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Há 73 anos, o Aeroclube, localizado no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, funciona como escola para formar pilotos, única do Nordeste a realizar esse tipo de curso.  Além de formar novos comandantes de aviões, o espaço ainda tem pista de pouso e decolagem de pequeno porte.

O local também serve para eventos festivos e competitivos. Porém, no início deste mês, o lugar recebeu uma ordem judicial para que fosse desapropriado com o tempo máximo de 15 dias e o já não funciona mais como escola de novos pilotos. O motivo é que a Prefeitura do Recife (PCR) fará obras da Via Mangue, com o objetivo de melhorar o trânsito da zona sul da cidade.

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Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos da PCR, a área foi desapropriada porque ali é um trecho importante da Via Mangue. A posse irá para a prefeitura após a aprovação de um projeto de lei, repassando o terreno para a Prefeitura. Porém, parte da área já está sendo utilizada para as obras da Via Mangue, iniciadas na última segunda-feira (11) pela PCR com a autorização do Governo do Estado, que tem a posse do terreno.

O presidente do Aeroclube, Francisco Rodrigues, lamentou a retirada do local. “O Estado não nos deu nenhuma opção de lugar. Podíamos ter um local no aeroporto, mas isso não será possível, pois ninguém deu essa possibilidade. Vamos entrar na justiça para receber uma indenização que sairá muito depois e não existirá mais aeroclube. É uma grande perda para todo o Nordeste, que contava com essa estrutura desde 1940”, diz.

Rodrigues ainda falou sobre as consequências do ato. “Acredito que o que está acontecendo aqui é um retrocesso. Quem optar pelo curso terá que ir para outros locais do País, porque aqui não terá mais um curso altamente procurado e tido como referência. Fico muito triste com essa situação, mas estamos de mãos atadas”, afirma.

Histórico - Desde 2004, uma ordem judicial foi dada ao local para ser retirado. O Governo de Pernambuco pediu a posse do terreno e, após entrarem na justiça, os representantes do Aeroclube conseguiram estender o prazo por oito anos. Os pilotos da última turma, que ainda não se formaram, receberão aulas teóricas em outro local até o fim de maio.

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