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Há cerca de dois meses o Pantanal mato-grossense vem sendo atingido por incêndios. Segundo perícia realizada pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman-MT), as chamas foram causadas por ação humana. 

Os laudos foram encaminhados para a Delegacia de Meio Ambiente (Dema) para que um inquérito seja aberto, a fim de encontrar e punir os responsáveis pelos incêndios. A perícia é feita por dois profissionais com apoio de imagens de satélites para encontrar a origem dos focos de queimadas. Os peritos detectaram queima de pasto, fogo em raízes de árvore para retirar mel de abelha e incêndios em máquina agrícola e em veículo. 

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Na Reserva Particular do Patrimônio Natural Sesc Pantanal (RPPN), em Barão de Melgaço, a causa do fogo foi dada como queima intencional de vegetação desmatada para criação de área de pasto para gado. A Força Aérea Brasileira (FAB) também auxiliou neste trabalho ao sobrevoar a área e detectar o uso de madeiras, palanques de cerca e rodeios para o gado. Na Fazenda Espírito Santo, uma máquina agrícola que fazia limpeza de área com enleiramento (parte do processo da junção do material que formará o feno) pegou fogo. 

Também houve fogo em outras áreas, com chamas causadas por um acidente automobilístico na Rodovia Transpantaneira e retirada de mel de abelhas silvestres usando fumaça para retirar os favos na Fazenda São José, localizada na região conhecida como Moitão. 

Punição Legal

A pena para quem provocar incêndios em áreas protegidas é de multa, que varia de valor de acordo com o tamanho da área, danificação, tipo de vegetação, danos à fauna, flora e se é um caso de reincidência ou não, variando de R$ 1 mil a R$ 7,5 mil por hectare, conforme decreto federal 6514/2008. Em caso de flagrante, o infrator é encaminhado para a delegacia para registro do Boletim de Ocorrência e pode ser detido.

Considerando toda a área queimada, a punição para os crimes ambientais cometidos no Pantanal este ano pode chegar a R$ 50 milhões em multa ambiental, com detenção um a quatro anos, em caso de dolo, e de no mínimo seis meses em caso de incêndio  não intencional.

Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) do Mato Grosso, de janeiro a setembro de 2020, mais de 5 mil focos de calor foram localizados em propriedades privadas. Outros 3 mil incêndios foram detectados em terras indígenas e 890 em unidades de conservação. A próxima perícia deverá ser feita na Área de Proteção Ambiental (APA) do Parque Estadual de Chapada dos Guimarães, onde o fogo destruiu mais de 2 mil hectares. 

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Na data em que se celebra mundialmente o Dia do Meio Ambiente, o deputado líder da Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Daniel Coelho (PSDB), criticou a política ambiental do governo estadual citando vários problemas em todas as regiões do Estado. O tucano ressaltou que somente oficinas e simpósios, foram realizados nos últimos dois anos e meio pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade.

“O que a gente analisa é que a política ambiental do Estado está se restringindo a uma distribuição de cargos comissionados e não a uma efetiva política a ser implementada. Isto demonstra efetivamente que a velha política, tão criticada pelo governador, está sendo praticada quando se refere à política de meio ambiente no Estado de Pernambuco. Um discurso tão diferente da realidade e da prática”, criticou o deputado.

O líder da oposição afirmou que o governo estadual faz o anúncio de um planejamento sustentável com investimento a cima dos R$ 200 milhões, mas não irá colocar em prática. “Mais uma vez, a política ambiental do Estado fica nas palavras, nas promessas e nos compromissos para o futuro. No presente, vemos muito pouco sendo feito”, enfatizou.

Em seu discurso o tucano destacou uma série de problemas ambientais que afetam o sertão do estado como a deterioração das árvores do Araripe para a fabricação de lenha utilizada no polo gesseiro. Ação esta que tem acelerado o processo de desertificação dessa região. “Esse é um problema conhecido pelo governador, mas que não tem sido enfrentado”, comentou.

Outras questões abordadas pelo deputado trata do Rio Capibaribe, que passa por um processo de destruição desde sua nascente, no Agreste, até a dragagem no Recife para o desenvolvimento de um projeto de mobilidade relativo ao transporte fluvial. Segundo o deputado esta ação que tem retirado das águas material contaminado como o mercúrio, está sendo realizada sem licença ambiental.

Finalizando seu discurso Daniel Coelho contou que a desistência sobre a concessão de licença para a instalação de uma usina nuclear em Itacuruba e uma usina termoelétrica a Óleo no Cabo da Santo Agostinho, foram conquistas da oposição. “Essas foram as duas maiores conquistas do governo: ter ouvido a oposição, a pressão popular, e ter compreendido que o momento não era para investir em energia nuclear ou investir numa termelétrica a óleo”, concluiu.

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