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O ex-deputado federal Gilliano Fred Nascimento Cutrim, conhecido como Gil Cutrim (Republicanos-MA), foi indicado pelo governo Lula para ocupar a diretoria de Estratégias e Finanças na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em mais um movimento para acomodar partidos do Centrão no alto escalão do governo.

Como mostrado pelo Estadão/Broadcast, essa vaga é uma novidade na estatal e foi incluída a pedido do Palácio do Planalto na medida provisória que concede reajuste salarial para os servidores federais. A previsão, agora confirmada, era de que a cadeira na diretoria deveria entrar na negociação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para atender às demandas do Centrão.

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O novo diretor foi deputado federal pelo PDT entre 2018 e 2022, mas foi expulso do partido ainda no início do ano passado por infidelidade partidária ao apoiar o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo nota do partido à época, Cutri "desobedeceu reiteradas vezes as decisões partidárias", seguindo as orientações em somente 39% das suas votações, enquanto votou junto com a base de Bolsonaro em 58% das oportunidades.

Cutrim migrou para o Republicanos e não conseguiu se reeleger, mas deixou claro seu apoio ao então presidente Bolsonaro na disputa contra Lula.

Em menos de uma semana, ele é o segundo bolsonarista a integrar o alto escalão do governo. Na última terça-feira, o Estadão mostrou que o ministro André Fufuca, nomeou um ex-secretário do governo Bolsonaro como braço direito no Ministério do Esporte.

Quem é Gil Cutrim, novo diretor da Codevasf

Antes de ser deputado federal pelo PDT, Gil Cutrim foi vice-prefeito da cidade de São José de Ribamar - terceira mais populosa do Maranhão - pelo PSL (atual União Brasil) e prefeito do município pelo MDB até 2016.

Sua atuação na chefia do Executivo municipal fez de Cutrim alvo da Procuradoria Eleitoral do Maranhão pela concessão de benefícios fiscais em ano eleitoral. O ex-prefeito teve uma condenação confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado, com multa fixada em R$ 21,282,00 a serem devolvidos aos cofres públicos.

Já durante seu período no Legislativo, ele foi apontado em reportagem do Estadão entre deputados que indicaram verbas do orçamento secreto para fora de seus Estados durante o governo Bolsonaro. Segundo a planilha de controle de repasses do governo federal, tanto ele quanto o agora ministro das Comunicações, Juscelino Filho, teriam arranjado R$ 2 milhões cada justamente para a Codevasf atuar na Bahia.

A estatal que agora tem Cutrim como um de seus quatro diretores é vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e tem entre suas responsabilidades a realização de obras de saneamento básico, projetos de irrigação, pavimentação, entre outros - e aparece em várias investigações de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro pelo ministro Juscelino.

O ex-deputado Gil Cutrim é próximo ao ministro dos Portos Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). Costa Filho entrou na Esplanada junto com André Fufuca (PP-MA) durante a reforma ministerial de setembro, que também foi uma mobilização do governo Lula para garantir cargos para o Centrão.

Na manhã desta quarta (4), agricultores protestam nas rodovias 116 e 323, na altura dos municípios de Belém de São Francisco e Floresta, no Sertão de Pernambuco. As quatro saídas do Trevo do Ibó foram fechadas pelos trabalhadores rurais.

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Os manifestantes fazem parte dos projetos de irrigação Pedra Branca, Fulgêncio e Brígida e apontam que a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) descumpriu um acordo e que as plantações estão sem receber água e luz há três dias.

Os bloqueios ocorrem no km 82 da BR-116 e no km 323 da BR-316. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanha as manifestações.

Fotos: Divulgação/PRF

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou bloquear bens do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e de outros investigados na Operação Benesse. A Polícia Federal apura fraudes e desvios de verbas da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

O Estadão apurou que há indícios de desvio do dinheiro de emendas parlamentares no caso. Juscelino Filho foi alvo de pedido de busca e apreensão da PF. O ministro Barroso negou a solicitação, porque julgou que se tratava de uma medida drástica no momento. Mandou, contudo, bloquear os valores da conta do ministro do governo Lula para possibilitar o ressarcimento dos cofres públicos e deixou claro na decisão que há necessidade de continuidade das investigações.

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A ofensiva cumpre 12 mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta, 1º, sendo que um dos alvos é a prefeita Luanna Rezende, de Vitorino Freire, irmã de Juscelino Filho. Ela foi afastada do cargo. As diligências são cumpridas não só no município de 30 mil habitantes, mas também na capital maranhense, São Luís, e em Bacabal.

Em janeiro, o Estadão revelou que Juscelino Filho direcionou R$ 5 milhões do orçamento secreto para a prefeitura de Vitorino Freire asfaltar uma estrada de terra que passa em frente à sua fazenda, no município maranhense. A pedido de Juscelino, durante seu mandato como deputado federal pelo União Brasil, os recursos foram parar na prefeitura da irmã. A empresa Construservice, contratada pelo município para tocar a obra, é de Eduardo José Barros Costa, amigo de Juscelino Filho. A PF fez buscas em dois endereços da empresa. O engenheiro da Codevasf Julimar Alves da Silva Filho, que assinou o parecer autorizando o valor orçado para a pavimentação, foi indicado pelo grupo político de Juscelino Filho. Em 18 de agosto, Silva Filho foi demitido da companhia.

Segundo a PF, a ofensiva é um desdobramento da Operação Odoacro, que já teve duas fases ostensivas abertas - em julho e outubro do ano passado. A investigação se debruça sobre supostos crimes de fraude a licitação, lavagem de capitais, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva.

COM A PALAVRA O MINISTRO

"Toda atuação de Juscelino Filho, como parlamentar e ministro, tem sido pautada pelo interesse público e atendimento da população. É importante ressaltar que Juscelino Filho não foi alvo de buscas e que o inquérito servirá justamente para esclarecer os fatos e demonstrar que não houve qualquer irregularidade. Emendas parlamentares, vale dizer, são instrumentos legítimos e democráticos do Congresso Nacional e Juscelino Filho segue à disposição, como sempre esteve, para prestar esclarecimentos às autoridades."

Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, advogados de Juscelino Filho.

COM A PALAVRA A CODEVASF

"Em atenção a informações veiculadas na manhã desta sexta-feira (1º/9) sobre a operação Benesse, da Polícia Federal, a Codevasf informa que colabora com o trabalho das autoridades desde a primeira fase da operação Odoacro, realizada em julho de 2022. No âmbito de apurações internas relacionadas às operações, a Codevasf demitiu um funcionário no mês de agosto após a conclusão de processo conduzido por sua Corregedoria. A Companhia mantém compromisso com a elucidação dos fatos e com a integridade de suas ações - e continuará a prover suporte integral ao trabalho das autoridades policiais e da Justiça".

COM A PALAVRA, A CONSTRUSERVICE

Em nota, os advogados Daniel de Faria Jeronimo Leite Tharick Santos Ferreira informaram que a empresa Construservice está "à disposição das autoridades constituídas para prestação de quaisquer esclarecimentos e/ou apresentação de documentos que se fizerem necessários para demonstrar a licitude das licitações e contratos administrativos investigados no bojo do respectivo inquérito, o qual tramita no Supremo Tribunal Federal".

"Informa, ainda, que o inquérito policial ainda se encontra em fase inicial e que tudo o que nele se contém é fruto apenas de alegados indícios sobre os quais sequer foi ouvida anteriormente, confiando que, doravante, com a apresentação de suas razões e juntada de documentos no referido procedimento, demonstrará a improcedência das acusações", disseram os advogados.

COM A PALAVRA, EDUARDO JOSÉ BARROS COSTA

Os advogados Daniel de Faria Jeronimo Leite e Tharick Santos Ferreira, que defendem Eduardo José Barros Costa, informaram que o empresário não foi alvo da operação. Contudo, disseram que ele "está a disposição da Justiça para prestar eventuais esclarecimentos".

A prefeita de Vitorino Freire (MA), Luanna Rezende, renovou contratos no valor de R$ 8,9 milhões com a empresa Construservice mesmo após a companhia ter sido alvo de duas operações da Polícia Federal (PF) em 2022. Luanna, irmã do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, é alvo de ação da PF e foi afastada do cargo nesta sexta-feira, 1º. Segundo as investigações, a empresa está em nome de "laranjas" e o verdadeiro dono é empresário Eduardo Costa, amigo de longa data do ministro.

Em julho de 2022, a PF deflagrou a primeira parte da Operação Odoacro, que tinha como objetivo desarticular um grupo suspeito de fraudar licitações, desviar recursos públicos e fazer lavagem de dinheiro envolvendo verbas federais em contratos com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O alvo principal da ofensiva foi a Construservice. O empresário Eduardo Costa, chamado de "Eduardo Imperador", foi preso temporariamente na ação. Ele é suspeito de ser o verdadeiro dono da companhia e comandar o esquema criminoso. A segunda parte da operação ocorreu em outubro.

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Mesmo após as ações da PF, Luanna continuou renovando os contratos com a empresa. O primeiro foi assinado em agosto de 2022, no valor de valor de R$ 7,4 milhões, e o segundo, em novembro do mesmo ano, de R$ 1,4 milhão. Ambos tinham o objetivo de prorrogar por mais 12 meses um contrato anterior para execução de serviços voltados para pavimentação, recapeamento e calçamento das ruas de Vitorino.

Luanna foi alvo nesta sexta da Operação Benesse, que consiste na terceira fase da Operação Odoacro, agora focada em identificar o "núcleo público da organização criminosa, após se rastrear a indicação e o desvio de emendas parlamentares destinadas à pavimentação asfáltica de um município maranhense", indicou a corporação.

Em janeiro, o Estadão revelou que Juscelino Filho, durante o mandato como deputado federal pelo União Brasil, direcionou R$ 5 milhões do orçamento secreto para a Prefeitura de Vitorino Freire asfaltar uma estrada de terra que passa em frente à sua fazenda, no município maranhense. Em fevereiro de 2022, a Construservice disputou licitação sozinha e foi contratada por Luanna para tocar a obra. O engenheiro da Codevasf, que assinou o parecer autorizando o valor orçado para a pavimentação, foi indicado por grupo político do ministro.

Além de mandar recursos para asfaltar a estrada que passa em frente a suas fazendas, Juscelino Filho acumula uma série de acusações sobre uso indevido de verbas públicas, como mostrou o Estadão. O ministro já enviou informações falsas à Justiça Eleitoral para comprovar voos não realizados durante a campanha e usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e diárias para participar de leilões de cavalos de raça em São Paulo.

A Polícia Federal pediu para vasculhar endereços de Juscelino Filho na operação desta sexta-feira, entretanto ministro Luís Roberto Barroso, relator da apuração no Supremo Tribunal Federal (STF), negou expedir o mandado de busca e apreensão contra o ministro do governo Lula.

A Polícia Federal (PF) abriu, na manhã desta sexta-feira (1º), a Operação Benesse contra uma suposta quadrilha responsável por fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e desvio de verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Um dos alvos da investigação é Luanna Rezende, prefeita de Vitorino Freire (MA) e irmã do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Ela foi afastada do cargo e é alvo de busca e apreensão.

A PF chegou a solicitar buscas contra Juscelino Filho ao ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, no âmbito desta investigação. O ministro negou o pedido da Polícia Federal.

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Em janeiro, o Estadão revelou que Juscelino Filho direcionou R$ 5 milhões do orçamento secreto para a prefeitura de Vitorino Freire asfaltar uma estrada de terra que passa em frente à sua fazenda, no município maranhense. A pedido de Juscelino, durante seu mandato como deputado federal pelo União Brasil, os recursos foram parar na prefeitura da irmã.

A empresa contratada pelo município para tocar a obra é de um amigo de longa data dele. E o engenheiro Codevasf que assinou o parecer autorizando o valor orçado para a pavimentação foi indicado por seu grupo político. Loteada pelo Centrão, a Codevasf operacionalizou a distribuição de verbas do orçamento secreto. Como mostrou o Estadão, ao menos quatro empresas de amigos, ex-assessoras e uma cunhada do ministro ganharam mais de R$ 36 milhões em contratos com a prefeitura de Vitorino Freire.

Segundo a PF, a ofensiva é um desdobramento da Operação Odoacro, que já teve duas fases ostensivas abertas - em julho e outubro do ano passado. As diligências cumpridas hoje miram o "núcleo público da organização criminosa, após se rastrear a indicação e o desvio de emendas parlamentares destinadas à pavimentação asfáltica de um município maranhense", indicou a corporação.

Ao todo os agentes vasculham doze endereços nas cidades de São Luís, Vitorino Freire e Bacabal. As ordens foram expedidas pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, que ainda decretou afastamentos de função pública, suspensão de licitações e bloqueio de bens dos investigados.

A investigação se debruça sobre supostos crimes de fraude a licitação, lavagem de capitais, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva. O nome da ofensiva, Benesse, está ligado aos indícios de que o "líder do núcleo público da organização criminosa ora investigada utiliza emendas parlamentares para incrementar o seu patrimônio".

"Denominou-se esta fase investigativa de 'benesse', que segundo o dicionário Oxford significa 'vantagem ou lucro que não deriva de esforço ou trabalho'", indicou a PF.

Em nota, a Codevasf disse que "colabora com o trabalho das autoridades desde a primeira fase da operação Odoacro, realizada em julho de 2022".

"No âmbito de apurações internas relacionadas às operações, a Codevasf demitiu um funcionário no mês de agosto após a conclusão de processo conduzido por sua Corregedoria. A Companhia mantém compromisso com a elucidação dos fatos e com a integridade de suas ações — e continuará a prover suporte integral ao trabalho das autoridades policiais e da Justiça", diz a nota.

Dinheiro Público

Desde o início do ano, o Estadão tem mostrado a atuação de Juscelino Filho como deputado federal e também como ministro das Comunicações. Além de mandar recursos para asfaltar a estrada que passa em frente à sua fazenda, Juscelino Filho acumula uma série de acusações sobre uso indevido de verbas públicas.

Indicado pelo União Brasil e nomeado por Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal licenciado já enviou informações falsas à Justiça Eleitoral para comprovar voos não realizados durante a campanha e usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e diárias para participar de leilões de cavalos de raça em São Paulo. O ministro ainda abriu o gabinete do ministério para o sogro empresário despachar como se tivesse um cargo público.

Confira, a seguir, o que já foi revelado sobre o ministro das Comunicações:

- Mentiras para o TSE - O ministro apresentou informações falsas à Justiça Eleitoral para pagar com dinheiro público 23 viagens de helicóptero feitas durante sua campanha a deputado federal, no ano passado. Ao prestar contas, Juscelino informou que todos os voos foram feitos por "três cabos eleitorais". O Estadão identificou, porém, que os nomes apresentados por ele são de um casal e de uma filha de dez anos, que moram em São Paulo. A família disse não conhecer o político.

- Nas asas da FAB - Já como ministro das Comunicações, Juscelino Filho usou um voo da FAB para ir a São Paulo e participar de leilões de cavalos de raça. Ele viajou no dia 26 de janeiro, uma quinta-feira. Teve apenas três compromissos oficiais e, ao meio-dia de sexta-feira, passou a cuidar de seus interesses privados. O ministro assessorou compradores de cavalos; expôs um de seus equinos e recebeu um "Oscar" dos vaqueiros, quando prometeu trabalhar a favor dos cavalos da raça Quarto de Milha e do esporte equestre. Por tudo isso, ainda recebeu R$ 3 mil em diárias. O ministro devolveu parte dos valores após o caso vir à tona.

- Chip para Yanomami - Também no governo, o ministro enviou mil chips de celular para serem utilizados nas operações humanitárias que acontecem na terra indígena Yanomami, em Roraima, mas que não funcionam dentro da área demarcada. A limitação tecnológica deve-se a um fato simples: não há cobertura da operadora celular na terra indígena, localizada a 230 quilômetros de distância da capital Boa Vista.

- Gabinete para sogro - O empresário Fernando Fialho, sogro do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, despachou no gabinete do genro, onde recebeu empresários, mesmo não sendo nomeado para nenhum cargo público. Registros de entradas do ministério mostram que o empresário atende na sede da pasta, em Brasília, inclusive quando o genro cumpria agenda no Maranhão, sua base eleitoral.

O Palácio do Planalto deflagrou uma operação para convencer deputados e senadores a retirar assinaturas do requerimento que pede a abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro. A ofensiva inclui oferta de nomeações para cargos de segundo escalão nos Estados, como diretorias do Banco do Nordeste (BNB), além de superintendências da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

O governo também pressiona ministros de partidos aliados, principalmente do União Brasil, a ajudar na missão "abafa CPI". Há três dias, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu manter o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, apesar das acusações contra ele, avisou que exigiria apoio no Congresso.

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Na avaliação do Planalto, criar uma comissão parlamentar agora atrapalharia votações importantes, como a da nova âncora fiscal e a da reforma tributária. "CPIs que são mobilizadas por quem passou pano nos atos terroristas não são os melhores instrumentos para fazer apuração", disse o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. "Nós estamos indo atrás de quem financiou a tentativa de golpe de Estado."

Autor do pedido de investigação dos atos de 8 de janeiro, o deputado André Fernandes (PL-CE) afirmou que três colegas - Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), Célio Silveira (MDB-GO) e Pastor Gil (PL-MA) - retiraram as assinaturas do requerimento. "Eles estão retirando, mas a gente está colocando mais", minimizou. Fernandes disse que cinco deputados - Milton Vieira (Republicanos-SP), Luiz Nishimori (PSD-PR), Junior Lourenço (PL-MA), Celso Russomanno (Republicanos-SP) e Luciano Vieira (PL-RJ) - aderiram ao movimento. Hoje, o requerimento tem o apoio de 191 deputados e 35 senadores.

Na sessão desta quarta-feira, 8, na Câmara, Fernandes reproduziu um áudio antigo de Lula defendendo CPIs. As discussões foram acaloradas. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), protestou e houve bate-boca. Miguel Ângelo (PT-PR) afirmou ter sido agredido pelo colega José Medeiros (PL-MT). "Ele me empurrou e pisou no meu pé", disse Ângelo. "Nós estávamos próximos. Se pisei, peço desculpas", afirmou Medeiros.

Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, o autor do requerimento da CPMI está na mira da Procuradoria-Geral da República, que pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para investigar sua participação em convocações para invadir a Corte, o Planalto e o Congresso Nacional.

Fatura

Lula deixou a distribuição dos cargos de segundo escalão para março e abril justamente para avaliar o tamanho de cada força política no Congresso. No mês passado, por exemplo, o governo entrou em campo para ajudar a reeleger o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na disputa contra o bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN). Agora, age para que deputados e senadores retirem assinaturas da CPMI, acompanha quem dará as cartas nas comissões da Câmara e do Senado e monitora o painel de votações.

A fatura, porém, é cada vez mais cobrada por partidos que, mesmo tendo ministérios, prometem independência na relação com o Planalto. "Fomos nós que entregamos a PEC da Transição ao governo. Se tem alguém devendo algo, em alguma coisa, é o governo a nós e não o contrário", afirmou o líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA). O deputado foi o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permitiu a Lula aumentar gastos do Executivo para pagamento de despesas, como o novo Bolsa Família.

Centrão

O União Brasil controla os ministérios das Comunicações, do Turismo e da Integração. Juscelino Filho ganhou sobrevida após Lula ter sido informado de que sua demissão tinha potencial para unificar o Centrão contra o governo. Como mostrou o Estadão, o ministro usou avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e diárias de hotel pagas com dinheiro público, de 26 a 30 de janeiro, para uma viagem a São Paulo, na qual passou a maior parte do tempo em compromissos particulares, como leilões de cavalos.

Dos 59 deputados do União Brasil, 28 foram favoráveis à criação da CPMI. Até agora, só um parlamentar da legenda - que tem a terceira maior bancada na Câmara - removeu o nome do requerimento. Doze congressistas do MDB e outros 8 do PSD também endossaram o pedido. Os dois partidos integram a base e, a exemplo do União Brasil, comandam três pastas cada.

"Eu estou trabalhando para que nossos aliados retirem as assinaturas, sim. Quem é governo não pode querer essa CPI", argumentou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Para que a CPMI seja instalada é necessário o apoio de no mínimo 171 deputados e 27 senadores.

O Estadão apurou que a presidência da Codevasf continuará sob controle do engenheiro Marcelo Moreira, aliado do líder do União Brasil. A empresa ficou conhecida por servir como duto das emendas do orçamento secreto. Superintendências do Dnocs são disputadas pelo Avante, União Brasil e PP. Mesmo tendo integrantes de seu grupo no governo, Elmar garantiu que os votos do partido dependerão do tema das votações.

"Se for tratar de imposto, eu não vou votar. Reforma tributária, desde que não aumente imposto, a gente vota. Quer tratar reforma administrativa? A gente vota. Quer tratar invasão de terra? Vamos ser contra", avisou o deputado. Elmar declarou, ainda, que não pedirá para quem assinou o requerimento da CPMI voltar atrás. "Manteremos a postura independente", insistiu.

O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) disse ter ouvido uma tentativa de suborno do governo Lula para enterrar a CPMI. Não apresentou qualquer prova ou mesmo indício sobre a acusação, mas, mesmo assim, publicou a denúncia nas redes sociais.

"Eu ouvi, da boca de um deputado federal que recebeu a mensagem de um emissário de Lula, que quem retirar a assinatura terá R$ 60 milhões de emendas RP-2", afirmou Sanderson ao Estadão. Questionado pelo deputado Nelsinho Padovani (União Brasil-PR), Padilha disse se tratar de "fake news".

"Quem falou isso para o deputado Sanderson mentiu", afirmou o titular das Relações Institucionais. O Planalto avalia que bolsonaristas insistem na CPMI para pressionar pela libertação dos presos após as ações de vandalismo. "Isso só pode ser para a oposição ter um palanque", disse o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que há indícios da ação de um cartel de empresas de pavimentação em fraudes na licitação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) que somam mais de R$ 1 bilhão.

A empresa Engefort, do Maranhão, seria a principal beneficiada do suposto esquema, tendo vencido editais que somam R$ 829,8 milhões. Levantamentos do TCU apontam que as ações do cartel do asfalto envolveram propostas de fachada e combinações de rodízio entre as empresas que participaram das licitações.

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O tribunal também detectou que, ao mesmo tempo que houve um aumento expressivo no volume licitado, ocorreu uma redução da concorrência e uma diminuição abrupta do desconto médio nas licitações entre 2019 e 2021.

Para se ter noção, das 50 licitações que a Engefort venceu no ano passado, a empresa deu em média um desconto de apenas 1% - o que não reflete o padrão de mercado quando há a devida competitividade. Esse desconto médio, considerando todas as licitações realizadas pela Codevasf desde 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), caiu de 24,5% para 5,32%. 

Os técnicos do TCU apontaram que o esquema de conluio analisado em 63 pregões da Codevasf teve como objetivo viabilizar vitórias da Engefort. Essas licitações, por exemplo, totalizaram R$ 1,13 bilhão. 

O relatório que a Folha de São Paulo, responsável pelas primeiras apurações sobre o caso, teve acesso, mostra que 27 empresas participaram dos pregões "apenas a cobrir a participação dessa empresa líder [Engefort], compondo o número de participantes dos certames a fim de dar aparência de concorrência", enquanto outras sete firmas entraram nas disputas "em troca de garantir a vitória em algumas poucas oportunidades".

Ao todo, 35 empresas são consideradas suspeitas de participarem do "cartel do asfalto". Análises do TCU detalham fraudes em licitações em Minas Gerais e na Bahia. "Nas licitações de Montes Claros [MG] verificam-se indícios de divisão de lotes, onde a Engefort venceu seus lotes com descontos quase sempre inferiores a 1% e outra(s) empresa(s) que participou da disputa se sagrou vencedora de um ou dois outros lotes, sempre com desconto também muito baixo", segundo a auditoria.

Na cidade baiana de Bom Jesus da Lapa, a corte fala que a Engefort venceu todos os lotes com descontos entre 0,6% e 1,5%. O ministro relator do Caso, Jorge Oliveira, disse em sessão do TCU na quarta-feira (5) que "as questões trazidas pela equipe de fiscalização possuem inegável relevância e materialidade e merecem atenção". 

No entanto, falou que não está convencido de que há elementos necessários para impedir novos contratos. "Existem indícios da existência de conluio, mas não tenho a convicção de que esses elementos serão suficientes para demonstrar a existência de fraude em todos os certames listados e, menos ainda, da necessidade de paralisação ou mesmo anulação dos contratos", declarou o relator.

Oliveira foi ministro da Secretaria-Geral da Presidência e em 2020 foi indicado pelo presidente Bolsonaro para o TCU. 

Posicionamento Codevasf

A Codevasf emitiu uma nota e esclareceu que "O processo administrativo instaurado pelo TCU, do qual a Codevasf não é alvo, investiga suposto indício de fraude e atuação coordenada de empresas privadas que participaram de certames realizados pela Companhia"

Disse também que os procedimentos licitatórios são realizados pelo Portal Comprasnet do Governo Federal e que "constitui a forma mais segura e transparente de se realizar uma licitação por menor preço". Além disso, a Codevasf assegurou que o "percentual de desconto oferecido sobre o preço inicial é estabelecido pelas empresas privadas por meio de critérios próprios, relacionados a circunstâncias de mercado, e que a companhia não tem influência.

"A Codevasf possui sólida estrutura de governança implantada e colabora com o trabalho da Justiça e dos órgãos de controle, sendo a principal interessada no esclarecimento e elucidação das circunstâncias apontadas", pontua o órgão.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira, 20, a Operação Odoacro para investigar uma suposta 'associação criminosa estruturada para promover' fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro envolvendo verbas da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Loteada pelo Centrão, a empresa operacionalizou a distribuição de verbas do orçamento secreto, como mostrou o Estadão.

A ofensiva cumpriu uma ordem de prisão temporária contra o empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como 'Imperador' e vasculhou 16 endereços nas cidades de São Luís, Dom Pedro, Codó, Santo Antônio dos Lopes e Barreirinhas. O alvo principal da ofensiva é a empresa Construservice.

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Cerca de 80 policiais participaram das diligências, ordenadas pela 1ª Vara Federal de São Luís a partir de uma representação elaborada pela Polícia Federal.

De acordo com a PF, o grupo sob suspeita é comandado por um investigado chamado de 'Imperador'. O nome da operação está ligado ao apelido. Os investigadores dizem que 'Odoacro' faz referência 'ao sobrenome do soldado italiano que capitaneou uma revolta que colocou fim ao Império Romano'.

A corporação diz que as apurações identificaram um 'engenhoso esquema de lavagem de dinheiro, perpetrado a partir do desvio do dinheiro público proveniente de procedimentos licitatórios fraudados'.

Os investigadores apontam que o esquema envolve a constituição de empresas de fachada, pertencentes formalmente a 'laranjas' e faticamente ao líder do grupo, 'para competir entre si, com o fim de sempre se sagrar vencedora das licitações a empresa principal do grupo, a qual possui vultosos contratos com a Codevasf'.

"O líder desse grupo criminoso, além de colocar as suas empresas e bens em nome de terceiros, ainda possui contas bancárias vinculadas a CPFs falsos, utilizando-se desse instrumento para perpetrar fraudes e dificultar a atuação dos órgãos de controle", disse a corporação em nota.

A Polícia Federal deflagrou hoje (20) nas cidades de São Luís, Dom Pedro, Codó, Santo Antônio dos Lopes e Barreirinhas, no Maranhão, uma operação para desarticular uma associação criminosa que promove fraudes, desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro, envolvendo verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Batizada de Odoacro, a investigação constatou a existência de um esquema de lavagem de dinheiro a partir do desvio de dinheiro de licitações fraudadas. Estão sendo cumpridos um mandado de prisão e 16 de busca e apreensão.

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O esquema funcionava com a criação de empresas de fachada ligadas aos integrantes da associação criminosa que simulavam disputar entre si licitações da Codevasf. Ao final do procedimento, a empresa principal do grupo ganhava a licitação e fechava os contratos com a Codevasf.

Verbas federais

“As diligências apontaram para a utilização do mesmo modus operandi [modo de operação], inclusive com as mesmas pessoas interpostas e empresas de fachada, de condutas realizadas em 2015, quando a Polícia Civil conseguiu identificar uma associação criminosa instituída para desviar recursos públicos do município de Dom Pedro/MA”, informou a Polícia Federal.

Acrescentou que o esquema criminoso veio crescendo nos anos seguintes, passando a desviar verbas federais.

“O líder desse grupo criminoso, além de colocar as suas empresas e bens em nome de terceiros, ainda possui contas bancárias vinculadas a CPFs [Cadastro de Pessoas  Físicas] falsos, utilizando-se desse instrumento para perpetrar fraudes e dificultar a atuação dos órgãos de controle”, disse a PF.

Ela não informou o nome do líder do grupo. Ao todo, participam da operação 80 policiais federais. Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por fraude à licitação, lavagem de capitais e associação criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 16 anos de prisão.

Como a associação criminosa é liderada por um investigado apelidado de Imperador, a operação foi chamada de  Odoacro, em referência ao sobrenome do soldado italiano que capitaneou uma revolta que colocou fim ao Império Romano.

A Controladoria-Geral da União (CGU) verificou um superfaturamento em contratos de pavimentação financiadas pelo orçamento secreto. A verba foi encaminhada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ao estado de Alagoas, seu reduto eleitoral. O cálculo do órgão indicou a diferença de R$ 4,3 milhões.

O relatório publicado pelo o Globo apontou que os contratos para as obras em 34 municípios foram fechados com a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), entre 2019 e 2020, no custo de R$ 30,2 milhões. Uma das cidades listadas para a requalificação do pavimento foi Barra de São Miguel, que é gerida pelo pai de Arthur Lira, Benedito Lira.

Indicado pelo presidente da Câmara à superintendência da Codevasf no fim de 2019, Ricardo Alexandre Lisboa Vieira ficou no cargo interino até 1º de abril de 2021, quando o primo de Lira, João José Pereira Filho, foi colocado na presidência da entidade no estado.

Conforme a CGU, R$ 17,7 milhões foram enviados pelo deputado através do orçamento secreto e R$ 10,9 milhões por emendas também encaminhadas por Lira e pelo suplente do seu pai no Senado, Givago Tenório. Os auditores ainda estranharam que a Codevasf usou uma planilha de orçamentos sem discriminar os fornecedores.

Dentre os gastos acima da média, a CGU constatou serviços e materiais como a estrutura de apoio à obra, elaboração de projeto executivo, transporte de materiais com caminhão basculante, pintura do meio-fio e placas de aço de sinalização.

Representantes da controladoria foram à Barra de São Miguel no dia 5 de março do ano passado, confirmaram que as obras estavam paradas e que a sede da D2M Engenharia estava fechada.

A empresa assumiu a execução dos serviços em 29 cidades. Além das divergências na área apontada para a requalificação, no assentamento do meio-fio e na quantidade de sinalização, não havia registro de carregamento de caminhões basculantes, nem do "espalhamento do bota-fora".

Em nota, a Codevasf negou o superfaturamento e disse que “possui sólida estrutura de governança e atende tempestivamente demandas de informação apresentadas por órgãos de controle” que "são estudadas por profissionais da companhia e observadas de acordo com sua aplicação”.

Fazia anos que o povoado de Lagoa do Barro, em Araripina, sertão de Pernambuco, aguardava o asfaltamento dos 7,5 km de estrada de terra que dá acesso à rodovia mais próxima. De uma tacada só, em outubro de 2020, dois contratos foram fechados: um do governo estadual, outro da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do Parnaíba e São Francisco (Codevasf). A empresa contratada para as obras era a mesma, a Uniterra, só que a estatal federal, sob controle de parlamentares do Centrão, pagaria pelo serviço 354% a mais: R$ 7,3 milhões, ante R$ 2 milhões.

No caso da Codevasf, os recursos sairiam do orçamento secreto por indicação do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que era o líder do governo Bolsonaro no Senado à época e só deixou o posto neste mês. A empreitada federal só não foi adiante porque o governo de Pernambuco enviou um ofício à Codevasf deixando claro que a estrada é estadual e já havia um contrato vigente. Ou seja: não havia motivo para licitar a mesma obra duas vezes.

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Em nenhum momento a secretaria estadual responsável havia sido informada pela Codevasf sobre a intervenção na estrada vicinal. O superintendente da estatal federal em Pernambuco é Aurivalter Cordeiro, homem de confiança de Bezerra Coelho, de quem já foi funcionário no Senado e no Executivo. Quem avisou o governo estadual foi o dono da construtora Uniterra, o empresário Romão Alves, que venceu as duas licitações.

Notificada pelo governo, a Codevasf suspendeu a ordem de serviço que havia sido assinada e cancelou o contrato. No entanto, já havia desembolsado R$ 95 mil pela contratação de uma empresa de engenharia, a EPTCI Projetos e Georreferenciamento, para desenvolver os estudos que subsidiaram a licitação. O dinheiro foi gasto em vão, pois a empresa não tinha permissão para atuar no local. Os R$ 95 mil desperdiçados foram bancados com emenda do deputado Fernando Filho (DEM-PE), filho de Bezerra.

Recursos

As obras, em si, no montante de R$ 7,3 milhões, seriam custeadas com verbas indicadas pelo senador, com recursos de emenda de relator-geral, a base do orçamento secreto, mecanismo revelado em maio pelo Estadão, pelo qual o governo de Jair Bolsonaro repassou bilhões a um grupo de parlamentares em troca de apoio no Congresso.

Apenas em 2020, Bezerra Coelho, sozinho, encaminhou à Codevasf ao menos R$ 150 milhões - o valor pode ter sido maior, pois parte dos repasses tem autoria desconhecida. A maior fatia da verba tinha como destino Petrolina, muncípio onde seu outro filho, Miguel Coelho (MDB), é prefeito.

De acordo com a licitação aberta pela estatal federal, o lucro estimado com a obra em Araripina era de 6%. Assim, o contrato com a Uniterra geraria R$ 437 mil para a empresa. Considerando o mesmo porcentual, a contratação pelo Estado deve render à empresa R$ 123 mil em lucro - quase R$ 294 mil a menos.

Estatal

A Codevasf afirmou que o preço maior se deu "em razão de os contratos apresentarem soluções diferentes". Segundo a estatal, a pavimentação que propôs era em concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), ao passo que a pavimentação proposta pelo governo pernambucano é de tratamento superficial simples (TSS). "O serviço previsto pela Codevasf contemplava (i) obras de arte completas, (ii) guard rail, (iii) área de fuga, (iv) alça de acesso à BR-316, com bifurcação da rodovia no local, (v) drenagem completa etc", disse a empresa.

A Codevasf alegou ainda que considerava a estrada como municipal, o que justificaria a intervenção para asfaltá-la.

Segundo o governo pernambucano, as obras devem ser concluídas no primeiro semestre de 2022. "Seria importante que o órgão federal consultasse previamente o planejamento do governo de Pernambuco", diz, em nota.

Procurados, o senador Bezerra Coelho e o deputado Fernando Filho não responderam. O empresário Romão Alves, da Uniterra, não quis se manifestar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O esquema do presidente Jair Bolsonaro para controlar o Congresso foi além da criação de um orçamento secreto de R$ 3 bilhões, como revelou o Estadão. Bolsonaro também expandiu e turbinou a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), estatal loteada pelo Centrão que vai aplicar cerca de um terço desses recursos por imposição dos políticos que a controlam.

Criada à época da ditadura para desenvolver as margens do Velho Chico, a Codevasf tem uma história marcada por corrupção e fisiologismo. Neste ano, conseguiu um orçamento recorde de R$ 2,73 bilhões, composto principalmente por emendas, mas o governo fez cortes.

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Em campanha pela reeleição, incluiu na área de atuação da empresa mil novos municípios, muitos deles localizados a mais de 1.500 quilômetros das águas do São Francisco. Na prática, o governo transformou a "estatal do Centrão" num duto de recursos para atender interesses eleitorais.

A empresa se tornou a preferida de deputados e senadores, principalmente do Centrão, pela capacidade de executar obras e entregar máquinas aos municípios e Estados mais rapidamente do que o governo. Motivo: sendo uma estatal, tem regras de contratação mais flexíveis do que um ministério.

Como mostrou o Estadão, boa parte dos recursos do orçamento secreto é destinada à compra de tratores e equipamentos agrícolas com valor acima da tabela de referência. Documentos obtidos pelo jornal revelam que um grupo de aliados do governo determinou o que comprar, por quanto e indicou a Codevasf como o órgão que deveria fazer a operação, o que contraria leis orçamentárias.

A agilidade na "entrega" é essencial para o prestígio eleitoral dos parlamentares em suas bases. Se a transposição das águas do São Francisco ainda é um sonho para moradores da bacia hidrográfica do rio, a distribuição dos recursos da empresa já está sendo ampliada. A área original da Codevasf incluía apenas Alagoas, Bahia, um pedaço de Goiás e de Minas, Pernambuco e Sergipe - por onde correm o rio, seus afluentes e subafluentes -, além de Brasília, sede da companhia.

Por decisão de Bolsonaro, a Codevasf também atende agora o Amapá, reduto do senador Davi Alcolumbre (DEM); o Rio Grande do Norte, base do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (sem partido), e a Paraíba, do deputado Wellington Roberto, líder do PL na Câmara.

Na sua criação, em 1974, a empresa atendia 504 municípios, o que representava 7,4% do território brasileiro. De 2000 para cá, apenas Dilma Rousseff não alterou a abrangência da estatal. Foi Bolsonaro, porém, que fez a maior ampliação da história da empresa. Desde que ele assumiu a Presidência, a área de atuação da Codevasf cresceu de 27,05% para 36,59% do território nacional. Chegou ao Sul da Bahia, passou a cobrir quase todo o Ceará, o litoral de Pernambuco, o Sul de Goiás e grandes trechos do Pará e de Minas, atingindo a divisa de São Paulo.

Do Oiapoque a Lambari

A empresa atende hoje 2.675 municípios em 15 Estados, além do Distrito Federal. A ampliação não tem freio. O Senado já aprovou proposta para a estatal atuar no Amazonas, em Roraima e no Sul de Minas. A companhia também passou a operar no clima equatorial úmido da floresta do Amapá.

A sede da Codevasf em Macapá foi inaugurada no dia 16 de abril passado, com a presença de Davi Alcolumbre. Em uma empresa que não gera receitas próprias, o ex-presidente do Senado foi responsável por determinar o capital inicial de R$ 81 milhões para projetos no Amapá, com aval do Palácio do Planalto.

Enquanto isso, a diretoria executiva da estatal, composta por quatro indicados do Centrão, aprovava a criação de mais quatro Superintendências Regionais (SRs), além das oito já existentes. As novas SRs ficarão em Macapá, Goiânia, Palmas e Natal - as duas últimas, aliás, são as bases do líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), e do ministro Rogério Marinho, que estuda concorrer ao governo do Rio Grande do Norte.

O diretor-presidente da Codevasf é o engenheiro baiano Marcelo Moreira, ex-funcionário da Odebrecht, indicado em 2019 pelo deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), com respaldo do então ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, hoje chefe da Casa Civil. À época, Ramos disse à Coluna do Estadão que Elmar fez a indicação porque era líder do DEM, partido que votava "com o governo".

O Progressistas, por sua vez, tem dois nomes na diretoria executiva da Codevasf. O primeiro é Luís Napoleão Casado Arnaud Neto. Homem da confiança de Arthur Lira, Arnaud Neto é diretor da Área de Gestão dos Empreendimentos de Irrigação. Já o diretor da Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas é Davidson Tolentino de Almeida, ligado ao presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI).

O diretor de Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura da Codevasf, Antônio Rosendo Neto Júnior, também tem um padrinho, o senador governista Roberto Rocha (sem partido-MA).

Procurada, a Codevasf disse que as "nomeações atendem as disposições legais e os normativos internos". O Palácio do Planalto não se manifestou.

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) segue com inscrições abertas para o concurso público destinado ao preenchimento de 91 vagas, além da formação de cadastro reserva. Para participar, os interessados devem se candidatar até o dia 22 de dezembro por meio do site da banca organizadora do certame.

As oportunidades são para cargos de nível superior como administração, cartografia, contabilidade, economia, engenharia agronômica, engenharia ambiental, psicologia, tecnologia da informação, entre outros. Os candidatos ainda devem custear uma taxa de participação no valor de R$ 108.

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O processo seletivo será composto por uma prova objetiva e prova discursiva, com questões referentes a conhecimentos básicos e conhecimentos especializados. Ao serem efetivados, os profissionais trabalharão 40 horas semanais e ganharão remunerações no valor R$ 8.168,91.

O concurso tem prazo de validade de dois anos, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. Confira outros detalhes por meio do edital do certame disponível no site da banca organizadora.

O Senado abriu caminho para turbinar o orçamento da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), presidida por um aliado do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Os senadores aprovaram, nessa quarta-feira (2), um projeto para incluir as bacias hidrográficas do Amazonas, de Minas Gerais e de Roraima na área de atuação da companhia.

A iniciativa ocorreu três meses após o Senado dar sinal verde para uma proposta que ampliou o trabalho da empresa em outros oito Estados. No novo projeto, a área de trabalho da companhia ficou ainda maior. A proposta dependerá de votação na Câmara e de sanção do presidente Jair Bolsonaro.

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A Codevasf é uma autarquia de forte interesse dos parlamentares por ser responsável pela realização de obras de infraestrutura em regiões carentes e já foi foco de corrupção. Neste ano, deputados e senadores indicaram R$ 565,7 milhões em emendas para projetos tocados pela companhia.

Na prática, a ampliação da área de atuação abre caminho para os parlamentares aumentarem o orçamento da Codevasf e destinar mais recursos para suas bases eleitorais a partir do próximo ano. O orçamento da companhia para 2021 é de R$ 845 milhões, montante considerado baixo pelos congressistas.

O presidente da Codevasf, Marcelo Moreira Pinto, é indicado do DEM, partido de Alcolumbre. Em conversas com Bolsonaro, Alcolumbre atuou para manter Moreira Pinto no cargo. O governo costurou uma aliança com o Centrão para entrega de cargos em troca de apoio no Congresso. Sem emplacar o presidente da companhia, líderes do bloco indicaram nomes para diretorias.

Alcolumbre tem aparecido como "líder informal" do Planalto no Senado. Na sessão de ontem, senadores admitiram a articulação para aumentar o orçamento da estatal. "A demanda e o sonho de vários Estados e municípios de terem a atuação da Codevasf são justamente pela eficiência e pela condição real de a política pública acontecer. Nós aprovamos e esperamos que, no Orçamento do próximo ano, já possa (haver) a simplificação da execução das nossas emendas", disse o líder do PDT no Senado, Weverton Rocha (MA).

Senadores tentaram encaixar também Pará e Espírito Santo no projeto, mas só a inclusão do Amazonas, sugerida pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), foi aceita, além de Minas Gerais e Roraima, previstos no texto original. O argumento do relator, Mecias de Jesus (Republicanos-RR), para rejeitar as emendas foi a incapacidade de o órgão ter um orçamento tão grande para atender as demandas.

O governo federal publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 2, mudanças em órgãos do Ministério da Integração Nacional e na própria pasta. Dentre elas, foi nomeado Teócrito Dantas da Silva para exercer o cargo de secretário executivo da pasta.

Além disso, no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), foram exonerados Ivan Monte Claudino, do cargo de diretor administrativo, e José Kíldare Felinto Colares, do cargo de diretor de Desenvolvimento Tecnológico e Produção. Ambos deixaram as funções a pedido.

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Na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), foi exonerado Luiz Augusto Costa Fernandes do cargo de diretor de Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura. Para o lugar dele, foi nomeado René Dubois.

Após mais de cinco horas de protesto, manifestantes liberaram a BR-116 em Cabrobró, no Sertão de Pernambuco. Cerca de 400 integrantes de assentamentos reclamam da falta de energia elétrica, que tem prejudicado o abastecimento de água na área.

Apesar de liberar o tráfego, o grupo continua no local. De acordo com a diretora da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (FETAPE) Gilvaneide Pereira dos Santos, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) já confirmou por telefone ter feito o pagamento da energia elétrica. “Estamos tentando agora falar com o responsável da Celpe (Companhia Energética de Pernambuco) para recebermos a confirmação do religamento”, explica.

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Segundo informações recebidas pela Codevasf, a energia elétrica deve ser retomada até as 17h desta sexta-feira (18). Até o fechamento da matéria a Celpe não havia se posicionado. 

Numa briga política entre PT e o PP, o senador Humberto Costa conseguiu, novamente, a revogação da portaria de exoneração do atual superintendente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Pernambuco, João Bosco Lacerda de Alencar. O ato tinha sido publicado na manhã desta sexta-feira (31). 

Assim que soube do ato de exoneração, o senador ligou para o ministro Aloísio Mercadante que atendeu a Humberto, tornando sem validade.  No último dia 13, uma publicação exonerava Bosco, mas dois dias depois a decisão foi anulada com a interferência do senador Humberto Costa.

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Bosco Lacerda está à frente da Codevasf desde fevereiro do ano passado. O nome do superintendente foi sugerido por Costa e referendado pelos petistas em Pernambuco.

Briga – As idades e vindas de exonerações é em virtude de uma disputa entre o PT e o PP para manter o comando da superintendência da Codevasf em território pernambucano. O embate iniciou desde que o ministro Gilberto Occhi foi nomeado para comandar o ministério da Integração Nacional. Occhi é ligado ao PP como é também o presidente da Codevasf, Felipe Mendes. Em Pernambuco, PP tem à frente o deputado federal Eduardo da Fonte, que inclusive, chegou a se desmembrar da base do governo este ano, mas não amadureceu a ideia. 

 

O vice-prefeito de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Guilherme Coelho (PSDB), alertou o novo presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), Felipe Mendes, sobre a crise hídrica que ameaça a produtividade agrícola na região. De passagem por Brasília esta semana, o tucano teve uma audiência com Mendes e expôs os principais problemas para a captação de água fruticultura irrigada no Vale.

Na conversa, o vice-prefeito ressaltou o importante papel da Codevasf, mas não deixou de responsabilizar o Governo Federal pela crise hídrica que ameaça o Vale. “Em 2014, ano de eleição, o Governo Federal, mesmo sabendo da escassez de chuvas, continuou soltando água em grande volume nas hidrelétricas, para manter o custo da energia, já que se trata de uma fonte mais barata. Como resultado, a água está acabando, a crise bate a porta e, agora, depois de reeleita, a presidente Dilma autoriza o uso das termoelétricas e aumenta o preço da conta no final do mês", observou o tucano. "É assim, com mentiras e enganação, que o PT se mantém no poder”, acrescentou Coelho.

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Agricultores das comunidades rurais de Campo Verde e Poção, em Afrânio, e Sítio Serra Nova, em Bodocó - Sertão de Pernambuco -, contam com novos equipamentos para desenvolver suas lavouras. Eles foram equipados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) com três tratores agrícolas e implementos como grades e arados, maquinário que ficará à disposição de associações de produtores rurais.

“Esse equipamento vai ajudar muito a agricultura familiar e a nossa pecuária”, atestou o presidente da associação dos moradores do Sítio Campo Verde, Adailson Gerson de Brito, informando que, enquanto não vem a chuva, os tratores serão usados pelos agricultores para transporte de materiais e insumos. “O trator de pneu facilitar a agricultura na área de sequeiro, porque as chuvas são poucas e a gente perde muito tempo por falta de um trator para o preparo do solo”, destaca José Nilton, presidente da associação do Sítio Poção, segundo informações da assessoria de imprensa.

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O município de Bodocó tem forte inserção na produção de leite e mandioca no Sertão pernambucano, a chegada do trator irá contribuir para que as mais de 40 famílias. De acordo com a Codevasf, em breve, outros municípios receberão mais 14 equipamentos. Entre eles estão as cidades de Serra Talhada, Petrolândia e Petrolina. 

*Com informações da assessoria de imprensa

O governo federal nomeou Felipe Mendes de Oliveira, ligado ao PP, para exercer o cargo de presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), vinculada ao Ministério da Integração Nacional.

Oliveira, que é economista e ex-vice-governador do Estado do Piauí, substituirá o engenheiro civil Elmo Vaz Bastos de Matos, que estava no comando da autarquia desde maio de 2012, por indicação do ministro da Defesa e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). Os decretos de nomeação e exoneração estão publicados no Diário Oficial da União.

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Segundo o Broadcast Político antecipou semana passada, a troca na presidência da Codevasf faz parte de acordo entre governo e aliados rebelados para garantir a aprovação na Câmara da Medida Provisória 664, que torna mais rígido o acesso a benefícios previdenciários. A presidente Dilma Rousseff decidiu, então, tirar a Codevasf do PT e entregá-la a um indicado do PP. Dentro do acerto, Dilma ainda deve manter a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sob a influência do PTB.

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