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O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, demitiu seu ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, acusado de corrupção e alvo de investigação. A decisão do governo é um reflexo da intensa pressão internacional para Zelenski fechar o cerco contra a corrupção crônica na Ucrânia, que vem recebendo bilhões de dólares em ajuda militar e humanitária.

Aparentemente, no entanto, Reznikov não saiu do governo pela porta dos fundos. David Arakhamia, chefe do partido Servo do Povo, de Zelenski, disse que ele seria transferido para o comando de outra pasta. O Ministério da Defesa será agora chefiado pelo general Kirilo Budanov, atual diretor da inteligência militar.

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Reznikov não foi diretamente implicado em nenhum escândalo e Arakhamia rejeitou que a mudança esteja relacionada à pressão internacional. No entanto, Reznikov foi o oficial de mais alto escalão de Zelenski a ser destituído nos quase 12 meses de conflito com a Rússia.

Saída

No domingo, 5, Reznikov comentou a respeito dos boatos de que ele poderia ser substituído, dizendo que apenas uma pessoa, o presidente Zelenski, poderia decidir se ele ficaria no governo. "Nenhum funcionário público permanece no cargo para sempre. Ninguém", disse. "Farei o que o chefe de Estado mandar."

A esperada mudança no topo do comando militar da Ucrânia ocorre quando as tropas de Kiev estão sob pressão crescente no leste do país, enfrentando combates violentos na cidade de Bakhmut.

Nesta segunda, 6, um líder paramilitar russo disse que as forças ucranianas estavam defendendo "todas as ruas e todas as casas". A batalha por Bakhmut pode se tornar o primeiro sucesso significativo da Rússia no campo de batalha em meses.

Yevgeni Prigozhin, fundador do grupo de mercenários Wagner, cujas forças ajudaram a campanha brutal da Rússia em Bakhmut, disse que as tropas ucranianas estavam "lutando até o último homem", negando relatos nas redes sociais de que as forças de Kiev estavam se retirando da cidade. "As Forças Armadas da Ucrânia não estão recuando para lugar nenhum", disse Prigozhin.

Combates

De acordo com o comando militar ucraniano, as forças russas atacaram ontem dezenas de posições na frente oriental. Segundo o governo da Ucrânia, os ataques russos se intensificam nos últimos dias, no que poderia ser a maior ofensiva de Moscou desde as primeiras semanas da guerra, há quase um ano. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dezenas de milhares de manifestantes contrários à intervenção do governo russo na Crimeia protestaram no centro de Moscou neste sábado (15), apenas um dia antes da realização do referendo que vai decidir sobre a incorporação ou não da república autônoma pela Rússia. O protesto é a maior demonstração contra a administração do presidente Vladimir Putin desde 2012.

Perto dali, outras milhares de pessoas para apoiar a atuação russa na península. Os manifestantes agitavam bandeiras da Ucrânia e da Rússia, enquanto os ativistas opositores, incluindo duas integrantes da banda punk Pussy Riot, gritavam "Diga não à guerra!" e "Putin, vá embora!". Faixas diziam "Para sua e para nossa liberdade!".

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O referendo na Crimeia previsto para este domingo (16) foi altamente condenado e considerado ilegítimo por grande parte da comunidade internacional. Enquanto tropas militares fortemente armadas (aparentemente sob comando russo) têm efetivamente tomado o controle da península, um referendo sobre a sua incorporação é criticado como sendo mera formalidade.

Apesar de dados oficiais afirmarem que a avaliação de Putin só aumentou desde o anúncio do uso das forças russas na Ucrânia, o protesto deste sábado demonstra a insatisfação de boa parte da população. Nenhum dos canais de televisão estatais da Rússia mostrou as imagens dos manifestantes contrários ao governo. Fonte: Associated Press.

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