disse que a mãe também teria confessado o envenenamento da enteada, dois meses antes. Fernanda Cabral, de 22 anos, morreu no fim de março, dias após passar mal imediatamente depois de almoçar na casa da família. Segundo o rapaz, a mãe teria confessado que agiu por ciúmes da relação do companheiro com os filhos, Bruno e Fernanda.

Cíntia nega a versão, dizem os advogados. Santos e o sócio, Raphael Souza, que também advoga no caso, sustentam que a mulher compareceu três vezes para depor à Polícia Civil. Nas duas primeiras, sem a presença de advogados, Cíntia não confessou o suposto crime e, no terceiro depoimento, já acompanhada dos advogados, permaneceu em silêncio.

Santos diz suspeitar da motivação do filho biológico da mulher, com quem ela teria relação "conturbada". Ele sugeriu que vai usar o contexto familiar e o conflito de versões na estratégia da defesa.

"Ela prestou três depoimentos e, em nenhum momento, confessou. Ela afirma que não falou nada para o filho. Quero deixar bem claro: o filho que a acusa tem problemas com ela", diz o advogado. A reportagem não conseguiu contactar os demais integrantes da família.

Ainda segundo Santos, a perícia realizada pela Polícia Civil em restos do feijão recolhido na casa de Cíntia, na segunda-feira, 16, não teria detectado nenhuma substância tóxica.

Questionado sobre o resultado de exames aos quais o enteado de Cíntia, Bruno, foi submetido após passar mal, que acusaram níveis altos de chumbo no organismo, o advogado afirmou que não teve acesso a esses laudos, ainda não adicionados ao inquérito. Procurada, a Polícia Civil do Rio informou que o resultado das perícias realizadas pela Polícia serão divulgados nos próximos dias.

A Polícia Civil também informou que as investigações continuam na 33ª DP, de Realengo, e que os agentes "pretendem pedir à Justiça a exumação do corpo da enteada Fernanda Cabral para análise no Instituto Médico Legal (IML)". A Polícia ainda confirmou que a delegacia apura possível envolvimento de Cíntia em outras duas mortes, a do ex-marido e de uma vizinha. Santos rechaçou essa possibilidade, ao dizer que o ex-marido de Cíntia morreu devido a um acidente vascular cerebral hemorrágico "devidamente comprovado". O advogado afirmou desconhecer o caso da vizinha.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) mandou prender na última sexta-feira (20) Cíntia Mariano Dias Cabral, de 49 anos, acusada de envenenar os dois enteados com chumbinho. Ela é suspeita de ter assassinado a jovem Fernanda Carvalho, de 22 anos, em março e, um mês depois, tentar repetir a prática com o irmão dela, de 16 anos.

Fernanda foi internada em 15 de março com mal-estar e dificuldade para respirar. Ela ficou internada por 13 dias, mas não resistiu e morreu no hospital.

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Na época, os médicos atestaram a morte de Fernanda em decorrência de causas naturais. As suspeitas de envenenamento surgiram quando o irmão mais novo dela passou mal após um almoço na casa da madrasta e precisou ser levado, às pressas, para o hospital.

De acordo com a 33ª Delegacia de Polícia (DP), em Realengo, o adolescente deu entrada no Hospital Municipal Albert Schweitzer, na zona oeste da cidade, com "tonteira, língua enrolada, babando e com a pele branca após comer feijão servido por Cíntia".

O jovem foi submetido a uma lavagem estomacal e a um exame de sangue, que detectou níveis elevados de chumbo em seu organismo. A mãe dos jovens procurou a delegacia para registrar a suspeita de envenenamento no mesmo dia.

Os policiais foram até a casa de Cíntia para recolher o feijão para análise laboratorial. Ela foi levada para a 33ª DP, em Realengo, para prestar depoimento, onde teve a prisão decretada.

No mandado de prisão, a juíza Raphaela de Almeida Silva, da 3ª Vara Criminal do TJ-RJ, diz que a liberdade da madrasta "poderá causar prejuízos irreparáveis para o prosseguimento das investigações policiais": "Isso porque poderá exercer pressão sobre as testemunhas, levando em conta que os presentes na residência no momento do crime são familiares, filhos inclusive da suspeita".

A Tempestade Brasileira terá dois novos integrantes na disputa do Circuito Mundial de Surfe em 2022. Samuel Pupo e João Chianca conquistaram a vaga para fazer parte da elite e ambos, com 21 anos, estarão pela primeira vez no seleto grupo de 34 surfistas fixos que vão em busca do título mundial.

Curiosamente, os dois são grandes amigos e já vinham falando sobre a possibilidade de estarem juntos no Tour. Agora, vão realizar o sonho de competir na principal divisão do surfe mundial e mostrar a renovação da Brazilian Storm, o apelido que ganhou essa geração de ótimos surfistas nacionais como Gabriel Medina, Italo Ferreira, Filipe Toledo e Adriano de Souza, entre outros.

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"Foi um longo caminho para chegar aqui. Apesar de ser novo ainda, estou competindo no QS desde os 15 anos, então foi bastante tempo para me qualificar e estou muito feliz agora", disse Samuca, reforçando a amizade com Chumbinho, como Chianca é conhecido. "A gente vinha conversando sobre isso, desde os nossos bons resultados na Europa, mas nem parece ser verdade", continuou.

Os dois são os caçulas de famílias de grandes surfistas. Samuca é filho de Wagner Pupo, um dos grandes nomes da modalidade no passado e exímio shaper de pranchas que mora em Maresias, no litoral paulista. Também é irmão mais novo de Miguel Pupo, que é da mesma geração de Medina e está há muitos anos na elite. "É um sonho estar no Circuito com meu irmão. Agora estou bem aliviado e sinto que posso surfar 100%."

Chumbinho, por sua vez, é filho de Gustavo Chumbão (o apelido do pai passou para toda família), um surfista carioca de Saquarema, e irmão de Lucas Chumbo, um dos principais nomes das ondas grandes da atualidade. O jovem é tido como uma das grandes revelações do surfe nacional, assim como Samuca, e festejou muito sua vaga para a elite. "Foi um ano muito longo, ao mesmo tempo muito corrido. Muitas coisas aconteceram, mas a gente conseguiu a tão esperada vaga", afirmou.

Tanto Samuca quanto Chumbinho já estiveram nas principais praias do Circuito Mundial, surfaram a maioria das ondas, e têm experiência de competição, seja pelo convívio familiar entre os profissionais ou pelos ótimos resultados nas categorias de base. Agora, garantidos na elite, vão poder mostrar todo o potencial que se esperava deles em cima da prancha.

A chegada da dupla também deixou o Brasil como o país que mais tem surfistas na elite masculina, com nove atletas, junto com a Austrália. Samuca e Chumbinho estarão ao lado do tricampeão mundial Gabriel Medina, do vice Filipe Toledo, do campeão olímpico Italo Ferreira, além de Yago Dora, Deivid Silva, Jadson André e Miguel Pupo. No feminino, Tatiana Weston-Webb será a única representante do País.

Uma criança de um ano morreu após ser atingida por um disparo de chumbinho no peito, no Sítio dos Pintos, Zona Norte do Recife. O caso ocorreu nessa segunda-feira (13) e um primo de 11 anos foi responsabilizado pelo tiro acidental.

O menino de 11 anos estava na rua com outro primo, de 13, e decidiu brincar com a arma de pressão do pai, guardada em um quarto fechado no primeiro andar da casa. Sem o manejo adequado, acabou acertando o garoto, de um ano e cinco meses, por volta das 16h.

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Ele foi socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento da Caxangá, na Zona Oeste, e posteriormente encaminhado ao Hospital da Restauração (HR), no Derby, área Central da capital, onde deu entrada às 17h50 e teve a morte confirmada às 23h20.

A Força Tarefa de Homicídio e Proteção à Pessoa acompanha o caso e analisa três linhas de investigação. Uma de que a carabina disparou sozinha, a segunda de que o primo queria saber se a arma estava carregada e acabou apertando o gatilho e outra de que ele disparou na intenção de assustar outras pessoas com o estampido.

O pai do garoto responsabilizado pelo acidente se apresentou à delegacia, mas não foi detido, visto que o armamento pode ser comercializado. Já o filho só deve ser ouvido após acompanhamento especial.

Uma mulher foi presa na quarta-feira (30) por suspeita de envenenar os dois filhos, de 6 e 3 anos, em Resende-RJ. De acordo com a Polícia Civil, o crime foi cometido porque a mulher não aceitava o fim do relacionamento com o ex-marido.

A suspeita vai responder por dupla tentativa de homicídio doloso qualificado. O episódio ocorreu em dezembro de 2019, mas só agora foi expedido o mandado de prisão temporária pela Vara Criminal de Resende.

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A mulher teria preparado uma macarronada e adicionado o chumbinho. Uma das crianças desconfiou das bolinhas pretas na comida, mas a mulher teria dito que se tratava de tempero.

De acordo com a Polícia, a mulher chegou a enviar uma mensagem ao ex-marido dizendo que entregaria os filhos dentro de um caixão. Ela também comeu a macarronada e, assim como os filhos, passou mal.

As crianças foram entregues aos cuidados do pai após passarem por lavagem estomacal e receberem alta. O Ministério Público acionou a Justiça para que o pai fique com a guarda definitiva dos filhos.

Na semana passada o nome do meio campista Chumbinho, atualmente na Inter de Limeira, surgiu como possível reforço do Santa Cruz. O interesse não foi confirmado pela equipe tricolor. Chumbinho encerra seu contrato neste fim de semana e ficará livre no mercado. A informação é do empresário do atleta.

Chumbinho é natural de Palmares, Pernambuco. Mas apesar de ser pernambucano o atleta apareceu para o futebol na base do São Paulo. Com uma breve passagem pelo Náutico em 2005, foi em Portugal que Chumbinho começou a ganhar destaque com a equipe do Leixões. Depois disso o jogador rodou em vários clubes do futebol grego até retornar ao Brasil em 2019 para a equipe da Inter de Limeira.

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Desde o inicio da temporada o Santa Cruz segue sua busca por um meio-campista. A falta desse jogador já virou motivo de contestação para a torcida tricolor.

O LeiaJá entrou em contato com empresário do atleta nesta segunda-feira (29) que garantiu que o Santa nunca fez contato pelo jogador. Ele confirmou o fim do contrato do atleta e ainda garantiu que a única equipe que procurou pelo jogador foi o Londrina, “mas nada adiantado”, salientou.

A Polícia Civil de Alagoas prendeu na manhã desta quinta-feira (14) Steffany Rayanne dos Santos Vieira, de 21 anos, indiciada pelo assassinato do namorado por envenenamento. Ele colocou 'chumbinho' no leite achocolatado da vítima, que queria acabar o relacionamento com ela.

Steffany foi localizada na residência de uma irmã na cidade de Rio Largo, na Região Metropolitana de Maceió. A família do jovem denunciou a namorada dele como suspeita de ter colocado o veneno na bebida.

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Rafael José Calheiros deu entrada no Hospital Geral do Estado (HGE) na madrugada de 16 de novembro do ano passado com sintomas de envenenamento, e acabou morrendo. Ele passou mal depois de ingerir “chumbinho” (nome popular do veneno para ratos) misturado a um achocolatado.

Segundo o delegado Ronilson Medeiro, que presidiu e enviou o inquérito policial, as investigações confirmaram as denúncias feitas pelos familiares da vítima, inclusive laudos periciais.O motivo do crime seria o interesse de Rafael de encerrar o relacionamento com a acusada.

Da Polícia Civil de Alagoas

Durante o ano de 2018 houve um aumento de 3,7% no número de ocorrências envolvendo casos de intoxicação e acidentes com animais peçonhentos. De acordo com o Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox), localizado na Boa Vista, área Central do Recife, no ano passado 4.707 ocorrências foram atendidas; enquanto em 2017 houve 4.537 casos.

De acordo com o levantamento da entidade, 43% das ocorrências de 2018 estavam atreladas à acidentes com animais peçonhentos e venenosos. A maioria dos 2.028 chamados foi por ataques de escorpiões e serpentes, 1.349 e 493 respectivamente. “Orientamos o que fazer em caso de picadas ou acidentes com serpentes peçonhentas e qual unidade de saúde procurar para que seja aplicado o soro antiofídico. Quanto mais rápida a assistência for dada, menor o risco de sequelas e óbitos”, afirmou a coordenadora Lucineide Porto.

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“Existem muitos mitos do que fazer em caso de acidente com animais peçonhentos. Mas o indicado é lavar a área com água e sabão e procurar uma unidade de saúde. A central telefônica do Ceatox também está à disposição para tirar as dúvidas e dar o suporte necessário”, frisou a coordenadora.

Além de acidentes envolvendo animais, em 2018 foram registradas 1.292 ocorrências relacionadas à intoxicação por medicamentos. A representante fez um alerta sobre a dosagem errada e o uso de remédios sem orientação médica, entretanto, a maior preocupação recai sobre os casos que envolveram crianças. “Os responsáveis precisam ficar atentos ao armazenamento dos fármacos, que muitas vezes são coloridos e podem ser confundidos por alguma guloseima. É importante que os medicamentos de uso contínuo sejam guardados em armários altos e com chave. Também é preciso sempre averiguar a data de validade, para fazer o descarte correto sempre que necessário", reforçou Lucineide.

Ainda no ano passado, o Ceatox atendeu 313 ocorrências relacionadas à intoxicação por “chumbinho”. Comercializado de forma errada como raticida, não se sabe ao certo a composição do agrotóxico agrícola, o que dificulta a prestação da assistência. Um simples contato com a pele, ou até mesmo através da respiração, leva a intoxicação que pode se agravar com a ingestão. “O chumbinho pode causar problemas no sistema nervoso, respiratório, cardiovascular, digestivo, matando em poucas horas. Orientamos que ninguém compre o produto, além de denunciar aos órgãos competentes a venda”, alertou a representante.

Serviço

O atendimento do Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox) é realizado através do telefone 0800.722.6001

Os centros de referência para tratamento de acidentes com animais peçonhentos são:

Hospital da Restauração – Recife (cobra e escorpião)

Hospital Jaboatão Prazeres - Jaboatão dos Guararapes (escorpião)

Hospital João Murilo - Vitória de Santo Antão (escorpião)

Hospital Belarmino Correia - Goiana (escorpião)

Hospital Mestre Vitalino – Caruaru (cobra e escorpião)

Hospital Regional Ruy de Barros Correia – Arcoverde (cobra e escorpião)

Hospital Professor Agamenon Magalhães - Serra Talhada (cobra e escorpião)

Hospital Regional Inácio de Sá – Salgueiro (cobra e escorpião)

Hospital Regional Fernando Bezerra – Ouricuri (cobra e escorpião)

Hospital Universitário – Petrolina (cobra e escorpião)

Como evitar acidentes com animais peçonhentos

§  No amanhecer e no entardecer, evitar a aproximação da vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins, pois é nesse momento que serpentes estão em maior atividade;

§  Não mexer em colmeias e vespeiros. Caso estejam em áreas de risco de acidente, contatar a autoridade local competente para a remoção;

§  Inspecionar calçados, roupas, toalhas de banho e de rosto, roupas de cama, panos de chão e tapetes antes de usá-los;

§  Afastar camas e berços das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários;

§  Não depositar ou acumular lixo, entulho e materiais de construção junto às habitações;

§  Evitar que plantas trepadeiras se encostem às casas e que folhagens entrem pelo telhado ou pelo forro;

§  Não montar acampamento próximo a áreas onde normalmente há roedores (plantações, pastos ou matos) e, por conseguinte, maior número de serpentes;

§  Evitar piquenique às margens de rios, lagos ou lagoas, e não encostar-se a barrancos durante pescarias ou outras atividades;

§  Limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede e terrenos baldios (sempre com uso de EPI);

§  Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés;

§  Utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos;

§  Manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros;

§  Controlar roedores existentes na área e combater insetos, principalmente baratas (são alimentos para escorpiões e aranhas);

§  Caso encontre um animal peçonhento, afaste-se com cuidado e evite assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareça morto, e procure a autoridade de saúde local para orientações.

 

O que fazer em caso de acidente

§  Procure atendimento médico imediatamente;

§  Informe ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como: tipo de animal, cor, tamanho, entre outras;

§  Se possível, e caso tal ação não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, lave o local da picada com água e sabão (exceto em acidentes por águas-vivas ou caravelas), mantenha a vítima em repouso e com o membro acometido elevado até a chegada ao pronto socorro;

§  Em acidentes nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas e pés, retire acessórios que possam levar à piora do quadro clínico, como anéis, fitas amarradas e calçados apertados;

§  Não amarre (torniquete) o membro acometido e, muito menos, corte e/ou aplique qualquer tipo de substancia (pó de café, álcool, entre outros) no local da picada;

§  Especificamente em casos de acidentes com águas-vivas e caravelas, primeiramente, para alívio da dor inicial, use compressas geladas de água do mar. A remoção dos tentáculos aderidos à pele deve ser realizada de forma cuidadosa, preferencialmente com uso de pinça ou lâmina. Procure assistência médica para avaliação clínica do envenenamento e, se necessário, realização de tratamento complementar;

§  Não tente “chupar o veneno”, essa ação apenas aumenta as chances de infecção local.

Conforme levantamento feito pelo Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox-PE), crianças de 1 a 4 anos são as que mais sofreram intoxicações por conta do uso de remédios em 2018. Na primeira metade do ano foram atendidas 608 pessoas, sendo 156 delas crianças dessas idades. No mesmo período de 2017 foram atendidas 145 pessoas na mesma faixa etária; uma crescente de 11 casos.

“Os fármacos muitas vezes são coloridos e podem ser confundidos por alguma guloseima" diz a coordenadora do Ceatox, Lucineide Porto. É importante atenção dos pais para que os medicamentos fiquem guardados em locais altos ou em recipientes trancados. 

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Esses menores também são os mais atacados por escorpiões. De janeiro até junho de 2018, 674 casos de picadas pelo animal foram registrados. Sendo observado que os mais atingidos foram as crianças de 1 a 4 anos; 145 no total até o momento. No primeiro semestre deste ano, o Ceatox registrou 1.775 atendimentos de auxílio à profissionais de saúde que trataram pacientes que sofreram algum ataque de animais peçonhentos ou foram intoxicados por chumbinho ou medicamentos. Segundo o órgão, esse número representa um aumento de 8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 1.631 atendimentos.

Outra demanda do centro envolve picadas por serpentes. O primeiro semestre representou um total de 322 atendimentos no Estado e, diferentemente dos casos envolvendo os escorpiões, os que aconteceram com serpentes foram contra os adultos jovens (20 a 39 anos). O Ceatox alerta que em caso de picadas de cobra, o indicado é que se lave o local atingido apenas com água e sabão; seguindo até uma unidade que tenha o soro contra o veneno.

Redução de casos com chumbinho

No primeiro semestre de 2018, 171 casos tiveram relação com o agrotóxico agrícola popularmente conhecido como chumbinho, que é utilizado ilegalmente como raticida. O número representa uma redução de 15% em relação a 2017 (203 casos). Contudo, os óbitos do período permaneceram inalterados: 21 em cada ano. O produto é vendido criminosamente e clandestinamente como eficiente para matar ratos, o que não é verdade. “O chumbinho não é eficaz contra as colônias de rato. Esse produto ainda é perigoso para os seres humanos, pois sua ingestão pode causar o óbito em poucas horas”, avisa Lucineide Porto.

O chumbinho causa problemas no sistema nervoso, respiratório, cardiovascular, digestivo. Depois da ingestão, a pessoa, pode apresentar diminuição dos batimentos cardíacos, dor abdominal, distúrbios neurológicos, e dificuldade de respirar. O produto ainda pode contaminar uma pessoa no simples contato com a pele ou respiração. Em caso de ingestão, dependendo da quantidade, pode levar à morte.

O que fazer após picada de escorpião?

A indicação é lavar o local atingido apenas com água e sabão. Se a vítima for uma criança de até 12 anos, que tem risco de morte, pode haver indicação do uso do soro contra o veneno na unidade de saúde. Vale ressaltar que menores picados por escorpiões obrigatoriamente não necessitam tomar o soro específico, o que será decidido pela equipe médica do caso. No Estado, o soro antiescorpiônico está disponível no Hospital da Restauração (Recife), Hospital Jaboatão-Prazeres (Jaboatão dos Guararapes) e Hospital João Murilo (Vitória de Santo Antão). No interior, nos hospitais regionais de Limoeiro, Palmares, Garanhuns, Arcoverde, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Salgueiro, Ouricuri e Petrolina, além do Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru.

Para evitar as ocorrências, a população precisa estar atenta com a concentração de entulhos e lixo próximo a residência, tapar buracos e frestas existentes, limpar constantemente ralos de banheiros, além de evitar a presença de baratas e outros insetos, principais presas do escorpião. Se a população observar presença do animal nas residências, é necessário entrar com contato com a vigilância ambiental municipal e solicitar uma visita ao imóvel.

Com informações da assessoria

A Polícia Civil da Bahia prendeu Wane Brenda Gonçalves de Oliveira, de 34 anos, acusada de assassinar por envenenamento dois homens com quem manteve relacionamento, entre abril e novembro de 2017. De acordo com as investigações, Wane utilizava chumbinho para matar os parceiros assim que descobria que eles tinham intenção de terminar o namoro.

De acordo com a polícia, o primeiro a ser morto foi Edvaldo Araújo Alves, 40, com quem ela se relacionava há um ano. Por volta das 23h do dia 16 de abril de 2017, Edvaldo começou a passar mal na casa da namorada e foi socorrido por ela em um táxi para o Hospital de Base de Itabuna, onde morreu. Na época, a morte foi atribuída a um infarto fulminante. 

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"A versão não convenceu a família da vítima, que alegava ter conhecimento de que [ele] estava insatisfeito com o relacionamento com Brenda e desejava rompê-lo, fato que também era de conhecimento dela", explicou a delegada Magda Figueiredo, titular da Delegacia de Homicídios de Itabuna.

Poucos meses depois, Brenda começou a se relacionar com Evandro Bonfim de Souza, 40. Ele se sentiu mal após ingerir um medicamento dado pela namorada. No hospital, o médico disse que os sintomas apresentados se assemelhavam ao envenenamento por chumbinho.

Nove dias após o internamento, com Brenda sendo acompanhante durante o período, Evandro deveria receber alta médica quando teve uma parada cardíaca. Evandro foi submetido a uma lavagem estomacal, quando descobriram vestígios de uma substância semelhante ao veneno. O estado de saúde do homem piorou e no dia 3 de dezembro foi constatada sua morte cerebral.

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as causas das mortes. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Itabuna recolheu amostras do corpo de Evandro e encaminhou para análise em Salvador. Já a Delegacia de Homicídios conseguiu autorização de Justiça para exumar o corpo de Edvaldo, ou seja, retirá-lo da sepultura.

A análise das amostras das duas vítimas confirmou que ambos foram mortos pela utilização do mesmo veneno. Wane Brenda teve a prisão preventiva cumprida na tarde da segunda-feira (11).

Moradores do bairro Jardim Prestes, em Sorocaba, no interior de São Paulo, receberam um bilhete assustador no último sábado (2). Uma pessoa que se identifica como “Doutor Chumbinho” ameaça os cachorros desses moradores.

"Cale-se ou livre-se do seu cachorro. Você tem cinco dias para isso. Não haverá outro aviso destes [sic]. Assinado: Dr. Chumbinho", diz o texto. O recado foi deixado em diversas residências da Rua Paschoal Bernal Vecina. Em entrevista ao portal G1, o morador Paulo Saboia, de 38 anos, afirmou que ficou com medo da mensagem. “Meu medo é que joguem veneno. Além de tentar matar a cadela, meu filho pode colocar na boca e ficar gravemente machucado”, afirmou.

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Paulo acredita que a pessoa responsável pelas ameaças não saiba qual imóvel tem cães, mas que pode se incomodar com os eventuais latidos. "Perdemos a liberdade dentro da própria casa, porque não podemos deixar o animal na garagem e o filho brincando", desabafou Paulo. Um boletim de ocorrência deve ser registrado pela família na Polícia Civil.

O Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri da Capital condenou, na última sexta-feira (10), Rubens Gomes de Oliveira a 20 anos e seis meses de reclusão. Ele é acusado de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e com uso de veneno, cometido contra a própria filha, de oito anos. 

O crime ocorreu em 23 de novembro de 2014. Na ocasião, ele estava separado da mãe da criança e costumava assediar e proferir ameaçadas verbais contra a ex-mulher. Na data citada, ele levou a filha e mais três primos dela para um passeio no Parque da Jaqueira.

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A promotora de Justiça Márcia Coelho aponta que o réu comprou cachorros-quentes para todas as crianças e sentou com elas nas mesas do Parque da Jaqueira. "Sem sombra de dúvida, ele deu o veneno nesse momento, já que deu comida e água na boca da filha. As outras crianças comeram o cachorro-quente comprado no mesmo local e não tiveram nenhum sintoma", relata.

Após o lanche, Rubens levou as crianças de volta às suas casas, percorrendo o caminho mais longo que o usual. Quando chegou na casa da mãe, a menina já apresentava sinais de envenenamento. "Assim que a menina deu entrada no Hospital Pediátrico Helena Moura, a médica da emergência identificou, pelos sintomas apresentados, que se tratava de um caso de envenenamento e acionou a polícia. Como a mãe fez questão de que o pai a acompanhasse para levar a criança, facilitou a investigação do caso", complementou a promotora. 

De acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o maior desafio da acusação em casos de morte por envenenamento é conseguir provas que liguem o método usado ao autor do crime. "O laudo inicial dos médicos legislas apontou a causa da morte como indeterminada, mas graças às requisições do MPPE foram realizados mais dois exames: o toxicológico das vísceras e o exame complementar tanatoscópico, que apontaram o envenenamento pela substância popularmente conhecida chumbinho. No plenário do júri, foi preciso fazer um esclarecimento técnico aos juros a fim de demonstrar essa dificuldade em se determinar as provas de que houve envenenamento", finalizou Márcia.

Com informações da assessoria

Jesemiel Hidalgo, acusado de envenenar a família da ex-namorada, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR), responderá por nove tentativas de homicídio. O depoimento da ex, Débora Regina Belo Soares, após finalmente receber alta, foi fundamental para a conclusão do inquérito.

Os detalhes da conclusão foram divulgados pela Polícia Civil nesta terça-feira (18). Além do depoimento da vítima, perícias confirmaram a presença de chumbinho no colorau e no café. 

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Outra perícia também mostrou que dos cômodos onde estavam os parentes era possível perceber a presença de outra pessoa na casa. Alguns familiares disseram ter ouvido Jesemiel na quinta-feira antes do envenenamento, ocorrido no domingo de Dia das Mães, mas ele negava ter visitado à casa naquela data. 

Débora Regina contou à delegada Euricélia Nogueira que o ex-namorado esteve em sua casa para ameaçar o ex-marido dela. A mulher já temia que Jesemiel pudesse assassiná-lo. Ele já foi preso por latrocínio.

Jesemial já estava no Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, na RMR. Agora ele deverá seguir para um presídio a ser definido pela Secretaria Executiva de Ressocialização. Débora Regina passou 45 dias internada e saiu com sequelas. “Quase todos os dias ela sente falta de fôlego, a traqueostomia [cirurgia na traqueia] afetou muito a vida dela, que adquiriu pneumonia e perdeu dez quilos no hospital”, destaca Euricélia. 

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O caso do homem que envenenou a ex-namorada e oito de seus familiares, no último dia da mães, em Camaragibe, reacendeu o debate sobre o chumbinho, suposto veneno para ratos cuja venda é proibida em todo país. Em meio às dificuldades para evitar novas vítimas e casos de intoxicação, os órgãos públicos do estado apelam para a população não comprar o raticida e denunciar quem vende.

Entre janeiro e 15 de maio de 2017, o Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox) atendeu 137 pacientes intoxicados pelo veneno, com 8 óbitos. Neste mesmo período, em 2016, foram 139 atendimentos e a mesma quantidade de mortes. Durante todo o ano de 2016, tiveram 355 atendimentos e 49 falecimentos. Em 2015, foram 229 envenenados, com 36 óbitos. Os números envolvem intoxicações acidentais e criminosas, além de tentativas de suicídio.

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Os números são altos, levando em consideração que o produto, além de proibido, não é eficiente para o fim pelo qual é propagado: como raticida. "O rato vive em sociedade e se alguém colocar chumbinho do alimento, o animal mais velho é que irá comer primeiro. Quando ele morre, os outros não chegam mais perto daquela comida. A pessoa vê 3 ou 4 mortos bichos mortos e fica com a impressão que o produto funciona bem", esclarece Pedro Neto, biólogo e técnico do Ceatox.

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O nome chumbinho vem da aparência com bolinhas de chumbo, mas vários materiais podem ser categorizados como esse tipo de veneno. Até 2012, quando foi banido do país, o principal produto usado ero o Aldicarb. "Hoje se usa, inclusive, produtos mais agressivos como carbofurano (pesticida) e terbufós (inseticida), esse segundo foi o utilizado pelo caso de Camaragibe", revela o gerente geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Jaime Brito. 

Segundo ele, esses produtos são vendidos normalmente em casas agrícolas e a fiscalização fica a cargo do Ministério da Agricultura. A Apevisa interfere quando o comércio se dá na clandestinidade, quando oferecido como raticida. Porém, falta ajuda por parte dos pernambucanos. "Hoje recebemos pouquíssimas queixas, é muito raro esse contato. Contamos com o apoio da população, pois 90% das apreensões são por denúncias", conta.

Segundo o órgão, os mercados públicos nos bairros de periferia são os pontos de maior comercialização dos venenos. Para denunciar à Apevisa, a pessoa pode ligar para 3181 6424 ou 3181 6425. Os sintomas ocorrem em menos de 1h após a ingestão e os principais são náuseas, vômito, tremores e taquicardia. Em casos de intoxicação, o atendimento telefônico do Ceatox funciona em plantão de 24h pelo 0800 722 6001.

Durante um almoço de Dia das Mães, na tarde do domingo (14), nove pessoas da mesma família foram envenenadas na Estrada dos Macacos, Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR). A polícia suspeita que o responsável pelo crime seja o ex-namorado de uma das vítimas.

Débora Regina Belo Soares teria passado mal pela primeira vez na sexta-feira (12). A vítima foi levada para o Hospital da Restauração, onde permanece em estado grave, entubada e internada na chamada Sala Vermelha. De acordo com o delegado Adyr Almeida, em entrevista à TV Jornal, o suspeito é um ex-companheiro de Débora, que teria envenenado um tempero da cozinha e intoxicado não só a jovem, como os demais familiares e o gato da família, que morreu.

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"Possivelmente um ex-companheiro da vítima Débora Regina teria envenenado através de chumbinho um tempero usado para o cozimento (do almoço)". O delegado explicou que aguarda a perícia técnica, depois deve ouvir todos os envolvidos. Caso o crime seja confirmado, o suspeito deve ser levado para o Departamento de Homicídios e de Proteção a Pessoa (DHPP), onde será indiciado. Ele ainda não foi localizado.

Gustavo Dias Santos Santiago, suspeito de assassinar o próprio pai com chumbinho, foi preso na tarde de terça-feira (16) no município de Vitória de Santo Antão, Zona da Mata Sul de Pernambuco. O crime aconteceu quando Gustavo, de 37 anos, e sua esposa Cleonice Maria da Conceição envenenaram a lasanha do aposentado Severino Gomes Santiago, de 73 anos, que chegou a ser socorrido ao Hospital João Murilo, em Vitória, mas não resistiu e faleceu.

Em depoimento, os dois suspeitos confessaram ter envenenado o idoso com chumbinho e foram autuados em flagrante por homicídio qualificado. Eles disseram que o crime já vinha sendo planejado há alguns meses e disseram que as motivações foram muitas brigas familiares e a aposentadoria do idoso.

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Após o crime, o casal estava fugindo pela BR-232, quando foi abordado pela polícia. Gustavo seguiu para o Presídio de Vitória e Cleonice para a Colônia Penal Feminina do Recife. À frente das investigações do caso, o delegado Ariosto Esteves contou que como o crime já foi confessado a condenação será mais fácil. "Eles já narraram toda as fases da ação, por isso deve haver uma fácil condenação. O homicídio foi duplamente qualificado e a pena se situa entre 12 e 30 anos. Mas acho que passará de 20 anos", conclui. 

Só em 2015, oito pessoas morreram por chumbinho e 23 casos foram registrados em Pernambuco, de acordo com o Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox). O número de óbitos dobrou em relação ao mesmo período no ano passado, que registrou quatro vítimas fatais e 34 casos. Ao todo, 18 pessoas morreram de intoxicação por chumbinho, enquanto em 2013 o número de mortes foi de 19.

O material causa problema no sistema nervoso, respiratório, cardiovascular e digestivo. Após a ingestão, a pessoa pode apresentar diminuição dos batimentos cardíacos, dor abdominal, distúrbios neurológicos e dificuldades de respirar. O produto também pode contaminar em contato com a pele ou respiração.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, em 2012, o comércio do agrotóxico Aldicarb, um dos principais componentes utilizados clandestinamente na fabricação do “chumbinho”. O produto tinha aprovação exclusivamente agrícola, para aplicação nas culturas de batata, café, citros e cana-de-açúcar. Mas de acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco, só no ano de 2012, o Aldicarb foi responsável por 60% dos 8 mil casos de intoxicação por chumbinho registrado no Brasil.

O chumbinho é adquirido muitas vezes para matar ratos. De acordo com a coordenadora do Ceatox, Lucineide Porto, a população está sendo enganada ao adquirir clandestinamente o produto com esse objetivo. “O chumbinho não é eficaz contra as colônias de rato. Esse produto é perigoso para os seres humanos, pois sua ingestão pode causar o óbito em poucas horas”, ressalta. O comércio desse agrotóxico como raticida doméstico é enquadrado como uma atividade ilícita e criminosa.

Segundo Lucineide, a pessoa intoxicada deve ser levada imediatamente ao serviço de urgência mais próximo. Até a chegada do transportes, alguns cuidados ainda em casa também são necessários, como deixar o paciente em local seguro, manter as vias aéreas livres e ter cuidado para o paciente não se machucar, devido a convulsões que podem surgir. 

Com informações da assessoria

A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) apreendeu mais uma grande quantidade de chumbinho e substâncias desconhecidas. Desta vez, foram localizados 123 fracos do produto em pontos de venda na Avenida Dantas Barretos, no bairro de Santo Antônio, e na Estrada dos Remédios, em Afogados.

Na última terça-feira (12), a Apevisa apreendeu uma tonelada de chumbinho produzido e comercializado ilegalmente, em Vitória de Santo Antão, Mata Sul de Pernambuco. O mutirão está sendo promovido em conjunto com a Delegacia do Consumidor.

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Durante o dia de hoje, também foram encontradas três garrafas pet contendo líquido desconhecido comercializado como carrapaticida e um inseticida. Todo o material será encaminhado para a Apevisa para análise. Cinco pessoas foram detidas e encaminhadas à delegacia.

"Serão instaurados cinco inquéritos, um para cada envolvido e após o laudo pericial, será definida a condição criminal. A princípio os envolvidos cometeram crime contra a saúde pública", afirma o Delegado, Roberto Wanderley.

De acordo com o Gerente-Geral da Apevisa, Jaime Brito, o Governo do Estado programou, a partir de 2008, um conjunto de ações integradas envolvendo órgãos públicos direta ou indiretamente relacionados ao problema, sendo elaborado e implementado o Programa de Combate ao Comércio e Uso do Chumbinho em Pernambuco, com objetivo de reduzir casos de intoxicações e óbitos causados pelo chumbinho.

Com informações da assessoria

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