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Reunindo prefeitos de oito municípios pernambucanos, além de vários deputados estaduais, o auditório da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) sediou na manhã desta quarta-feira (13) uma audiência pública sobre o Canal do Sertão. O principal motivo do debate foi a diminuição de hectares e municípios contemplados por parte do governo Federal.
##RECOMENDA##O projeto inicial do Canal do Sertão previa atender 17 municípios do Sertão, irrigando uma área de 139 mil hectares. Porém, a iniciativa foi reduzida para 40 mil hectares por mudanças feitas pelo governo Dilma Rousseff (PT).
Querendo uma reposta sobre a alteração do projeto, vários gestores municipais do Araripe e adjacências, se deslocaram até a Casa Joaquim Nabuco em busca de uma resposta do Ministério da Integração Nacional ou da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), mas não obtiveram resposta.
“O projeto foi feito com a esperança que o sertanejo não passasse o que estamos passando e infelizmente o governo federal, com acordo com o governo estadual, diminuiu este projeto de 140 mil hectares para 17 municípios para praticamente 36 mil hectares, para três ou quatro municípios. Então, estamos aqui numa mobilização”, frisou o vice-prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho (PSDB).
Cobrando uma posição das autoridades responsáveis pelo Canal do Sertão, o deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD) fez críticas a Codevasf e disse que a Companhia sempre se limitou em olhar apenas para uma cidade. “A gente confunde quem é Petrolina e o que é Codevasf, porque fica tudo voltado para o mesmo lugar e a gente fica ai a mercê de um órgão que funciona de forma muito desequilibrada e isso não é de hoje. Eu não ataco uma gestão, eu ataco uma vida”, alfinetou o parlamentar.
As críticas sobre o projeto também partiram da deputada Isabel Cristina (PT). A petista cobrou que o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB) era de Petrolina, mas mesmo assim, não deu explicações para a iniciativa. “Eu estou estranhando porque tínhamos o ministro lá de Petrolina e se foi mudado (o projeto), sem sabermos por qual motivo. Precisamos saber o por que! Talvez ele seja uma conivente e a gente não aceita este modelo excludente que esta sendo colocado”, disparou.
Ministério da Integração – Depois do discurso de alguns parlamentares, inclusive, do deputado estadual Raimundo Pimentel (PSB) que presidiu a audiência, vários políticos cobraram a presença de algum representante do Ministério da Integração Nacional ou da Codevasf, mas apenas um membro deste último falou justificando que o presidente não sabia da audiência. “Às 10h40 recebi uma ligação de Elmo Vaz (presidente da Codevasf) e ele me disse que teria o maior interesse de participar, mas não foi convidado”, justificou Marcelo Teixeira.
O esclarecimento de Teixeira gerou polêmica e Pimentel abriu um parêntese para confirmar que o convite não foi só enviado, como confirmado. “Eu respeito a sua versão, mas o mesmo convite que foi enviado para os deputados foi enviado para o Ministério e ele confirmou e ainda confirmou que a empresa responsável pelo projeto estaria aqui. Porque não faria sentido deslocar este povo todo a estar aqui. Houve alguma coisa injustificada, talvez coragem para enfrentar. É um desrespeito aos prefeitos e a esta Casa, o Ministério não está hoje aqui”, criticou.
Durante o debate uma das sugestões já que não havia representantes do Ministério da Integração Nacional, nem da Codefasv foi levantada pelo deputado estadual Sílvio Costa Filho (PTB). “Ou suspende essa licitação (já existente) para a gente fazer vista reflexão no Ministério ou trata em duas etapas e se elabora uma nova licitação”, propôs o petebista.