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Blocos de concreto, sacos de areia ou barreiras de carros são alguns dos dispositivos utilizados nos países europeus para proteger a população dos ataque com veículos, um método operacional cada vez mais utilizado, como no atentado de quinta-feira (17) em Barcelona.

- França -

A polícia nacional informa que as "grandes concentrações" estão protegidas com postes e barreiras, como foi o caso dos famosos mercados de Natal da Champs Elysees, em Paris, e no centro de Estrasburgo. Mas essas soluções continuam sendo temporárias.

Nas margens do rio Sena, agora reservadas para pedestres, os acessos estão abertos para permitir que entrem veículos de emergência, mas parcialmente bloqueados para viaturas policiais.

O Ministério de Interior pediu às prefeituras para implantar "dispositivos anti-intrusões e de filtração" nos "grandes acontecimentos do verão".

- Reino Unido -

O país, que sofreu três ataques desse tipo em 2017, colocou barreiras em várias pontes da capital para evitar que os veículos subam nas calçadas, como aconteceu em London Bridge.

No Palácio de Buckingham, o horário da mudança de guarda foi alterado e várias vias de acesso foram fechadas para reduzir o risco de atentados.

Alguns grupo, inclusive a Câmara dos Lordes, pedem controles de identidade mais rigorosos para a locação de veículos.

- Suécia -

Após um atropelamento com um caminhão em 7 de abril que deixou cinco vítimas, a cidade de Estocolmo colocou postes em forma de leões nas ruas de pedestres, disse à AFP o conselheiro-adjunto de Circulação, Daniel Helden.

No local do atentado, o município instalou blocos de granito para obrigar os veículos a andar devagar. A Prefeitura também encomendou 40 novos leões de concreto, ainda mais pesados, de 3 toneladas, ante os de 900 kg atuais.

- Alemanha -

Após o violento atropelamento de 19 de dezembro de 2016, que deixou 12 mortos em Berlim, foram instalados diversos blocos de concreto para proteger os mercados de Natal, apesar de maioria já ter sido retirada.

Alguns deles, contudo, seguem instalados em locais emblemáticos, como a Potsdamer Platz e perto de embaixadas.

Ao contrário de seus vizinhos, a Alemanha não levou o Exército às ruas após ter sido vítima de um atentado em seu território.

- Bélgica -

As autoridades belgas instalaram blocos de cimento, sacos de areia de uma tonelada e caminhões para impedir o acesso de veículos em locais de grande concentração de pessoas. A presença policial também foi incrementada nos arredores de edifícios diplomáticos, das instituições europeias, dos centros religiosos, nas ruas e transportes públicos.

- Itália -

No Vaticano, a circulação na Via della Conciliazione, que leva à praça de São Pedro, foi fechada durante o Jubileu da Misericórdia, em 2016. A medida foi mantida depois do ano santo e fecha apenas para pedestres o último trecho da grande avenida, protegida por barreiras e um importante dispositivo das forças de segurança.

- Áustria -

Os dispositivos com postes de concretos foram aplicados "caso a caso", especialmente nos mercados de Natal no inverno europeu, explicou à AFP Karl-Heinz Grunboeck, porta-voz do Ministério de Interior.

Grunboeck estima, contudo, que "querer eliminar 100% do risco é ilusório". Segundo ele, "é impossível separar os pedestres e os veículos de forma a excluir totalmente um ataque", e os obstáculos não deixam de ser um placebo.

- Espanha -

O país, que desde 2004 tinha se mantido à margem da recente onda de terrorismo na Europa, até os atentados desta quinta-feira em Barcelona e Cambrils, reforçou a segurança nos lugares dos acontecimentos. A World Pride, maior marcha mundial pelos direitos LGBT, organizada em junho em Madri, aconteceu sob um dispositivo de segurança excepcional, com as ruas fechadas à circulação, polícia em todos os cruzamentos e proibição a veículos pesados.

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